Urgências e Emergências Hipertensivas Dr Cristiano da Silva Ribas Professor Clínica médica – curso medicina - Universidade Positivo Preceptor residência de clínica médica - Departamento de clínica médica – Hospital Cajuru Chefe Serviço de Emergências clínicas e SSC – Hospital Cajuru Médico da Unidade de Terapia Intensiva – Hospital Pilar Médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU Curitiba Médico de bordo – resgate aéreo médico – Hércules Diretor Técnico Hospital Ônix Risco de vida Lesões de orgão alvo PA>180/120 mmHg geralmente Hipertensão Maligna – hemorragia retiniana, exsudatos ou papiledema. Nefroesclerose maligna – lesão renal Encefalopatia hipertensiva – sinais de edema cerebral – aumento severo e rápido da PA. Assintomático Cefaléia não relacionada com edema cerebral Sintomas de outra situação clínica que pelo estresse fisiológico aumente PA Sem sinais de lesão de órgão alvo Situações Clínicas Associadas com Emergências Hipertensivas Falha do processo de auto regulação – inicialmente vasoconstrição protegeria leito distal. Lesão da parede vascular de pequenas artérias e arteríolas Derivados plasmáticos – parede endotelial – obliteração ou estreitamento da luz – necrose fibrinóide Perda de vasoconstrição - Vasodilatação cerebral – edema cerebral e encefalopatia hipertensiva Sistema Renina-angiotensina pode agravar necrose fibrinóide PA basal do paciente fator importante Hipertensão crônico tem hipertrofia arteriolar – hipertensão maligna com PAD >120mmHg Hipertrofia arteriolar – redução da PA poderia levar a isquemia tissular Normotenso – PAD>100mmHg – preeclampsia e GMNA – hipertensão maligna Hipertenso crônico sem controle, não aderente Estenose arterial renal em brancos hemorragia retiniana, exsudatos ou papiledema. Nefroesclerose maligna – lesão renal – pode levar a insuficiência renal, hematúria e proteinúria – esclerose glomerular, ativação sistema renina angiotensina Encefalopatia hipertensiva – sinais de edema cerebral – aumento severo e rápido da PA – cefaléia, vômitos e náuseas, confusão, coma, crise convulsivas RMN – edema de substância branca das regiões parieto-occipitais – síndrome leucoencefalopatia reversivel posterior Sintomas de déficit focal abrupto – evento isquêmicos ou hemorrágicos de SNC Agentes Anti-hipertensivos Parenterais: Nitroprussiato — vasodilatador arteriolar e venoso Dose inicial: 0.25 a 0.5 µg/kg/min - máximo: 8 a 10 µg/kg/min Duração 2 a 5 min, inicio ação segundos Sempre monitorização invasiva PAM Unidade de Cuidados Intensivos – UTI, sala de emergência. Jamais em enfermaria Agentes Anti-hipertensivos Parenterais: Nitroprussiato terapêutica mais efetiva Via óxido nítrico - GMP cíclico regeneração – canais de potássio sensíveis a cálcio Metabólico Cianido e tiocianato – intoxicação (Piora clínica, confusão mental, acidose lática) Usar por pouco tempo >24 to 48 horas, insuficiência renal, >2 µg/kg/min – fatores de risco 10 µg/kg/min sempre por menos de 10 minutos Tiossulfato de sódio Contra-indicado gestação Agentes Anti-hipertensivos Parenterais: Nitroglicerina mais venodilatação que arteriolar Insuficiência coronariana sintomática HAS pós RVM 5 µg/min - 100 µg/min Inicio ação 2 a 5 minutos duração 5 a 10 minutos Cefaléia muito frequente e taquicardia Sem intoxicação por cianido Labetalol — alfa e beta bloqueador Bolus: 20 mg, após 20 a 80 mg cada 10 minutos dose total 300 mg Ou Infusão 0.5 a 2 mg/min Precauções do beta-bloqueador Agentes Orais são para crise hipertensiva Urgências hipertensivas – sem orgão alvo – terapêutica vo. Não usar nunca – captopril ou nifedipina SL Outros menos usados em nosso meio: Hidralazina vasodilatador arteriolar Cautela em ICO e DAA Beta-bloqueador – estímulo simpatico concomitante Gestação 10 mg – 20mg, efeito em 10 a 30 minutos e duração 2 a 4 hs Enalaprilat — forma iv enalapril, dificil prever dose, muito variável Fentolamina — bloqueador alfa-adrenérgico Feocromocitoma AVE, HAS e HIP Manter dentro da faixa de compensação orgânica Edema agudo de pulmão HAS + Insuf cardiaca Esquerda usar vasodilatadores – nitroprussiato e nitroglicerina Associado a diurético de alça Hidralazina ( aumenta trabalho cardíaco) e labetolol ( depressão músculo miocárdio) contraindicados Angina e IAM - nitroprussiato e nitroglicerina, labetolol Hidralazina contra-indicada Retirada de droga anti-has: por ex. clonidina, propanolol Reintrodução da droga + fentolamina, nitroprussiato ou labetolol Aumento da atividade simpática – feocromocitoma, Guillain-Barré, cocaina, anfetaminas Fentolamina ou nitroprussiato. Gestação — labetalol e hidralazina iv Pre-eclampsia ou hipertensão prévia Não há evidência que seja benéfico reduzir rapidamente PA Drogas SL – absorção errática e imprevisível Principalmente no idoso – hipoperfusão e isquemia PA < ou igual 160/100mmHg seria mais seguro – no idoso com mais cuidado Ambiente sem ruído, em repouso Tratar a dor e o estresse – evitar prática de fazer benzodiazepinico em todo hipertenso que chega à emergência – perda parâmetro de avaliação neurológica Aumentar a dose do medicamento que o paciente já toma, adicionar diurético. Furosemida 20mg Clonidina 0,1mg-0,2mg Captopril 25mg Redução na PA 20-30mmHg Liberado com prescrição de anti-has baseado no consenso Se pa>200/100 associação inicial seria justificada – com diurético Observação deve ser de horas na emergência – estabilidade dos níveis pressóricos - excluir presença de lesão órgão alvo Dependendo do perfil do paciente: Internamento clínico Seguimento em casa Consulta telefônica com médico assistente nos próximos dias diminuir PAD 100 a 105 mmHg 2 a 6 horas – não exceder 25% valor inicial Regeneração gradual lesão necrotizante vascular Mais hipotensão – pode cair abaixo da faixa de autoregulação e desencadear eventos isquêmicos – SNC e coronariano PAD reduzida a 85-90mmHg em 2 a 3 meses, com terapêutica oral Declínio função renal com início de anti-has Redução inicial – piora discreta da função renal Transitória, melhora em 3 meses, não deve descontinuar anti-has por esse motivo. Se iECA ou BRA – declínio função renal – estenose artéria renal Pós hipertensão maligna Lesões vasculares crônicas e agudas Doença coronariana, cerebrovascular e renal Recomendações de seguimento de acordo com o Consenso Brasileiro de Hipertensão