Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFRJ/Andes-SN Mala Direta Postal 9912224255/2008/DR/RJ/50 Adufrj-SSind Co rreios Devolução Garantida Correios Assembleia Geral 18 de agosto quinta-feira 13h Praia Vermelha (local a confirmar) Pauta: 1) Informes; 2) Paralisação do dia 24 de agosto; 3) Seminário Nacional dos CAp; 4) Escolha da Comissão Eleitoral (diretoria e CR da Adufrj-SSind - biênio 2011/13); 5) Avaliação das negociações entre o governo e o Andes-SN e indicativo de greve do setor das IFES sem data. Andes-SN Central Sindical e Popular - Conlutas www.adufrj.org.br Ano X n o 717 17 de agosto de 2011 Assembleia confirma paralisação: 24 de agosto Iniciativa faz parte da Jornada Nacional de Lutas, que contará, nessa mesma data, com uma grande Marcha, em Brasília Página 5 Consuni amplia comissão para revisão do Estatuto da UFRJ Página 4 Chapa “Adufrj em Movimento” inscreve-se para eleição da AdufrjSSind Páginas 2, 6 e 7 Diretora da Faculdade de Educação analisa adesão da universidade ao Enem Páginas 10 e 11 Negociação do Andes-SN com o governo: avanço insuficiente Página 8 2 17 de agosto 2011 www.adufrj.org.br Adufrj-SSind Chapa “Adufrj em Movimento” inscreve-se para eleição de diretoria da Seção Sindical Professor Mauro Iasi, da Escola de Serviço Social, é candidato a presidente Vencido o prazo regimental, a chapa “Adufrj em Movimento” inscreveu-se para concorrer à diretoria da Seção Sindical, biênio 2011-2013. São candidatos os professores Mauro Luis Iasi, da Escola de Serviço Social (para o cargo de presidente); Luis Eduardo Acosta Acosta, também da ESS (para 1º vice-presidente); Maria de Fátima Siliansky de Andreazzi, do Instituto de Estudos da Saúde Coletiva (2ª vicepresidente); Salatiel Menezes dos Santos, aposentado do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (1º secretário); Luciana Boiteux de Figueiredo Rodrigues, da Faculdade Nacional de Direito (2ª secretária); José Agenda Sindical 18/8 – Reunião da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas São Paulo (SP) 18 e 19/8 - Atos nos Estados da Jornada Nacional de Lutas 19 a 21/8 - 3º Encontro da Regional Nordeste I do ANDES-SN Crato (CE) – durante o encontro, será realizado o seminário “A Luta Nacional em Defesa dos 10% do PIB para Educação” no dia 19/8 20/8 – Reunião do Setor das IFES do Andes-SN Brasília (DF) Henrique Sanglard, da Escola Politécnica (1º tesoureiro); e Maria Coelho Araripe de Paula Gomes, do Colégio de Aplicação (2ª tesoureira). Ainda não foram recebidas inscrições para o Conselho de Representantes da entidade, cujo prazo vai até 3 de setembro. Vale ressaltar que a inscrição da chapa seguiu as normas do regimento geral da Adufrj que vedam a recondução, como integrante da Diretoria da Adufrj-SSind, de qualquer professor, por mais de uma vez consecutiva, e a recondução de membro da Diretoria para o mesmo cargo que ocupa. Também só é permitida a inscrição de chapa que contenha, no máximo, dois nomes da diretoria anterior. Os professores Luis Acosta e Salatiel Menezes ocupam, hoje, respectivamente, os cargos de presidente e 2º vice-presidente. 20 e 21/8 – Reunião do Grupo de Trabalho de Ciência & Tecnologia do Andes-SN Brasília (DF) 22 e 23/8 – Seminário “Em defesa da autonomia universitária: colégios de aplicação, formação docente e educação pública de qualidade”. Brasília (DF) 23/8 - Plenária de Base da Campanha dos 10% do PIB na educação Brasília (DF) 24/8 – Marcha da Jornada Nacional de Lutas Brasília (DF) Eleições em setembro As eleições estão marcadas para os dias 13, 14 e 15 de setembro deste ano. São eleitores os docentes sindicalizados até 15 de julho de 2011 que estejam em pleno gozo de seus direitos, de acordo com o disposto no Art. 36 do Regimento Geral e no Art. 2º do Regimento Eleitoral da AdufrjSSind. Programa da chapa O programa da chapa “Adufrj em Movimento” está transcrito, na íntegra, nas páginas 6 e 7 desta edição. 24 e 25/8 – Reunião do Setor das Estaduais/ Municipais do Andes-SN Brasília (DF) 8 a 12/9 – 40º Encontro Nacional do Conselho Federal/ Conselhos Estaduais de Serviço Social Brasília (DF) – durante o evento, haverá uma mesa do Andes-SN, no dia 9, com o tema “Em Defesa da Formação com Qualidade: Campanha Educação não é fast-food” 2 a 5/10 – 34ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped) Natal (RN) Anote Exposição na Casa da Ciência é prorrogada Sucesso de público, a exposição Sensações do Passado Geológico da Terra, apresentada pela Casa da Ciência da UFRJ, vai até o dia 25 de setembro. A exposição, realizada em parceria com o Departamento de Geologia da UFRJ e com o patrocínio da Petrobras, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), já recebeu mais de 15 mil visitantes. Os horários de visitação são de terça a sexta-feira, das 9h às 20h. Aos sábados, domingos e feriados o horário é das 10h às 20h. A Casa da Ciência fica na Rua Lauro Müller, 3 – Botafogo, Rio de Janeiro. A entrada é franca. Cartas Caros colegas, Sinto-me revigorado pela reunião entre a diretoria da Adufrj e o pró-reitor da PR-4, quando foi abordada a situação injusta na qual me encontro há vários anos, juntamente com outros professores aposentados no cargo de Adjunto IV e beneficiários do Art.192 da Lei 8.112/90, porquanto o governo vem descumprindo a referida legislação. É encorajador saber que existe a possibilidade de se corrigir tal distorção por via administrativa, como veiculado pelo Jornal da Adufrj de 27/07/11. É também reconfortante constatar que a Adufrj continua a defender os seus associados, a lutar por uma melhor carreira para os docentes, a insistir na manutenção da paridade entre docentes ativos e inativos, e a trabalhar por uma Universidade pública brasileira moderna e dinâmica. Muito obrigado. Ronaldo Coutinho Fernandes Prof. Adjunto IV, Ph.D. Aposentado em agosto/1996, exrepresentante da Escola de Química no Conselho de Representantes da Adufrj Revista Universidade e Sociedade nº 49 A diretoria do Andes-SN, em sua reunião pós-56º Conad, deliberou que a temática do número 49 da Revista Universidade e Sociedade, a ser lançado no 31º Congresso, compreenderá “Autonomia Universitária, Independência Sindical, Trabalho Docente” e, como Debates Contemporâneos, a pauta será “Violência contra a mulher” e “Direito Autoral”. Continua em pauta o ensaio fotográfico sobre a expansão nas IES, para o qual é solicitado cuidado com a resolução das fotografias, bem como com a descrição de local, data e situação, além do crédito respectivo. Os artigos enviados devem obedecer às normas da revista, que estão disponíveis no portal do Sindicato (www.andes.org.br); o prazo final para o recebimento das contribuições para o número 49, pela Secretaria Regional São Paulo ([email protected]), é o dia 15 de outubro de 2011. SEÇÃO SINDICAL DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO DO SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR Sede e Redação: Prédio do CT - bloco D - sala 200 Cidade Universitária CEP: 21949-900 Rio de Janeiro-RJ Caixa Postal 68531 CEP: 21941-972 Tel: 2230-2389, 3884-0701 e 2260-6368 Diretoria da Adufrj-SSind Presidente: Luis Eduardo Acosta Acosta 1ª Vice-Presidente: Maria Cristina Miranda da Silva 2º Vice-Presidente: Salatiel Menezes dos Santos 1º Secretário: Eduardo Granja Coutinho 1ª Secretária: Sandra Martins de Souza 1ª Tesoureira: Maria Mello de Malta CONSELHO DE REPRESENTANTES DA ADUFRJ-SSIND Instituto de Química: Marylena Barreiros Salazar (titular); Escola de Serviço Social: Cleusa dos Santos (titular); Sara Granemann (titular); Edição e reportagem: Ana Manuella Soares - JP 31684 RJ Reportagem: Kelvin Melo de Carvalho e Silvana Sá Diagramação: Douglas Pereira Estagiárias: Dally Velloso Lemos Schwarz e Catherine da Silva Lira Tiragem: 8.000 E-mails: [email protected] e [email protected] Redação: [email protected] Diretoria: diretoria@ adufrj.org.br Conselho de Representantes: [email protected] Página eletrônica: http://www.adufrj.org.br www.adufrj.org.br/observatorio Os artigos assinados não expressam necessariamente a opinião da Diretoria. 17 de agosto 2011 3 www.adufrj.org.br Colegiados Resenha Vagas “extras” preocupam CEG Uma chamada pública aos diretores de Unidades com oferta de vagas extras para o segundo semestre gerou polêmica na sessão do Conselho de Ensino de Graduação (CEG) do dia 10 de agosto. O documento era desconhecido por quase todos os conselheiros. A professora Maria Antonieta, representante do CT, foi a primeira a questionar sua validade: “Essa medida não pode ser um ato administrativo. Por lei, isso não é permitido, pois as vagas de vestibular são aprovadas nas congregações”, disse. Antonieta observou que a proposta deveria ser feita a partir de discussão e reflexão, junto ao CEG. Homero Fogaça, do CCS, reforçou a crítica: “Criação de vaga é uma competência legal desse conselho. Depois nós teremos que lidar com processos de alunos”, afirmou preocupado. A pró-reitora Ângela Rocha tentou justificar o documento como uma consulta para realizar o rápido preenchimento de vagas não ocupadas, com base em uma pesquisa da administração central sobre alunos que não cursaram nenhuma disciplina no primeiro semestre. Ângela afirmou que seria uma medida emergencial para os alunos não perderem tanto tempo de aula. O documento previa um período de três dias para resposta à reitoria, com convocação dos alunos na segunda semana do reinício das atividades letivas. A professora Andréia Salgado, também representante do CT, fez coro aos demais em relação a alocações de vaga: “Eu não consigo gerenciar, pelo menos na minha Unidade sei que não será possível fazer isso”, afirmou. Celina Costa, do CFCH, também concordou que uma iniciativa desse tipo, no início das aulas, seria muito complicada. Os conselheiros também apontaram outros problemas envolvidos nessa chamada da reitoria: “Não tem como analisar apenas por um semestre se o aluno ainda está na vaga ou não. Muitos largam e depois voltam, mas a vaga ainda é deles”, observou o representante técnico-administrativo Sérgio Guedes. Maria Antonieta e Homero Fogaça reforçaram a necessidade de as Unidades cumprirem as regras já existentes: “As vagas ociosas são lançadas para reclassificação e edital de vagas, e as vagas não ocupadas vão para o programa Povoar (Programa de Ocupação das Vagas Ociosas e Remanescentes, lançado pela resolução nº 6/2010, do CEG)”, disse Antonieta. Depois da calorosa discussão, a próreitora Ângela Rocha concordou em Homenagem à professora Belkis Na primeira reunião ocorrida após o falecimento de Belkis Valdman, ex-pró-reitora de Graduação, o CEG aprovou uma nota de pesar à família da professora (a sessão de 3 de agosto havia sido cancelada em função da notícia da morte de Belkis, dois dias antes). Antes do expediente, Ângela Rocha leu um pequeno texto de Eduardo Galeano em homenagem à professora e amiga Belkis Valdman: “Gostaria que essa nota fosse registrada em ata” solicitou. Ângela, do Instituto de Matemática, contou um pouco da história de amizade que manteve com a professora: “Nos conhecemos no meio dos anos 1980, eu era recémmestre e havia sido convidada para lecionar uma disciplina na Escola de Química (local de trabalho da ex-pró-reitora)”. Ela completou: “Sempre a tive como um exemplo, por seu espírito conciliador e sua sensatez. Espero a ajuda de vocês para ser digna de ocupar seu lugar”, falou emocionada. Depois das palavras de Ângela, foi promovido um minuto de silêncio no conselho. A pró-reitora Ângela Rocha tentou justificar o documento como uma consulta para realizar o rápido preenchimento de vagas não ocupadas. fazer uma retificação do documento e comprometeu-se em apresentar, na próxima sessão, os resultados da pesquisa. Porém, afirmou: “Não vou tomar nenhuma decisão, nem medida quanto a isso ainda. Vou trazer os resultados para podermos discutir aqui”, disse. Apesar do compromisso da pró-reitora, muitos conselheiros ainda frisaram o debate sobre a oferta das vagas deveria ter sido feito antes, uma vez que é da competência do conselho participar de discussão e elaboração de políticas acerca do tema. Letras apoia CAp-UFRJ Durante o expediente, uma das conselheiras do CFCH, Daniela Patti, noticiou que a Faculdade de Letras teria aprovado uma moção de apoio ao Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp), uma Juliano Pires - SGCOMS/UFRJ Chamada pública emitida pela reitoria causou polêmica entre os conselheiros Brasil acolhe alunos do Haiti Universidades brasileiras começaram nesta semana a receber estudantes do Haiti, em um projeto de ajuda na reconstrução do país, depois do terremoto do ano passado que deixou 300 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados. Estão envolvidas a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande os Sul). O chamado Programa Emergencial Pró-Haiti em Educação Superior visa a ajudar alunos cujas faculdades foram engolidas pelos tremores a concluir a graduação. Ao todo são 76 haitianos. Muitos perderam familiares e colegas de curso. Por causa da barreira da língua, os estudantes terão aulas de português por seis meses para só iniciar a graduação no ano que vem (Folha de S. Paulo, 13/8). “O Petróleo tem que ser nosso” vez que vários estudantes daquela Unidade realizam atividades acadêmicas no CAp-UFRJ. Daniela também divulgou que a Faculdade de Educação conseguiu cinco vagas de concurso para Professores Titulares: “O primeiro aprovado foi o professor Roberto Leher, que já era da casa e tirou nota dez em todas as provas e com todos os membros da banca”, falou contente. “Leher possui uma trajetória muito importante na educação pública, além de ser coordenador do Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública”. Celina Costa, que é diretora do CApUFRJ, atualizou os conselheiros a respeito da crise daquela Unidade (fato noticiado nas últimas edições do Jornal da Adufrj). Segundo Celina, as aulas recomeçaram e o problema dos docentes substitutos que estavam sem seus contratos regularizados foi solucionado temporariamente até dezembro. Mudança no calendário de atos acadêmicos Por conta da greve dos funcionários técnico-administrativos, foram aprovadas algumas mudanças em datas do calendário de atos acadêmicos. A inscrição direta foi estendida até 22/8 e o período de trancamento ficou entre os dias 10/8 a 16/8. Quis o destino que a estreia da animação da campanha “O Petróleo tem que ser nosso!” nos cinemas do Rio se desse em agosto, no mesmo período do lançamento do filme “Capitão América.” Nos trailers que antecedem as sessões do filme do maior super-herói americano, quem for aos cinemas do Plaza, New York, Downtown, NorteShopping e Botafogo Praia Shopping vai assistir ao desenho animado contra os leilões do petróleo. E ao final, ainda será brindado com um afinado coro de crianças gritando: “O petróleo tem que ser nosso!” Os americanos são os que mais cobiçam o nosso petróleo, principalmente o pré-sal, pois só têm petróleo para mais dois anos. No Brasil, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, quer retomar os leilões de petróleo ainda em 2011 (Agência Petroleira de Notícias, 12/8). Feijão transgênico Cientistas contrários à autorização imediata do feijão transgênico da Embrapa ameaçam recorrer ao Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) para exigir mais estudos sobre o novo produto. O Conselho é formado por 11 ministros de estado e presidido pela chefe da Casa Civil. E somente se reuniu três vezes desde que criado por lei, em 2005. O presidente da CTNBio, Edilson Paiva, antecipou seu voto e disse ser favorável à aprovação do feijão transgênico. “Estamos falando de um produto 100% nacional e de qualidade, feito pela Embrapa. Não temos motivos para não aprovar sua liberação comercial”, afirma ele, que é agrônomo aposentado da estatal de pesquisa. “O produto é idêntico ao existente no mercado, com a defesa mais forte contra o vírus do ‘mosaico dourado’”. Ora, se o produto fosse idêntico aos existentes no mercado, não precisaria passar pela CTNBio (MST, 15/8). 4 17 de agosto 2011 www.adufrj.org.br Colegiados Conselho Universitário amplia comissão para revisão do Estatuto da UFRJ Fórum Estatuinte terá composição paritária, mas palavra final sobre o documento será do próprio Consuni Não foi muito, mas avançou a revisão do Estatuto da UFRJ, no último Conselho Universitário, em 11 de agosto. Uma comissão que vai assessorar o processo (e que já tinha sido definida com sete nomes, indicados pela reitoria - sendo cinco professores, um aluno e um técnico-administrativo – conforme a resolução nº 12/2010) será ampliada com mais dois representantes estudantis e mais dois técnico-administrativos. A Comissão de Revisão (veja quadro) será responsável pela proposta, a ser analisada pelo Consuni, relativa ao Fórum Estatuinte. Já essa instância será constituída por uma eleição direta e terá igual número de representantes dos corpos docente, discente e técnico-administrativo. A Comissão de Revisão deverá propor o número total de integrantes desse Fórum, a forma e o processo de escolha de seus integrantes, o calendário dessa eleição e sua data de instalação. Caberá, ainda, à Comissão de Revisão sistematizar as contribuições recebidas, ouvido o Fórum Estatuinte, e elaborar uma versão preliminar para discussão do Consuni, que terá a última palavra sobre o texto final. Esse foi o maior motivo de divergência no colegiado, pois as bancada discente e dos técnico-administrativos defendiam que o Fórum Estatuinte tivesse o poder de formular a versão final do Estatuto, que deveria apenas ser homologado pelo Consuni. Mesmo modificações propostas pelo colegiado deveriam passar pelo crivo do Fórum antes, mas a proposta não foi vencedora no plenário. Para a maioria dos conselheiros, a revisão, até para ser protegida de algum tipo de contestação, deve ocorrer nos termos do atual Estatuto, em sessões especiais da instância deliberativa máxima da UFRJ, o Consuni (com quórum qualificado). Seminário interno da PR-4 O pró-reitor de Pessoal, Roberto Gambine, fez um breve relato sobre o seminário interno da PR-4, realiza- Kelvin Melo do nos dias 4 e 5 de agosto. Segundo ele, o evento foi muito produtivo e dois temas que foram muito discutidos deverão ser transformados em propostas de resolução para análise do Consuni: uma para combater o assédio moral na universidade; outra, para reformular o modelo de avaliação dos técnico-administrativos. Reconhecimento da união homoafetiva Gambine também anunciou uma portaria com reconhecimento formal da união homoafetiva na universidade para todos os efeitos legais (veja mais em matéria na página 9). Solidariedade ao movimento grevista dos técnico-administrativos O Consuni aprovou uma moção de solidariedade ao movimento grevista dos técnico-administrativos da UFRJ. Na sexta-feira, dia 5, o Superior Tribunal de Justiça julgou o pedido de liminar feito pela AGU de que as universidades em greve retomassem 70% das atividades sob pena de os sindicatos e a Fasubra pagarem uma multa de R$ 100 mil reais por dia caso não a cumprissem. O STJ decidiu acatar o pedido em parte. Com isso, a liminar concedida define que as universidades em greve deverão ter 50% dos servidores técnico-administrativos em atividade, sob pena de uma multa de R$ 50 mil reais por dia. Na manhã do dia 9, o Sintufrj foi notificado oficialmente. A moção foi proposta pelo próprio reitor Carlos Levi, que reafirmou moção anterior (de 16 de junho) que desaprova qualquer ataque ao direito de greve dos técnico-administrativos. Levi também manifestou surpresa ao saber que o nome da UFRJ foi utilizado, como requerente, à sua revelia, no processo da AGU contra o direito dos servidores. “Calourada”, entulhos do HU e Marcha em Brasília A bancada discente anunciou ao colegiado três eventos, nos próximos dias: a “Calourada” (mais detalhes no ‘Anote’ da página 11), um ato pelos oito meses de entulhos do HU, no dia 19/8 e a Marcha em defesa de 10% do PIB para Educação, no dia 24. Minuto de silêncio para Belkis e Joel Foram aprovadas moções de pesar às famílias dos professores Belkis Valdman e Joel Teodósio, ambos falecidos no dia 1º de agosto, conforme noticiado na última edição do Jornal da Adufrj. Belkis foi pró-reitora de Graduação na recém-encerrada gestão do professor Aloisio Teixeira. Joel esteve à frente da pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, no primeiro mandato de Aloisio, e presidiu a Adufrj (na época, ainda uma associação docente) entre 1983 e 1985. Também houve um minuto de silêncio, durante a sessão do Consuni, para homenageá-los. Comissão de Revisão terá 11 nomes A Comissão de Revisão do Estatuto da UFRJ, criada em julho do ano passado pela resolução nº 12/2010, originalmente era composta por sete nomes: Ângela Rocha dos Santos (será substituída, pois tornou-se pró-reitora da atual administração); Marcelo Corrêa e Castro; Carlos Vainer; Ricardo Medronho; Vera Halfoun; Ana Maria Ribeiro (será substituída, pois foi cedida a um órgão, em Brasília); aluno Rafael Pereira (também será substituído, pois formou-se). Com a deliberação do último Consuni, mais dois alunos e mais dois técnico-administrativos farão parte da comissão. Até o fechamento desta matéria, as representações vagas não haviam sido comunicadas pela reitoria. Imóvel da UFRJ é cedido ao Iphan Um imóvel da UFRJ localizado no Centro da cidade, próximo à Praça da República, foi cedido para utilização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio, que já abrigou, entre 1930 e 1960, o Instituto de Eletrotécnica e a Escola de Comunicação, deverá ser transformado pelo Iphan em um Centro Nacional de Arqueologia (proposta antecipada em notícia do Jornal da Adufrj do dia 15 de junho). Alguns conselheiros mantiveram resistências ao projeto, uma vez que o próprio Iphan afirmou que buscaria recursos para reforma do prédio via Lei Rouanet. Diana Maul (representante dos Associados do CCS) observou: “Uma coisa é dizer que vai arranjar, outra é conseguir os recursos”. Para ela, o colegiado deveria ter um projeto mais detalhado por parte do Iphan para basear sua decisão. E voltou a cobrar da administração central uma política mais pró-ativa quanto à manutenção dos seus prédios, acervos e documentos. A cessão acabou aprovada, com alguns condicionantes sugeridos pela professora Diana: prazo de 18 meses para obtenção dos recursos necessários à recuperação estrutural do prédio, a partir daquela data; apresentação do projeto de ocupação e uso que garanta o caráter público da iniciativa; que as atividades propostas pelo Iphan sejam preferencialmente desenvolvidas em parceria com a UFRJ; além de garantia da manutenção do patrimônio. A bancada discente, por sua vez, criticou o encaminhamento do tema pelo reitor. A proposta cobrava um projeto detalhado antes mesmo da decisão de ceder o prédio, foi lida após a aprovação da cessão. De acordo com o texto, também deveria ser indicada uma comissão para, junto ao Comitê Técnico do Plano Diretor (além de decanias e unidades interessadas), discutir alternativas de utilização do imóvel. Por fim, incumbia a Superintendência de Políticas Estudantis da elaboração de um estudo que resolvesse o problema dos estudantes das unidades isoladas, excluídos do acesso aos restaurantes universitários, no Fundão. 17 de agosto 2011 5 www.adufrj.org.br Adufrj-SSind Assembleia ratifica paralisação para o dia 24/8 Adufrj-SSind realizará atividades de mobilização em torno da carreira docente neste segundo semestre Os docentes reunidos em Assembleia Geral da Adufrj-SSind, no último dia 11, ratificaram por unanimidade a paralisação das atividades em 24 de agosto, quando acontecerá, em Brasília, uma marcha dos servidores públicos federais “em defesa dos 10% do PIB para a Educação já!”. A seção sindical enviará uma delegação para participar do ato. Ao mesmo tempo, na UFRJ, estarão acontecendo atividades em defesa da carreira docente defendida pelo Andes-SN. Considerando o atual grau de mobilização dos professores, a assembleia indicou a realização de mais atividades com vistas a aumentar o grau de mobilização dos docentes, mas neste momento decidiu não se pronunciar sobre o indicativo de greve encaminhado pelo setor das federais do Andes-SN. Além desses pontos, a assembleia se debruçou sobre o processo de negociação entre o Andes-SN e o governo em Brasília e sobre a carreira docente, que deve ser pauta constante de mobilização dos professores. O debate em torno das negociações acontece em ritmo acelerado porque o governo tem até o dia 31 de agosto para encaminhar ao Congresso o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) juntamente do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Logo, 31 de agosto é o último dia para o Executivo acrescentar as reivindicações da categoria para que constem no orçamento de 2012. Sobre esta questão, o professor José Henrique Sanglard, da Escola Politécnica, afirmou que 31 de agosto é uma data politicamente importante para o movimento: “As diretrizes ainda não estão postas na mesa. Seria importante interferir nestas diretrizes, nos quantitativos, no que ainda não está colocado”, pontuou. Proposta do governo Na reunião de negociação do dia 9 de agosto, realizada entre o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e o Andes-SN, depois da pressão realizada pela categoria docente, o MPOG apresentou uma proposta que compreende: a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) ao vencimento básico (VB) e a disposição em tratar das distorções geradas quando da criação da classe de professor Associado. Silvana Sá Diretoria da Adufrj-SSind defende carreira única do Andes-SN O MPOG também suspendeu temporariamente a criação da classe de professor Sênior, mas afirmou que este ponto retornará à mesa de negociação quando o assunto for a carreira docente. O governo também continua irredutível e não inclui os aposentados na mesa de negociação. Reação dos professores É importante frisar que a proposta apresentada pelo governo não possui qualquer impacto orçamentário, nem para os docentes e nem para a União. Logo, não há motivos para comemorar. O fato de o governo decidir incorporar uma gratificação ao VB é importante, mas não traz melhorias significativas para a categoria docente. Em torno desta discussão, a assembleia deliberou por uma contraproposta que deva ser apresentada ao governo pelo Sindicato Nacional. Os professores também avaliaram que o movimento deve ser duro na crítica de tentativa de divisão da categoria: “Não podemos aceitar que o governo tire os EBTTs da negociação. Temos que mostrar que o Sindicato é para todos e, portanto, deve contemplar a todos”, afirmou Cristina Miranda, 1ª vice-presidente da Adufrj-SSind. Posteriormente à AG, o governo incluiu os EBTTs na mesa, com a possibilidade de incorporação da gratificação GEDBT (conforme notícia da página 8). Contraproposta do Andes-SN Por ser emergencial, o movimento docente local avaliou que o Andes-SN deve reivindicar os seguintes pontos na contraproposta: incorporação das gratificações Retribuição por Titulação (RT) e Gemas ao VB; recomposição das perdas salariais desde julho de É importante frisar que a proposta apresentada pelo governo não possui qualquer impacto orçamentário, nem para os docentes e nem para a União 2010 (data do último reajuste); e que essas medidas sejam estendidas aos professores de EBTT (que correspondem, no caso da UFRJ, aos professores do Colégio de Aplicação) e também aos aposentados. Carreira docente Os professores também foram enfáticos na defesa da carreira proposta pelo Sindicato Nacional. Para Roberto Leher, da Faculdade de Educação, esta pauta emergencial não pode tirar o foco do debate sobre a carreira única: “A carreira é uma questão decisiva para a mobilização. Ela é fundamental para os novos professores e também para os antigos que estão para se aposentar. Temos que trabalhar de maneira mais pedagógica essas questões”, afirmou. Para Leher, a carreira única defendida pelo Andes-SN e suas seções sindicais também permite equacionar questões entre aposentados e ativos. Sandra Martins, da direção da AdufrjSSind, lembrou que a Universidade Federal do Tocantins (UFT) entrou em greve justamente em defesa da carreira: “Lá, a totalidade dos docentes é formada de professores recémconcursados que se veem sem perspectiva na carreira atual. Nós, aqui, temos nossos polos avançados, como Macaé, que talvez estejam na mesma situação de Tocantins”. Maria Malta, diretora da Seção Sindical, também concordou que a pauta central do movimento docente é a defesa da carreira única: “É em torno dela que devemos mobilizar, embora neste momento o emergencial seja a nossa remuneração”. Luis Acosta, presidente da Adufrj-SSind, defendeu montar uma agenda de mobilização para o segundo semestre em defesa da carreira docente: “Precisamos montar estratégias que chamem os professores a discutirem a carreira única. Vamos organizar um seminário sobre a proposta de nova carreira do Andes-SN ainda neste semestre”. Contratações resolvidas no CAp Um importante informe dado durante a Assembleia Geral foi a situação de contratos dos professores substitutos do CAp. Graças à mobilização dos docentes e pressão da Adufrj-SSind, a reitoria já efetuou a contratação dos profissionais: “Dos 17 professores que seriam inicialmente contratados, 14 foram de fato porque outros três já haviam se comprometido com outras escolas”, disse Cristina Miranda. Seminário dos CAp Nos dias 22 e 23 de agosto o Andes-SN realizará em Brasília o seminário: “Em defesa da autonomia universitária: Colégios de Aplicação, formação docente e educação pública de qualidade”. O evento faz parte do conjunto de iniciativas aprovadas no 56º Conselho do Andes-SN (Conad). A assembleia aprovou a participação de uma delegação da Adufrj-SSind no encontro. 6 17 de agosto 2011 www.adufrj.org.br 17 de agosto 2011 7 www.adufrj.org.br Adufrj em Movimento Programa da chapa Plano de lutas: Defesa da educação pública e dos espaços públicos de produção do conhecimento Financiamento Defender a educação pública, gratuita, democrática, laica, de qualidade social e sua universalização, em todos os níveis e modalidades, como dever do Estado e direito de todos, combatendo todas as formas de privatização e mercantilização da educação. Lutar em defesa da universidade pública brasileira e sua autonomia, nos termos do art. 207 da Constituição Federal, bem como dos princípios da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, do acesso universal com gratuidade plena, do padrão unitário de qualidade, tendo a ampliação do financiamento público estatal como pilar da expansão e do desenvolvimento das IES públicas, nos marcos referenciais políticos, conceituais e metodológicos da “Proposta do Andes-SN para a Universidade Brasileira” (Cadernos ANDES, nº 2, 2003), nas diretrizes e metas do “PNE: Proposta da Sociedade Brasileira”, na Agenda do AndesSN para a Educação Superior e nas propostas de projetos de lei elaborados pelo Sindicato Nacional que operacionalizam as proposições da Agenda do Andes-SN. Lutar pelo estímulo a pesquisas não vinculadas às demandas privadas-mercantis, pela ampliação das verbas orçamentárias para os órgãos de fomento à ciência e à tecnologia, pelo seu pleno controle social, pela participação ativa da comunidade acadêmica na gestão democrática dos órgãos de fomento públicos, na definição das políticas, prioridades e planejamentos do setor e pela alocação de recursos não condicionada a programas governamentais e empresariais. Lutar contra todas as formas de privatização da pesquisa desenvolvidas com recursos públicos, contra o corte de verbas públicas, contra as políticas de favorecimento dos projetos direcionados às demandas de mercado e/ou interesses privados, contra os cursos pagos em instituições oficiais e o favorecimento das fundações de direito privado, denominadas “de apoio” às instituições de ensino superior públicas e pela revogação da legislação que dá suporte jurídico à existência dessas fundações. Universalização A democratização radical do acesso à universidade pública pode ser inviabilizada pela decisão dos governos de promover um processo de massificação que somente pode oferecer uma formação diferenciadora, desigual, utilitarista ao capitalismo dependente, restrita, por conseguinte, às habilidades instrumentais e a modalidades de certificação enganosas e degradadas. O livre acesso, a meta que toda democracia real deve perseguir, requer medidas que garantam a presença dos povos, etnias, culturas e povo trabalhador nas universidades, o que envolve políticas de acesso democráticas e plena assistência estudantil. Políticas que assegurem essas condições, referenciadas na educação básica pública, são estratégicas para alcançar esses objetivos. Igualmente, o combate aos sistemas de avaliação tecnicistas, segregacionistas e promotores de rankings é parte importante da luta pela retomada da avaliação pelos docentes, estudantes e instituições. Lutar pelo cumprimento do art. 212 da Constituição Federal, que estabelece vinculação de 18% da receita da União para educação, incluindo não apenas os impostos mas também as contribuições. Lutar para que o Plano Nacional de Educação (2011-2021) assegure o equivalente a 10% do PIB, com vista ao pleno atendimento das propostas contidas no PNE: Proposta da Sociedade Brasileira. Lutar pelo aumento das dotações orçamentárias assegurando efetivo controle da comunidade universitária sobre o ingresso e na aplicação dos recursos e pela efetiva autonomia das IFES. Lutar, em conjunto com as entidades do movimento estudantil, por uma política de assistência e incentivo ao estudante (alimentação, moradia, transporte, material didático, monitoria, iniciação científica, entre outras), com orçamento definido, revogando as normas que impeçam a alocação de verbas para tal fim. Função social As políticas neoliberais ampliaram a diversidade de instituições de ensino superior e mesmo de tipos de universidades (dos exóticos centros universitários às universidades especializadas). Assim, concretamente, as universidades possuem hoje funções sociais marcadamente distintas. Os setores dominantes, como salientado, sustentam que a universidade deve ser uma instituição profissionalizante e voltada para o mercado, o que significa, no caso brasileiro, uma instituição que ofereça cursos aligeirados e que se exime de problematizar os problemas sócio-ambientais advindos do atual modelo econômico baseado no uso intensivo de energia e recursos naturais (exportação de commodities). Alternativamente, a universidade deve possuir um caráter emancipatório e capaz de prever cenários para o futuro, antecipando o que poderiam ser alternativas a favor da qualidade de vida humana. Entretanto, os cenários e as alternativas devem resultar de diálogos verdadeiros com os movimentos sociais engajados na construção de outros padrões civilizatórios. É crucial recuperar as práticas emancipatórias que a universidade pública pôde desenvolver, aperfeiçoando-as. Entre as funções da universidade urge priorizar a formação de docentes com sentido público e de profissionais com ética social. A universidade deve cumprir também o importante papel de instituição que discuta projetos de nação em que caibam todos os povos. É indispensável, por conseguinte, recusar a ideia de que a universidade forma para o mercado, direcionando os seus currículos e avaliação para o que se supõe ser a demanda do mercado. As reformas curriculares e a implementação de outras práticas de avaliação devem ter esse caráter antimercantil. Biênio 2011-2013 A Chapa Adufrj em Movimento (biênio 2011-2013) reivindica os valores, princípios e práticas construídos pelo movimento docente na UFRJ, desde a fundação da então Associação de Docentes da UFRJ em 1979: a defesa da universidade pública e gratuita, autônoma, crítica e comprometida com os problemas dos povos e com processos formativos que assegurem a todos a alta cultura nos diversos campos do saber; a dignidade do trabalho docente, por meio de uma carreira que valorize o fazer docente no ensino, na pesquisa e na extensão; a paridade entre os ativos e os aposentados; a isonomia entre as carreiras da educação superior e da educação básica e a autonomia do sindicato frente ao Estado, ao governo, aos partidos e às administrações, condição essencial para a democracia no movimento docente. Compreendemos que tais valores são cruciais diante dos desafios imediatos que os professores terão de enfrentar no próximo biênio, a saber: a) da expansão das vagas, que possa ocorrer em termos propriamente universitários, em instituições com adequada infraestrutura e pessoal docente e técnico-administrativos, o que é cada vez mais importante, em virtude do REUNI, sem hiperintensificação do trabalho e sem aligeiramento da formação dos estudantes; b) da carreira única do Andes-SN que, após longo debate, contempla os melhores anseios dos professores e, se aprovada, impedirá que a nova carreira elaborada pelo governo e por sua assessoria sindical seja um estratagema para quebrar a paridade entre os ativos e os aposentados e, para intensificar, ainda mais, o já insuportável ritmo de trabalho dos docentes; c) do congelamento dos salários, tal como previsto nos projetos orçamentários para 2012; d) dos direitos previdenciários e a paridade entre ativos e aposentados. Organizar o conjunto da categoria e, especialmente, ampliar o debate sobre a previdência com os novos docentes, os principais atingidos pela derrota advinda da homologação da Emenda Constitucional nº 41 /03 que acabou com o direito à integralidade das aposentadorias para os servidores que ingressassem no serviço público a partir do primeiro de janeiro de 2004. Em 2011 e 2012 o governo tentará aprovar o Projeto de Lei nº1.992/07, com o objetivo de estabelecer um teto para o regime público e acima dela instituir a previdência privada para os servidores públicos federais, por meio da FUNPRESP (Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais). e) do Projeto de Lei 1749/2011, que autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. que, concretamente ferirá a autonomia universitária, converterá os hospitais universitários em empresas por ações com fins de lucro, privatizando-os e deturpando a sua função de espaço de formação dos profissionais de saúde; f) da defesa do Sistema Único de Saúde público e estatal, e da realização de concurso público para repor as prementes necessidades de pessoal no setor da saúde e especialmente nas universidades; g) da crescente regulação governamental do trabalho de pesquisa e da pós-graduação, por meio do uso de critérios de avaliação incompatíveis com a natureza dos trabalhos acadêmicos e universitários, centrados em indicadores de produtividade que esvaziam o rigor da formação dos mestrandos e doutorandos. h) da desvalorização dos colégios de aplicação como lócus de formação de professores traduzida na proposta de regulamentação destes colégios que desconsidera o trabalho com a licenciatura como um dos pilares da escola, impondo metas e percentuais na relação professoraluno (RAP) não condizentes com a função social dos CAp. i) do Plano Nacional de Educação que possibilite ampliar os investimentos em educação para 10% do PIB e constituir um sistema nacional de educação de elevada qualidade para todos. Salário e condições de trabalho Exigir do governo o cumprimento do dispositivo constitucional que assegura a revisão anual dos vencimentos básicos dos servidores públicos. A revisão deve compensar, no mínimo, as perdas referentes à inflação do ano anterior, de acordo com os índices do Dieese. Defender a extinção das gratificações ainda vigentes, com sua incorporação, paridade entre docentes ativos e aposentados e isonomia entre os docentes das carreiras da educação básica e da educação superior em seus valores mais altos. As atuais condições de trabalho também têm repercutido na saúde dos professores, demandando portanto, que o sindicato desenvolva uma política de defesa da saúde do trabalhador e de mudanças nas condições precárias de trabalho e dos serviços de atendimento à saúde dos professores. Problemas imediatos: Até dia 31 de agosto está sendo negociada, entre o Andes-SN e o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), a proposta de reajuste salarial para o próximo ano. A proposta do governo Desde julho de 2010 não temos nenhum aumento e a proposta apresentada pelo secretário de Recursos Humanos do MPOG, na última reunião do dia 9 de agosto com o ANDES-SN congela o valor da remuneração na tabela salarial, traz um impacto financeiro nulo para grande parte da categoria e aumenta as distorções entre as carreiras dos professores de terceiro grau e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A proposta, que inclui um movimento na direção de uma reivindicação histórica do movimento por “uma só linha no contracheque” ao eliminar justamente uma gratificação de caráter produtivista, não terá impactos financeiros em quase toda a categoria. Apesar da incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) gerar a alteração no valor do Vencimento Básico (VB), a remuneração global segue a mesma, independente do regime de trabalho ou titulação. Isso porque a incorporação da Gemas ao VB, nos mesmos valores que já vinham sendo pagos, mantém o total inalterado e repercute somente em parcelas variáveis, calculadas sobre o VB, como anuênio (extinto de 1999 sendo pago apenas aos servidores que gozavam do benefício até aquela data, e nos mesmos percentuais da época), insalubridade e periculosidade. Finalmente, não foi proposta a incorporação da Gratificação Específica de Atividade Docente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Gedbt), o que afastaria ainda mais a carreira dos docentes do terceiro grau da carreira dos docentes da EBTT. A Contraproposta do ANDES-SN A contraproposta emergencial prevê a incorporação das duas gratificações (Gemas e Retribuição por Titulação - RT) e a organização da tabela remuneratória a partir da valorização do piso e com degraus constantes. O valor do piso da carreira, referente ao docente graduado com jornada de 20 horas, é R$ 2194,76, cuja base de referência é o valor do salário mínimo necessário de janeiro de 2011, calculado pelo Dieese. Considerando que não foi possível negociar neste momento a alteração da estrutura atual da carreira de 17 níveis, o interstício entre os níveis foi ajustado em degraus de 3%. A remuneração por titulação e por regime de trabalho também seguem percentuais constantes na proposta do movimento docente. Previdência social Carreira docente A Adufrj-SSind tem historicamente acompanhado o Andes-SN em sua luta política pela carreira docente. A chapa ADUFRJ em Movimento compreende a luta pela carreira uma questão central e emergencial para atuação do sindicato. Há dois aspectos fundamentais a serem considerados: a luta na conjuntura atual de investida do governo sobre a nossa carreira e a concepção histórica de que a carreira é um pilar do projeto de universidade pública, gratuita e de qualidade que nós queremos e defendemos. O Andes-SN tem uma concepção de carreira que se relaciona com um projeto de universidade e de educação pública, gratuita e de qualidade. Por isso, considera que uma carreira equilibrada, com uma referência remuneratória única por nível de titularidade e desenvolvimento na carreira seja a forma de construir um corpo docente estável, engajado e motivado para o desenvolvimento e ampliação do sistema de ensino superior público, reconhecendo toda a sua responsabilidade de articulação com o ensino básico público, gratuito e Lutaremos para restabelecer imediatamente a aposentadoria integral para todos os servidores públicos e estendê-la ao conjunto dos trabalhadores brasileiros. Arquivar imediatamente todos os projetos de instituição de previdência complementar. Fim da contribuição previdenciária dos servidores aposentados. Previdência pública, social, por solidariedade, para todos os trabalhadores brasileiros! A organização do trabalho em defesa da universidade pública de qualidade no país. Mantém a favor da construção de uma carreira única para todo docente do ensino superior, em âmbito nacional, inclusive aqueles envolvidos em atividades de formação de professores no âmbito do ensino básico, técnico e tecnológico, nos Colégios de Aplicação (CAp). Este princípios se expressam atualmente na proposta concreta de a carreira do AndesSN com 13 níveis remuneratórios únicos, para cada regime de trabalho (40 horas semanais em dedicação exclusiva, 40 horas, e 20 horas), cuja tabelas remuneratórias detalhadas podem ser vistas no site www. andes.org.br , no documento da Campanha salarial 2011 e nos jornais da ADUFRJSSind, com destaque para o especial sobre carreira de fevereiro de 2011. A agenda política da Adufrj-SSind é uma agenda do movimento docente nacional, mas é também uma agenda particularizada no cotidiano dos docentes da UFRJ. Nessa direção, é nosso compromisso implementar o maior número de ações que visem a união e a mobilização dos professores em torno do levantamento e da resolução dos problemas existentes em cada centro e unidade da UFRJ. O acompanhamento crítico da expansão das matrículas na UFRJ e sua correspondente intensificação de trabalho merecerá especial atenção da Adufrj-SSind, inclusive nos novos campi da instituição: Duque de Caxias e Macaé. É imperioso assegurar o caráter unitário da UFRJ, impedindo a sua fragmentação em campi de distintas qualidades. Também a luta em prol de um Plano Diretor que assegure condições dignas para o fazer acadêmico de todas as unidades, conforme os seus planos institucionais, é um objetivo estratégico para a seção sindical. Continuaremos a luta contra a privatização e mercantilização dos espaços públicos nos campi da universidade, como no caso de Praia Vermelha e dos estacionamentos do Fundão. Lutaremos por um sistema de transporte público e gratuito para a comunidade acadêmica que atenda a demanda de mobilidade e acessibilidade entre os campi da universidade. Trabalharemos pela construção de um projeto cultural público e democrático na universidade voltado específicamente para a realização de atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão, em interface com a sociedade, especialmente com a população trabalhadora. As prioridades do trabalho político da Adufrj-SSind, tal como tem sido a prática do movimento docente, sempre serão discutidas nos espaços institucionais da entidade, bem como em debates nas unidades. Ampliação da luta em defesa da educação pública em todos os níveis A diretoria envidará todos os esforços para que esse debate possibilite discussões com movimentos nacionais do campo acadêmico, como as entidades de representação científicas, como SBPC e as voltadas para as diversas áreas do saber; as entidades sindicais, como a CSP-CONLUTAS, a INTERSINDICAL e, em especial, FASUBRA; os movimentos sociais, como o MST e o Fórum Nacional (e estadual) em Defesa da Escola Pública; as diversas forças do movimento estudantil autônomo, e demais iniciativas comprometidas com a causa da educação pública. É compreensão do Sindicato Nacional que uma reforma radical da universidade somente será possível com amplo protagonismo social e por isso todo o empenho para que lutas conjuntas sejam efetivadas no período. Essas lutas são cruciais porque seguramente o país somente terá universidades públicas universais com o rompimento com as políticas neoliberais que aprofundam o seu caráter capitalista dependente. Assim, seguiremos na luta em defesa de uma sociedade em que a mercantilização de todas as esferas da vida seja suplantada em favor de uma sociedade emancipada da barbárie do capital. Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2011. 8 17 de agosto 2011 www.adufrj.org.br Andes-SN Governo usa crise internacional para limitar avanço na negociação Renata Maffezoli* Renata Maffezoli Duvanier Paiva reconheceu a necessidade de reestruturação da carreira docente, mas disse que qualquer movimento nesse sentido está limitado pelo panorama da crise financeira internacional O Andes-SN se reuniu mais uma vez com o governo e com o Proifes, na noite da última segunda-feira (15/8), na tentativa de avançar as negociações em torno da pauta emergencial apresentada pela entidade. O encontro, que estava marcado para as 19h, teve início às 21h e durou cerca de uma hora e meia. Diante da crescente insatisfação da categoria, já expressa na última reunião com o governo (9/8), o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Duvanier Paiva, iniciou o encontro informando que o governo está disposto a incorporar a Gratificação de Atividade Docente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Gedbt), contemplando desta forma os professores do EBTT. Paiva propôs também adiar a correção das distorções geradas no momento da criação da classe de professor associado e, em troca, reajustar as iniciais das classes. Representantes do Andes-SN consideram proposta governamental insuficiente Esse movimento seria, segundo o secretáAvaliação do Andes-SN rio do MPOG, no sentido de contemplar Marina Barbosa, presidente do Andes-SN, uma parcela maior da categoria. informou que o Sindicato Nacional realizou, O secretário se desculpou por não ter tido na última semana, uma rodada de assembleias tempo para avaliar o impacto da contraprogerais e um encontro do setor das Instituições posta emergencial apresentada pelo AndesFederais de Ensino Superior (Ifes) para avaSN, de valorização do salário inicial da carreiliar a proposta que havia sido colocada na ra, com piso de R$ 2.194,76 para o professor mesa na reunião de 9 de agosto com MPOG. graduado com jornada de 20 horas, conseEla ressaltou que os docentes reconhecem o quente reajuste da malha salarial e degraus movimento positivo do governo no sentido da constantes de 3% na carreira com 17 níveis. incorporação da Gratificação por Exercício do O representante do MPOG destacou Magistério Superior (Gemas) e correção das disainda a necessidade de se chegar a um torções. No entanto, os professores consideram a acordo ainda nesta semana, pois ele preproposta insuficiente, uma vez que ignora várias tende encerrar a planilha orçamentária reivindicações significativas da categoria. Marina questionou se o governo seria capara encaminhar à ministra do Planejapaz de apresentar uma proposta que mantenha mento, Miriam Belchior. a incorporação das gratificações e traga um ganho real para toda a categoria, corrigindo as distorções. Paiva afirmou que trabalha numa situação de restrição severa do ponto de vista orçamentário e desculpou-se novamente por não ter feito um estudo aprofundado em cima do impacto do reajuste do piso, com base na contraproposta do Andes-SN. O secretário de Recursos Humanos se comprometeu então a apresentar uma nova proposta, elaborada a partir do debate feito na reunião, mas ressaltou que será dentro das restrições existentes, em um panorama limitado, por conta do agravamento da crise internacional. O vice-presidente do Andes-SN, Luiz Henrique Schuch, reafirmou ao secretário que não será possível aceitar uma proposta se o governo não estiver disposto a flexibilizar o seu limite, pois tudo o que foi apresentado até o momento, se projetado em percentuais, tem um impacto tão pequeno que nem cobre a corrosão inflacionária já ocorrida. Ele também insistiu na necessidade de alteração no piso do magistério e reestruturação da malha salarial. Nova reunião Uma nova reunião foi marcada para a terça-feira (16/8, fechamento desta edição), às 20 horas, com ressalva do representante do MPOG de que a mesma dificilmente ocorreria no horário devido à agenda já comprometida com reuniões com outras categorias dos servidores públicos federais. *Imprensa do Andes-SN Setor das Ifes aprova indicativo de greve nacional da categoria Renata Maffezoli* Após avaliar os resultados da rodada nacional de assembleias gerais das seções sindicais, os representantes do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN aprovaram indicativo de greve nacional. A decisão foi tomada no sábado (13/8), na reunião do Setor, que contou com a participação de 38 docentes, de 27 seções sindicais. Durante a última semana, os professores das Ifes realizaram assembleias nas universidades para avaliar a proposta apresentada pelo governo no dia 9/8, que compreende a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) ao vencimento básico (VB) e a disposição de tratar a correção das distorções no enquadramento dos docentes, eventualmente ocorridas no momento da criação da classe de professor Associado. Avaliação geral Apesar de reconhecer o movimento positivo do governo, para os docentes, a proposta colocada na mesa pelo MPOG, após meses de protelações, é insuficiente. Embora tenha proposto incorporar a Gemas e discutir a correção das diferenças decorrentes após a criação da classe de professor Associado, o governo ignora várias reivindicações significativas da categoria. Além de não reorganizar a malha salarial, não valoriza o piso do magistério superior e ainda congela a remuneração da tabela salarial pelo menos até o início de 2013. Também não prevê a incorporação da Retribuição por Titulação (RT) e não contempla os professores aposentados. A proposta apresentada pelo MPOG não enfrenta a questão da desvalorização da atividade docente frente a outras categorias do funcionalismo público federal e também não repara as distorções internas existentes na evo- lução da própria carreira do magistério superior. Ao contrário, em alguns aspectos as acentua como, por exemplo, ao deixar de lado os professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), parte da base do Andes-SN. Próximos passos O Setor indicou ainda nova rodada de assembleias gerais das seções sindicais, de 17 a 19 de agosto, tendo como pontos de pauta a avaliação do resultado da mesa de negociações agendada com Ministério do Planejamento para 15/8 e o debate a respeito da data para o início da greve nacional da categoria. Uma nova reunião do Setor das Ifes está convocada para o dia 20/8, na sede do Andes-SN. Outras lutas O representante do Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), Rogério Marzola, compareceu à reunião do Setor das Ifes para fazer um relato das últimas atividades da greve dos técnico-administrativos (TAE), que já dura mais de dois meses. A Fasubra realizou na última semana um acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde reuniu mais de 1.300 TAE de todo o país. Os trabalhadores fizeram uma série de atos em frente ao Ministério da Educação (MEC) e do Planejamento (MPOG) para tentar sensibilizar o governo a retomar as discussões em torno da pauta de reivindicações da Fasubra. Dirigentes da entidade e membros do CNG foram recebidos pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que reafirmou seu papel de mediador e se comprometeu a conversar com Miriam Belchior, do MPOG, no sentido de tentar reabrir as negociações entre a Fasubra e o governo, interrompidas desde o início da paralisação em 6 de junho. * Imprensa do Andes-SN 17 de agosto 2011 Movimento UFRJ reconhece união homoafetiva Em decisão inédita, a Universidade Federal do Rio de Janeiro reconheceu a união homoafetiva de seus servidores, garantindo todos os direitos antes somente atribuídos aos casais heterossexuais. O pró-reitor de Pessoal, Roberto Gambine, explicou que a medida garante a cidadania dessas pessoas. E assegura que os interessados devem pleitear esses direitos, mesmo os que foram negados anteriormente: “A documentação para a exigência de benefícios será a mesma de sempre e está disponível no site da PR4. Até mesmo aqueles que já tinham feito processos e tiveram seus pedidos negados podem reivindicar (de novo)”. Segundo Roberto Gambine, essa é uma iniciativa nova na administração federal: “A UFRJ tem uma iniciativa inédita; na administração federal, é a primeira vez que eu vejo isso. A base de nossa administração é a Constituição Federal, e nela a base da sociedade é a família, que é, também segundo ela, constituída por um homem e uma mulher. Este reconhecimento do STF é um avanço e uma vitória, porque podemos aplicar na prática a garantia do direito a esses casais”. Base da medida foi decisão do STF No dia 5 de maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) votou por unanimidade pelo reconhecimento da união legal de pessoas do mesmo sexo, o que possibilita o casamento civil e considera esta forma de união também uma família, com a mesma proteção do Estado. Além do reconheci- mento, garante direitos como receber pensão alimentícia de parceiros e direito a plano de saúde conjunto, ter acesso à herança em caso de morte, direito à adoção, entre outros. Gambine explicou que o processo de reconhecimento do direito, se deu por meio da Procuradoria da UFRJ, que analisou o processo de um casal, em curso desde 2007. A partir deste caso, o procurador Renato Cândido Viana estabeleceu um parecer (21.2011). O documento afirma que a decisão do STF consolidou a defesa dos direitos de relações nos campos social e jurídico. “ Trabalhadores da Fiocruz aprovam greve progressiva Instituição paralisará atividades nestas quarta e quinta-feira Em assembleia geral realizada no dia 11, os servidores da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) decidiram paralisar as atividades por 48 horas nos dias 17 e 18/8 dando início a uma greve progressiva até o fim de agosto. Esses trabalhadores, que também estão em negociação com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), consideraram a proposta apresentada pelo governo, no dia 10 de agosto, inadmissível. A proposta prevê incorporação de gratificações ao Vencimento Básico (20% para o nível superior e 10% para o nível médio). Na terça-feira, 16 (fechamento desta edição), à tarde, estava marcada uma nova assembleia da categoria para avaliar os próximos passos do movimento e discutir os resultados da rodada de negociações ocorrida no dia 12 de agosto. Rede estadual suspende a greve Até mesmo aqueles que já tinham feito processos e tiveram seus pedidos negados podem reivindicar (de novo) “ UFRJ 9 www.adufrj.org.br Roberto Gambine Pró-reitor de Pessoal Anote Os bolsistas de qualquer modalidade (assistência estudantil, PIBIC, extensão,entre outras) ou monitores estão convidados a participar da I Plenária de bolsistas e monitores da UFRJ. Haverá um debate sobre ampliação do direito à assistência estudantil com o professor Roberto Leher, da Faculdade de Educação. Será neste 17 de agosto, ao meio-dia, no Auditório do Roxinho, CCMN, no Fundão. a UFRJ”. Organizado pela Pró-Reitoria de Extensão (PR5), o evento procura trazer estudantes do ensino médio e de pré-vestibulares para saberem mais sobre os cursos de graduação, os meios de ingresso e o funcionamento da universidade. O projeto prioriza os alunos da rede pública de ensino e dos cursos comunitários de preparação para vestibular, buscando incentivar o interesse dos estudantes pela educação de nível superior. O “Conhecendo a UFRJ” espera, neste ano de 2011, ampliar o público e, também, a participação dos alunos de gradução. A partir da estrura que será montada, o projeto pretende aumentar o número de visitantes – superando os aproximadamente 14.000 da edição de 2010 – e proporcionar uma quebra cada vez maior da barreira entra a universidade e a comunidade. As atividades acontecerão na Escola de Educação Física e Desportos, na Avenida Carlos Chagas Filho, 540, na Cidade Universitária. As inscrições para o evento foram iniciadas no dia 25 de julho e podem ser realizadas pelas instituições interessadas por meio do preenchimento do formulário de inscrição, disponível no site www.pr5.ufrj.br/conhecendo. A participação é gratuita. Mais informações pelos telefones 2598-9691 / 25989698 ou pelo e-mail: [email protected]. Kelvin Melo I Plenária de bolsistas Universidade realiza nona edição do “Conhecendo a UFRJ” e monitores da UFRJ Será realizada, nos dias 24 e 25 de agosto, a nona edição do “Conhecendo Decisão foi tomada em assembleia no dia 12 de agosto. Estado de greve permanece Na sexta-feira, dia 12, os professores da rede estadual de ensino suspenderam a greve da categoria, que já durava mais de 60 dias. No entanto, os professores entraram em estado de greve aguardando a sanção do governador da lei aprovada na Alerj, no dia anterior (11). A lei concede reajuste de 5%, antecipação da parcela Nova Escola de 2012 para 2011, antecipação total do Nova Escola (gratificação) e descongelamento da carreira para os funcionários. As medidas são retroativas a aposentados e pensionistas da rede. A Assembleia Legislativa também aprovou o abono dos dias parados. Sinasefe deflagra greve nacional dos EBTT Em plenária nacional, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) decidiu deflagrar a greve nas instituições federais de ensino básico, técnico e tecnológico. No Rio de Janeiro, todas as unidades do Colégio Pedro II aderiram à greve e paralisaram as suas atividades desde a última segundafeira, dia 15. 10 17 de agosto 2011 www.adufrj.org.br Entrevista Uma aposta na democratização A UFRJ optou por uma aposta na democratização a partir da adoção do Exame Nacional do Ensino Médio como única forma de ingresso na universidade. Essa é a avaliação da diretora da Faculdade de Educação, Ana Maria Monteiro, que falou ao Jornal da Adufrj sobre a polêmica decisão do Conselho Universitário, na última sessão da gestão de Aloisio Teixeira. Polêmica, especialmente pelo fato de o colegiado máximo não ter consultado o Conselho de Ensino de Graduação, responsável pela formulação do concurso para o ingresso na universidade. Há vinte e quatro anos, a UFRJ rompeu com a Fundação Cesgranrio, que realizava uma prova única para todas as universidades no estado. Para Ana Monteiro, que em 1987 e 1988 participou das primeiras avaliações das provas específicas da universidade, a preparação de um Vestibular próprio da UFRJ foi uma decisão importante, estratégica e de repercussão nacional. “Significou uma virada, uma mudança de paradigma do que se fazia em relação aos exames de acesso e que teve um impacto muito grande na Educação Básica, no Ensino Médio”. Ao incluir a redação na prova do vestibular, as escolas e cursos preparatórios tiveram que se adequar. “Me lembro das primeiras correções e víamos que alguns alunos respondiam: ‘Ah, eu não fui preparado para responder esse tipo de questão...’. Isso tudo gerou um movimento no sentido de sinalizar para as escolas que era preciso valorizar a produção da escrita dos estudantes, o tipo de resposta que pode ser dada a uma pergunta, que não era só marcar uma cruzinha”. O exame da UFRJ acabou se tornando referência para outras universidades. Ana Monteiro valorizou, além da qualidade das provas realizadas, o fato de em todos esses anos, nunca ter havido qualquer denúncia de corrupção ou de abuso de poder ou de qualquer mau uso da realização dos exames. “As comissões do vestibular foram sempre muito sérias, rigorosas e competentes na efetivação desse processo. Esse é um ponto de destaque. As equipes que formulam as questões da prova são formadas por profissionais de grande competência.” Ao longo dos anos 2000, a pressão dos movimentos sociais, principalmente do movimento negro pelas cotas raciais fez com que, na opinião da professora, as universidades fossem questionadas sobre os seus processos e exames de ingresso nos cursos de graduação. “A Uerj se destacou como sendo a primeira universidade que incluiu as cotas em seu acesso à graduação. Essa pressão foi feita em todas as universidades e a UFRJ também passou a ser questionada com relação ao seu processo de realização dos exames.” Além da demanda dos movimentos so- Kelvin Melo Para Ana Monteiro, o ingresso através do Enem vai exigir dos docentes um trabalho diferenciado do que é feito, até então, nas graduações. ciais, desde os anos 1990, a partir da Lei de Diretrizes e Bases, os governos adotaram avaliações nacionais como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Seab), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) como instrumentos para definir políticas para a Educação Superior. Ana Monteiro lembra então que o Enem não foi criado para ser exame de acesso das universidades, “mas para avaliar como está sendo feito o ensino nesse nível da Educação Básica”. Para Ana Monteiro, o debate quanto à adoção de outras formas de acesso já estava acontecendo. Basta observar que, para o ingresso de 2011, já tinham sido instituídas cotas de 20% para estudantes da rede pública do estado do Rio de Janeiro e 40% para estudantes avaliados pela prova do Enem. Os outros 40% de vagas foram destinados ao vestibular próprio. A cota apenas para escolas públicas do estado foi questionada na justiça e no ingresso de 2012 também poderão concorrer estudantes oriundos das escolas das federais, como os CAps e as unidades do Colégio Pedro II e institutos tecnológicos. A diretora diz, no entanto, que a Faculdade de Educação se posicionou apenas pela necessidade de “se pensar uma forma alternativa de inclusão do Enem como for- ma de acesso”, mas não de adesão total. No entanto o aumento do percentual das cotas sociais para 30% e apenas para estudantes oriundos de famílias com até um salário mínimo per capita foi considerado bastante positivo, especialmente para garantir que as cotas sejam destinadas aos estudantes que realmente precisam de uma chance diferenciada para estudar em uma universidade pública. Para o ex-reitor, a mudança do acesso e a adoção total do Enem era uma política fundamental e Aloisio apresentou a proposta ao Consuni no final do mandato com a justificativa de que o CEG não havia se posicionado até então. Mas, como dirigente, Ana Monteiro acha importante que os grandes temas sejam definidos com a participação de todos os colegiados e instâncias da universidade e achou estranha a posição do ex-reitor de encaminhar sua proposta diretamente ao Consuni sem uma posição do CEG sobre o assunto. Na avaliação da professora, o exame próprio de certa forma se cristalizou e havia muitas “receitas”, preparadas especialmente por cursinhos e escolas preparatórias, que habilitavam os estudantes a dominar o estilo de cada prova. Isso acabou desgastando o exame próprio da UFRJ e das demais, segundo Ana. “O cursinho preparava: isso aqui é prova tipo UFRJ, isso já é tipo UFF, isso é Uerj. Já se sabia de um certo padrão e os alunos desses cur- O que é o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) É o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação, por meio do qual as instituições públicas de educação superior participantes selecionam novos candidatos exclusivamente pela nota obtida no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O processo seletivo do Sisu possui uma única etapa de inscrição. Ao efetuar sua inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes do Sisu. O candidato também deve definir se deseja concorrer às vagas de ampla concorrência ou às vagas destinadas a políticas afirmativas. Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada. Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem e eventuais ponderações (pesos atribuídos às notas ou bônus). São considerados selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de vagas ofertadas pelo Sisu em cada curso, por modalidade de concorrência. Caso a UFRJ participa do Banco de Itens do Enem Na UFRJ, com a adesão 100% ao Enem/SiSU, houve uma chamada pública aos professores da instituição para auxiliar no processo de elaboração e revisão de itens (questões) a serem incorporados ao Banco Nacional de Itens (BNI) do Enem. Poderiam participar do processo docentes ativos ou aposentados, com vínculo com a UFRJ. Os interessados deveriam preencher uma ficha de cadastro e enviá-la para a PR-1 até o dia 9 de agosto deste ano. nota do candidato possibilite sua classificação em suas duas opções de vaga, ele é selecionado exclusivamente em sua primeira opção. São feitas duas chamadas sucessivas. A cada chamada, os candidatos selecionados têm um prazo para efetuar a matrícula na instituição, confirmando dessa forma a ocupação da vaga. Após as chamadas regulares do processo seletivo, o Sisu disponibiliza às instituições participantes uma Lista de Espera a ser utilizada prioritariamente para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas. Para participar da Lista de Espera, o candidato deve manifestar o interesse no prazo espe- cificado no cronograma. Podem manifestar o interesse, os candidatos não selecionados em nenhuma de suas opções nas chamadas regulares e os candidatos selecionados em sua segunda opção, independente de terem efetuado a matrícula. A manifestação somente poderá ser efetuada na primeira opção de vaga do candidato. Participaram do processo seletivo 2º/2011, 48 instituições de ensino superior, sendo 19 universidades federais, quatro universidades estaduais, 23 institutos federais e dois centros federais de educação tecnológica. Fonte: site do MEC 17 de agosto 2011 11 www.adufrj.org.br UFRJ sinhos acabavam sendo privilegiados em relação ao restante da rede, especialmente da rede pública”. Para Ana Monteiro, esse processo tornou o vestibular da UFRJ um pouco elitista em relação ao cenário nacional no qual várias instituições já vinham democratizando o acesso a partir de políticas afirmativas como as cotas étnicas. “Acho que a tendência é democratizar. Mas não estou dizendo que esse sistema (SiSU/Enem) é uma maravilha, que vai dar tudo certo”. Uma das discussões feitas pela Faculdade de Educação e também pela decania do CFCH, segundo a diretora, era que, como pelo Sisu alunos de todos estados podem concorrer a vagas em qualquer instituição, certamente as famílias ricas de estados como São Paulo e Minas (maiores “exportadores” segundo O Globo, 16/8) teriam mais condições de manter seus filhos na UFRJ. Enquanto estudantes menos privilegiados economicamente oriundos, por exemplo, de estados do Norte ou Nordeste não conseguiriam manterse na universidade por conta da falta de uma política de assistência efetiva. Faltam alojamentos adequados, bolsas, transporte, acesso à literatura específica dos cursos, entre outras necessidades básicas para que um estudante possa ter o melhor aproveitamento e, principalmente, concluir sua graduação. “É uma aposta que foi feita. O Consuni votou. Também não vamos colocar tudo nas mãos do reitor (Aloisio Teixeira). Foi uma decisão de todo o colegiado. Os representantes do Consuni poderiam ter rejeitado a proposta pelo fato de ela não ter passado pelo CEG. A maioria dos conselheiros aprovou a decisão”, considera. Para Ana Monteiro, o ingresso através do Enem vai exigir dos docentes um trabalho diferenciado do que é feito, até então, nas graduações. “Muitos dizem que, com o Enem, a UFRJ não vai ser mais uma universidade de qualidade. Mas temos o Colégio de Aplicação como exemplo, que transformou seu ingresso de exame para sorteio público e nem por isso perdeu a qualidade do ensino. Muito ao contrário, a gente dizia que agora (quando foi adotado o sorteio) é que o CAp vai mostrar se é de fato uma escola de qualidade”. Ana finaliza destacando outros problemas que deverão ser enfrentados a partir da adoção do Enem. “Com esse alunado que vai entrar agora não cabe mais aquela coisa de reprovação de 70% em Cálculo, por exemplo. Acho que temos que fazer uma aposta de trabalhar com a diversidade dos alunos e termos políticas de assistência, bolsas de apoio para uma socialização de como viver na universidade, desde explicar o que é o SIGA (sistema de gerenciamento acadêmico da UFRJ), como trancar uma disciplina, como acessar uma biblioteca. Às vezes, o estudante se perde apenas por não ter condições de acesso aos recursos que a universidade já possui, por falta de orientação e esclarecimento sobre o funcionamento da instituição.” DCE debate Educação em “Calourada” A cada ano o DCE Mário Prata da UFRJ realiza suas semanas de recepção de calouros com atividades culturais e debates. Neste ano, o foco é a Educação pública e também questões que interferem diretamente no dia a dia dos jovens. Os principais temas serão: novo Plano Nacional de Educação (PNE); Cidade e os Mega-eventos; a campanha “O petróleo tem que ser nosso”; debates sobre a legalização das drogas, políticas para a saúde; opressões presentes na sociedade como homofobia, racismo e machismo. A “Calourada” tem como eixo central a defesa da destinação dos 10% do PIB para a Educação pública e é realizada em conjunto com os DCEs da UFF, Uerj, UniRio e Rural. Essas entidades também estão atuando em conjunto com servidores públicos federais na construção da Marcha em Brasília em defesa dos 10% do PIB para a Educação e de um ato-show na Cinelândia com data prevista para 6 de setembro. Oito meses do entulho do HU Os estudantes também realizarão, neste período, uma “festa de aniversário” pelos oito meses do entulho do HU, na próxima A “Calourada” tem como eixo central a defesa da destinação dos 10% do PIB para a Educação pública e é realizada em conjunto com os DCEs da UFF, Uerj, UniRio e Rural. sexta-feira, dia 19. Vale ressaltar que será realizado, no dia 24 de agosto, o leilão do entulho do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ (HUCFF). Organizado pela Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), o ato procura efetuar a escolha da proposta mais vantajosa para leiloar o material oriundo da implosão da ala sul do prédio do HUCFF. O hospital, localizado na Avenida Professor Rodolpho Paulo Rocco, 255, na Cidade Universitária, teve seus blocos AI, AII, B e, AIII (este, parcialmente, demolido de forma mecânica) implodidos em dezembro de 2010, gerando 55.000 m³ de Resíduos de Construção e Demolição (RDC) – metais ferrosos e não ferrosos, sucata, restos de equipamento, entre outros materiais. De acordo com o regulamento do leilão, somente poderão participar representantes de empresas públicas ou privadas, que entregarão envelopes fechados com suas propostas no dia do evento. Após o arremate, o comprador terá o prazo máximo de seis meses corridos, a contar da data de realização do leilão, para retirar todo o RDC. Para tanto, o processo deverá ser objeto de acompanhamento, controle, fiscalização e avaliação por representante da Contratante, para este fim especialmente designado, com as atribuições específicas determinadas. Em caso de desistência da retirada parcial ou total dos resíduos ou de falta de pagamento do valor de arremate, podem ser aplicadas advertência ou multa compensatória de até 20% do valor total de arrematação, entre outras penalidades. O leilão acontecerá no dia 24 de agosto, às 10h, na Pró-Reitoria de Gestão e Governança, localizada na Avenida Brigadeiro Trompowisky, s/n°, Cidade Universitária, Prédio da Reitoria – 8° andar – sala 810. Mais informações do Edital disponível no site http://www.sg6.ufrj.br. Anote 140 anos da Comuna de Paris Nos dias 14 e 15 de setembro, em comemoração aos 140 anos da Comuna de Paris, a UFRJ receberá um seminário para debater a importância e a atualidade do acontecimento. Na programação estão previstas mesas-redondas e atividades culturais que discutirão, entre outras coisas, a influência do pensamento marxista na Comuna. O evento é gratuito e organizado pela Adufrj-SSind e núcleos de pesquisa da UFRJ. A Comuna A Comuna de Paris foi instituída em 1871 e foi o primeiro governo operário da história. Foi resultado da mobilização e resistência popular francesa frente a invasão alemã. É considerada a primeira revolução proletária da história, mas teve um curto tempo de existência, cerca de 40 dias. Não só seus líderes como também apoiadores foram brutalmente assassinados pelas forças contrárias francesas e alemãs. Estima-se que cerca de 20 mil pessoas tenham sido executadas naquele período. Confira a programação do Seminário: 14/9, quarta-feira 13h30 às 14h30 - Conferência de abertura: A comuna de Paris em perspectiva histórica Com: Claudine Rey (Association les Amis de la Commune de Paris - 1871) *haverá tradução simultânea do francês para o português 14h30 às 16h30 - Mesa 1: A Comuna nas obras de Marx, Lênin e Gramsci Com: José Paulo Netto (ESS/UFRJ), Ronaldo Coutinho (UFF) e Carlos Nelson Coutinho (ESS/ UFRJ) Café e lanche 17h15 às 17h45 - Atividade cultural Exposição e lançamentos de livros A revolução antes da revolução, de Karl Marx, com apresentação de Mauro Iasi 18h às 20h - Mesa 2: O poder popular e as organizações dos trabalhadores Com: Valério Arcary (CEFET/SP) e Gilmar Mauro (MST) Atividades culturais [Local a definir] 21h às 21h50 - Apresentação teatral 22h às 23h - Show do grupo Lutarmada 15/9, quinta-feira 10h30 às 12h30 - Mesa 3: Trabalho, economia e autogestão operária Com: Mario Duayer (UERJ), Marcelo Badaró (UFF) e Pedro Santinho (Flaskô) Almoço 14h30 às 16h30 - Mesa 4: Educação, emancipação e revolução Com: Roberto Leher (LIEAS/UFRJ), Jane Almeida (Doutoranda/UNICAMP) e Osvaldo Coggiola (USP) Café e lanche 17h30 às 18h - Atividade cultural Apresentação da história da música Internacional 18h às 20h - Mesa 5: As mulheres na Comuna Com: Claudine Rey (Association les Amis de La Commune de Paris), Diana Assunção (Pão e Rosas/SP) e Mirla Cisne (UERN/Consulta Popular) *haverá tradução simultânea do francês para o português Atividade cultural (Local a definir) 21h às 21h50 - Apresentação teatral 12 www.adufrj.org.br 17 de agosto 2011 Movimento Seminário sobre Universidade Popular ocorre nos dias 19 e 20 Evento propõe discutir um modelo de ensino superior voltado para as demandas do povo Falar de Universidade Popular em uma época em que vigora o mais profundo individualismo é uma tarefa árdua. A isso se propõem estudantes e movimentos sociais de vários estados e universidades do país nos próximos dias 19 e 20 de agosto. O primeiro Seminário Estadual Universidade Popular acontece na sede do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do estado do Rio (Sindjustiça) que fica na Travessa do Paço, 23 (13º e 14º andares), do lado da Assembleia Legislativa, no Centro. O objetivo do evento é divulgar a ideia de uma Universidade Popular no atual cenário de reestruturação das universidades públicas. Segundo os organizadores, a Universidade Popular não se limita ao ingresso dos trabalhadores na Educação Superior. Nem tampouco apenas à ampliação da democracia nas instituições. “A Universidade Popular é um ensino superior que leva em conta as demandas populares da realidade onde está inserida”, resumem os organizadores. No evento, será discutido também o papel das pesquisas realizadas nas universidades que nos últimos quinze anos se tornaram propriedade indivíduos e empresas. Na concepção de uma Universidade Popular, o financiamento e recurSamuel Tosta Programação sos da instituição devem ser direcionados a pesquisas com objetivo de atender a demandas reais da população. “São os problemas da população, sejam eles de ordem médica, cultural ou no âmbito do urbanismo, que devem ser solucionados”. Para que isso aconteça, o ensino, a pesquisa e a extensão universitária não podem ser pautados por interesses econômicos de empresas, setores como o agronegócio ou investidores interessados na exploração da energia e recursos naturais. Pesquisa básica é fundamental A proposta da Universidade Popular leva em conta que a pesquisa Básica é fundamental para que a ciência se desen- volva no país. Não basta promover inovações tecnológicas que apenas geram “novas caras” para velhos produtos ou serviços, como tem sido feito nos últimos anos no Brasil. É preciso que a população, junto da comunidade universitária, decida o que é estratégico e de interesse para o desenvolvimento real do país. O seminário é promovido por entidades e movimentos sociais, entre eles, a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (Enesso), Grupo de Trabalho Universidade Popular (GTUP). Movimento por uma Universidade Popular (MUP) e União da Juventude Comunista (UJC). 19 e 20 de agosto Local: Sindjustiça Travessa do Paço, 23 – 13º/14º andar. Centro, ao lado da Alerj 19 de agosto 18 horas – mesa de abertura “A crise estrutural do capitalismo e a universidade brasileira” 20 de agosto 12 horas – Grupos de discussão (Ciência e tecnologia; Universidades e Mov. Sociais; Educação Pupular). 16 horas – Mesa de encerramento “Universidade para além do capital” VIII Congresso do Sintuperj Instância máxima de deliberação da entidade, o evento também é um espaço para debate do projeto de universidade e educação pública para a classe trabalhadora Este ano, o tema do VIII Congresso do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro (Sintuperj), traz como reflexão principal “Que universidade queremos? Trabalhadores na luta por Democracia, Autonomia e Financiamento Público”. A mesa de abertura contou com o reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Almy Júnior; com o ex-reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira; e com a juíza Salete Maccalóz, representando a Uerj.