Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Relatório de Estágio
CET - Acompanhamento de Crianças e Jovens
Jéssica Nabais da Cruz
i
Setembro de 2013
Jéssica Nabais da Cruz
Nº 5007704
Relatório de Estágio
Relatório apresentado para a obtenção do Curso de
Especialização Tecnológica – Acompanhamento de
Crianças e Jovens, sob a orientação da Professora
Doutora Rosa Tracana.
Orientadora: Professora Doutora Rosa Tracana
ii
Obtenção do Curso de Especialização Tecnológica –
Acompanhamento de Crianças e Jovens
Discente
Jéssica Nabais Da Cruz
Curso: Cet- Acompanhamento de Crianças e Jovens
N.º 5007704
Instituição Educativa
Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação Comunicação Desporto da Guarda
Orientador / ESECD: Prof. Dr.ª Rosa Tracana
Estágio
Local de Estágio: Santa Casa da Misericórdia do Sabugal- “Centro Riba-Côa”
Morada: Largo Padre Manuel Nabais Caldeira
6320-453 Sabugal
Início: 1 de Julho de 2013
Termino: 9 de Setembro 2013
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Instituto Politécnico da Guarda, em concreto à Escola Superior de
Educação, Comunicação e Desporto e a todos os professores pela aprendizagem que me
proporcionaram ao longo deste percurso. A todos os membros constituintes da Escola
Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda, um obrigado pelos serviços
prestados ao longo deste ano.
Um sincero agradecimento à Professora Doutora Rosa Tracana por todo o
apoio/acompanhamento durante o período de estágio, bem como toda a disponibilidade
e empenho demonstrado na realização e defesa do relatório final.
Agradeço à Santa Casa da Misericórdia do Sabugal, a todos os funcionários e
utentes pela sua colaboração, em particular à minha orientadora de estágio Dr.ª Natália
Lopes, Drª Rute Renca, Drª Carla Botas e Drª Cláudia Tavares e Drª Liliana Cordeiro
pelas suas orientações e colaboração durante o estágio.
A todas as crianças da instituição pelo carinho demonstrado em todos os
momentos de estágio.
Agradeço ainda aos meus pais em especial à minha mãe, e a toda a família pelo
apoio que me deram, incentivo e coragem ao longo deste ano.
A todos os meus amigos que estiveram sempre presentes nos bons e nos maus
momentos. A todos os meus colegas e amigos do Instituto Politécnico da Guarda que
me acompanharam durante todo o meu percurso e o tornaram inesquecível, em especial
à Beatriz Venda por toda a paciência e apoio ao longo de todo este percurso.
Finalmente, apresento os meus agradecimentos a todas as pessoas que me
apoiaram neste estágio contribuindo assim para o sucesso do mesmo.
iv
Lista de Abreviaturas
CATL – Centro de Atividades de Tempos Livres
CET – Curso de Especialização Tecnológica
v
Resumo
O presente documento pretende descrever todas as etapas desenvolvidas ao
longo do Estágio realizado na Santa Casa Da Misericórdia do Sabugal – Centro Riba –
Côa - .
A estrutura, do mesmo, baseia-se nas linhas orientadoras que regulam o Estágio,
que expõem detalhamento todo o procedimento, de forma a caraterizar o contexto de
integração. É ainda destacada, no enquadramento teórico, a importância da relação
escola/professor aluno, bem como, a influencia dos contextos socias na satisfazação das
necessidades dos jovens , sendo ainda importante relatar fatores de risco e de proteção
das famílias . A partir disso, será dada a importância do “Lúdico” e como ele, os jogos,
brinquedos e brincadeiras podem ser importantes para o desenvolvimento e para a
aprendizagem das crianças. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas
capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.
Para as crianças exercerem sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e
diversidade nas experiências que lhes são oferecidas.
Palavras-chaves: Estágio, educação de infância, crianças, actividades.
vi
Abstract
This document is intended to describe all the steps developed over Work
Placement held at Santa Casa da Misericordia of Sabugal - Centro Riba - Côa -. The
structure thereof, based on the guidelines regulating Work Placement, which expose the
entire procedure detailed in order to characterize the context of the integration. It is also
highlighted in the theoretical framework, the importance of the relation school / teacher
student as well as the influence of contexts socias in meeting the needs of young people,
being still important to report risk factors and protection of families. From this it will be
given the importance of "Playful" and how he, games, toys and games may be important
for the development and learning of children. In the games children can develop some
important skills, such as attention, imitation, memory and imagination. For children to
exercise their ability to create is essential to have richness and diversity in the
experiences offered to them.
Keywords: Stage, kindergarten teacher, children, activities
vii
ÍNDICE
Obtenção do Curso de Especialização Tecnológica – Acompanhamento de Crianças e
Jovens_______________________________________________________________iii
Agradecimentos_______________________________________________________iv
Lista de Abreviaturas____________________________________________________v
Resumo______________________________________________________________vi
Abstract____________________________________________________________viii
Introdução ____________________________________________________________1
Capítulo I Enquadramento Institucional
1.1. Localização Geográfica do Local de Estágio __________________5
1.2. Breve Historial da Instituição______________________________6
1.3. Respostas Sociais _______________________________________7
1.4. Missão e Valores________________________________________8
1.5. Finalidades/objetivos_____________________________________9
1.6.Estrutura Social ________________________________________11
1.7. Recursos Humanos _____________________________________12
1.8. Público Alvo__________________________________________12
Capítulo II Enquadramento Teórico
2.1.Relação Escola/Professor/ Aluno __________________________ 15
2.2.O Desenvolvimento Cognitivo da Criança _________________16
2.3. O Desenvolvimento Segundo a Perpetiva de Piaget____________17
2.4. O Desenvolvimento Segundo a Perpetiva de Vigotsky________18
2.5. Técnico de Acompanhamento de Crianças e Jovens __________20
2.5.1. Referencial e Competências _____________________________20
Capítulo III Estágio
3. Relatos Diários
3.1.Plano de Atividades _____________________________________24
3.2.Acolhimento no Parque___________________________________27
3.3. Higiene_______________________________________________27
3.4. Lanche da Manhã/ Lanche da Tarde________________________ 28
3.5.Almoço_______________________________________________29
3.6.Hora de Dormir/Visualização de Filme______________________ 30
3.7Hora de Brincar_________________________________________ 30
viii
3.8.Horários______________________________________________31
3.9 1ª Sessão__________________________________________________________32
3.9.1.Caraterização do Grupo_______________________________________32
3.9.2.Caraterização do Espaço______________________________________32
3.9.3.Horário ___________________________________________________33
3.9.4 Relatos Diários
1ª Semana ______________________________________________________34
2ª Semana ______________________________________________________39
3ª Semana______________________________________________________42
4ª Semana______________________________________________________ 46
5º Semana _____________________________________________________50
3.10 2ª Sessão ________________________________________________________50
3.10.1.Caraterização do Grupo______________________________________50
3.10.2. Caraterização do Espaço_____________________________________51
3.10.3. Horário __________________________________________________51
3.10.4. Relatos Diários
6ª Semana ______________________________________________________52
3.11. 3ª Sessão________________________________________________________55
3.11.1Caraterização do Grupo______________________________________56
3.11.2.Caraterização do Espaço_____________________________________56
3.11.3.Horário __________________________________________________57
Relatos Diários
7ª Semana ______________________________________________________58
8ª Semana ______________________________________________________60
3.12. 4ªSessão_________________________________________________________63
3.13.5ª Sessão________________________________________________________ 63
3.13.1 Caraterização do Grupo______________________________________64
3.13.2.Caraterização do Espaço_____________________________________64
3.13.3.Relato Semanal ____________________________________________65
4.Conclusão__________________________________________________________69
5. Limitações_________________________________________________________70
6. Novas Pesquisas_____________________________________________________71
7.Bibliografia _________________________________________________________72
Apêndice
ix
Anexo
x
o Índice de Quadros
Quadro 1 Cronograma ____________________________________________ 2
Quadro 2 Calendarização dos momentos de estágio ____________________ 23
Quadro 3 Plano de Atividades ______________________________________24
Quadro 4 Plano de Atividades ______________________________________25
Quadro 5 Plano de Atividades ______________________________________25
Quadro 6 Plano de Atividades _____________________________________ 25
Quadro 7 Plano de Atividades _____________________________________ 25
Quadro 8 Plano de Atividades _____________________________________ 26
Quadro 9 Horário – Sala Mestre André ______________________________ 33
Quadro 10 Horário – Sala Arco- Íris _________________________________52
Quadro 11 Horário – Sala dos Sorrisos ______________________________ 57
xi
o Índice de Figuras
Figura 1 – Centro Riba- Côa ________________________________________5
Figura 3 – Parque Rua ____________________________________________27
Figura 4 – Casa de Banhos/ Jardim de Infância _________________________28
Figura 5 – Casa de Banhos/Creche __________________________________28
Figura 6 – Refeitório/ Jardim de Infância______________________________29
Figura 7 - Refeitório/ Creche _______________________________________29
Figura 8 - Refeitório _____________________________________________29
Figura 9 - Dormitórios/ Creche _____________________________________30
Figura 10 - Dormitórios/ Visualização de Filme ________________________30
Figura 11 - Parque Rua/ Hora de Brincar _____________________________31
Figura 12 - Horário do Pessoal Cooperante____________________________31
Figura 13 – Horário Sala dos Sorrisos________________________________31
Figura 14 – Copa Creche __________________________________________32
Figura 15 – Sala Linda Fulana/ Creche_______________________________32
Figura 16 – Sala Mestre André _____________________________________33
Figura 17 – Sala Mestre André _____________________________________33
Figura 18 –Uma das caixas utilizadas nas pinturas ______________________36
Figura 19 - Resultado Final ________________________________________36
Figura 20 – Momento da historia ____________________________________37
Figura 21 – Plano de Atividades_____________________________________38
Figura 22 – Plano de Atividades ____________________________________38
Figura 23 – Plano de Atividades ____________________________________38
xii
Figura 24 – Pintura de Mãos _______________________________________40
Figura 25 - Pintura de Mãos _______________________________________40
Figura 26 – Piscina ______________________________________________40
Figura 27 – Fatos de Banhos _______________________________________40
Figura 28 – Pintura de Borboletas ___________________________________41
Figura 29 – Cavalo/Velho _________________________________________41
Figura 30 – Cavalo/Novo __________________________________________41
Figura 31 – Visita ao Panda ________________________________________42
Figura 32 – Algum material utilizado ________________________________43
Figura 33 – Rio- Côa _____________________________________________44
Figura 34 – Divertimento com instrumentos___________________________45
Figura 35 – Divertimento com instrumentos___________________________45
Figura 36 – Crianças observando à farinha ____________________________45
Figura 37 – Algumas figuras criadas com farinha _______________________46
Figura 38 – Apanhada de Alfazema _________________________________46
Figura 39 – Crianças brincando com toalhas __________________________47
Figura 40 – Toalhas ______________________________________________47
Figura 41 – Prenda/ dia dos avós ____________________________________49
Figura 42 – Bolas Saltitonas _______________________________________49
Figura 43 – Sala Arco-íris _________________________________________51
Figura 44 – Visualização do Filme __________________________________53
Figura 45– Visita à sala dos livros ___________________________________53
Figura 46 – Motos da GNR ________________________________________54
xiii
Figura 47 – Exposição de Livros/ sala dos sorrisos ______________________55
Figura 48 – Sala dos Sorrisos ______________________________________56
Figura 49 – Um dos micros utilizados ________________________________59
Figura 50 – Praia Fluvial do Sabugal _________________________________59
Figura 51 – Teatro/material ________________________________________60
Figura 52 – Praia Fluvial Do Quadrazais _____________________________61
Figura 53 – Visualização de Filme __________________________________62
Figura 54 – Bicicletas de algumas crianças ____________________________63
Figura 55 – Sala Linda ____________________________________________64
Figura 56 - Mapa de Atividades ____________________________________66
Figura 57 – Mapa do Tempo _______________________________________66
Figura 58 – Mapa de Presenças _____________________________________66
Figura 59 – Balão de Aniversários __________________________________67
xiv
Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós
Antoine de Saint-Exupér
INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste no relatório de Estágio, do Curso de Especialização
Tecnológica – Acompanhamento de Crianças e Jovens, do Instituto Politécnico da
Guarda, na Escola Superior de Comunicação, Desporto e Educação. A Escola Superior
de Educação Comunicação e Desporto – Instituto Politécnico da Guarda - aposta na
formação de Técnicos de Acompanhamento de Crianças e Jovens competentes,
permitindo assim aos seus alunos este contato com a realidade educativa, uma vez que
dá acesso a uma formação mais abrangente em prol de uma futura profissão. Este
Estágio Profissional foi e é essencial, uma vez que é a última/primeira experiência que
se tem antes de se entrar no “mercado” de trabalho. O Estágio Curricular foi efetuado na
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal “Centro Riba- Côa” (anexo 1). Iniciou-se a 1 de
julho de 2013 e terminou a 9 de setembro de 2013, com um total de 400horas
completas, num total de 10 semanas, realizando-se todos os dias da semana (2.ª,3º, 4.ª,5º
e 6.ª feiras), das 9h às 13h e das 14h às 18h, com a duração de 8 horas diárias e 40 horas
semanais. Este consistiu na observação e descrição do dia-a-dia das crianças da Creche
e do Jardim de Infância do Centro Ribacôa. Durante o Estágio houve oportunidade de
acompanhar crianças da creche e do jardim-de-infância, no período de 1 de julho a 31
de julho decorrendo na sala “Mestre André” orientada pela educadora Rute Renca. O
grupo era constituído por 24 crianças, compreendidas entre os 2-3anos de idade, estas
crianças são consideradas os “finalistas da creche”, visto que no próximo ano letivo irão
transitar para o chamado, 1º ano de Jardim de Infância. No período de 1 de agosto de
2013, a 9 de setembro de 2013 o estágio decorreu com as crianças do Jardim de Infância
e CATL, passando por todos os grupos etários, visto no mês de agosto, muitas das
crianças inscritas na instituição não compareceram, devido ao facto de se encontrarem
de férias.
O estágio é uma prática investigativa, formadora e crítico-reflexiva de
fundamental importância para nossa formação académica e para a construção da nossa
identidade. A extrema importância do Estágio consiste em permitir a aproximação do
1
académico com a nossa futura área de atuação. Com este trabalho pretende-se refletir e
consolidar tudo aquilo que foi sendo debatido durante este ano letivo. O estágio
possibilitou a construção da identidade profissional, à medida que permite uma maior
aproximação com a realidade escolar, tanto a nível de conceitos como de procedimentos
que se deve tomar quando se inicia a prática profissional. De acordo com Alegria et. al.,
citado por Rodrigues, A. (2009, p.66), O ano de formação prática reveste-se, assim, de
importância fundamental, por proporcionar aos estagiários condições para exercer
numa Escola, em contexto real. No fundo, este estágio permitiu ter uma visão mais
ampla daquilo que se pode/deve ou não fazer ao longo da vida profissional.
Como futura técnica de acompanhamento de crianças e jovens, foi
verdadeiramente importante um contato direto e intensivo com as crianças, participando
ativamente nas suas atividades diárias. De forma a proporcionar uma pesquisa mais
facilitadora das atividades ocorridas durante o estágio, foi elaborado um pequeno
cronograma (quadro 1) onde consta um total de 400 horas de estágio, dentro das quais:
observação de atividades realizadas pelas educadoras, atividades programadas, e 40
horas dedicadas à pesquisa bibliográfica e à realização do presente relatório de estágio.
Quadro: 1 Cronograma
Meses
Semanas
Atividades
Observação das
Aulas
Atividades
Programadas
Pesquisa
Bibliografia/
Elaboração do
Relatório
Julho
Agosto
1 2 3 4
5
1
2
x x x x
x x x x
x
x
x x x
Setembro
3
4
1
2
x
x
x
x
x
x
x
O estágio propõe o fortalecimento da relação entre a teoria e a prática, tornandose um momento de importante contribuição no processo de formação. Proporciona aos
futuros Técnicos de Acompanhamento de Crianças e Jovens, um contato imediato com
o ambiente que envolve o quotidiano de uma educadora de infância. O presente relatório
2
de estágio, como o cronograma demonstra, foi desenvolvido com base em observações
de aulas, atividades programadas e realizadas no Centro Riba- Côa, situado na cidade do
Sabugal.
Esta instituição da rede pública municipal, atende hoje mais de cem crianças nas
suas diversas valências, na faixa etária dos 0 aos 13 anos, como atrás referido. Durante o
período de permanência na instituição foi possível verificar o ambiente escolar, a sala de
aula e como acontecem os processos de interação aluno/aluno e aluno/professor.
Observações criteriosas permitiram entender na prática um pouco mais de como se dá o
processo de ensino – aprendizagem nessa faixa etária.
O objetivo deste trabalho é então o de relatar e refletir acerca das atividades
desenvolvidas durante o estágio.
O presente relatório é constituído por cinco capítulos, Capítulo 1Enquadramento Institucional, Capítulo 2 - Enquadramento teórico, Capítulo 3 - Relatos
diários.
Para finalizar é importante referir que todas as fotos disponibilizadas, no
presente relatório, são de fonte própria, tiradas com a autorização do responsável da
instituição. Infelizmente só algumas das atividades se complementam com fotos, sendo
ainda importante salientar que de todas as fotos utilizadas nenhuma delas envolve a cara
das crianças desta instituição.
3
CAPÍTULO I
Enquadramento Institucional
4
1.Enquadramento Institucional
Este primeiro Capítulo foca-se essencialmente na Instituição acolhedora onde é
é identificada/descrita de uma forma muito geral, desde a sua constituição (valências) a
missão e valores, recursos humanos, entre outros.
1.1 - Localização Geográfica do local de Estágio
A cidade do Sabugal está, geograficamente, situada na Beira Alta, no distrito de
Guarda. É um concelho extenso com aproximadamente 822 km2, e um total de quarenta
freguesias. Faz fronteira com os concelhos de Almeida, Fundão, Belmonte, Guarda e
Penamacor. A palavra Sabugal deriva de, Sabugueiros, arbusto que predomina em
grande quantidade nas margens do rio Côa. O Sabugal apesar de ser um concelho com
grande dimensão territorial é também muito enfraquecido a nível populacional, isto
devido ao grande fluxo migratório da década de 60, e que foi extensível a toda a zona do
Interior. A cidade do Sabugal é rica em património cultural e natural. Cultural pela
existência do castelo de forma pentagonal, classificado Monumento Nacional desde
1910, natural pela proximidade da linda serra de Malcata, onde se pode desfrutar de
uma beleza paisagística pela diversidade da riqueza em flora e fauna, protegendo uma
das espécies em vias de extinção: o Lince Ibérico. E obviamente, pelo lindo rio Côa que
nasce na Serra das Mesas (freguesia dos Foios) que acolhe várias espécies, tais como: a
truta, o rordalo, o barbo e as bogas. Em menos quantidade e vistas por alguns
pescadores (desportivos), encontram-se ainda as lontras nas águas do Côa. No entanto,
todos os anos, esta beleza natural fica ameaçada pelos
incêndios, deixando eminentemente em perigo a
continuação
destas
espécies.
A
Santa
Casa
da
Misericórdia está edificada no Largo Padre Manuel
Nabais Caldeira da referida localidade, onde cria e
presta os seus serviços de apoio aos Idosos e crianças
(figura 1).
Figura 1: Centro Riba- Côa
Fonte: Própria
5
1.2 - Breve historial da Instituição
As Irmandades da Misericórdia apareceram no tempo da Rainha Dª. Leonor, a
mesma, com o incentivo do seu confessor, Frei Miguel Contreiras, foi a impulsionadora
e fundadora da Misericórdia de Lisboa. Desta forma, a oficialização destas Instituições
pertenceu ao Rei. Foi o Rei D. Manuel que no dia 15 de Agosto de 1498 aprovou e
publicou o Compromisso da Misericórdia de Lisboa. A partir desta data surge um
movimento do alcance nacional que leva à chegada de Misericórdias nos centros
populacionais mais importantes do País. Assim, a misericórdia do Sabugal teve origem
através deste movimento, porém a falta de documentos históricos não nos permite
averiguar a verdade. Uma das referências históricas que encontrámos está na “Memória
Paroquial do Sabugal – Paróquia de S. João Baptista de 1758”: A mesma, é uma
Instituição Particular de Solidariedade Social. Inicialmente esta Instituição tinha como
objetivo fornecer um serviço de apoio aos caminhantes. No início do século XX foi
criado o Hospital da Misericórdia do Sabugal cuja existência se prolonga até cerca de
1974. Costa Goodolphim que, na sua obra “AS MISERICÓRDIAS”, publicada em
1897, ocupou-se do tema logo para os seus primeiros tempos, inventariando por zonas
as primeiras que foram conhecidas. No atual distrito da Guarda, segundo o mesmo
escritor, Costa Goodolphim, existiam “Ceia, Celorico, Fornos, Gouveia, Guarda,
Linhares, Melo, Pinhel, Sabugal e Trancoso”. Se tivermos em conta a informação do
pároco de S. João Baptista de 1758, a Misericórdia do Sabugal teria sido fundada antes
do ano de 1521, ano da morte de D. Manuel I, somos levados a concluir que a data da
fundação da Misericórdia de Sabugal terá sido no ano de 1516, um ano após ter dado o
Foral ao Sabugal, pelo que a diferença das datas ficará a dever-se a um erro de escrita
ou leitura, tal como afirma Rui Grilo Capelo. A 24 de Setembro de 1995 o edifício, até
então abandonado, foi recuperado e remodelado para poder funcionar como lar para
idosos. Ao longo dos anos as condições do lar foram melhoradas e foi construído um
novo edifício para acolher crianças e jovens. Atualmente a instituição passa por um
processo de certificação de qualidade. A finalidade da Misericórdia é estar junto,
acompanhar e auxiliar os necessitados. Esteve presente noutros tempos, com outras
necessidades, está hoje e estará amanhã com as necessidades de cada tempo.
6
1.3 - Respostas Sociais
A Santa Casa da Misericórdia do Sabugal é composta por várias respostas
sociais entre elas a Creche, o Jardim Infantil, o CATL, o Lar, e o Centro Dia e Apoio ao
domicílio.
A creche é uma resposta social, desenvolvida com o recurso a equipamentos, de
natureza socioeducativa e destina-se ao acolhimento de crianças até aos três anos de
idade, durante o período diário, que corresponde ao impedimento dos pais ou das
pessoas que tenham a sua guarda de facto, vocacionado para o apoio à criança e à
família. Esta resposta social também colabora no despiste precoce de qualquer
inadaptação ou deficiência, assegurando o seu encaminhamento adequado. A creche do
Centro Infantil Ribacôa conta com um total de cinquenta e duas crianças entre os três
meses e os dois anos. Os objetivos da creche são proporcionar o bem-estar e
desenvolvimento integral das crianças num clima de segurança afetiva e física, durante
o afastamento parcial do seu meio familiar.
Para dar uma resposta social a crianças com idade a partir dos três anos de idade
até à entrada no ensino básico, encontra-se em funcionamento o Jardim de Infância com
trinta e seis crianças. Os objetivos passam por promover o desenvolvimento pessoal e
social da criança e proporcionar-lhe condições de bem-estar e segurança; contribuir,
para a igualdade de oportunidades no acesso à escola, para o sucesso da aprendizagem e
desenvolvimento da expressão e da comunicação através da utilização de linguagens
múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de
compreensão do mundo; proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e
precocidades, promovendo a melhor orientação e encaminhamento da criança. Esta
resposta conta com a intervenção integrada da Segurança Social e da Educação. Está
vocacionada para o desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe atividades
educativas e atividades de apoio à família. A instituição está também virada para a
família, incentivando-a a participar no processo educativo, estabelecendo relações de
efetiva colaboração com a comunidade. Assim, apoia os pais através de fornecimento de
refeições e de prolongamentos de horários com atividades de animação socioeducativa.
O CATL é uma resposta social a crianças e jovens a partir dos 6 anos de idade,
desenvolvida em equipamento ou serviço, que proporciona atividades de lazer nos
períodos disponíveis das responsabilidades escolares e de trabalho. Os CATL da Santa
7
Casa da Misericórdia do Sabugal têm trinta crianças. Os seus objetivos são proporcionar
um ambiente propício ao desenvolvimento de cada criança ou jovem, de forma a ser
capaz de se situar e expressar num clima de compreensão, respeito e aceitação de cada
um. Colabora na socialização de cada criança ou jovem, através da participação na vida
em grupo. Proporciona atividades integradas num projeto de animação sociocultural,
onde as crianças podem efetuar escolhas e participar voluntariamente. Contribui
também para uma melhor situação socioeducativa e a qualidade de vida das crianças e
potencia a interação e a inclusão social das crianças com deficiência, em risco e em
exclusão social e familiar.
Por último, e não menos importante, temos o Lar Nossa Senhora da Graça com
sessenta e oito utentes repartidos entre o Lar, Centro Dia e Apoio Domiciliário. Os
objetivos do Lar são acolher pessoas idosas, ou outras, cuja situação social, familiar,
económica e /ou de saúde, não lhes permite permanecer no seu meio habitual de vida.
Assegura a prestação dos cuidados adequados à satisfação das necessidades, tendo em
vista a manutenção da autonomia e independência. É uma resposta social a pessoas com
idade superior a sessenta e cinco ou de idade inferior em condições excecionais.
Destina-se ao alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, para pessoas
idosas ou outras em situação de maior risco de perda de independência e/ou de
autonomia. Procura criar condições que permitam preservar e incentivar a relação
intrafamiliar e encaminha as pessoas idosas para soluções adequadas à sua situação.
1.4 - Missão e Valores
A Santa Casa tem como principal missão promover o sucesso dos seus utentes,
desta forma tenta promover a Convenção dos quatro pilares fundamentais que estão
relacionados com todos os outros direitos:
 A não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de
desenvolver todo o seu potencial – todas as crianças, em todas as circunstâncias,
em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.
 O interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas
as ações e decisões que lhe digam respeito.
 A sobrevivência e desenvolvimento sublinham a importância vital da garantia de
acesso a serviços básicos e à igualdade de oportunidades para que as crianças
possam desenvolver-se plenamente.
8
 A opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida
em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos.
A Convenção sobre os direitos da crianças, contém 54 artigos, validada a 21 de
setembro de 1990 em Portugal, que podem ser divididos em quatro categorias de
direitos, os direitos à sobrevivência (ex. o direito a cuidados adequados) os direitos
relativos ao desenvolvimento (ex. o direito à educação), os direitos relativos à proteção
(ex. o direito de ser protegida contra a exploração) e os direitos de participação (ex. o
direito de exprimir a sua própria opinião). Desta forma a Santa Casa da Misericórdia do
Sabugal, visa promover o respeito das crianças tais como educa-las para a sua próxima
etapa, tal como tentar interagir a família no dia a dia das mesmas e assegurar a
divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento das valências indicadas.
Melhorando assim a qualidade de vida das populações onde está inserida, privilegiando
os mais carenciados, através da prática de atos de solidariedade social e de culto
católico, em harmonia com o seu espírito tradicional de fraternidade.
1.5 - Finalidades/Objetivos
Não desviando do que foi referido anteriormente podemos aludir que os
objetivos/finalidade da Creche e do Jardim de Infância, são vários. No âmbito do artigo
10, da Lei 5/97 de 10 de fevereiro, os objetivos pedagógicos da educação pré-escolar
são:
a)- Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências
de vida democrática numa perspetiva de educação para a cidadania; b)- Fomentar a
inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das
culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da
sociedade; c)- Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o
sucesso da aprendizagem; d)- Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no
respeito pelas suas características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diversificadas; e)- Desenvolver a expressão e a
comunicação através da utilização de linguagens múltiplas como meios de relação, de
informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo; f)- Despertar a
curiosidade e o pensamento crítico; g)- Proporcionar a cada criança condições de bemestar e de segurança, designadamente no âmbito da saúde individual e coletiva; h)9
Proceder à despistagem de crianças com necessidades educativas especiais; i)Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de
efetiva colaboração com a comunidade.
Para um funcionamento normal da Instituição, tem-se em consideração, vários
aspetos interligados como por exemplo: condições de admissão, admissões, renovação
de matrículas, mensalidades, frequência e horários, alimentação, situações de doença,
vestuário, contacto com os pais, competências dos pais, outros pontos a ter em conta. As
condições de admissão implicam, ter idade compreendida entre 4 meses e 5 anos, e estar
isento de doenças infecto-contagiosas (devidamente comprovada), e ter cumprido o
programa de vacinações de acordo com a idade. No campo das admissões as
candidaturas à primeira admissão serão aceites entre 2 de janeiro e 30 de abril,
inclusive, de cada ano, e apresentadas à Direção da Instituição ou, em impresso próprio,
englobando critérios de seleção/ordenação para admissão: ter familiares na Instituição
ou ordem cronológica de inscrição. Na candidatura deverá ser indicada o nome da
criança, a data de nascimento, o nome dos pais, a morada, os contactos telefónicos.
Entre 2 e 10 de Maio, serão afixadas as listas ordenadas e entre 15 e 30 de Maio serão
contactados os pais das crianças a admitir no berçário, nas vagas existentes, com a
indicação dos documentos a entregar. Entre 15 e 30 de Junho serão contactados os pais
das crianças a admitir nas outras salas, segundo as vagas existentes, com a indicação dos
documentos a entregar, se possível, na mesma data, ser-lhe-á indicada a respetiva
capitação e mensalidade a pagar. Se os pais aceitarem a mensalidade, será feita a
matrícula, assinando os respetivos documentos. A matrícula implica o pagamento de
25euros , para todas as crianças com mensalidades iguais ou superiores a 25 Euros. As
crianças com mensalidades inferiores a 25 Euros estão isentas (princípio da
solidariedade). As atualizações das mensalidades são feitas no início de cada ano
escolar, e vigoram até ao fim do ano letivo. A não comparência na data estabelecida,
depois de contactado, considerar-se-á, como desistência, se não houver lista de espera,
continuarão a admitir-se crianças, ao longo do ano, para o preenchimento de vagas,
assim a inscrição é válida até ao término do ano escolar para que se inscreve. O
cancelamento da inscrição e a desistência implicam a perda automática de toda e
qualquer posição de frequência. A nova admissão será feita em igualdade de
circunstâncias como de uma primeira admissão se tratasse.
10
A Creche e Jardim de Infância encerram aos Sábados, Domingos e Feriados, e
de acordo com o calendário escolar afixado. A entrada das crianças, tanto na Creche
como no Jardim de Infância, far-se-á, de Segunda a Sexta-Feira, das 7h:30 às 9h:30
horas. A partir desta hora as crianças estão em atividades. A saída processar-se-á, das
16h:30 às 18h:30. Os Pais deverão cumprir rigorosamente este horário de
funcionamento, avisando, contudo, sempre que haja alguma impossibilidade imprevista
e urgente. O não cumprimento destas normas poderá acarretar o cancelamento da
matrícula. A criança deverá ser entregue à pessoa responsável pela receção. Os Pais não
deverão levar os seus filhos do estabelecimento, sem avisar o Educador ou Auxiliares.
Qualquer situação resultante do não cumprimento do disposto nesta norma, será
exclusivamente da responsabilidade dos Pais. As crianças só serão entregues aos
Familiares ou outros, devidamente identificados, na portaria principal.
Os educadores não devem ser contatados pelos Pais das crianças, pessoalmente
ou pelo telefone, durante o período em que decorrem as atividades, salvo motivo de
força maior. Cada Educador tem periodicamente uma reunião com os Pais das crianças
da sua sala. Outras reuniões são promovidas a nível geral com carácter de formação a
que os Pais não devem deixar de estar presentes, não só no seu próprio interesse, como
para melhor responderem às necessidades dos seus filhos. Poderão ser efetuados, junto
dos Pais, estudos de opinião com vista a melhorar as relações pedagógicas e
institucionais. Sempre que é necessário e possível, a Santa Casa da Misericórdia oferece
às crianças do jardim-de-infância, passeios e visitas de estudo. Quando estas
deslocações se efetuam para locais mais distantes, os pais previamente informados e
solicitados a comparticipar nos custos da viagem.
1.6 - Estrutura Social
A Instituição deverá estar adequadamente estruturada para atingir objetivos
educativos o que se reivindica é uma organização escolar em que o trabalho e as
relações no seu interior se dêem de modo a não contradizer a caraterística democrática.
Levando em consideração os direitos de participação da população. Indubitavelmente há
que se pensar numa transformação significativa no modo como a instituição organiza, as
suas atividades de modo a favorecer a participação relativamente a gestão dos diferentes
grupos e pessoas envolvidas nessas atividades. Sem dúvidas que a Estrutura
Administrativa de uma instituição junto com os Docentes são os grandes responsáveis
11
pelo desenvolvimento e qualidade do ensino. Desta forma , segundo A.R. Gomes (2006,
pg.117) gestão entre ambas as conceções pode adotar uma administração; democrática
ou funcionalista, de forma que o regimento possa ser construído por toda a comunidade
escolar, levando em conta a opinião de professores, alunos e pais, que são os
verdadeiros utilizadores desse sistema, ou simplesmente a conceção de divisão de
cargos e funções, sendo eles subordinados a regras, pelo poder concentrado no diretor
ou políticos.
A escolha dessa conceção é a que define o sucesso ou fracasso da instituição,
estamos numa nova era, onde encontramos nas leis os direitos iguais a todos, mas
infelizmente isto ainda não acontece, por causa de influências económicas e é por este
motivo que a educação sofre tantos impactos.
1.7 - Recursos Humanos
Para prosseguir a sua missão, a Santa Casa da Misericórdia do Sabugal conta
com um grupo de pessoal especializado e competente. Assim, a tempo inteiro,
trabalham nesta Instituição uma Educadora Social/Diretora Técnica; uma Técnica de
Serviço Social; onze Ajudantes de Acão Direta; onze Ajudantes de Serviços Gerais;
Duas Cozinheiras; cinco Ajudantes de Cozinha; um Motorista; um Enfermeiro; um
Jardineiro; uma Diretora Pedagógica/Educadora de Infância; duas Educadoras de
Infância; catorze Ajudantes de Acão Educativa; Duas Animadoras Socioculturais; uma
Psicóloga e duas Administrativas. A tempo parcial, a Instituição conta com a
colaboração de um Médico e um Fisioterapeuta. Toda esta estrutura Humana está
hierarquizada de acordo com o organograma (anexo 2).
1.8 - Público - Alvo
A Santa Casa da Misericórdia do Sabugal aceita jovem dos 6 meses até aos
9/10anos, na parte do lar são aceites pessoas de diversas idades. O meu estágio foi
destinado essencialmente às crianças da creche do Jardim-de-Infância, embora a
instituição ainda englobe o CATL, e os idosos que se encontram, por motivos de saúde
ou opção, no Lar da Terceira Idade. Na Creche existem cerca de trinta crianças do sexo
feminino e vinte e três do sexo masculino (apêndice 1). No Jardim-de-Infância existem
trinta crianças do sexo feminino e vinte cinco do sexo masculino (apêndice 2).
Frequentam o CATL dez crianças do sexo feminino e vinte do sexo masculino
12
(apêndice 3). O Lar Senhora da Graça tem quarenta utentes do sexo feminino e vinte e
oito do sexo masculino.
13
CAPÍTULO II
Enquadramento Teórico
14
2 - Enquadramento Teórico
Este segundo capítulo irá centrar-se em geral sobre crianças jovens e as
competências de um técnico de acompanhamento de crianças e jovens. Pretende-se, em
primeiro lugar, focar o enquadramento teórico – na relação Escola/Professor/Aluno,
segundo, Maria Montessori. Em segundo lugar, pretende-se refletir acerca do
desenvolvimento cognitivo da criança, focando essencialmente duas grandes figuras
nestas área, Piaget e Vigotsky. Por fim, será referida a importância de um técnico de
acompanhamento de crianças
2.1 - Relação Escola/Professor/Aluno
O inverso da pedagogia tradicional, que vê a criança como um adulto pouco
desenvolvido, a pedagogia nova contempla a criança como um ser perfeito que passa
por fases, sendo que este deve adequar-se a essas fases. Desta forma, na escola nova as
especificidades ambientais fazem com que a criança se sinta mais acolhida estando num
lugar que acaba por se assemelhar a uma casa. Com isto, progressivamente o aluno
começa a adquirir responsabilidades mais complexas, dai advir a importância de um
profissional que possa intermediar e conduzir esse processo de aprendizagem, como
afirma Isabelle Astier (2009). A relação de professor/aluno desta instituição também é
muito diferente da escola tradicional. Na escola tradicional a relação é mais fria e
distante, porque qualquer envolvimento emocional poderia comprometer o resultado do
trabalho pedagógico, enquanto, na escola nova o professor tem uma relação mais
próxima com os seus alunos e o aluno só consegue realizar-se num ambiente de
companheirismo e de afetividade. O Método Montessoriano estabeleceu uma nova
ligação entre aluno e professor. Baseou as suas conceções pedagógicas na defesa do
potencial criativo da criança e no direito de receber uma educação adequada às
particularidades da personalidade, associando o desenvolvimento biológico e mental
da criança e dando ênfase ao estímulo prévio dos movimentos musculares necessários à
realização de tarefas como a escrita, (Montessori, 1987, pg. 66). O paradigma do seu
método consiste em que o professor oriente a criança e faça com que ela se corrija a si
própria. É importante que o professor faça crescer a semente da curiosidade no aluno,
no entanto, não se deve restringir a espontaneidade do mesmo. Maria Montessori
propunha despertar a atividade infantil através do estímulo e promover a autoeducação
da criança, com os meios adequados de trabalho. Logo deste modo, o professor não
15
atuaria diretamente sobre a criança, mas oferecia meios para a sua autoformação. Maria
Montessori defendia que só a criança é educadora da sua personalidade.
2.2 - O Desenvolvimento Cognitivo da Criança
O principal objetivo de um técnico de acompanhamento de crianças e jovens,
bem o de como todo o pessoal envolvido na área da educação, é promover o
desenvolvimento global e harmonioso da criança. Desta forma é fundamental
compreender o processo de desenvolvimento da criança para intervir sempre que
necessário, com a finalidade de contribuir para um desenvolvimento equilibrado em
todas as competências afetivas, físicas e cognitivas. A minha pesquisa incide,
essencialmente, nas teorias cognitivas defendidas por Piaget e Vigotsky, estes dois
autores são considerados os autores que mais contribuíram para o estudo do
desenvolvimento intelectual das crianças. Sendo o desenvolvimento da criança o
principal objetivo que me levou a prosseguir este estudo, o primeiro “passo” foi tentar
definir o conceito de desenvolvimento. Segundo Smith, Cowie & Blades (1998) o termo
desenvolvimento refere-se ao processo segundo o qual uma criança, um feto ou,
falando de um modo geral, um organismo (humano ou animal), cresce e se modifica ao
longo do seu período de vida. Nos seres humanos as alterações mais dramáticas a nível
do desenvolvimento ocorrem durante o período pré-natal e a primeira e a segunda
infância (p. 31), por outro lado, Troadec & Martinot (2009) sublinham que a noção de
desenvolvimento ou de génese é uma noção muito geral que designa o conjunto dos
processos de transformação que afetam um organismo vivo (p. 79). Desta forma,
concordo com Zabalza (1992) ao referir que é na fase da pré-escolaridade que a criança
se desenvolve como um todo. O afetivo, social, cognitivo é um todo integrado com uma
intensa dinâmica, no qual o eixo fundamental de vertebração das sucessivas
experiências é o “Eu” e as relações que a partir dele se estabelecem com a realidade
ambiental (p. 47). De acordo com o autor, existem dois tipos de estruturas intelectuais
no desenvolvimento da criança: a capacidade prática (fazer coisas) e a capacidade
simbólica (pensar, falar) (p. 273).
16
2.3 - O Desenvolvimento Cognitivo Segundo a Perspectiva de Piaget
Os estudos de Piaget no âmbito da “psicologia genética” prestaram um grande
contributo para a compreensão do processo de desenvolvimento cognitivo da criança, os
seus princípios alteraram a forma de pensar a educação e estão, atualmente, presentes
nos programas curriculares e no desenvolvimento das práticas educativas. O modelo de
Piaget foi influenciado pela teoria de Darwin, assim, enquanto Piaget defendia que, o
ser humano se distingue dos outros animais pela capacidade de um pensamento
simbólico e abstracto Sutherland (1996), citando as palavras do próprio Piaget (1952)
refere que a vida é uma criação contínua de formas cada vez mais complexas e o
equilíbrio progressivo destas formas com o ambiente. Dizer que a inteligência é um
exemplo específico da adaptação biológica é, por conseguinte, supor que esta é
essencialmente uma organização cuja função é a de estruturar o universo, tal como o
organismo estrutura o ambiente imediato (p. 44). Desta forma, segundo a teoria de
Piaget, o ser humano passa por “diferentes estádios” de desenvolvimento cognitivo.
Esses estádios são ordenados e previsíveis e decorrem do nascimento até à fase da
adolescência. A ordem dos estádios é inalterável e inevitável a todo o ser humano,
sendo que os intervalos de tempo de cada um deles não são fixos e podem variar em
função do indivíduo e do ambiente em que este se encontra. A passagem de um estádio
a outro não ocorre simplesmente pela maturação individual, mas também pela influência
dos contextos ambientais. A linguagem e as relações sociais desempenham um papel
essencial nesse processo. Piaget defende que com o aparecimento da linguagem o ritmo
de desenvolvimento da criança é acelerado, porque a aquisição da linguagem vai
permitir a troca de ideias, quer com os seus pares, quer com os adultos, transformando o
que vê e ouve em conhecimento. De acordo com a “teoria dos estádios”, a
aprendizagem só acontece após a consolidação das estruturas de pensamento ou seja, a
construção de um novo conhecimento só ocorre depois de consolidado e superado o
estádio anterior. Assim, para que a aprendizagem aconteça é preciso que se estabeleça
um desequilíbrio nas estruturas mentais da criança “desequilíbrio cognitivo”, os
conceitos anteriormente assimilados têm de passar por um processo de desorganização,
para que a partir do contacto com novos conceitos se voltem a reorganizar e se
estabeleça um novo conhecimento. Este processo consiste na equilibração das estruturas
mentais ou seja, o conhecimento anterior transforma-se num novo conhecimento,
17
modificando assim as suas ideias sobre o mundo e originando um esquema mais
adaptativo. Deve salientar-se que a teoria de Piaget considera a aprendizagem como a
antítese de uma esponja que absorve água. Assemelha-se ao acto de comer: absorvendo
a parte nutritiva e tornando-a parte de si próprio (Sutherland, 1996, p. 46).
2.4 - O Desenvolvimento Cognitivo Segundo a Perspectiva de Vigotsky
Não desviando do que foi referido anteriormente, Vigotsky, tal como Piaget, deu
importância fundamental à interacção na construção do conhecimento e no
desenvolvimento da criança. Enquanto Piaget valorizava mais a interação entre iguais
do que entre criança e adulto, Vigotsky considera que tanto a interação entre criançacriança como a interação entre criança-adulto produzem conhecimento, sendo condição
necessária para a aprendizagem que um deles se encontre num nível mais avançado de
desenvolvimento, para assim poder atuar na “Zona de Desenvolvimento Próximo” da
criança. O trabalho de Vigotsky demonstrou que a aprendizagem das crianças é uma
atividade social que progride através da sua interação com os adultos e as outras
crianças. Vigotsky afirma que a aprendizagem das crianças comporta em qualquer
momento três níveis ou Zonas de Desenvolvimento:
ZDR – zona de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento real descreve
a aprendizagem que a criança já concretizou.
ZDP - zona de desenvolvimento próximo. A chave para a aprendizagem efetiva
é a zona de desenvolvimento próximo. É também aqui que a criança precisa muitas
vezes da ajuda de um adulto ou de um par que lhe possa dar o apoio necessário para dar
o salto.
ZDF - zona de desenvolvimento futuro. A zona de desenvolvimento futuro
descreve a aprendizagem que a criança ainda tem de concretizar (Pascal & Bertram,
1999, p. 22).
De acordo com as pesquisas podemos referir que as teorias cognitivas de Piaget
e Vigotsky convergem na forma como preconizam o processo de aprendizagem, uma
vez que os dois autores encaram a criança como sujeito ativo da sua aprendizagem.
Porém, as suas teorias apresentam também outras divergências. Enquanto Piaget
defende que a estruturação do organismo antecede o desenvolvimento e que o indivíduo
18
constrói o conhecimento sozinho, de forma espontânea através da interacção do sujeito
com o meio, Vigotsky concebe a teoria sociocultural do desenvolvimento cognitivo da
criança, defendendo que as relações sociais levam ao desenvolvimento das funções
mentais. O conceito biológico de desenvolvimento de Piaget, como sendo uma questão
de maturação e desdobramento, foi rejeitado por Vigotsky. A adaptação da criança,
segundo Vigotsky, era bastante mais ativa e menos determinista. Incidiu muito menos
sobre a herança biológica e deu maior ênfase à cultura (Sutherland, 1996, p. 77).
Vigotsky considera que a atividade partilhada constitui o modo fundamental de
aprender e por este motivo, a sua teoria ficou conhecida por sócio construtivismo ou
sócio interacionismo. Na perspetiva vogotskyana, o desenvolvimento cognitivo é um
processo interactivo partilhado por todos os que nele participam. A pessoa é uma
construção social, que se forma através das interações que estabelece com as pessoas e
os contextos culturais da realidade em que se encontra, pela apropriação dos
instrumentos e artefactos desse contexto. De acordo com esta perspectiva, o
desenvolvimento da criança progride do nível social para o individual. A relação entre a
criança e o mundo é um processo mediado pelo outro, através de elementos de
mediação como os signos e os instrumentos. Vigotsky defende que a criança se
desenvolve através da linguagem, do jogo e do trabalho cooperativo entre as crianças
menos experientes e as mais experientes. As interações desempenham por isso, um
papel essencial na aprendizagem, quanto mais ricas forem as interações, mais
rapidamente ocorre o desenvolvimento. Smith, Cowie & Blades (1998) referem que o
modelo Vigostky propõe não apenas a perspectiva do individuo funcionando no seu
próprio contexto social imediato (por exemplo, na família ou grupo social), mas
também a de que a própria mente humana “se estende para além da pele. Todo o
funcionamento humano é, por natureza, sociocultural (p. 492). No que se refere a
importância da escola no processo de aprendizagem, Vigotsky considera que a escola
proporciona aprendizagens que não ocorreriam de forma espontânea na criança sem a
mediação do adulto e que o ensino deverá estimular a criança a conseguir um nível de
compreensão e a adquirir habilidades que a criança ainda não consegue dominar
totalmente. Vigotsky atribui por isso, muita importância ao papel do educador como
impulsionador e mediador do desenvolvimento cognitivo da criança.
A aprendizagem é um processo social pelo qual as crianças constroem
progressivamente novos conceitos. Este processo consiste em selecionar informações,
19
gerar hipóteses de interpretação dessas informações e tomar decisões quanto à
integração das novas experiências nas construções mentais atuais.
De acordo com a teoria defendida por Vigotsky, o pensamento e a linguagem
iniciam-se pela fala social, pois ao falar com os outros, a criança desenvolve a
consciencialização da sua própria linguagem (Sutherland, 1996, p. 81), passando,
posteriormente, pela fala egocêntrica. Ao adquirir a linguagem, a criança utiliza o seu
discurso interior para falar alto para si própria. Esta linguagem “egocêntrica” constitui
para a criança uma forma de direcionar o seu próprio comportamento. Essa linguagem
vai tornar-se, progressivamente, mais silenciosa, atingindo a fala interior que é o
pensamento reflexivo, desenvolvendo-se assim como “pensador e aprendiz”.
Relativamente à importância do jogo no processo de desenvolvimento cognitivo da
criança, Vigotsky sustenta que o jogo é insubstituível na educação da infância e um dos
mais importantes contextos para as crianças desenvolverem competências críticas, que
irão garantir a sua adaptação e desempenho com sucesso em contexto educativo. Tal
com referem Smith, Cowie & Blades (1998) Vigotsky considera os jogos infantis como
a principal fonte de desenvolvimento durante ao período pré-escolar (p. 241).
2.5 - Técnico de Acompanhamento de Crianças e Jovens
O técnico especialista em acompanhamento de crianças e jovens é um
profissional que visa, de forma autónoma ou integrado numa equipa, orientar, apoiar e
supervisionar crianças e jovens em idade escolar, assente em princípios deontológicos e
conducentes à valorização da formação humana, à promoção da educação pessoal e
social e à aquisição e desenvolvimento de competências.
2.5.1 - Referencial de Competências
o Dominar saberes de natureza científica, técnica e prática facilitadores de uma
ação profissional integrada e participada;
o Compreender normas de funcionamento das instituições, com vista a uma
atuação pautada por princípios de rigor, de segurança e de qualidade;
o Promover e dinamizar, autónoma ou colaborativamente, projetos e atividades
sócio -educativos, recreativos e de lazer, devidamente integrados nas dinâmicas
20
das instituições e dos contextos em que cada um exerce a sua atividade
profissional;
o Favorecer, nas crianças e jovens, a construção de disposições para aprender e o
desenvolvimento de atitudes e hábitos de trabalho, autónomo e em grupo;
o Perspetivar o trabalho de equipa como fator de enriquecimento da sua formação
e da sua atividade profissional;
o Promover interações e relações de respeito mútuo com todos os membros da
instituição e com as famílias, nomeadamente no âmbito dos projetos de vida e de
formação das crianças e dos jovens;
o Manifestar capacidade relacional, de comunicação e de equilíbrio emocional,
promovendo um clima de convivência democrática;
o Assumir uma dimensão cívica e formativa inerente às exigências éticas e
deontológicas da sua atividade profissional.
21
CAPÍTULO III
Estágio
22
3 - Relatos Diários
Este capítulo está dividido em cinco secções que correspondem aos cinco
momentos de estágio realizados na Santa Casa da Misericórdia do Sabugal, conforme se
pode ver no quadro 2 (a cor de cada secção corresponde ao grupo etário onde foi
realizado). Em cada sessão está identificado o período de estágio, o nome da Educadora
Cooperante, a caraterização do grupo bem como a caraterização do espaço, o horário e
os relatos diários com uma pequena reflexão.
Quadro 2 - Calendarização dos momentos de Estágio
Julho de 2013
Agosto de 2013
Setembro de 2013
1
1
2
2
2
3
3
5
4
4
6
5
5
7
6
8
8
9
9
10
12
11
13
12
14
15
15
16
16
17
19
18
20
19
21
22
22
23
23
24
26
25
27
26
28
29
29
30
30
9
31
Creche;
Jardim de Infância;
Ajuntamento (Jardim de infância , Catl );
Pesquisa bibliográfica
Preparação do novo ano letivo;
23
3.1 - Plano De Atividades de Carater Lúdico-Pedagógico
De seguida apresentam-se os vários planos de atividades (quadros: 3, 4, 5, 6, 7,
8) realizados durantes o estágio.
Quadro 3 – Plano de Atividades
15 de julho a 19 de julho
Dias da Semana
Segunda-Feira
Designação da
Recursos materiais
Local
Atividade
a trazer de casa
Brincadeiras com
Roupa Prática
SCMS
Fato de banho,
Praia Fluvial do
toalha, chinelos
Sabugal
água areia
Praia Fluvial
Terça-Feira
egarrafa de água
Quarta-Feira
Dia Dedicado á
Roupa Prática
SCMS
Musica
Quinta-Feira
Confeção de Pão
Roupa Prática
SCMS
Sexta-Feira
Saída para apanhar
Roupa Prática
SCMS
alfazema
Quadro 4 – Plano de Atividades
22 de julho a 26 de julho
Dias da Semana
Designação da
Recursos materiais
Local
Atividade
a trazer de casa
Segunda-Feira
Jogos Tradicionais
Roupa Prática
SCMS
Terça-Feira
Piscinas
Fato de banho,
SCMS
toalha, chinelos
egarrafa de água
Quarta-Feira
Atelier de Pintura: (
Roupa Prática
SCMS
Prenda do dias dos
Avos)
24
Quinta-Feira
Convivo com os
SCMS
Idosos
Sexta-Feira
Dia da Ciência
Roupa Prática
SCMS
Quadro 5 – Plano de Atividades
29 de julho a 2 de agosto
Dias da Semana
Designação da
Recursos materiais
Local
Atividade
a trazer de casa
Segunda-Feira
Dia da Ginástica
Roupa Prática
SCMS
Quarta-Feira
Piscinas
Fato de banho,
SCMS
toalha, chinelos e
garrafa de água
Quadro 6 – Plano de Atividades
5 de agosto a 9 de agosto
Dias da Semana
Segunda-Feira
Designação da
Recursos materiais
Atividade
a trazer de casa
Visita à Biblioteca
Local
Biblioteca
Municipal do
Sabugal
Terça-Feira
Piscinas
Fato
de
banho, SCMS
toalha, chinelos e
garrafa de água
Quarta-Feira
Caça ao Tesouro
Roupa Pratica
SCMS
Quinta-Feira
Visita à GNR
Roupa Pratica
Posto da GNR
Dia do Conto
Trazer Livro de Casa
SCMS
Sexta-Feira
25
Quadro 7 – Plano de Atividades ( Fonte: Própria)
12 de agosto a 16 de agosto
Dias da Semana
Segunda-Feira
Designação da
Recursos materiais
Atividade
a trazer de casa
Sensibilização (
Local
SCMS
Importância da
Agua )
Terça-Feira
Karaoke
Quarta-Feira
Praia Fluvial
SCMS
Fato
de
banho, Praia
Fluvial
o
toalha, chinelos e Sabugal
garrafa de água
Quinta-Feira
Sexta-Feira
FERIADO
Teatro
SCMS
Quadro 8 – Plano de Atividades (
19 de agosto a 23 de agosto
Dias da Semana
Segunda-Feira
Designação da
Recursos materiais
Atividade
a trazer de casa
Sensibilização (
Local
SCMS
Enfermeiro)
Terça-Feira
Praia Fluvial
Fato de banho,
Praia Fluvial de
toalha, chinelos e
Quadrazais
garrafa de água
Quarta-Feira
Praia Fluvial
Fato de banho,
Praia Fluvial de
toalha, chinelos e
Quadrazais
garrafa de água
Quinta-Feira
Dia do cinema
SCMS
Sexta-Feira
Passeio de
Roupa Pratica e
bicicletas/triciclo
bicicleta/triciclo
SCMS
26
De seguida, e antes de iniciar as seções, serão apresentadas algumas das rotinas
diárias das crianças, desta Instituição. Estas são cumpridas, diariamente, pelas crianças e
respetivas auxiliares, educadoras e empregadas, e que segundo Zabalza, (1998, p.52):
atuam como as organizadoras estruturais das experiências quotidianas, pois
esclarecem a estrutura e possibilitam o domínio do processo a ser seguido e,
ainda substituem a incerteza do futuro (principalmente em relação às crianças
com dificuldades para construir um esquema temporal de médio prazo) por um
esquema fácil de assumir. O quotidiano passa, então, a ser algo previsível, o que
tem efeitos importantes sobre a segurança e a autonomia.
3.2 - Acolhimento no Parque
Todos os dias, às 7horas e 45minutos da manhã a Instituição abre as portas.
Como nos encontramos no período de Verão as crianças são dirigidas para o parque
(figura 3 e 4) à medida que vão chegando. Das 7horas e 45minutos às 9horas da manhã
as crianças são entregues pelos pais na Instituição, neste período ocorre, então o
ajuntamento das crianças no parque, onde podem brincar e desfrutar de todos os
elementos que se encontram à disposição como por exemplo: bolas, baloiços, triciclos,
arcos, entre outros. A partir das 9horas a Instituição fecha as suas portas por motivos de
segurança. Caso alguma criança se atrase o responsável pela mesma (pai, mãe, avó ou
avô) terá que tocar a campainha, para que lhe possa ser a aberta a porta, por outro lado
se uma criança souber que vai chegar mais tarde, por motivos pessoais, o responsável
pela mesma terá que avisar a educadora no dia anterior. À medida que as educadoras
vão chegando as crianças podem ou não ficar no parque dependendo das atividades que
a educadora responsável tem programadas para o grupo.
Figura 3 e 4 – Parque Rua
Fonte: Própria
27
3.3 - Higiene
Antes e no fim de cada refeição, cada grupo, acompanhada da respetiva
educadora e auxiliar dirige-se à casa de banho (figuras 4 e 5), este é um processo que
acontece diariamente. Cordeiro (2007, pg. 373) afirma que o momento da higiene é
deveras importante (…). Variando muito de criança para criança (e de idade para
idade) há um elo comum: o desenvolvimento da autonomia. Ainda segundo este autor, é
bom que, paralelamente a uma aprendizagem das regras de lavagem, por forma a que
sejam instintivas, se faça também ver às crianças que não se trata de um «frete» a fazer
aos pais, ou um bilhete para poder ir para a mesa, mas sim uma rotina diária que
deverá perdurar ao longo da sua vida. (pg. 106) Assim, na escola, cabe aos
responsáveis, o dever de incutir às crianças a importância de lavarem as mãos sempre
antes das refeições, após a ida à casa de banho e depois de se assoarem, tossirem ou
espirrarem.
Figura.5 – Casa de banho (Creche)
Fonte: Própria
Figura.4 – Casa de banho (Jardim de
Infância)
Fonte: Própria
3.4 - Lanche da Manhã /Lanche da Tarde
Por volta das 10 horas e 15 minutos da manhã e 15 horas e 45 minutos da tarde
todas as crianças são dirigidas à cantina da instituição (figuras 6 e 7). A esta hora, neste
espaço, encontram-se todas as crianças da Instituição acompanhadas das respetivas
educadoras, auxiliares e estagiárias. Por norma o lanche da manhã é constituído por
peças de frutas como por exemplo: maçãs, pêra, ananás, pêssego e bananas, e o lanche
da tarde é constituído por pão com chocolate, fiambre, doce ou manteiga, acompanhado
28
de leite simples ou chocolate ou iogurte líquido de banana ou morango variando de dia
para dia sendo, normalmente a quarta-feira o dia em que se servem cereais.
Figura.6 – Refeitório (Jardim de Infância)
Fonte: Própria
Figura.7 – Refeitório (Creche)
Fonte: Própria
3.5 - Almoço
Às 12h, as crianças dirigem-se à cantina (figura 8). A esta hora, neste espaço,
encontram-se a almoçar todas as crianças da Instituição acompanhadas das respetivas
educadoras, auxiliares e estagiárias. Uma vez que já são, nestas idades, crianças
autónomas, já comem sozinhas, sendo apenas preciso ajudar uma ou outra, de vez em
quando. As auxiliares de educação e até mesmo as professoras ajudam, muitas vezes, a
organizar o espaço, servindo os almoços e recolhendo a loiça. Segundo Cordeiro (2007,
pg. 373), o almoço (e mais tarde o lanche) serve para alimentar, mas, do ponto de vista
de socialização, também para criar uma maior autonomia passar implícitas noções de
higiene e de saber estar à mesa, respeito pelo ritmo do grupo, mesmo que com
variações pessoais, e noções de alimentação e nutrição.
Figura 8 – Refeitório
Fonte: Própria
29
3.6 - Hora de Dormir/ Visualização de filmes
Após o almoço as crianças da creche são levadas para o dormitório (figura 9)
onde têm a oportunidade de descansar, o sono é muito importante para o crescimento e
desenvolvimento das crianças, pois é na hora do sono que as hormonas como a do
crescimento são lançados no organismo, sendo assim, considerado um "descanso
cerebral", no outro lado da Instituição, os alunos do jardim-de-infância têm a
oportunidade de escolher entre dormir ou ver um filme à escolha (figura 10).
Figura 9 – Dormitório (creche)
Fonte: Própria
Figura 10 – Visualização de Filmes
(Jardim de Infância)
Fonte: Própria
3.7 - Hora de Brincar
Às 17 horas, as crianças, acompanhadas pelas respetivas auxiliares e estagiárias,
dirigem-se para o parque (figura 11) onde brincam, livremente, juntamente com as
outras crianças da Instituição, segundo o Ministério da Educação (2002, pg. 39): (…) o
espaço educativo não se limita ao espaço imediato partilhado pelo grupo; situa-se num
espaço mais alargado – o estabelecimento educativo – em que a criança se relaciona
com outras crianças e adultos, que, por sua vez, é englobado pelo meio social, um meio
social mais vasto. As auxiliares e estagiárias acompanham as crianças durante o
momento alternando entre si o tempo de descanso. Muitas vezes, as auxiliares e as
estagiárias, realizam jogos e participam em atividades com as crianças, o que leva a uma
maior aproximação entre os grupos. Desta forma, as crianças encaram esta aproximação
como forma de perceberem que o responsável é alguém que ensina e dita regras, mas
que também brinca e se relaciona com os seus alunos de forma menos formal. Ainda de
acordo com a fonte atrás referida, Embora as atividades informais não se realizem só no
espaço exterior, este é também um local privilegiado de recreio onde as crianças têm
30
possibilidade de explorar e recriar o espaço e os materiais disponíveis. Nesta situação,
o educador pode manter-se como observador ou interagir com as crianças, apoiando e
enriquecendo as suas iniciativas (pg. 39). O recreio é, portanto, um espaço bastante
importante no recinto escolar representa uma oportunidade diária para as crianças se
envolverem em atividades lúdicas nas quais desenvolvem a sua motricidade ao correrem
e saltarem livremente.
Figura 11 – Parque Rua (Hora de Brincar)
Fonte: Própria
3.8 - Horário
Os horários (figura 12 e 13) são previamente estipulados e organizados em
conselho escolar de acordo com a realidade educativa em questão e, de uma forma
geral, são cumpridos pelas respetivas educadoras, auxiliares e crianças. O estágio
realizou-se durante toda a semana, 8 horas diárias, num total de 40 horas semanais,
ocorrendo a observação das atividades que ocorriam durante essas horas.
Figura 12: Horários do Pessoal Cooperante
Fonte: Própria
Figura 13: Horários do Pessoal Cooperante
Fonte: Própria
31
3.9 - 1.ª Sessão
O estágio iniciou-se na creche (figuras 14 e 15) no período de 1 de julho a 31 de
julho, com a educadora cooperante Rute Renca.
Figura.14 – Copa (Creche)
Fonte: Própria
Figura.15 – Sala Que Linda Falua
Fonte: Própria
3.9.1 - Caraterização do Grupo
O grupo de finalistas da creche é constituído por 24 elementos, 14 raparigas e 10
rapazes. O grupo respeitante ao ano letivo de 2012/2013, é homogéneo no que concerne
a comportamentos e atitudes. Alguns membros têm alguma dificuldade em manter o
silêncio e concentração durante a realização das atividades e, também, em manter uma
postura correta no decorrer das mesmas. No entanto, a maioria dos elementos revela um
grau de calma e de sociabilidade adequado ao grau de ensino em que se encontram.
3.9.2 - Caraterização do Espaço
A sala mestre André (figuras 16 e 17) é a primeira da creche e é uma sala com
bastante luz. Tem quatro janelas, e uma porta de vidro que dá acesso para o parque.
Nesta sala, os móveis, as cadeiras e as mesas são, maioritariamente, de madeira,
havendo também cadeiras de plástico com várias cores. As paredes da sala são brancas
onde estão colocados vários placards que são utilizados pela educadora para afixar
32
trabalhos realizados pelos alunos ao longo das semanas. Existe, também, um DVD e
televisão que são frequentemente utilizados. A sala está organizada de maneira a que as
crianças a proporcionar um ambiente facilitador, uma vez que é uma sala bastante
acolhedora.
Figura 17: Sala Mestre André
Fonte: Própria
Figura 16: Sala Mestre André
Fonte: Própria
3.9.3 - Horário
No horário do grupo finalista da creche estão contempladas as atividades
realizadas ao longo dos dias. De seguida, apresenta-se no quadro 9 o horário integral da
do grupo.
Quadro 9- Horário Sala Mestre André
Dias da Semana
Horas
Segunda-
Terça-Feira
Quarta-Feira
Quinta-Feira
Sexta-Feira
Feira
7h45min-
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
9h30min
no parque rua
no parque rua
no parque rua
no parque rua
no parque rua
9h30-
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
10h00mi-
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
10h30
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
manhã
10h00min
33
10h30min-
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
12h00min
Programada
Programada
Programada
Programada
Programada
12h00-
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
13h00min-
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
15h00min
Dormir
Dormir
Dormir
Dormir
Dormir
15h-16h
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
16h-
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
16h30min
Tarde
Tarde
Tarde
Tarde
Tarde
16h30min-
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
17h00min
Programada
Programada
Programada
Programada
Programada
17h00min-
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
19h00min
Brincar
Brincar
Brincar
Brincar
Brincar
13h00min
3.9.4 - Relatos Diários
1º Semana
01.07.2013 (Segunda-Feira)
Hoje foi o primeiro dia de estágio, o mesmo começou com uma pequena visita
guiada, orientada pela Educadora Rute, pela instituição. Esta serviu para conhecer o
espaço/divisão da instituição e a organização da mesma. Após esta pequena visita, fui
conhecer o grupo que vou acompanhar durante o primeiro mês de estágio as crianças
dos 2/3 anos de idade, como já referido anteriormente. O grupo é constituído por 24
crianças, de início fiquei um pouco assustada/confusa, em relação aos nomes e à
quantidade de crianças. Visto que era a primeira vez que me teriam como estagiária,
colocaram-me algumas questões a nível pessoal às quais respondi sem pudor. A
educadora da sala colocou-me completamente à vontade para intervir sempre que
achasse pertinente. Terminadas as apresentações, a educadora Rute começou por pedir
às crianças que cantassem a canção dos “ Bom – dias” (anexo 3), uma vez que é um
ritual que efetuam todas as manhãs após a chegada de todos os elementos. Esta serviu
para me introduzir de uma forma lúdica na primeira atividade do dia, daquelas crianças.
Após esta pequena apresentação, fui às salas das educadoras, onde me foram apresentas
34
as restantes educadoras, com o objetivo de apresentar o meu plano de estágio (apêndice
4) de maneira a incluir, o mesmo, no plano de atividades da instituição. De seguida, fui
tentar interagir de novo com o grupo, colocando-lhes os babetes, de forma a introduzir
já o nome de alguns elementos, visto que já estávamos perto da hora de almoço. Após a
colocação dos mesmos em todos os elementos, incluindo a educadora e auxiliares,
dirigiram-se para o refeitório de uma forma organizada cantando uma pequena canção “
Comboio dos meninos ” (anexo 4). Desta forma após o almoço as crianças são levadas à
casa de banho com a finalidade de lavarem os dentes a boca e as mãos, de forma a
preparam-se para irem dormir. Da parte da tarde as crianças começaram a acordar pouco
a pouco, e tiveram uma tarde diferente talvez do que estão habituadas pois foram livres
de brincar e efetuar as tarefas de uma forma espontânea dentro das regras, visto que o
plano de atividades ainda estava a ser efetuado. Após terminar o primeiro dia entendi
que tinha um longo caminho pela frente, apercebi-me que estar perante vinte e quatro
crianças, era uma tarefa bastante complicada/ diferente do que estava habituada de certa
forma senti-me um pouco a “leste” do que era pretendido.
02.07.2013 (Terça-feira)
No segundo dia de estágio comecei a sentir alguma empatia por parte das
crianças com a minha presença o que me motivou imenso. Hoje as crianças realizaram
como forma de improviso, várias pinturas utilizando o Berlinde (figura 18), é uma
pequena bola de vidro maciço, pedra, ou metal, normalmente escura, manchada ou
intensamente colorida, de tamanho variável, usada em jogos infantis, também é
conhecido pelos nomes: burquinha, burca, baleba, bila, biloca, bilosca, birosca, bolinhade-gude, bolita, boleba, bolega, bugalho, búraca, búlica, búrica, bute, cabiçulinha,
carolo, clica, firo, fubeca, guelas, nica, peca, peteca, pinica, pirosca ou (Mangalho),
bolinha, piripiri, xingaua, kamikaze, ximbra e bolíndri. A turma foi dividida em dois
grupos (12 elementos para cada parte) de forma a facilitar a atividade. Nesta atividade
era entregue uma folha de cartolina de cor castanha a cada elemento. A atividade
constituía em colocar 6/8 berlindes dentro de uma caixa de sapatos para que as crianças
após uma breve explicação e alguma ajuda da nossa parte, pudessem colocar dentro da
caixa a sua folha e escolher três cores de tinta para decorar a folha. Após a colocação do
material (cartolina, berlins e tintas) dentro da caixa, esta era fechada, para que as
crianças pudessem mover a caixa, para que a tinta de forma abstrata se pudesse espalhar
pela cartolina (figuras 19). Durante esta atividade senti que as crianças estavam,
35
contentes/empenhadas e entusiasmadas na elaboração da tarefa, tentei ajudar alguns
elementos do meu grupo de forma a interagir e conquistar a confiança dos mesmos. No
final da tarde, a pedido dos alunos, foi contada uma história, a qual foi contada por
mim. O “Capuchinho Vermelho” (figura 20) foi a história escolhida pelos elementos do
grupo. Capuchinho Vermelho é um livro recomendado para a Educação Pré-Escolar,
destinado a uma leitura autónoma e leitura com apoio do educador ou dos pais. Após a
leitura da história as crianças dirigiram-se, com a ajuda do pessoal docente, para o
alpendre da instituição onde puderam brincar de uma forma livre e divertida.O afeto, o
carinho é a base para se estabelecer uma relação de confiança e amizade. Mas é claro, só
isso não basta. É um bom começo, mas não é tudo. A sinceridade e a confidência das
crianças e pessoal responsável, certamente pavimenta uma boa relação de confiança e
amizade. A sinceridade é uma virtude que deve ser vivida ao extremo. Não podemos
poupar de sinceridade o relacionamento em família. Senti que estas crianças deviam ter
a segurança de que não há assunto que não se possa ser discutido na presença delas. Se
elas não sentem confiança, então afastam-se, buscam outros em quem podem confiar e
discutir problemas. É aí que certamente mora o problema. A confiança exige de nós,
mais do que cumplicidade. Exige que permitamos a estas crianças o direito de errar. É
verdade! Eles estarão mais seguros se souberem que podem errar. Serão corrigidos,
orientados, mas nunca humilhados por terem errado. Os erros abrem as janelas para os
acertos, quando servem aos propósitos pedagógicos e educativos. No final do dia
entendi que afinal conquistar a confiança das crianças não era assim tão complicado
como eu esperava, bastava dar mais um pouco a
conhecer.
Figura.18 – Uma das caixas utilizadas para a pinturas.
Fonte: Própria
Figura.19 – Resultado Final
Fonte: Própria
36
Figura.20 – Momento da Historia
Fonte: Própria
03.07.2013 (Quarta-feira)
O terceiro dia de estágio, foi dedicado ao cinema. Foram escolhidos dois filmes
por mim e pela educadora Rute. Os filmes escolhidos foram, “Yakari - O Espírito da
Lua” e “Dartacão”, foram escolhidos este filmes pois são os que cativam mais atenção
do grupo. Yakari é o título de uma série de histórias aos quadrinhos (banda desenhada,
em Portugal) criada pelos suiços Job (roteiro) e Derib (ilustração). Trata-se de um
jovem índio Sioux que tem a particularidade de compreender e falar a língua dos
animais. As suas aventuras levá-lo-ão ao encontro de todos os tipos de animais
da América do Norte. Neste episódio Yakari e a sua melhor amiga Arco-Íris e o seu
cavalo Mini Trovão, vivem uma aventura feliz: livre, destemido, corajoso, generoso e
amante da natureza. Por outro lado o outro filme “ Darcatão” é um filme bastante
conhecido e educativo, que retrata, uma época em que a verdade e a justiça prevalecem
sobre a mentira e a traição... Uma história de espada em riste pela honra e a paz de um
país... Uma história de um amor impossível... Amizade verdadeira e um lema pelo qual
vale a pena lutar: "Um por todos e todos por um!" Baseado na mundialmente famosa
obra clássica de Alexander Dumas "Os Três Mosqueteiros", chega a vibrante aventura
de Dartacão, um jovem espadachim que entrou para a guarda real pelo seu valor,
astúcia, coragem e, sobretudo, com um incrível manejo da espada. Esta atividade foi
acompanhada pelas duas auxiliares da nossa sala. Após a visualização dos filmes o
grupo foi brincar no recinto até à chegada dos pais.
Na minha opinião a visualização de filmes não é só uma forma de entreter as
crianças, mas também serve como forma de estimular, nas crianças, a observação, a
capacidade de julgamento, sensibilidade, experiência estética. Toda vez que uma
criança abre seu coração para mim e compartilha essa assombrosa sabedoria
geralmente mantida oculta, eu sinto uma profunda reverência. As crianças com quem
trabalhei talvez não saibam, mas elas me ensinaram muita coisa a respeito de mim
37
mesma. Violet Oaklande (2002, pg. 107). À medida que os dias vão passando vou-me
apercebendo que o grupo já se está a habituar com a minha presença pedindo a minha
ajuda para a realização de várias tarefas do dia-a-dia, assim senti-me útil para aquelas
crianças, comecei a ficar cada vez mais entusiasmada de dia para dia.
04.07.2013 (Quinta-feira)
No quarto dia de estágio o plano de atividades a serem observadas/desenvolvidas
por mim foi concluído (figura 21,22 e 23). Contudo infelizmente não podia ser aplicado
de imediato visto que ainda não tinha sido apresentado aos pais. Para tal, neste dia, foi
elaborada uma convocatória, para a realização de uma reunião de pais no dia 11 de julho
com a finalidade de serem entregues as avaliações e apresentado o plano de atividades
para o Verão, desta forma aproveitando as cartolinas pintadas na terça-feira anterior
com os berlindes pelas crianças foi construído de uma forma lúdica a convocatória.
Após as crianças lancharem foi elaborada uma pequena visita ao Lar da Santa Casa do
Sabugal, com a finalidade de o grupo conversar com as pessoas mais idosas. Nesta saída
as crianças ficaram novamente entusiasmadas e algumas delas distribuíram imensos
beijos e abraços pelos idosos. De dia para dia estava a sentir que a minha relação com
algumas das crianças estava a torna-se cada vez mais “íntima” o que faz com que o meu
incentivo e empenho fosse maior.
Figura.21– Exemplar de Plano de Atividades
Fonte: Própria
Figura 22– Exemplar de Plano de Atividades
Fonte: Própria
38
Figura 23– Exemplar de Plano de Atividades
Fonte: Própria
05.07.2013 (Sexta-feira)
Chegada a Sexta-feira, apercebi-me que o tempo não pára e passa muito rápido,
assim, dediquei a minha parte da manhã a todas as crianças, ou seja, entrei nas
brincadeiras deles, jogando às apanhadas, andando de baloiço, brincando ao faz de
conta, entre outras, desta forma, consegui partilhar e obter feedback por parte do grupo.
Da parte da tarde foram entregues às crianças as convocatórias da reunião realizadas no
dia anterior, para que fossem entregues aos pais. Neste quinto dia de estágio já sabia o
nome de todos os elementos do meu grupo e a relação com eles estava cada vez mais
próxima o que me deixou bastante feliz.
2º Semana
08.07.2013 (Segunda-feira)
Hoje quando cheguei à sala alguns membros da turma já se encontravam
presentes juntamente com a auxiliar, ao chegar fui muito bem recebida pelos elementos
recebendo beijos e abraços de todos, desta forma e após a chegada de todos elementos,
eu e a educadora, tentámos perceber o que crianças tinham feito durante o fim de
semana. Achei esta forma de começar a semana bastante divertida, visto que todas as
crianças queriam falar ao mesmo tempo e partilhar tudo e mais alguma coisa que lhes
viesse a cabeça naquele momento. Da parte da tarde enquanto as crianças brincavam
livremente na rua, eu e a educadora Rute, elaborámos um pedido de autorização (anexo
5) para uma futura saída no dia 12 de julho a Sortelha com a finalidade de visitar o
“PANDA”. Foi colocado um aviso (anexo 6) à entrada da sala que explicava todos os
procedimentos a seguir e qual o objetivo desta nossa saída. Notei que a segunda-feira é
o dia em que o grupo vem com mais energia e novidades visto que estão dois dias sem
virem à escola.
09.07.2013 (Terça-feira)
Hoje procedeu-se à realização de uma bandeira, utilizando pintura de mãos,
através da pintura. As crianças descobrem um mundo cheio de cores, formas, linhas e
sentimentos, imaginação simbolismo e experiências. Assim, a pintura estimula a
comunicação, criatividade, sensibilidade e aumenta a capacidade de concentração e
expressão das crianças. Nesta atividade o principal objetivo era fazer com que as
crianças se divertissem. Superando as minhas expetativas o grupo conseguiu construir
39
uma linda bandeira com as mãos decalcadas (figura. 24 e 25). Durante esta atividade as
crianças sentiram-se livres e contentes pois a sensação de colocaram as mãos na tinta foi
ótima para elas. A bandeira foi colocada a secar sobre uma mesa e passará a estar
pendurada à entrada da sala de modo a que todos os pais a possam ver.
Figura:24 – Pintura de Mãos
Fonte: Própria
Figura: 25 – Pintura de Mãos
Fonte: Própria
10.07.2013 (Quarta-feira)
Hoje realizou-se a festa da piscina, ou seja, uma vez que está uma piscina
disponível (figuras 26 e 27), no alpendre da instituição, foi aproveitada para realização
desta atividade. Desta forma as crianças foram levadas para a piscina de cuecas e foi
colocada música de modo a criar um bom ambiente, misturou-se um pouco de música
infantil com a música que se ouve nos dias de hoje. Assim as crianças, iam dançando e
podiam também desfrutar da piscina de uma forma livre, desfrutando ainda de um belo
dia de sol.
Figura 26 – Piscina
Fonte: Própria
Figura 27 – Alguns fatos de Banho
Fonte: Própria
40
11.07.2013 (Quinta-feira)
As crianças começaram por realizar duas atividades muito práticas. Começaram
por pintar borboletas em papel (figura 28) para que estas servissem para a decoração da
sala. Após terminarem a pintura das borboletas, uma vez que o grupo gosta muito de
cavalos, e já se encontravam em mau estado os dois cavalos que estavam pendurados na
parede, sugeriu-se que realizassem a pintura, com lápis, de um novo cavalo para que o
anterior pudesse ser substituído (figura 29 e 30). Durante estas duas atividades as
crianças não sentiram dificuldades. A “Discoteca Móvel”, realizou-se durante a tarde, e
consistiu no seguinte: dentro de uma sala semi - escura foi colocada música e algumas
luzes de forma a criar ambiente próprio, para que as crianças pudessem dançar, brincar,
correr, cantar. As crianças adoraram esta atividade
Figura: 28 – Borboletas
Fonte: Própria
Figura 29 –Antigo Cavalo
Fonte: Própria
Figura: 30 –Novo Cavalo
Fonte: Própria
12.07.2013 (Sexta-feira)
Hoje foi um dia diferente daquilo que é considerado a rotina do grupo. Quinze
das vinte e quatro crianças do grupo, foram visitar o Panda (figura 31). A atividade
extracurricular teve início logo pela manhã, começando por verificar as mochilas dos
alunos.
De
seguida,
os
alunos
foram
encaminhados
para
o
autocarro
e
divididos/organizados por pequenos grupos visto que era uma atividade em que todos os
elementos da Santa Casa participavam, evitando assim a confusão. Desta forma deu-se
início à viagem que apesar de ser curta (30 minutos), para as crianças parecia uma
eternidade devido à ansiedade das mesmas. Após a chegada, as auxiliares distribuíram
um pequeno lanche por todos os alunos, os quais de seguida foram divididos em grupos
de 4/3 elementos de forma a prosseguirem de uma maneira organizada. Nesta atividade
41
as crianças tiveram a oportunidade de brincar, cantar, falar, e tirar fotografias com o
panda, sendo esta, uma figura muito estimada por esta turma. Hoje senti que as crianças
estavam mais felizes do que nunca,
pois poderem ver, mexer e falar com
uma figura que lhes é muito querida
no entanto, algumas das crianças não
puderam comparecer nesta atividade, o
que entristeceu educadores, auxiliares
e estagiárias.
Fig.31 – Visita ao Panda
Fonte: Própria
3º Semana
15.07.2013 (Segunda-feira)
Começada uma nova semana, e sem mais tempo a perder o plano de estágio
começou a ser aplicado. A primeira atividade elaborada a ser colocada em prática foi
“Brincadeiras com água e areia”, a qual se realizou no alpendre da instituição. O
material utilizado foi, areia, água, guarda-sóis baldes, pás e alguns brinquedos que
algumas das crianças trouxeram de casa (figura 32) . Esta atividade tinha como principal
objetivo recriar um cenário de praia. Desta forma durante atividade e com a ajuda do
pessoal orientador as crianças construíram castelos e realizaram várias figuras através
da moldagem da areia com água. Mais uma vez as crianças divertiram-se imenso de
uma forma saudável. Os resultados alcançados com esta atividade estiveram dentro das
expetativas, uma vez que, tanto a água como a areia são elementos que estimulam os
sentidos, ajudam no crescimento e desenvolvimento, e ajuda na coordenação motora das
crianças, sendo assim, uma brincadeira saudável que as ajuda a interagir com outras
crianças através da linguagem e da aprendizagem do vocabulário, além do que as
tornam mais criativos no planeamento da forma que querem dar à areia, e logo criadores
42
das suas próprias brincadeiras. Brincar com a água e areia permite que as crianças
expressem
a
criatividade
e
se
sintam
motivadas.
Figura: 32 Algum material Utilizado
Fonte: Própria
16.07.2103 (Terça-feira)
Hoje e mais vez com o cenário de calor, água e verão as crianças passaram o dia na
praia fluvial do Sabugal, no conhecido Rio Côa ( figura 33). O Rio Côa é um rio
português que nasce nos Fóios (Sabugal), mais concretamente na Serra das Mesas, a
1.175 m de altitude, próximo da Serra da Malcata. Percorre cerca de 135 km até
desaguar na margem esquerda do rio Douro, perto de Vila Nova de Foz Côa, a 130 m de
altitude. É dos poucos rios portugueses que efetuam um percurso na direção Sul-Norte.
O mesmo, percorre a zona raiana do distrito da Guarda, as Terras de Riba-Côa. Tem um
clima marcadamente mediterrânico. A zona de Riba-Côa é dominada por bosques,
pinhais, fortalezas (castelos), planaltos e fantásticas paisagens típicas da Beira Interior.
Cidades na zona de Riba-Côa: Pinhel, Sabugal, Meda. Uma vez que o percurso a
realizar é pequeno, da instituição ao rio, os elementos do grupo foram organizados e
levados a pé ate lá. Na praia as atividades eram imensas, podiam descansar, jogar à
bola, fazer canoagem entre outros jogos. Desta forma as crianças puderam desfrutar de
mais um belo dia de sol e calor, com muita diversão, alergia e brincadeiras saudáveis
por parte de todos os elementos envolvidos. Esta atividade superou as minhas
43
expetativas, pois as crianças não queriam regressar para a instituição, é sempre muito
gratificante ver as crianças gostarem do trabalho por nós desenvolvido
Figura 33: Rio Côa
Fonte: Própria
17.07.2013 (Quarta- feira)
Hoje o dia foi dedicado à música, ou seja, foram convidados, dois jovens
amadores pertencentes à academia de música do Sabugal a realizar um pequeno
concerto para os elementos da instituição. A música representa uma importante fonte de
estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança. A criança precisa de ser sensibilizada
para o mundo dos sons, pois, é pelo órgão da audição que ela possui o contato com os
fenómenos sonoros e com o som, quanto maior for a sensibilidade da criança para o
som, mais ela descobrirá as suas qualidades. A atividade foi realizada no CATL, esta
atividade correu mais uma vez bem, sobretudo devido à simpatia dos convidados e à
alegria contagiante das nossas crianças. Os instrumentos utilizados foram guitarras
clássicas, semiacústicas, e as músicas tocadas foram populares, como por exemplo, o
malhão, oh rosa arredonda a saia, a mulher gorda, entre outras. Mais uma vez a
atividade correu dentro do previsto e as crianças divertiram-se de uma forma diferente.
As crianças tiveram ainda a oportunidade de tocar alguns instrumentos disponibilizados
pela instituição (pandeiretas, tambor e flautas) (figuras 34 e 35).
44
Figura:34 – Divertimento com Instrumentos
Fonte: Própria
Figura: 35 – Divertimento com Instrumentos
Fonte: Própria
18.07.2013- (Quinta- feira)
Hoje o dia foi dedicado à culinária, ou seja, as crianças tiveram a oportunidade
de confecionarem seu próprio pão do lanche (figuras 36 e 37). Foi pedido ao padeiro no
dia anterior se podia dispensar um pouco de massa. Os ingredientes escolhidos para
adicionar a massa foram, chocolate e chouriço. Assim, as crianças tiveram a
oportunidade de envolver a massa com os ingredientes, após o que a massa foi levada a
cozer no forno da instituição e na hora do lanche todos os elementos tiveram a
oportunidade de provar o delicioso pão. A atividade correu bem, podendo ser uma
pouco melhorada quando repetida, ou seja, a massa poderia ser confecionada à frente
das crianças para que estas entendessem o
aparecimento da mesma, mesmo assim as
crianças adoraram e puderam desfrutar de
uma nova aventura .
Figura.37 – Crianças observando
Fonte: Própria
Figura:36 – Algumas figuras criadas com farinha
Fonte: Própria
45
19.07.2013- (Sexta – feira)
Chegados à véspera do fim da semana, a parte da manhã foi dedicada a uma
pequena saída dentro da intuição para a apanha da alfazema que foi colocada a secar
para ser utilizada na elaboração da prenda dos avós uma vez que já estamos perto do dia
deles (figura 38). A parte da tarde foi dedicada ao baile para encerramento da semana, o
mesmo teve início por volta das 15h00 ate ao encerramento da instituição. Durante o
decorrer destas duas atividades, as crianças estiveram mais motivadas e participativas na
atividade. Mais uma vez o objetivo foi cumprido de uma forma muito simples e prática.
Figura: 38 Apanhada de Alfazema
Fonte: Própria
4º Semana
22/07/2013 - (Segunda-feira)
Hoje começou uma nova semana, e com já 121 horas realizadas das 400horas
estipuladas. Não houve grandes surpresas no dia de hoje. Este foi dedicado às piscinas
visto estar um belo dia de sol. Foram tomadas as devidas precauções, colocação de
protetor solar, e as crianças foram dirigidas para o alpendre onde se encontra a piscina à
disposição dos mesmos (figuras 39 e 40). Enquanto as crianças apanhavam sol e
brincavam na piscina foi colocada música de modo a criar um ambiente mais
contagiante. Na minha opinião a atividade decorreu bem, uma vez que já estava a ser
repetida.
46
Figura: 39 Crianças brincando com a toalha
Fonte: Própria
Figura:40 Tolhas
Fonte: Própria
23.07.2013- (Terça-feira)
Não querendo só introduzir novas técnicas, jogos e tecnologias, o dia de hoje foi
dedicado aos jogos tradicionais, uma vez que estamos cada vez mais perto do dia dos
avós. Às escondidas ou à apanhada, ao lencinho da botica ou ao macaquinho do chinês,
ao pião, ao eixo, com os berlindes ou as caricas… são todas brincadeiras de outros
tempos, trazidas até nós. Infelizmente o grupo que estava comigo só conseguiu desfrutar
de um jogo “ Jogo do lenço” devido à idade. Nesta atividade o material utilizado foi um
lenço em que uma criança colocava o lenço por detrás das costas da outra, sem que esta
dê conta. Quando esta se apercebia tinha que tentar apanhá-la, ou seja, os jogadores,
sentados no chão formam uma roda. Fora dela, outro jogador tem um lenço na mão e
coloca-o atrás de um dos jogadores, sem que este se perceba. Enquanto a criança circula
em volta da roda cantava:
Leicinho da botica,
Lá vai, lá fica
Atr´s da Barriquira;
Lencinho da botica,
Lá vai, lá fica
Atrás da Barriquita;
Depois, o jogador deixa o lenço atrás das costas de uma das crianças que estão
sentadas no chão. A criança que descobrir o lenço nas suas costas tem de correr atrás
daquela que pôs o lenço. Se não a apanhar, ela ocupa o seu lugar na roda. Se a criança
for apanha ou não descobrir o pano atrás das costas é considera galinha choca e vai para
o meio da roda. A galinha choca é substituída quando outra criança ficar na mesma
situação. Esta atividade teve como objetivos principais:
47
Desenvolver habilidades básicas de coordenação em situações variadas:
o Desenvolver habilidades de coordenação manual;
o Utilizar corretamente habilidades em situações de jogo;
o Avaliar trajetórias, frequências e intensidades.
Mas mais uma vez a atividade realizou-se dentro das expetativas e de uma forma
saudável, pois houve muita diversão pelo meio.
24.07.2013- (Quarta-feira)
Hoje o dia foi dedicado à preparação da prenda do dia dos avós, a mesma
consistia na elaboração de uns pequenos fracos de cheiro. Todo este processo foi
construído com material reciclado. Desta forma com a ajuda das educadoras e das
auxiliares os alunos cortaram pedaços de tecido redondo. De seguida a alfazema colhida
há uns dias atrás foi cortada e colocada dentro de uns pequenos fracos de vidro. Para
finalizar utilizou-se o tecido redondo para cobrir o frasco de modo a tapar a alfazema
para que esta pudesse ficar abafada para espalhar um belo cheiro. O resto do dia foi
dedicado às histórias que as crianças tinham para partilhar sobre os avós. Durante a
atividade não foram sentidas dificuldades, uma vez que todas as crianças colaboraram.
Na minha opinião é sempre importante destacar o papel de cada elemento da família
para as crianças, pois a nossa família agrega vários elementos: amigos, conselheiros,
educadores, companheiros. Independente do papel que assumem, o avô e a avó
continuam sendo figuras fundamentais no cuidar das crianças.
25.07.2013- (Quinta-feira)
Hoje o dia iniciou-se com a distribuição das prendas para os avós, cada criança
levou dois frascos (figura 41). No resto do dia as crianças, foram para o lar da Santa
Casa onde puderam conviver com as pessoas mais idosas, ou seja, contar histórias, e
tiveram ainda oportunidade de cantar música para os idosos. Durante a tarde foi
oferecido no lar um pequeno lanche às crianças. Achei que este dia passou mais
depressa, talvez por termos saído um pouco da rotina a que estamos acostumados, pois
o facto de o lanche ser realizado fora da instituição ajudou bastante. Durante a atividade
as crianças divertiram-se imenso, desta forma os idosos puderam também reviver o
passado, contar aventuras vividas, anedotas, adivinhas e histórias. Aprende-se muito
48
com estes senhores cheios de conhecimentos vividos, pois costuma-se dizer que a idade
traz a sabedoria.
Figura: 41 Prenda (Dia dos Avos)
Fonte: Própria
26.07.2013 – (sexta-feira)
Dia dedicado à ciência, onde foi construído um pequeno vulcão com o objetivo
de obtermos uma reação química. Houve ainda a oportunidade da realização de umas
bolas saltitonas, (figura 42) as quais foram distribuídas por todos os alunos de jardim e
CATL. Devido a estarmos a trabalhar com produtos químicos o grupo só teve a
oportunidade de ver, mas o entusiasmo tomou conta das crianças. O resultado final do
vulcão foi o pretendido pois ao juntarmos alguns produtos químicos, houve uma reação
o que fez com que o nosso mini vulcão lançasse lava para fora. Infelizmente o resultado
das bolas não foi o melhor, pois houve um pequeno erro com as medições. Mesmo
assim conseguimos dar a volta e obter pequenos pega-monstros, todas as crianças
ficaram encantadas com o resultado final. Para que os resultados das bolas tivesse sido o
pretendido deveríamos ter feito
um
pré-teste
para
ver
o
resultado final, mas no geral a
atividade correu bem e deu para
mostrar às crianças que com
pequenas coisas podemos obter
resultados muito engraçados.
Figura 42: Bolas Saltitonas
Fonte: Própria
49
5º Semana
29.07.2013 – (Segunda – feira)
Estamos cada vez mais próximo do mês de Agosto o que faz com que muitas
crianças vão de férias, então juntaram-se as crianças num grupo só e assim o dia foi
dedicada à ginástica, pois a atividade física faz bem em todas as idades. Durante esta
atividade foram praticados vários exercícios como por exemplo, futebol, danças e
corridas. Não houve grandes dificuldades na realização desta atividade, pois todas as
crianças ali presentes gostavam de exercício físico e o facto de ter sido realizada ao ar
livre foi muito gratificante. Na minha opinião esta foi uma das atividades mais fáceis de
realizar pois as crianças estavam totalmente dentro do assunto.
31.07.2013 – (Quarta-feira)
Hoje mais uma vez a atividade do dia foi Piscinas. Como tal foram tomadas as
devidas precauções colocação de protetor solar, e as crianças foram dirigidas para o
alpendre onde se encontra a piscina à disposição as mesmas. Enquanto as crianças
apanhavam sol e brincavam na piscina, foi colocada música de modo a formar um
ambiente mais contagiante. Na minha opinião a atividade decorreu bem, uma vez que já
estava a ser repetida mais do que uma vez.
3.10 - 2.ª Sessão
Após ter tido experiência com crianças da creche, o período de 5 de Agosto e 9
de Agosto foi dedicado às crianças da sala Arco-íris, com a educadora cooperante
Cláudia Tavares. Esta experiência foi um pouco curta devido ao facto da maior parte
das crianças do Jardim se encontrarem de férias.
3.10.1 -Caraterização do Grupo
Este grupo é constituído por 25 alunos, 15 elementos do sexo feminino e 10
elementos do sexo masculino.Segundo informações retiradas de um documento
fornecido pela educadora titular, as crianças são oriundos de famílias equilibradas, quer
familiar,
quer
financeiramente.
O
seu
nível
socioeconómico
caracteriza-se,
maioritariamente, entre o nível médio e o nível médio alto, tendo em conta que a
maioria dos encarregados de educação possui um curso superior e exerce-o na profissão.
50
Em termos culturais é uma turma interessada no ambiente que a rodeia e apoiada pelos
familiares que se interessam pelo futuro dos seus filhos. A maioria das crianças tem
pelo menos um irmão, havendo alguns alunos que não têm irmãos. Após uma análise
global da prestação dos alunos em sala de aula, pôde-se constatar que é um grupo
bastante interessado e motivado para a aprendizagem. A maioria dos alunos consegue
manter a concentração da atenção, havendo apenas três criança mais irrequietas, mas
com um comportamento aceitável
3.10.2 - Caraterização do Espaço
A sala do Arco-Iris (figura 43), está situada na parte do jardim de infância, sendo
chamada a sala do meio, ou seja, esta encontra-se entre a sala dos Sorrisos e a sala
Linda, perto da cantina, o que faz com que, por vezes, as crianças não se consigam
abstrair do que se passa lá fora. As mesas e cadeiras dos alunos são feitas de madeira,
assim como o armário da sala. As paredes estão ocupadas por placares onde são
colocados os trabalhos das crianças.
Figura 43: Sala Arco – Iris
Fonte: Própria
3.10.3 - Horário
No horário estão contempladas as atividades realizadas ao longo dos dias. De
seguida, apresento, no quadro 10, o horário integral do grupo.
51
Quadro 10 – Horário Sala Arco – Iris Fonte: Própria
Dias da Semana
Segunda-
Terça-Feira
Quarta-Feira
Quinta-Feira
Sexta-Feira
Feira
Horas
7h45min-
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
9h30min
no parque rua
no parque rua
no parque rua
no parque rua
no parque rua
9h30-
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
10h00mi-
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
10h30
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
manhã
10h30min-
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
12h00min
Programada
Programada
Programada
Programada
Programada
12h00-
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
13h00min-
Visualização
Visualização
Visualização
Visualização
Visualização
15h00min
de Filme
de Filme
de Filme
de Filme
de Filme
15h-16h
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
16h-
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
16h30min
Tarde
Tarde
Tarde
Tarde
Tarde
16h30min-
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
17h00min
Programada
Programada
Programada
Programada
Programada
17h00min-
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
19h00min
Brincar
Brincar
Brincar
Brincar
Brincar
10h00min
13h00min
3.10.4 - Relatos Diários
6º Semana
05.08.2013 (Segunda-feira)
Começou hoje uma nova semana, e tal como foi referido anteriormente mudei de
sala, ou seja, passei da creche para o jardim-de-infância. A adaptação não foi difícil
visto já conhecer maior parte das crianças de jardim, como também as educadoras e as
auxiliares. Assim o dia foi dedicado a uma visita à biblioteca municipal do Sabugal. A
52
visita começou com a visualização de um filme “Madagascar” (figura 44), é um filme
de animação gráfica norte-americano lançado em 2005. O filme conta a história do leão
Alex e os seus melhores amigos, a zebra Marty, a girafa Melman e a hipopótomo,
sempre passaram a vida em cativeiro e desconhecem o que é morar na selva. Após a
visualização do filme os alunos dirigiram-se para uma grande sala cheia de livros
(figura 45), onde puderam explorar todo o tipo de livros e tiveram a oportunidade de
ouvir varias histórias contadas por nós.
Na minha opinião esta atividade correu muito bem, pois não houve percalço
nenhum e as crianças divertiram-se imenso.
Figura 44: Visualização do Filme
Fonte: Própria
Figura 45: Visita à Sala dos Livros
Fonte: Própria
06.08.2013 (Terça-Feira)
Hoje e mais vez com um dia muito quente, as crianças passaram o dia na praia
fluvial do Sabugal, uma vez que o percurso entre a instituição e o rio os elementos da
turma foram organizados e levados a pé ate lá. Desta forma as crianças puderam
desfrutar de mais um belo dia de sol e calor, com muita diversão, alergia e brincadeiras
saudáveis por parte de todos os elementos envolvidos. As crianças adoraram tal como
da outra vez.
07.08.2013 (Quarta-Feira)
Hoje os alunos foram divididos em grupos de 5 elementos, para a realização da
Caça ao tesouro (anexo 7), de acordo com J.M. de Carvalho (Noesis, 1999) uma caça
ao tesouro consiste num conjunto de questões que podem ser respondidas através da
descoberta de pistas.
53
Assim foi pedido às quatro estagiárias e a uma auxiliar, para liderarem o grupo,
com o objetivo de ler o enunciado às crianças para que estas pudessem descobrir as
pistas pouco a pouco. A caça ao tesouro consistia em andar pelos vários sítios da
instituição com a finalidade de descobrirem as pistas, com a ajuda do pessoal
envolvente. A pista a ser descoberta era uma pequena bola de plástico que continha uma
letra dentro, com o objetivo de formar a palavra final que iria indicar o sítio onde se
encontrava o tesouro escondido. Apos encontradas todas as bolas, o papel da líder de
grupo era ajudar a formar a palavra, “PARQUE RUA”, local onde se encontrava o
tesouro escondido. Neste jogo não houve vencedores nem perdedor, pois todas as
equipas ganharam e divertiram, o prémio final era um saco cheio de doçarias que foi
repartido por todas as crianças.
08.08.2013 (Quinta-Feira)
Hoje houve novamente uma pequena deslocação, desta vez, ao posto da G.N.R
do Sabugal, onde fomos muito bem recebidos pelo Agente Vinhas. Nesta visita as
crianças
tiveram
a
oportunidade
de
visitar
o
posto
tendo
ainda
vários
objetos/instrumentos à sua disposição entre eles um carro da escola segura, um jipe,
duas motos e ainda dois pares de algemas (figura 46). As crianças puderam mexer e
montar nas motos/carros com ajuda de alguns agentes da autoridade que estavam à sua
disposição. A parte que as crianças mais gostaram foi quando ouviam a sirene das
motos/carros. Esta atividade correu dentro das nossas expetativas, visto que as crianças
se divertiram imenso.
Figura 46: Motos da G.N.R
Fonte: Própria
54
09.09.2013 (Sexta-Feira)
Hoje o dia foi dedicado à leitura. No dia anterior tinha sido pedido às crianças
que trouxessem um livro à sua escolha, para compartilhar com os colegas. Logo pela
manhã, à medida que os pais iam trazendo as crianças encontrava-se à entrada da sala
uma mesa coberta de um pano preto, com a finalidade de todos os livros trazidos serem
lá colocados (figura 47). Após a chegada de todas as crianças e a realização do lanche
da manhã, demos início à nossa atividade. Na sala estavam presentes as três turmas do
jardim-de-infância e uma turma de creche, estavam ainda presentes além de mim, cinco
auxiliares, três educadoras de infância e uma outra estagiária. Estas encontravam-se
distribuídas pela sala com a finalidade de contar /ler as histórias aos pequenos grupos de
crianças que iam aparecendo. Cada criança era livre de escolher o livro que quisesse. Na
minha opinião esta atividade teve um feedback muito positivo, visto que houve
elementos a trazer mais do que um livro, e prestaram toda muita atenção durante a
leitura das histórias. Esta atividade durou todo o dia, tendo as suas pausas habituais
(rotinas diárias).
Figura 47: Exposição de Livros (Sala dos Sorrisos)
Fonte: Própria
3.11 - 3.ª Sessão
O período de 11 de agosto a 23 de agosto, foi um dos períodos mais confusos do
estágio, pois como nesta altura muitas das crianças se encontram de férias, em cada
turma encontravam-se um o máximo de 5/6 crianças por dia, o que se faz com que se
torne desmotivador para as crianças e até para as próprias educadoras. Para resolver este
problema, as educadoras em consenso com a Diretora, decidiram juntar as crianças
destas três salas mais os alunos de CATL, uma vez que o plano de atividades era o
55
mesmo. No final estas crianças formavam um total, em média, de 25 crianças por dia,
com as educadoras cooperantes Liliana Cordeiro, Carla Botas e Cláudia Tavares.
3.11.1 - Caraterização do Grupo
Este grupo era constituído por vinte e cinco crianças. No mesmo, existiam
crianças de diversas idades, sendo o aluno mais velho pertencente ao CATL (13 anos), e
o mais novo da sala (4 anos). Em termos culturais, era um grupo interessado pelo
ambiente que o rodeava, um pouco faladores, ainda que trabalhadores, gostavam muito
de se ajudar uns aos outros. Em termos gerais era um grupo homogéneo, realizando as
tarefas que lhes eram pedidas. É de referir que por norma as crianças do CATL se
distraem com mais facilidade no decorrer das atividades. No geral, pode-se afirmar que
o grupo era bastante divertido e simpático.
3.11.2 - Caraterização do Espaço
A sala escolhida para este período foi a sala dos Sorrisos (figura 48). Tem seis
janelas viradas para o parque da instituição. O mobiliário é composto por várias mesas e
cadeiras, um armário de madeira onde a educadora guarda os livros e o material escolar.
Numa das paredes há um quadro interativo, há ainda uma parede onde está afixado um
painel que é utilizado para colocar os trabalhos dos alunos.
Figura48: Sala dos Sorrisos
Fonte: Própria
56
3.11.3 - Horário
No horário que apresenta estão contempladas as atividades realizadas ao longo
dos dias. De seguida, apresento no quadro 11 o horário integral do grupo.
Quadro 11– Horário do Grupo ( Sala dos Sorrisos) Fonte: Própria
Dias da Semana
Horas
Segunda-
Terça-Feira
Quarta-Feira
Quinta-Feira
Sexta-Feira
Feira
7h45min-
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
Acolhimento
9h30min
no parque rua
no parque rua
no parque rua
no parque rua
no parque rua
9h30-
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
10h00mi-
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
10h30
Manhã
Manhã
Manhã
Manhã
manhã
10h30min-
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
12h00min
Programada
Programada
Programada
Programada
Programada
12h00-
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
13h00min-
Visualização
Visualização
Visualização
Visualização
Visualização
15h00min
de Filme
de Filme
de Filme
de Filme
de Filme
15h-16h
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
Tempo Livre
16h-
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
Lanche da
16h30min
Tarde
Tarde
Tarde
Tarde
Tarde
16h30min-
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
Atividade
17h00min
Programada
Programada
Programada
Programada
Programada
17h00min-
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
Hora de
19h00min
Brincar
Brincar
Brincar
Brincar
Brincar
10h00min
13h00min
57
3.11.4 - Relatos Diários
7º Semana
12.09.2013 (Segunda – Feira)
Esta semana começou com uma atividade muito importante. O tema utilizado foi
a “importância da água”. A água, assim como o Sol, é um recurso natural indispensável
à vida no planeta Terra. Possui um enorme valor económico, ambiental e social,
fundamental à sobrevivência do Homem e dos ecossistemas no nosso planeta. As
primeiras formas de vida surgiram nos oceanos há cerca de 4 milhões de anos. A água é
fundamental porque é um recurso natural único, escasso e essencial à vida de todos os
seres vivos. Por muitos milhares de anos, subsistiu a ideia de que a água era um recurso
infinito, esta ideia tinha como base a abundância deste recurso natural na Natureza. Esta
atividade foi dirigida pela educadora Rute, que começou por colocar umas pequenas
perguntas sobre o tema, as quais foram respondidas pelas crianças sem problemas.
Passando depois para a explicação do ciclo da água com a ajuda de uma pequena
apresentação/imagem (anexo 8). No final da atividade as crianças tiveram a
oportunidade de realizar vários jogos educativos acerca do tema “água”. Estes jogos
encontram-se disponíveis na internet, com o objetivo de sensibilizar as pessoas de
alguma forma.
13.09.2013- (Terça –feira)
Karaoke foi a atividade praticada no dia de hoje, o mesmo, foi inventado
por Daisuke Inoue (nascido em 10 de maio de 1940 em Osaka), que em 1971 montou e
alugou os primeiros 11 aparelhos para bares em Kobe (recebeu por isso em 2004
o prêmio IgNobel da Paz). Infelizmente ele não apresentou a sua invenção e os
aparelhos, fitas de reprodução e os CDs foram logo feitas pela indústria do
entretenimento.
O material para a realização desta atividade foi cedido por mim, tive também a
oportunidade de escolher as músicas que as crianças cantaram. Visto que a maioria das
crianças ali presentes não sabiam ler, passava o videoclipe das músicas no quadro
interativo da sala facilitando a sua apreensão pelas crianças. Crianças são aprendizes
58
rápidos. Basta olhar ao redor, e os cérebros estão trabalhando, e eles estão aprendendo.
Cantar músicas de karaoke é muito divertido não só para adultos, mas também para as
crianças (figura 49). Na minha opinião esta atividade correu bastante bem, uma vez que
durou todo o dia havendo os intervalos necessários. Ao final da tarde houve ainda a
oportunidade da realização de um pequeno baile, proporcionado pelo bom ambiente.
Figura 49: Um dos micros utilizado
Fonte: Própria
14.08.2013- (Quarta-feira)
Hoje e mais vez as crianças passaram o dia na praia fluvial do Sabugal (figura
50). Desta forma as crianças puderam desfrutar de mais um belo dia de sol e calor, com
muita diversão, alegria e brincadeiras saudáveis por parte de todos os elementos
envolvidos. Esta atividade correu bem visto ser já uma atividade varias vezes repetida,
as crianças adoram tal como das outras vezes.
Figura 50: Praia Fluvial do Sabugal
Fonte: Própria
16.08.2013 – (Sexta-feira)
59
Teatro foi a atividade do dia (figura 51). O teatro utilizado em sala de aula, é de
suma importância para construção do conhecimento do aluno, considerando-o como um
ser que pensa, sente e faz. Como a escola é um espaço de conhecimento, o ensino da
arte é fundamental para o desenvolvimento da perceção criativa da criança. A peça
escolhida foi o “ Capuchinho Vermelho” (anexo 9) visto que a história ensina os mais
pequenos que a curiosidade leva à desobediência, e essa, pode colocar-nos na maior
parte das vezes em algumas aventuras menos engraçadas.
Esta atividade correu dentro das nossas expetativas, e permitiu constatar que o
desenvolvimento da criatividade e a transmissão de sentimentos e emoções, são
inerentes à sensibilidade da criança.
Figura 51: Teatro (material)
Fonte: Própria
8º Semana
19.08.2013- (Segunda-feira)
Hoje o dia começou com a realização de vários jogos educativos que estão
disponíveis na sala, de seguida passou-se para uma pequena sensibilização realizada
pelo Enfermeiro Joaquim. O tema escolhido foi os “perigos do sol”, uma vez que as
crianças, quanto mais jovens, mais sensíveis são ao sol, porque a sua pele é mais frágil.
Queimaduras solares sofridas em criança duplicam a hipótese de vir a desenvolver-se
cancro cutâneo na idade adulta. O perigo de cancro cutâneo começa com a primeira
exposição ao sol e os efeitos nocivos acumulam-se ano após ano. O enfermeiro
60
começou por apresentar uma pequena comunicação onde mostrava, de uma forma muito
simples, os perigos do sol às crianças. De seguida mostrou-se disponível para responder
a algumas dúvidas que as mesmas podiam ter. A atividade em geral correu bem, visto
que as crianças se mostraram bastantes interessadas durante a apresentação.
20.09.2013/21.08.203 – (Terça-feira/Quarta-feira)
Estes dois dias, foram passados na praia Fluvial de Quadrazais (figura 52). A
saída foi realizada as 9h30min da manhã e a chegada às 17h00min. Durante o dia as
crianças tiveram a oportunidade de desfrutar de dois belos dias de sol. A praia fluvial
aparentava águas límpidas de nível baixo, com margens relvadas e arborizadas,
tornando o local ideal para um dia bem passado. O facto de estes dias serem passados
fora da Instituição fez com que se tornassem menos cansativos. Esta atividade correu na
perfeição, uma vez que todas as crianças tiveram a oportunidade de molhar o pezinho e
brincar de uma forma livre durante o dia no exterior. Brincadeiras em espaços exteriores
desenvolvem crianças mais felizes, criativas e saudáveis permitindo-lhes ganhar
diferentes competências.
Figura:52 – Praia Fluvial de Quadrazais
Fonte: Própria
22.09.2013 (Quinta-feira)
Hoje o dia foi dedicado ao cinema, para esta atividade foram utilizadas duas
salas: a sala dos Sorrisos e a sala do Arco-íris (figura 53). Nestas salas estavam
61
disponíveis dois filmes, “Branca de Neve e os Setes Anões” (anexo10) e “Alvim e
Esquilos” (anexo 11). As crianças tinham a oportunidade de escolher qual dos filmes
queriam ver, para isso só tinham de levantar o seu bilhete na bilhetaria que estava
montada à porta da sala dos Sorrisos. À entrada da sala estava colocado um cartaz, para
que pudesse ser identificado em qual das salas iriam passar o filme escolhido “Branca
de neve e os sete anões” foi o filme que teve menos adesão, talvez por a maioria dos
elementos presentes serem rapazes.
Esta atividade poderia ser um pouco melhorada uma vez que poderia estar
montada mesmo uma sala de cinema, não deixando de ser, no entanto, uma atividade
bastante gratificante, visto que a visualização de vários filmes educativos, cativa a
atenção e melhora a criatividade das nossas crianças.
Figura 53: Visualização do Filme e Bilheteira
Fonte: Própria
23.08.203 – (Sexta- feira )
Para terminar esta etapa e de acordo com o plano de atividades elaborado, hoje o
dia foi dedicado às caminhadas de bicicleta e triciclos. De acordo com a cardiopediatra
e médica Dra. Silvana Vertematti, a prática do ciclismo constitui um exercício
completo, repleto de benefícios físicos e psicológicos, ou seja, o ciclismo é um
exercício de intensidade moderada, contribuindo para o desenvolvimento motor da
criança.
62
Uma vez que a instituição não tinha à disposição de bicicletas para todos os
elementos, foi pedido aos pais, no dia anterior, se podiam dispensar a própria bicicleta
dos filhos, para serem utilizadas na atividade. A adesão/disponibilidade por parte dos
pais foi surpreendente, uma vez que a maioria dos elementos estava a utilizar a sua
própria bicicleta (figura 54). As crianças tiveram a oportunidade de andar durante toda a
manhã por toda a instituição, acompanhados em cada local pelas respetivas
responsáveis. No geral esta atividade correu dentro das expetativas uma vez que a
participação foi enorme e as crianças sentiram livres e muito contentes.
Figura 54: Bicicletas e algumas crianças
Fonte: Própria
3.12 - 4.ª Sessão
De 26 de agosto ao 30 de agosto, foi o período dedicado à preparação e pesquisa
bibliográfica assim como realização do relatório, visto que a instituição se encontrava
fechada nesta semana para uma desinfestação geral e preparação do novo ano letivo.
3.13 - 5.ª Sessão
A fase final do estágio, de 2 a 9 de setembro, foi dedicada às crianças da sala
Linda, com a educadora cooperante Carla Botas. Durante este tempo tive a oportunidade
de conviver com crianças do 4/5 anos, com a finalidade da preparação do ano letivo que
começou a 9 de Setembro.
63
3.13.1 - Caraterização do Grupo
O grupo dos 4/5 anos é constituído por 20 elementos, 14 raparigas e 6 rapazes.
O grupo respeitante ao ano letivo de 2013/2014, é um grupo homogéneo no que
concerne a comportamentos e atitudes. Alguns membros têm alguma dificuldade em
manter o silêncio e a concentração durante a realização das atividades e, também, em
manter uma postura correta no decorrer das mesmas. No entanto, a maioria dos
elementos do grupo revela um grau de calma e de sociabilidade adequado ao grau de
ensino em que se encontra. Neste grupo encontra-se uma criança portadora de Trissomia
211.
3.13.2 - Caraterização do Espaço
A sala Linda (figura 55) é a última do jardim-de-infância e é uma sala com
bastante luz. Tem seis janelas, e uma porta de vidro que dá acesso para o parque. Nesta
sala, os móveis, as cadeiras e as mesas são, maioritariamente, de madeira, havendo
também cadeiras de plástico com várias cores. As paredes da sala são brancas onde
estão colocados vários placards que são utilizados pela educadora para afixar trabalhos
realizados pelos alunos ao longo das semanas. Existe, também, um computador e um
rato de brincar . A sala está organizada de maneira a proporcionar às crianças um
ambiente facilitador, uma vez que é uma sala bastante acolhedora.
Figura 55: Sala Linda
Fonte: Própria
1 1
. A trissomia 21, ou síndrome de down, foi descrito pela primeira vez, com
pormenor, por um médico inglês, John Longdon, em 1866, sendo uma patologia (alteração)
congénita, que causa um atraso no desenvolvimento físico e intelectual, podendo surgir em
qualquer família, em pais de qualquer faixa etária, raça, religião ou estrato social, tanto no
primeiro filho como em irmãos.
64
3.13.3 - Relato Semanal
02.09.2013 a 09.09.2013
Durante esta semana iniciei a última etapa do meu estágio, e consistiu na
preparação do ano letivo 2013/2014. Regressar à escola é um recomeço, um momento
em que todas as esperanças fazem sentido, em que os sonhos se constroem de dia e o
mundo parece repleto de oportunidade. No início tentei aproximar-me das crianças, uma
vez que a turma se encontrava completa, e havia alguns elementos com quem eu nunca
tinha tido contato. Ao logo da semana, a educadora da sala foi-me propondo a
realização de algumas tarefas, como por exemplo: i) “Mapa de atividades” (Figura 56) o
qual servirá para que cada criança possa colocar, diariamente, a atividade realizada ao
longo do dia; ii) “ Mapa do Tempo”,(Figura 57) que servirá para que ao longo do ano
todos os elementos da turma tenham a hipótese de colocar diariamente a meteorologia e
por fim iii) “ Mapa das presenças” ( Figura 58) ,onde cada aluno coloca uma cruz no seu
nome sempre que comparece nas aulas. Durante este período procedeu-se também à
arrumação e organização da sala. Ao longo da semana tentei ainda criar uma atividade
minha, e para tal sugeri à educadora da sala, a construção de um balão de aniversários
(figura 59),com a finalidade de representar os aniversários dos elementos da turma. A
ideia teve uma boa receção por parte da educadora disponibilizando todo o material
(balões, cola- branca, tesouras, jornais, sacos, velas e cartolinas) necessário. A técnica
utilizada neste balão foi a moldagem, infelizmente e com muita pena minha não
consegui concluir a tarefa uma vez que a mesma era trabalhosa e demorada, e o tempo
era escasso. Futuramente este balão ficará pendurado no teto da sala, com a finalidade
de identificar os vários aniversariantes.
Lidar com crianças todos os dias é uma oportunidade única. Estes seres
pequenos tem o dom de nos fazer sorrir, mesmo quando parece que tudo está errado.
65
Figura:56 – Mapa de Atividades
Fonte: Própria
Figura:57 – Mapa do Tempo
Fonte: Própria
Figura. 58 – Mapa de Presenças
Fonte: Própria
66
Figura:59 – Construção do Balão de Aniversários
Fonte: Própria
67
4. CONCLUSÃO
No currículo do CET - Acompanhamento de Crianças e Jovens no Instituto
Politécnico da Guarda, a unidade de formação denominada Estágio foi, sem dúvida, um
dos momentos mais esperados e valorizados ao longo do mesmo, em virtude de permitir
uma constante aprendizagem e crescimento profissional. Formosinho (2001, pg. 50)
carateriza a Prática Pedagógica como a componente curricular da formação de
professores cuja finalidade explícita é iniciar os alunos no mundo da prática docente e
desenvolver competências práticas inerentes a um desempenho docente adequado e
responsável. Para este autor, esta é a fase da prática docente acompanhada, orientada e
refletida que serve para proporcionar ao futuro professor uma prática de desempenho
docente global, em contexto real, que permita desenvolver as competências necessárias
a um desempenho consciente, responsável e eficaz. Deste modo, a Prática Pedagógica é
um dos componentes fulcrais no processo de formação de profissionais na área da
educação e deve ser encarada como um fator de aprendizagem e de crescimento do
próprio sujeito. Como futura Técnica de Acompanhamento de Crianças e Jovens não
pude deixar de me sentir uma “docente” durante o decorrer do estágio. A Prática
Educativa visa uma forte articulação entre a teoria e a prática. Proporciona não só a
integração de aprendizagens feitas das diferentes componentes curriculares de cursos,
mas também as minhas aprendizagens. Aliado a isto, realço a oportunidade de aprender
a transformar esses saberes disciplinares em saberes profissionais que orientaram o meu
estágio profissional no dia-dia. Muitas das aprendizagens realizadas ao longo da
formação foram por descoberta e associadas à resolução de problemas com os quais se
teve que lidar por diversas vezes. Como estagiária, começo a ter consciência de como
vai ser a minha vida profissional e tento entender e relacionar o que aprendi na teoria
com o que vivo na prática, embora seja um pouco complicado. Ao longo do estágio, fui
ouvindo, por parte das educadoras cooperantes, que os principais objetivos do estágio
eram a aplicação de competências e os conhecimentos adquiridos a um contexto prático,
o participar numa série de experiências práticas, o “sentir na pele”, o tomar consciência
das áreas mais fortes e aquelas que precisam de mais aperfeiçoamento e ainda uma
visão mais realista de como será a integração na vida ativa. Posso já referir que o
estágio profissional, no geral, e a elaboração deste relatório em particular,me ajudou a
desenvolver competências reflexivas. É certo que nem sempre de uma maneira fácil e
68
imediata, mas com acompanhamento e apoio das educadoras e auxiliares cooperantes,
bem como com a ajuda da Professora Doutora Rosa Tranca, docente orientadora, que
me foi possível experimentar várias situações e refletir sobre as minhas práticas de uma
forma mais crítica, tornando-me mais capaz de analisar as minhas escolhas, decisões,
sucessos e insucessos. A oportunidade de trabalhar em equipa e o diálogo entre todos
foi determinante para mim, principalmente quando me transmitiam de forma gradual
essa capacidade para refletir de forma crítica. É importante sermos capazes de usar
estratégias e recursos próprios que nos levem progressivamente a ser observadores
reflexivos, participantes reflexivos e prático-reflexivos. Para terminar, em jeito de
conclusão, o Estágio e a elaboração deste relatório tornou-me mais responsável, deu-me
um olhar mais cuidado para a realidade e fez-me refletir de forma crítica e
fundamentada. Fez, por outras palavras, com que crescesse bastante enquanto pessoa e,
sobretudo, enquanto futura profissional. É assim com a sensação de dever cumprido que
termino, esta minha caminhada, estou certa, que me trará gratas recordações, pois a
experiência vivida este ano foi bastante interessante.
5. Limitações deste trabalho
Todo o trabalho diferente daquele a que estamos habituados, causa estranheza e
dificuldades iniciais. Procurando superar essas dificuldades, procurei responder ao
desafio da elaboração do presente relatório, não pude esquecer que como afirma Sá
Chaves (2000) este documento captura o crescimento e a mudança do formando ao
longo do tempo; é uma peça única”, ou seja, a capacidade de criticar construtivamente,
analisar e refletir são essenciais para o conhecimento do ser humano sobre si próprio e
para o mundo que o rodeia. É considerando a globalidade e complexidade dos
fenómenos sociais, que se exige uma intervenção social cada vez mais urgente, pelo que
o papel do técnico de acompanhamento tem vindo a assumir uma maior importância na
sociedade. No caso da Santa Casa da Misericórdia é importante que o técnico possa dar
resposta às solicitações do serviço, que realize tarefas e atividades de animação, que
seja capaz de estimular e cativar a motivação das pessoas/crianças ou grupo para uma
determinada ação. A sensação de que ainda tenho um longo caminho de aprendizagem
destas matérias a percorrer deve-se precisamente à falta de tempo para abarcar tantas e
tão necessárias matérias. Confesso que por vezes foi difícil disciplinar-me para poder
levar a bom porto algumas das tarefas e que o cansaço nem sempre correspondeu à
vontade de fazer mais e melhor.
69
6. Novas Pesquisas
Ao longo deste ano, pude aperceber-me que um profissional na área da educação
tem de estar permanentemente informado e atualizado para que possa capacitar-se de
conhecimentos e, por sua vez, de estratégias que melhor se adaptem à sua realidade
educativa que estará em constantes mudanças. Por isso, julgo ser importante nunca
deixar de ser uma profissional que quer sempre aprender mais. A valência que me
deixou mais cativada foi a creche, talvez por serem crianças com idades menores. Como
refere Vitor Hugo Cada criança que se ensina é um Homem que se conquista. Assim
espero, com o meu trabalho, contribuir para um mundo melhor em que todos saibamos
comunicar ideias. Segundo Gervilla (2003) a função do profissional é bastante
complexa e normalmente o currículo formativo do futuro profissional parece estar mais
centrado nas respostas do que nas perguntas, nas soluções estereotipadas do que no
questionamento das mesmas, nos programas acabados e não na elaboração autónoma de
alternativas fundamentadas, na ocultação de problemas e não na relevância dos mesmos,
na simplificação reducionista frente à realidade adversa, no mimetismo repetitivo do
que no afrontamento da ambiguidade, na segurança frente ao risco, no conhecido frente
ao inovador. É fundamental que na minha integração, na vida ativa, que seja capaz de
fazer mais, de inovar, de produzir novas ideias e estratégias. Ser inovador e estar
preparado para a mudança leva-nos a perceber e a reconhecer que a criatividade tem um
papel muito importante na sociedade atual, e que não nos devemos limitar a fazer o que
os outros já fizeram. Espero tornar-me numa profissional crítica, criativa e aberta
através de sucessivos projetos onde me quero envolver, criando contextos que tenham
valor educativo.
70
7. BIBLIOGRAFIA
Astier, Isabelle (2009). Les transformation de la relation d’aide dans l’intervention
sociale, in Informations Socials, 2009/2, nº 152.
Branco, Francisco (2008). Acção Social, individuação e cidadania. A construção do
acompanhamento social no contexto do Estado Social, Revista Cidade e Território,
nº17, Lisboa.
Carneiro, Maria do Rosário Amaro da Costa (coord.) (1997), Crianças em Risco.
Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Campanini, Annamaria; Luppi, Francesco (1996). Servicio Social y Modelo
Sistémico. Barcelona : PaídosCarvalho , J.M ( Nuesis, 1999)
Department of Health (2000). Guidance on the Assessment Framework. London:
DoH.(Internet Website:http://www.open.gov.uk/doh/quality.htm).
Feideration of Social Work ( IFSW) (2005). Federation of Social Workers
and International Association of Schools of Social Work
Guadalupe, Sónia (2009). Intervenção em Rede. Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra.
Martins, Paula (2004). Proteção de crianças e jovens em itinerários de risco –
representações sociais, modos e espaços. Dissertação de doutoramento não
publicada. Minho: Instituto dos Estudos da Criança, Universidade do Minho.
Morreira( Antoni 2000,) APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA Coimbra:
Edições Almedina, pág.10
71
Osório, Agustín Requejo. Os idosos na sociedade actual. In: OSÓRIO, Agustín
Requejo; PINTO, Fernando Cabral (orgs).As Crianças:contexto social e intervenção
educativa. Lisboa: Instituto
Piaget, 2007.O’Loughlin Maureen; O’Loughlin, Steve (2008), Social Work with
Children & Families. Glasgow:Learning Matters
Piaget, J. (1986). O Nascimento da Inteligência na Criança. Lisboa: D. Quixote.
Quivy, Raymond, Luc Van Campemhoudt (1988). Manual de Investigação em
Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.
Pereira, Alexandre e Carlos Poupa (2008). Como escrever uma tese, monografia ou
livro cientifico usando o Word. Lisboa: Edições Silabo
Sutherland, P. (1996). O desenvolvimento cognitivo actual. Lisboa: Instituto Piaget.
Viscarret, Juan Jesús (2007). Modelos y Métodos de Intervención en Trabajo
Social. Madrid: Aliança Editorial.
Vigotsky, L. (1998). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes.
ZABALZA, Miguel, (1998). Qualidade em educação infantil. Porto Alegre, ed.
Artmed
Webgrafia
Agua
e
arreia
:http://br.guiainfantil.com/educacao-infantil/110-jogos-infantis/198-
brincar-com-agua-e-areia.html , acedido a 20 de agosto de 2013
Capuchinho
Vermelho:
http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/o%20sotao%20da%20ines%20%20so%20texto/histor54.html, acedido a 20 de agosto de 2013
72
Capuchinho
vermelho:
http://www.wook.pt/ficha/capuchinho-vermelho/a/id/39347,
acedido a 25 de agosto de 2013
Comboio
dos
meninos:
http://cantodecolo.blogspot.pt/2012/02/o-comboio-dos-
meninos.html- ,acedido a 20 de agosto de 2013
Canção “Bom Dias”: http://orestosaocantigas.blogspot.pt/2012/11/cancao-dos-bonsdias-pela-manha.html- , acedido a 20 de agosto de 2013
Direitosdascriançasretiradode:http://www.unicef.pt/artigo.php?mid=18101111&m=2-,
acedido a 23 de julho de 2013
Dormir
faz
bem:
http://www.cuidarcrianca.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1
91:educando-a-crianca-a-dormir&catid=3:biblioteca&Itemid=5 , acedido a 22 de
agosto de 2013
Jogos
Tradicionais:
http://www.cm-sbras.pt/NR/rdonlyres/348768A2-97F5-405F-
A61A-051E564E006E/0/JogosTradicionais_vfinal_lqp.pdf , acedido a 20 de agosto
de 2013
Importância
das
Crianças:http://revistacrescer.globo.com/Familia/Rotina/noticia/2013/07/dia-dosavos-importancia-deles-para-pais-e-netos.html , acedido a 21 de agosto de 2013
Maria,Montessori:http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/sanderson/vida_e
_obra_montessori.htm, acedido a 16 de setembro de 2013
Técnico
de
acompanhamento
de
crianças:http://www.epaveiro.edu.pt/eelv/index.php?option=com_content&view=ar
ticle&id=739&Itemid=208, acedido a 15 de setembro de 2013
Relatório
de
Estagio:http://www.unibr.com.br/atributos/doc/exemplo_de%20_relatorio_de_peda
gogia_maria_aparecida.pdf, acedido a 1 de setembro de 2013
Relatório
de
Estagio:
http://apoiouespipedagocio.blogspot.pt/2012/06/modelo-de-
relatorio-de-estagio-na.html ,acedido a 5 de setembro de 2013
73
Regulamentocentro_infantil.pdfretiradode:http://www.scmsabugal.com/attachments/arti
cle/48/Regulamento-centro_infantil.pdf, acedido a 23 de julho de 2013
Regulamentointernoretiradode:http://www.misericordiacovilha.pt/regulamento_interno_
infantario.pdf, acedido a 23 de julho de 2013
Regulamentosinternos:http://www.scmagueda.pt/scma2011/sites/default/files/Regulame
nto%20Interno%20Estrutura%20Residencial%20para%20IdososLar%20(Ed.%2008).pdfregulametos, acedido a 23 de julho de 2013
Bibliografia Legal
Convenção sobre os Direitos da Criança, UNICEF, 1989
Estatutos da Casa Pia de Lisboa, Portaria nº 1637-A/2007
Lei Promoção e Protecção, nº 147/99 de 1 de Setembro
Medidas em Meio Natural de Vida, Decreto-Lei nº12/2008
74
ANEXOS
75
APÊNDICES
76
o Apêndices
Apêndice 1 - Creche
Apêndice 2 - Jardim de Infância
Apêndice 3 - CATL
Apêndice 4 – Plano de Estágio
Apêndice 1
Creche
Sala
N.º de
Feminino
Masculino
crianças
N.º de
funcionário
s
Berçário
12
6
6
3 Ajudantes
educativas
1 Educadora
Infância
1 Ano
12
7
5
2 Ajudantes
Educativas
1 Educadora
1 Ano e meio
12
8
5
2 Ajudantes
Educativas
1 Educadora
Infância
2-3 Anos
24
14
10
2 Ajudantes
Educativas
1 Educadora
Infância
Número de Crianças na Creche Fonte: Própria
Apêndice 2
Jardim de Infância
Sala
N.º de
Feminino
Masculino
Crianças
N.º de
funcionários
1 Ajudante
3 / 4 Anos
Educativa
1 Educadora
Infância
4/5 Anos
20
14
6
1 Ajudante
Educativa
1 Educadora
Infância
5/6 Anos
25
15
10
1 Ajudante
Educativa
1 Educadora
Infância
Número de Crianças Jardim de Infância Fonte: Própria
Apêndice 3
CATL
Sala
N.º de
Feminino
Masculino
crianças
1º Ciclo
N.º de
funcionários
1º Ano
3
7
2 Ajudantes
2º Ano
2
6
Educativas
3º Ano
4
5
1 Animadora
4 Ano
1
2
Sociocultural
Número de Crianças CATL Fonte: Própria
Apêndice 4
Plano de estágio
Durante o meu estágio, pretendo elaborar um conjunto de atividades
pedagógicas e lúdicas. As atividades serão desenvolvidas em consonância com
programa anual da Instituição, assim como das diferentes faixas etárias. Pretendo
desenvolver atividades que estimulem a criança, a nível cognitivo (desenvolvendo assim
a capacidade de raciocínio), físico (motricidade grossa, motricidade fina, coordenação e
equilíbrio), psicológico (auto consciência, auto estima, autoconfiança), social (interação
social), linguístico, (vocabulário), emocional (partilha de sentimentos), entre outros. Irei
introduzir atividades de expressão, dramática, plástica e musical.
o Anexos
Anexo 1 - Folhas de Presença
Anexo 2 - Ornograma)
Anexo 3 - Canção -Bom- Dias
Anexo 4 - Canção – Comboio dos Meninos
Anexo 5 - Autorização de Saída – PANDA
Anexo 6 - Aviso aos Pais – PANDA
Anexo 7 - Caça ao Tesouro
Anexo 8 - Imagem utilizada para a explicação do ciclo da água
Anexo 9 - Peça- Capuchinho Vermelho
Anexo 10 - Filme (cartaz) – Branca de Neve
Anexo 11 - Filme (cartaz) – Alvim e os Esquilos
Anexo 12 - Folhas de Presença – Sala Mestre André
Anexo 13 - Regulamento – Centro Riba Côa
Anexo 1
(Folhas de Presenças)
Anexo 2
( Organograma da Santa Casa da
Misericórdia do Sabugal)
Organograma da Santa Casa da Misericórdia do
Sabugal
Fonte: Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Anexo 3
Canção ( Bons –Dias )
Canção (BONS – DIAS)
Bom Dia, Bom Dia
Bom Dia a toda a Gente...
eu hoje vim à escola,
por isso estou contente!
De manhã, quando aqui chego
saltitando alegremente
eu venho desejar
um BOM DIA a toda a gente.
BOM DIABOM DIA BOM DIA A TODA A GENTE
Anexo 4
Canção (Comboio dos Meninos )
“O comboio dos meninos”
O Comboio dos meninos, vai partir, vai, vai,
Quem se atrasa fica em casa e de lá não sai (bis)
Uh, Uh, Uh!. Uh, Uh, Uh!.
Lá vai ele adeus, adeus, O comboio diz
Quem se atrasa fica em casa, e achata o nariz (bis)
Uh, Uh, Uh!. Uh, Uh, Uh!.
Pouca terra, pouca terra, O comboio diz
Quem se atrasa fica em casa, e achata o nariz (bis)
Uh, Uh, Uh!. Uh, Uh, Uh!
Anexo 5
(Autorização – (PANDA))
Anexo 6
( Aviso aos pais ( PANDA))
Anexo 7
(Caça ao Tesouro)
Anexo 8
(Imagem Utilizada para a Explicação do
Ciclo da Água)
Anexo 9
(Peça de Teatro ( Guião))
1º Ato
Cap. Vermelho: Olá! Eu sou o Capuchinho Vermelho e tenho 10 anos!
Mãe: Olá, e eu sou a mãe e tenho trinta anos!
Pai : Olá! Eu sou o pai e tenho quarenta anos!
Avo: Olá! E eu sou avozinha do capuchinho vermelho e tenho 80 anos!
CENA 1
Cap. Vermelho: Eu vivo na casa da vila com a minha mãe e com o mau pai!
Avó: Eu vivo numa cabana no meio da floresta.
CENA 2
Capuchinho Vermelho: Hoje, sinto-me bem e feliz!
Mãe: Eu também.
Avó: Oh! Eu não me sinto nada bem.
(Assim que a avó sai de cena )
Cap. Vermelho: O que é que levas aí, mamã?
Mãe: Uma cesta com algumas bolachas e rebuçados.
Cap. Vermelho: Para quem é?
Mãe: - Para a tua avó. Hoje, ela não se está a sentir bem.
Cap. Vermelho: Posso ir levar-lha?
Mãe: Sim.
- Vai vestir a capa vermelha, põe o chapéu vermelho e a saia vermelha.
- E segue o caminho que vai direitinho à cabana e não fales com estranhos.
Cap. Vermelho: Está bem , mamã.
CENA 3
A personagem entra em sentido contrário ao que saiu
Cap. Vermelho: Que lindas flores! Uma flor vermelha, uma flor azul e uma flor
amarela. (Apanha as flores)
Lobo: Bom dia!
Cap. Vermelho :Oh! Bom dia.
Lobo :Quem és tu?
Cap. Vermelho :Sou a Capuchinho Vermelho.
Lobo : O que é que tens nesse cesto?
Cap. Vermelho: Algumas frutas, um frasco de doce, um bolo e pão caseiro.
Lobo : Para quem levas essas maravilhas?
Cap. Vermelho: Para a minha avozinha. Ela não se sente muito bem.
Lobo : Onde é que ela vive?
Cap. Vermelho: Numa cabana no meio da floresta.
(O lobo sai a correr. A Capuchinho sai pelo mesmo lado saltitando feliz de felicidade)
2º Acto
Cenário: um quarto com uma cama e um armário
Avó : Quem é?
Lobo : O Capuchinho Vermelho.
Avó : A porta está aberta. Entra
(O Lobo e a avó lutam. A avó foge saindo por uma das portas que pode ser decorada
de forma a fazer lembrar um armário. Ao sair, deixa cair a sua touca).
Ah! Ah! Ah! Agora ponho a touca da avó e deitome na cama dela.
(Ouve-se alguém bater à porta)
Lobo : Quem é?
Cap. Vermelho: Sou eu o Capuchinho Vermelho.
Lobo : Podes entrar, querida. A porta está desfechada.
(A Capuchinho entra)
Cap. Vermelho: Já te sentes melhor, avozinha?
Lobo : Não, querida. Sinto-me muito fraca.
Cap. Vermelho: Trouxe um bolo que a mamã fez. Vou fazer um chá. Vais sentir-te
muito melhor.
Lobo : Primeiro dá-me um beijinho. Tenho muitas saudades tuas.
(Capuchinho aproxima-se da cama)
Cap. Vermelho: Que grandes orelhas tu tens avozinha!
Lobo : É para te ouvir melhor, minha querida!
Cap. Vermelho: Que grandes olhos tu tens, avozinha!
Lobo : São para te ver melhor, minha querida!
Cap. Vermelho: Que grandes dentes tu tens, avozinha!
Lobo : São para te comer melhor, minha querida!
(O lobo salta da cama)
Cap. Vermelho: Socorro! Socorro! Ajudem-me, por favor!
(Entra um caçador que agarra o lobo e o enfiadentro de um saco).
Caçador: Onde está a tua avó?
Cap. Vermelho: Não sei.
(Ouve-se um barulho vindo do armário. O caçador vai abri-lo. A avozinha sai de lá.
Capuchinho corre para ela. Abraçam-se)
Avó e Cap. Vermelho: Muito obrigado caçador. Tu salvaste-nos.
FIM!!!!
Anexo 10
(Filme (CARTAZ) – Branca de Neve )
Anexo 11
(Filme (CARTAZ) – Alvim e os
Esquilos )
Anexo 12
( Folhas de Presenças- Sala Mestre
André)
2ºF 3ºF 4ºF 5ºF 6ºF
2ºF 3ºF 4ºF 5ºF 6ºF
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
    
Anexo 13
( Regulamento – Centro Riba Côa)
CENTRO INFANTIL
RIBA – CÔA
INTERNO
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
R
E
G
U
L
A
M
E
N
T
O
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Capítulo I
Geral
Artigo 1º
1. O Centro Infantil Riba Côa é uma instituição particular de assistência à
infância e constitui uma valência da Santa Casa da Misericórdia do Sabugal.
Esta valência divide-se em dois sectores:
A) Creche destinado a crianças dos três meses aos três anos;
B) Pré-escolar destinado a crianças dos três anos até à idade de ingresso
no 1º ciclo do Ensino Básico.
Artigo 2º
1. Objectivos do regulamento:
O presente REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO visa:
A) Promover o respeito pelos deveres e direitos das crianças e respectivas
famílias;
B) Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento
das valências indicadas.
Artigo 3º
1. Objectivos da Creche e do Jardim de Infância:
A) Promover o desenvolvimento integral e harmonioso da criança.
Aproveitando todas as suas potencialidades e contribuindo para a sua
socialização;
B) Proporcionar um atendimento personalizado a cada criança em que haja
uma estabilidade física e afectiva que contribua para o seu
desenvolvimento bio-psicossocial;
C) Desenvolver uma colaboração com a família através de uma partilha de
cuidados
e
responsabilidades
durante
todo
o
processo
de
desenvolvimento e evolução da criança;
D) Assegurar os cuidados de higiene adequados à idade das crianças;
E) Realizar as acções de carácter sócio-cultural através do envolvimento de
todas as gerações presentes no estabelecimento e das suas famílias e
com impacto na comunidade local.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Capítulo II
Funcionamento
Artigo 4º
1. Horário de funcionamento e de actividades pedagógicas:
Artigo 5º
As crianças deverão entrar na Instituição até às 9h 30m, para que haja um
melhor funcionamento quer nas actividades da sala, quer no trabalho de
preparação do número de almoços.
Artigo 6º
Por motivos de segurança, a criança será recebida por uma ajudante de acção
educativa e será entregue aos pais e/ou encarregados de educação. A criança
será entregue a familiares, parentes, amigos ou outros, só com autorização e
aviso prévio da parte dos pais e/ou encarregados de educação.
Artigo 7º
A criança pode receber visitas sempre que as mesmas não sejam prejudiciais
para o bem-estar emocional da criança e que respeite o horário da Instituição
bem como as rotinas da criança.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Artigo 8º
Em qualquer passeio ou deslocação em grande grupo as crianças não
autorizadas a participar pelos pais ou encarregados de educação, não poderão
frequentar o Centro no dia em questão.
Artigo 9º
O Centro Infantil encerra em feriados nacionais e feriado municipal.
Artigo 10º
Em Agosto o Centro Infantil fechará uma semana para proceder à desinfecção
do edifício, realização de pequenas obras que se considerem necessárias e
preparação das salas de aula para o ano lectivo seguinte.
Artigo 11º
O centro Infantil poderá fechar o dia 24 de Dezembro e 31 de Dezembro. Em
caso de fecho nestes dias, os encarregados de educação serão informados
através de documento afixado à entrada do Centro Infantil.
Capítulo III
Admissão das Crianças
Artigo 12º
São condições de admissão:
A) Ter idade entre 3 meses e 2 anos para a valência de Creche;
B) Ter idade entre os 3 anos e os 6 para o Pré-Escolar.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Artigo 13º
A admissão das crianças realiza-se até ao limite da lotação admitida no acordo
de cooperação estabelecido com o Centro Distrital da Segurança Social da
Guarda.
O limite de lotação para a creche é de 64 crianças sendo apenas 50
comparticipadas pela segurança social.
O limite de crianças para o Jardim-de-infância é de 50 crianças sendo também
este o número comparticipado pela Segurança Social.
Artigo 14º
1. No processo de admissão será dada prioridade às crianças:
A) Por ordem de Pré-Inscrição
B) Que tenham irmão a frequentar a Instituição
C) Oriundas de famílias com dificuldade sócio-económica
D) Cujo as famílias concordem com os princípios, valores e regras de
funcionamento
da Instituição
E) Não tenham dívidas para com a Instituição
2. Todas as crianças admitidas e não comparticipadas pela segurança social,
em caso de abertura de vaga, passaram ao acordo comparticipado pela
segurança social respeitando os critérios descritos no ponto anterior.
Artigo 15º
1. A frequência do Centro Infantil será comparticipada pelas famílias das
crianças. A mensalidade será estabelecida por escalões de acordo com a
fórmula constante no Despacho conjunto nº 300/97 de 9 de Setembro.
2. As crianças admitidas em creche e até ao número estipulado pela
segurança social como sendo comparticipadas (50 crianças) pagarão uma
mensalidade de acordo com a Tabela em vigor - Tabela A. As restantes, isto
é, as crianças não comparticipadas pela segurança social, ficam sujeitas a
uma tabela de valor superior – Tabela B.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Artigo 16º
As tabelas que se estipularem serão revistas anualmente ou sempre que as
circunstâncias o aconselharem.
Artigo 17º
Regras sobre Mensalidades :
A) Quando uma criança tiver um ou mais irmãos a frequentar a mesma
instituição em simultâneo beneficiará (a criança de maior idade) de um
desconto de 20%.
B) O cliente paga 12 mensalidades ( de Setembro a Agosto)
C) O pagamento da mensalidade deverá ser efectuado entre o dia 1 e o dia
8 do mês a que respeitam, caso contrário serão aplicadas as seguintes
taxas:
1) 5% sobre a mensalidade até final do mês em dívida e acrescidos
mais 10% por cada mês ou fracção do mês até pagamento da divida.
D) As mensalidades deverão ser pagas, directamente na secretaria da
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal, ou por transferência bancária.
E) Sempre que os pais queiram rescindir o contrato pela frequência da
criança na valência deverão faze-lo com o mínimo de 30 dias de
antecedência. Pelo não cumprimento deste prazo terão que liquidar a
mensalidade do mês seguinte.
F) Se a criança por qualquer motivo faltar à Instituição 15 ou mais dias
consecutivos no mês ser-lhe-á descontado na mensalidade 25%.
G)Nas ausências iguais ou superiores a 30 dias, o lugar ficará garantido
mediante pagamento de 25% da mensalidade atribuída.
H) Uma vez solicitados comprovativos de rendimentos actualizados aos
encarregados de educação para determinação da mensalidade, e não
sejam entregues no prazo previsto, a mensalidade a atribuir à criança
será o valor máximo da tabela respectiva, podendo a mesma vir a ser
revista com a entrega dos documentos e do pedido de rectificação.
I) A Instituição contratará anualmente um seguro de acidentes pessoais
que abrange todas as crianças da valência.
J) O pagamento do referido seguro é da responsabilidade dos pais, e pago
no início de cada ano lectivo ou mês de admissão.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
O referido seguro não abrange objectos que as crianças possam trazer,
como por exemplo: objectos de ouro, brinquedos, etc
Capítulo IV
Candidatura e Matricula
Artigo 18º
O encarregado de educação da criança, deverá candidatar-se através do
preenchimento uma ficha de inscrição (ficha de identificação), que constitui
parte integrante do processo da criança, devendo fazer prova das declarações
efectuadas, mediante a entrega de cópia dos seguintes documentos:
A) Fotocópia cédula pessoal / B.I. da criança ou cartão do cidadão
B) Numero de Identificação de Segurança Social (NISS) da criança
C) Fotocópia do cartão de utente (Saúde) da criança;
D) Fotocópia do boletim de vacinas, actualizado, da criança;
E) Declaração médica comprovativa em como a criança pode frequentar o
estabelecimento;
F) Declaração dos rendimentos do agregado familiar – ultimo IRS;
G) Em situações especiais pode ser solicitado a certidão da sentença judicial
que determinou a regulação do Poder Paternal ou a Tutela. No caso da
regulamentado do Poder Paternal ou a Tutela se encontrar em curso, a
Instituição reserva-se ao direito de pedir o preenchimento de uma
declaração de consentimento dos pais;
H) No final da cópia deste Regulamento Interno, entregue no acto da
matrícula, consta uma declaração que o Encarregado de Educação da
criança ou seu representante legal terá de preencher e entregar.
A renovação da Matricula para o ano seguinte é obrigatória e decorre durante o
mês de Maio.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Capítulo V
Organização
Artigo 19º
O recrutamento do pessoal é feito pela Mesa Administrativa, exigindo-se as
habilitações consoante as funções a exercer. Gradualmente às auxiliares da
acção educativa exigir-se-á a escolaridade obrigatória.
SECÇÃO I - PESSOAL AFECTO
Artigo 20º
A) Directora Pedagógica
B) Educadoras de Infância
C) Auxiliares da Acção Educativa
D) Empregada de Serviços Gerais
E) Cozinheira
F) Auxiliares de Cozinha
G) Motorista
H) Técnica Superior de Serviço Social
I)
Psicóloga
SECÇÃO II - DA COMISSÃO DE PAIS
Artigo 21º
No centro Infantil formar-se-á anualmente uma Comissão de Pais que
funcionará
como
elo
de
ligação
escola/Pais.
Será
constituída
por
representantes dos Pais ou Encarregados de Educação das crianças que
frequentam o Centro, em número de cinco, eleitos em reunião de Pais.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Artigo 22º
A comissão de Pais funcionará em ligação com o director/a, equipa pedagógica
e, quando necessário, com o Provedor Da Santa Casa, em representação da
Mesa Administrativa.
Artigo 23º
A Comissão de Pais poderá requerer a realização de reuniões sempre que se
verifique a existência de qualquer motivo que o justifique.
Artigo 24º
Compete à Comissão colaborar em actividades e projectos, quando solicitada,
propor ideias ou alterações quando achar conveniente.
Capítulo VI
Aspectos de Saúde
Artigo 25º
Em situação de acidente, serão prestados às crianças os primeiros socorros,
se for caso de urgências, a criança será imediatamente conduzida ao Centro
de Saúde ou ao Hospital, sendo simultaneamente contactados os pais ou
encarregado de educação.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Artigo 26º
Caso a criança apresente sintomas de doença só poderá frequentar o Centro
Infantil mediante apresentação de uma declaração médica comprovativa de
que a criança não é portadora de nenhuma doença infecto-contagiosa.
Artigo 27º
Sempre que a criança for medicada, o medicamento ser-lhe-á dado se o
horário da sua administração coincidir com o horário da frequência no Centro
Infantil, sendo para isso necessário que os pais ou encarregados de educação
indiquem por escrito a dosagem, o horário e duração que terá de o fazer. O
medicamento tem de vir respectivamente identificado com o nome da criança.
Artigo 28º
Em caso de epidemia, a direcção contactará o Delegado de Saúde e este
decidirá quais as medidas a tomar.
Artigo 29º
Em caso de aparecimento de parasitas, a criança não pode permanecer na
Instituição. Só poderá regressar quando tal situação já não se verificar.
Capítulo VII
Materiais e bens
Artigo 30º
O uso diário de bibe é obrigatório a partir da aquisição da marcha.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Artigo 31º
Todo o vestuário, tais como objectos da criança deverão ser identificados com
o respectivo nome.
Artigo 32º
A Instituição não se responsabiliza pelo desaparecimento ou danificação de
objectos de qualquer espécie.
Artigo 33º
O Centro Infantil não se responsabiliza por qualquer brinquedo, jogo ou bem
que a criança traga para a Instituição.
Capítulo VIII
Transporte
Artigo 34º
O Transporte é assegurado, se o mesmo for solicitado pelos pais, desde a área
de residência à Instituição e vice-versa;
Artigo 35º
Para o bom funcionamento do transporte, é necessário o cumprimento dos
horários do mesmo. Será dada uma tolerância de 5 minutos, ao ser
ultrapassado o limite, a carrinha abandonará o local sem recolher ou entregar a
criança. Após estas situações e acabando o percurso a carrinha volta à
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Instituição, onde o encarregado de educação deverá dirigir-se para entregar ou
buscar a criança ou fazer algum comunicado.
Artigo 36º
O serviço de transporte é acrescido, na mensalidade, de 10€ no Sabugal, 15€
fora do Sabugal. No caso de irmãos usufruírem de transporte haverá desconto
de 2,5€ por cada um.
A) O valor do transporte poderá sofrer alteração anual.
Capítulo IX
Atendimento aos pais
Artigo 37º
Sempre que seja considerado necessário, os educadores recebem os pais,
com aviso prévio;
Artigo 38º
Haverá reunião no início do ano lectivo, para apresentação da equipa e
exposição do projecto Pedagógico a ser desenvolvido;
Artigo 39º
Haverá outras reuniões em datas a afixar;
Artigo 40º
Os encarregados de educação poderão sempre falar com a direcção todos os
dias caso haja disponibilidade ou combinar uma hora;
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Capítulo X
Princípios pedagógicos
Artigo 41º
São objectivos da educação Pré-escolar, segundo as Orientações curriculares
do Ministério da Educação:
A) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base na
experiência de vida democrática numa perspectiva de educação para a
cidadania;
B) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito
pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência
do seu papel como membro da sociedade;
C) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o
sucesso da aprendizagem;
D) Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas
características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diferenciadas;
E) Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens
múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização
estética e de compreensão do mundo;
F) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
G) Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança,
nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva;
H) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências, ou precocidades e
promover a melhor orientação e encaminhamento da criança;
Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer
relações de efectiva colaboração com a comunidade.
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
Capítulo XI
Entrada em vigor do regulamento
Artigo 42º
O presente Regulamento entra em vigor em Março de 2010. O regulamento
poderá ser alterado, no todo ou em parte, de forma a poder ser adaptado às
condições reais. Todas as situações não contempladas no Regulamento serão
objecto de análise em decisão por parte da Mesa Administrativa.
Sabugal, 01 de Março de 2010
O Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Sabugal:
Membros da Mesa Administrativa
Santa Casa da Misericórdia do Sabugal
Regulamento Interno Centro Infantil Riba-Côa
DECLARAÇÃO
Eu, ……………………………………………………………………………… Encarregado
de Educação do utente ………………………………………………………………........,
tomei conhecimento e aceito a totalidade do Regulamento Interno do Centro Infantil
Riba-Côa.
Assinatura
________________________________________________________
nota: esta Declaração deve ser entregue juntamente com a ficha de inscrição e restante documentação no acto de
matrícula.
Download

Ver/Abrir