Unidade II
ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO SOCIAL
Profa. Luciana Lopes
Administração e Gestão
5.1 – Gestão pública e privada
 Muitas vezes a gestão é confundida com
a administração.
 Entende-se por gestão o ato de agir
sobre um bem privado, enquanto
administração é a ação sobre um bem
público.
 Fayol (1960) trata a administração como
uma função de operação dentro da
empresa, juntamente com as áreas
técnicas, comercial, financeira, de
segurança e de contabilidade, formam
as funções essenciais de cuidar.
Administração e Gestão
 A gestão está baseada no bom
relacionamento entre operários, logística
e mercadologia.
 O gestor é definido por suas funções no
interior da organização: é a ele que
compete a interpretação dos objetivos
propostos pela organização e a atuação
por meio do planejamento, da
organização, da direção e do controle a
fim de atingir os referidos objetivos.
Administração e Gestão
O gestor tem por função, portanto:
 Desenvolver os planos estratégicos e
operacionais que julga mais eficazes
para atingir os objetivos da organização;
 Conceber as estruturas e estabelece as
regras, as políticas e os procedimentos
mais adequados aos planos
desenvolvidos;
 Implementar e coordenar a execução dos
planos por meio de determinado tipo de
comando e de controle.
 Administração: operacional.
 Gestão: estratégica.
Administração e Gestão
5.2 – Administração pública
 A administração pública é importante no
cenário empresarial porque favorece a
economia e faz com que as crises sejam
administradas da melhor maneira.
 Garante ainda serviços de qualidade,
eficazes.
 Algumas formas de administração
pública:
Administração e Gestão
 Administração pública patrimonialista:
características do período feudal.
Naquele período, o patrimonialismo
atendia ao interesse da classe
dominante. Na forma monárquica de
governo a administração se manifesta
governo,
na apropriação privada dos bens
públicos. O governante era senhor de
tudo e o Estado propriedade particular;
Administração e Gestão
 Administração pública burocrática:
protetora da coisa pública em relação às
especulações pautadas em interesses
particulares. É um sistema de frenagem
aos excessos da administração pública
patrimonialista Nesse âmbito
patrimonialista.
âmbito, o
atendimento às necessidades do cidadão
fica em segundo plano, pois, nessa
forma de administração, a burocracia se
constitui como um fim em si mesma.
 Administração pública gerencial:
redireciona o foco dos processos para o
real objetivo de existência da
administração, satisfazer a sociedade em
suas vitais necessidades
Administração e Gestão
Atualmente estes três modelos convergem:
 A patrimonialista se manifesta nas
empresas estatais;
 Burocrática se manifesta pelas
prestações de conta, leis orçamentárias,
concurso público e também pelas
licitações;
 Gerencial se manifesta nos polos público
e privado. Relacionam-se usualmente
quando existe a preocupação com a
eficácia – em atingir objetivos – e com a
eficiência – no bom uso dos recursos.
Administração e Gestão
5.2.1 – Burocracia na administração pública
 Burocracia torna as ações mais
objetivas.
As características da burocracia são:
 Divisão do trabalho: as atividades são
desmembradas em tarefas simples;
 Hierarquia de autoridade: posições ou
empregados são organizados de modo a
estruturar a hierarquia;
 Racionalidade: as promoções ocorrem
por desempenho, por capacitação
técnica e por mérito;
Administração e Gestão
 Regras e padrões: as decisões
gerenciais acontecem dentro de regras,
disciplina e controles;
 Compromisso profissional: todos
trabalham para garantir a eficiência
organizacional;
 Registros escritos: registros que
apresentam detalhes das transações da
organização;
 Impessoalidade: as regras e
procedimentos aplicam-se com
uniformidade e imparcialidade.
Administração e Gestão
5.2.2 – Prós e contras da administração
pública
 Sugere-se a redução da desigualdade a
partir de práticas de transferência de
renda e acesso a politicas sociais –
exemplo o bolsa família.
 Gera um ciclo a partir da questão da
transferência – questão de acesso a
recursos também.
 A administração pública também
apresenta um melhor planejamento na
luta contra as forças econômicas
externas e controla problemas
de mercado.
Administração e Gestão
5.3 – O terceiro setor
O terceiro setor:
 Corresponde às instituições com
preocupações e práticas sociais;
 Não tem fins lucrativos;
 Gera bens e serviços de caráter público;
 Congrega pessoas idealistas.
 Exemplos: ONGs, igrejas, entidades,
centros sociais,, etc.
Administração e Gestão
 Fazem parte de sua concepção: partilha,
voluntariado, pratica de valores,
humanismo, cooperativismo,
amadurecimento da cidadania, entre
outros.
 Veio para somar com as funções do
Estado.
 No terceiro setor, os lucros devem ser
reinvestidos em novos projetos ou
mesmo distribuídos para os fins sociais
a que se destinam.
Administração e Gestão
5.4 – Administração privada
 Gera mobilidade entre as pessoas e
recursos e trabalha com a satisfação do
cliente.
 Assim, a administração privada:
 Possui diferentes meios para melhor
atender aos clientes;
 Busca sobreviver, quando bem
administrada;
 Busca ser mais bem-vista perante a
sociedade;
 As organizações funcionam em
ambiente competitivo.
Administração e Gestão
5.4.1 – A burocracia na administração
privada
As características desta são:
 Princípio das atribuições oficiais;
 Princípio da hierarquia funcional;
 Mando e subordinação;
 Uniformidade na organização das tarefas;
 Formação profissional e eficiência dos
funcionários;;
 Normas;
 Promoção por mérito e estabilidade no
cargo;
 Formalização de procedimento
Administração e Gestão
5.4.2 – Administração pública,
administração privada, gestão pública e
iniciativa privada
 Administração pública: gestão pública,
não se preocupa com a competividade,
proporciona serviços para os cidadãos,
tem por finalidade arrecadar tributos.
 Administração privada: iniciativa
privada, empresa deve gerar lucros,
conquista novos clientes a cada dia,
oferece benefícios, preços e qualidade.
Administração e Gestão
5.5 – Equilíbrio entre administração pública
e privada
 O equilíbrio entre as duas esta
relacionado a existência concomitante.
 A burocracia existe em ambas as
administrações.
 Para haver estabilidade e não haver
oscilações nas ações tomadas tanto pela
gestão pública como pela iniciativa
privada, é preciso considerar que a
organização privada depende da pública.
 Pois assim há fiscalização e equilíbrio da
sociedade.
Interatividade
Dentre as particularidades gerenciais
presentes em organizações do Terceiro
Setor podemos citar:
a) A proximidade do beneficiário e ações
em rede.
b) Estruturas desburocratizadas e enxutas
e gestão participativa.
c) Imagem institucional consolidada e
motivação da mão de obra voluntária.
d) Todas as alternativas estão erradas
erradas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Auto Gestão
6 – Auto Gestão
 A autogestão é a prática econômica de
trabalhadores como donos das
ferramentas e equipamentos de
produção.
 Ou seja, são os trabalhadores que se
auto gestam, sem patrão.
 Desse modo, todas as decisões,
planejamento e execução dos projetos
ficam a critério e controle dos próprios
trabalhadores.
Auto Gestão
 Um exemplo típico de auto gesto gestão
é o das cooperativas de catadores de
materiais recicláveis.
 É uma luta desta categoria ainda, visto
que sua administração ainda cabe a
terceiros.
 A busca pela autogestão garante às
organizações a gerência do próprio
negócio. Assim, cabe aos catadores o
regime de cooperação com outras
entidades e a garantia de total autonomia
nas decisões de base.
Auto Gestão
6.1
6
1 - As 12 regras ffundamentais
ndamentais da auto
a to
gestão
São:
1. Estabeleça objetivos para sua vida
profissional e pessoal;
2. Seja sempre discreto e dê o exemplo,
pois sua liderança é condizente com
suas posturas e atitudes;
3. Procure ser sempre um voluntário. Tome
a iniciativa. Se cair, levante-se e siga em
frente sem medo. Se se sentir
despreparado ou vulnerável, continue a
caminhar, ao final do percurso, você
estará mais forte;.
Auto Gestão
4. Aja com humildade e confie em quem
merece. O líder, muitas vezes, vai à
frente, todavia, na maioria delas, anda
junto ao grupo;
5. Descubra e ame experiências e ideias
novas. Busque transformá-las em
programas-piloto.
6. Procure ser um curioso insaciável.
Busque se há controvérsias e questione
o porquê de tudo;
7. Não abra mão de sua integridade e seja
sempre verdadeiro e ético;
Auto Gestão
8. Procure a beleza que existe em cada
pessoa, lugar etc. Surpreenda-se com os
resultados;
9. Busque ser otimista, tolerante com as
pessoas e intolerante com o
pessimismo;
10.Tente evitar atitudes que direcionem
para a apatia e o tédio. Quem age
sempre do mesmo modo irá obter os
mesmos resultados;
Auto Gestão
11.Busque conhecer a vida. Leia bastante,
viaje, ouça e aprenda com as pessoas
que encontrar. Conheça e seja próximo
de pessoas mais inteligentes que você.
Procure estar sempre inspirado;
12.Importe-se com as pessoas, conheça-as
e volte a elas interessado (você pode
inspirar-se em perguntas como “seu
filho está melhor?”, “aquele seu
problema foi resolvido?”). Tenha
compaixão e empatia,
empatia isso manterá seu
lado humano em atenção e você será
escolhido para ser líder.
Interatividade
A autogestão é a prática econômica de
trabalhadores como donos das ferramentas
e equipamentos de produção. Ou seja,
a) Há um nível de hierarquização entre os
membros.
b) Não há patrão, visto que os
trabalhadores são seus próprios
patrões.
c) Há solidariedade entre os membros.
d) A gestão é feita pelo empregador
empregador.
e) Há competitividade entre os membros.
Controle Social
7. Controle Social
 Facilmente é confundido com a questão
burocrática.
 Na administração pública ele é
necessário, visto que, por ser externo,
originado na própria sociedade, há
clareza e transparência na utilização dos
recursos públicos.
Controle Social
 7.1 – Funções administrativas
As funções administrativas eram:
 Planejar;
 Comandar;
 Controlar;
 Organizar;
 Coordenar.
 Ainda quanto ao controle, este pode ser
executado pelo Estado e nos atos dos
três poderes quando exercem atividades
administrativas.
Controle Social
A função do controle é garantir a atuação
da administração dentro dos princípios
explicitados e dos que estão implícitos na
Constituição Federal:
 Legalidade;
 Moralidade;
 Finalidade pública;
 Motivação;
 Impessoalidade;
 Publicidade;
 Princípio da eficiência.
Controle Social
 O controle social atuante pode
representar o elemento essencial para
garantir que o governo cumpra os
objetivos estabelecidos para os órgãos
públicos e para os programas de longa
duração com eficiência e dentro dos
duração,
preceitos legais da ordem democrática.
 Tem por finalidade barrar a corrupção.
Há 3 instrumentos legais :
 Plano Plurianual (PPA);
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
 Lei Orçamentária Anual (LOA).
Controle Social
7.2 - Instrumentos legais para o controle
financeiro e orçamentário
Os instrumentos legais Plano Plurianual
(PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA):
 PPA: apresentação regionalizada das
diretrizes, objetivos e metas relativas às
despesas de capital da administração
pública;
 LDO: o poder Executivo das três esferas
devem apresentar projeto de lei ao
Legislativo, antes da proposta
orçamentária, contendo descrição do
orçamento anual do gasto público.
Controle Social
 Lei Orçamentária Anual (LOA): elaborada
a apresentando as ações hierarquizadas
do Estado, indicando projetos e
atividades das políticas públicas a serem
implementadas no exercício.
 Outro instrumento é a Lei de Licitações
(Lei nº 8.666/93).
Os níveis de controle são:
 Interno;
 Externo
Externo, realizado pelos tribunais de
contas e órgãos auxiliares do poder
Legislativo, que apreciam as contas
prestadas pelos chefes
do Executivo.
Controle Social
7.2.1 – O porquê do controle
 Proteção contra os erros intencionais;
 Obtenção de informações corretas e
seguras;
 Conseguir adesão às politicas gerais da
organização;
 Atingir metas e programas da
organização;
 Promover a eficiência e a eficácia.
Controle Social
7.2.2 – Sem controle
A ausência de controle gera:
 Metas não corrigidas;
 Objetivos fundamentais muitas vezes
ficam em segundo plano;
 Desperdício e inadequação no uso dos
recursos;
 Prevalência da má-fé, ocorrendo também
roubos e desmandos;
 Maior esforço da sociedade para arcar
com os custos de tantas impropriedades.
Controle Social
7.2.3 – Critérios de classificação dos
controles
 São critérios a informação, a
transparência da administração pública,
a iniciativa popular de projeto de lei, a
participação popular, o acesso às contas
públicas junto ao Poder Legislativo, a
denúncia de irregularidades e
ilegalidades perante os tribunais de
contas e junto ao Ministério Público.
 Há ainda o controle administrativo,
legislativo (politico e financeiro); judicial.
Controle Social
 Os critérios de classificação dos
controles ainda podem ser interno e
externo.
 Este pode ser realizado em diferentes
momentos: controle prévio,
concomitante, posterior.
 Assim, o controle poderia ser de
processo ou de resultados.
 Outras medidas ligadas à possibilidade
de controle social também estão
incorporadas a outros instrumentos
legais: leis, decretos, portarias de
estruturação da reforma
administrativa.
Controle Social
7.2.4 – Orientações do modelo gerencial
Este apresenta as seguintes orientações:
 Orientação técnica: com a mudança de
foco para os resultados;
 Orientação econômica;
 Orientação política: com a previsão
teórica de controle social.
 Se não houver controle social adequado
para as organizações sociais, os
recursos públicos ficam à disposição
dos grupos políticos no poder e
distantes do interesse público.
Controle Social
7.3 – Patrimonialismo
 A dominação política foi fruto da união
entre o patrimonialismo dos regimes
absolutistas e a burguesia emergente na
Europa. Este foi fruto de demandas por
igualdade frente à lei (democracia de
massas) e da aliança entre
patrimonialismo e burguesia emergente
(interesses capitalistas).
 A formação histórica e social do Brasil
facilitou a continuidade do
patrimonialismo, unido aos novos
padrões burocráticos e, possivelmente,
aos novos traços do
gerencialismo.
Controle Social
7.4 – A corrupção
 A corrupção é um fenômeno e uma
ameaça ao bem público.
7.5 – Como resolver?
 Flexibilizar a administração com
autonomia e descentralização de
atividades., o que gera o aumento da
eficiência.
 Uma administração mais participativa é
uma solução
solução, pela descentralização e
flexibilização que imprime.
Controle Social
7.6 – O Brasil está preparado?
 O controle efetivo do gasto público exige
democracia, participação social ativa e
eficiência dos gestores públicos.
 O conceito de accountability é de
fundamental importância ao se
considerar a participação social nas
políticas públicas e a responsabilização
dos gestores públicos. É a ideia de
controle social da administração pública.
 A accountability tem como sinônimo a
responsabilidade objetiva.
Controle Social
7.7 – Como acontece a accountability no
Brasil?
 Acontece no controle da administração
pública, presente nas instituições
clássicas (poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário), ligado à accountability
horizontal.
 O comportamento ético e a
accountability são fundamentais no
processo de controle. Aliado a isso, o
profissionalismo, o estímulo à
competitividade e o enfoque no cidadão
são reflexos da modernização da
administração pública.
Interatividade
O controle social deve pressupor uma
forma de governar pela qual os cidadãos
possam atuar verdadeiramente como:
a) Sujeitos políticos.
b) Agentes ativos.
c) Seres passivos.
d) Membros atuantes.
e) Participantes fundamentais.
Planejamento Social
 Planejamento é o exercício de
racionalidade e ordenação das ações,
próprias do ser humano.
 Ele é uma ferramenta administrativa.
 Assim, com relação ao planejamento em
serviço social, o temos presente desde
sua primeira sistematização em 1917 por
Mary E. Richmond.
 O planejamento social proporciona maior
interação entre profissionais e sociedade
e seu objetivo são as singularidades.
Planejamento Social
 O planejamento necessita dos atos de
reflexão/decisão/ação/reflexão, o que
explica o planejamento social como uma
“decisão a planejar”.
Este pode ser dividido em etapas, fase, tais
como:
1. Construção do objeto;
2. Estudo da situação;
3. Construção de referenciais teóricos;
4. Levantamento de pressupostos;
5. Coleta de dados;
6. Organização e análise;
Planejamento Social
Cont.:
7. Identificação de propriedade de
intervenção;
8. Definição de objetivos e estabelecimento
de metas;
9. Análise de alternativas de intervenção;
10.Planificação;
11.Implementação;
12.Implantação
p
ç e execução;
ç ;
13.Controle;
14.Avaliação;
15.Retomada do processo.
Planejamento Social
Tais fase ainda contemplam alguns
aspectos temáticos a saber:
 Da 1ª a 5ª etapa corresponde ao
momento de reflexão, onde há uma
aproximação com o objeto,
contemplando seus aspectos e
levantando subsídios teóricos para uma
possível analise.
Planejamento Social
 Da 6ª a 8ª etapa corresponde a decisão ,
onde se organiza e analisa os dados
obtidos, redefinindo o planejamento,
identificando prioridades de intervenção,
objetivos, metas.
 Da 9ª a 15ª corresponde a ação, a prática
de fato do planejamento social efetivado.
Nelas as ações são explicitadas,
sistematizadas, interpretadas e
detalhadas.
Planejamento Social
 Ainda quanto da 9ª a 15ª, os graus
decrescentes dos níveis de decisão
correspondem a planos, programas e
projetos. A implementação ocorre após
as formulações de etapas anteriores.
 Os parâmetros de avaliação e controle
são um meio técnico para medir a
efetividade das ações e o impacto das
decisões adotadas.
Interatividade
O planejamento como um todo é um
instrumento:
a) Prático.
b) Fixo.
c) Administrativo.
Administrativo
d) De serviço social.
e) Da empresa privada
ATÉ A PRÓXIMA!
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