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As Linhas de Força da Política da
Regeneração
Estabilidade e Fomento material – as comunicações
(continuação)
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GRANDE OBJECTIVO
O desenvolvimento
económico do País
Investimento e
modernização
tecnológica das
actividades
económicas
Estabilidade
social e política
Modernização
das
infraestruturas
INICIATIVA
PRIVADA
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Ritmo de construção da rede ferroviária
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Bilhetes: Lisboa Carregado
160
140
3ª classe- $240
Quilómetros
120
2ª classe- $500
100
158
80
1ª classe- $700
60
Nº Médio
Kms /Ano
40
20
0
9
1853-54
15
1854-59
11
1859-66
1866-74
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O Larmanjat – monocarril inaugurado nos anos
70 e desactivado em 1887
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Linha Lisboa / Lumiar – partindo do Arco do Cego;
Linhas Lisboa / Sintra e Lisboa / Torres Vedras – partiam das Portas do Rego
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Traçado das linhas do
Larmanjat
Lisboa / Sintra e Lisboa /
Torres Vedras e das
linhas do posterior
caminho de ferro
servindo os mesmos
terminais
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As Estradas – in Júlio Dinis – A Morgadinha dos
Canaviais
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
“Ao cair de uma tarde de Dezembro, de sincero e genuíno Dezembro,
chuvoso, frio, açoutado de sul e sem contrafeitos sorrisos de primavera,
subiam dois viandantes a encosta de um monte, por estreita e sinuosa
vereda, que, pretensiosamente, gozava as honras de estrada à falta de
competidora em que melhor coubessem. (…)

Não se moviam em perfeita igualdade de condições os dois viandantes
que dissemos. Um, o mais moço e pela aparência de mais grada posição
social, era transportado num pouco
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As Estradas – in Júlio Dinis – A Morgadinha dos
Canaviais (continuação)
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
escultural, mas possante muar (…); o outro seguia a pé ao lado dele,
competindo, nas grandes passadas que devoravam o caminho, com a
quadrupedante alimária. (…)

Explica-se bem esta diferença, dizendo que o cavaleiro era um
elegante rapaz de Lisboa (…) e o outro um almocreve de profissão.

Henrique de Souzelas – que era este o nome do cavaleiro – (…) havia
dois dias que cavalgava aquele rocinante, único veículo acomodado
aos caminhos por que passara.
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As Estradas – in Júlio Dinis – A Morgadinha dos
Canaviais (continuação)
8

Mil vezes se arrependeu, depois, da resolução tomada. (…) Os
inconvenientes de uma jornada feita ainda segundo os velhos
processos, com malas, coldres e pistolas, botas de montar e almocreve,
ampliava-los a proporções estupendas o prisma da hipocondria.

Havia mais de uma hora que estava lutando com as dificuldades da
ascensão do íngreme e escabroso caminho, que torneava o monte
como as asas de uma hélice. (…) O estafado rapaz não podia atinar
a razão de conveniência
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As Estradas – in Júlio Dinis – A Morgadinha dos
Canaviais (continuação)
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pela qual, tendo de procurar o vale assim porfiavam em descrever as
fastidiosas curvas da quase interminável espiral que os aproximava do
vértice. Não se concebe uma estrada menos lógica do que aquela. No
nosso país são porém frequentes estas faltas de lógica nas estradas.
(…)

Teve um paroxismo de impaciência!

- Isto não é estrada – exclamou ele desesperado – são os nove círculos
do Inferno de Dante, virados para fora (…)

- Estamos quase lá meu patrão. É ali logo adiante. (…)
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As Estradas – in Júlio Dinis – A Morgadinha dos
Canaviais (continuação)
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
- Ás voltas que temos dado estou persuadido que vamos tão
adiantados como quando principiámos a subir.

- Pois olha que dúvida! Se se fosse a direito lá por baixo era mais
perto, mas (…) é preciso dar tais voltas que afinal fica mais longe.
Depois, com a chuva que tem caído faz lá ideia de como estão os
riachos! Só o esteio do almargeal é para uma pessoa se afogar.”
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“Parou a liteira na rua da Boa-
Vista á porta de Francisco
Eliziario, em cuja casa António
Joaquim costumava hospedar-se.

Despedi-me do meu amigo. Eu chorava com dores nos ossos; mas aproveitei estas
lagrimas, attribuindo-as a um exaltado sentimento de gratidão. (…) Graças ás
poções alcalinas, e fumigatórios, ao outro dia haviam desapparecido os vestígios
das vinte horas de liteira.“

Camilo Castelo Branco – Vinte Horas de Liteira
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António Feliciano de Castilho – in Revista
Lisbonense - 1842
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
“ As estradas são indispensáveis por mais de um motivo: são
indispensáveis para que a produção e os homens possam circular. É
preciso que a população rural venha à cidade e a urbana vá ao campo.
Sem esta fusão Portugal, não obstante ser tão pequeno, não há-de ser
nação, nem o seu governo será senão Lisboa e alguma coisa do Porto.
(…) Hão-de continuar a falar nas províncias tanto de Lisboa, como em
Lisboa se fala delas, que não pode ser menos. Cada povoação subsistirá
como um membro disperso e rude e não nos poderemos contar por mais
do que uma federação.”
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As Estradas – in António Nobre – Viagens na Minha
Terra
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Às vezes fico horas inteiras
- Adeus! Adeus! É curta a ausência,
Olhos fitos nestas lareiras,
Adeus! – rodava a diligência
E jornadeio, em fantasia,
Com campainhas a tinir.
Essas viagens que eu fazia
Ao velho Douro, mais meu Pai.
(…)
E, enquanto a velha mala-posta
A custo vai subindo a encosta
Que pitoresca era a jornada!
Em mira do lar dos meus Avós,
Logo, ao romper da madrugada,
Os aldeões, de longe, alerta,
Prontos os dois para partir.
Olham pasmados, boca aberta …
A gente segue e deixa-os sós.
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As Estradas – in António Nobre – Viagens na Minha
Terra (continuação)
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E o carro ia aos solavancos;
. E a mala-posta ia indo, ia indo,
Os passageiros, todos brancos,
O luar, cada vez mais lindo,
Ressonavam nos seus gabões.
Caia em lágrimas – e, enfim,
E eu ia alerta, olhando a estrada,
Tão pontual, às onze e meia,
Que em certo sítio, na Trovoada,
Entrava soberba na aldeia.
Costumavam sair ladrões.
Cheia de guizos, tlim, tlim, tlim!
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Evolução da rede rodoviária nacional em Kms
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Ritmo de Crescimento
3300
3000
88%
2700
3083
158%
48%
2400
97%
2100
1800
1854
1500
1858
1200
1869
Kms
1636
1106
900
600
300
1862
562
218
0
1852
1854
1858
1862
1869
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A marinha portuguesa – tonelagem
movimentada
16
90000
80000
T
o
n
e
l
a
g
e
m
70000
85000
- Partida da corte para o Brasil;
- Perda do exclusivo do comércio brasileiro (1808) e posterior
independência (1822);
-Vicissitudes políticas e financeiras da 1ª metade do século;
- Dependência externa.
60000
50000
50000
40000
30000
20000
20000
Procura-se:
- Redução da dependência
externa;
- Intensificação das exportações;
- Marcação de uma presença
mais permanente em África;.
10000
0
Início do séc. XIX
Em 1850
Em 1857
2012 /06 /06
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A Economia da Regeneração