« Agricultura e desenvolvimento sustentável nas problemáticas das « Políticas Baseadas em Evidências » - 28 de agosto de 2008 , M.J CARNEIRO, R. GUEDES-BRUNI, C. LAURENT. Pontos de Partida • Um projeto nascido de discussões informais entre pesquisadores: • Que trabalham sobre questões relacionadas à decisão política mas sobre temas diversos (preservação da biodiversidade, análise de políticas públicas, relação natureza e sociedade; evolução de sistemas produtivos...) • De origem disciplinares distintas (economia, agronomia, ecologia, agronomia, sociologia, antropologia). • Originários de três países: França, Brasil, Africa do Sul Contexto • Emergência de novas preocupações em torno da agricultura, novas contradições entre os objetivos da coesão econômica e social e os objetivos da proteção da biodiversidade; • Recurso crescente a argumentos de ordem científica e técnica para as decisões que orientam a intervenção pública; • Dificuldades de lidar com um campo de conhecimentos disponíveis cada vez mais vasto e complexo. Contexto • Recurso crescente a instrumentos de pesquisa sustentados em simulação e projeções estatísticas desvinculados de uma observação criteriosa da realidade e com fraca renovação da observações empíricas. Essa tendência não concerne apenas à agricultura. – Imprecisão dessas avaliações conduzem a um grande numero de ações apoiadas sobre conhecimentos pouco validados empiricamente; – Em conseqüência: a intervenção pública pode se apoiar sobre conhecimentos inadequados ou ultrapassados. • Existência de reflexões sobre o tema referente ao conteúdo empírico dos conhecimentos mobilizados pela ação para a elaboração das políticas: – Sociologia da Ciência; Ciência Política, – Filosofia da Ciência que chamam a atenção para as abordagens da “Decisão baseada em evidências”. OBJETIVOS • Discutir a abordagem da EBP no contexto da relação entre ciência e política no âmbito do desenvolvimento sustentável; • Questão de fundo: relação entre conhecimento e sociedade na elaboração de políticas públicas; • Essa questão será observada em dois contextos: na prática política e na prática da ciência (explicitação do como os cientistas e os políticos atuam). Pressupostos • Se emancipar de uma visão caricatural da EBP – Não se trata de dizer que a ciência deva decidir a política, mas que … – para conceber a política deve ser possível utilizar, da maneira melhor possível, o conhecimento existente => dar alternativas aos tomadores de decisão • Não se trata de fazer apologias à EBP, mas de • Apresentar um estado da discussão e colocá-la em debate. É o que faremos aqui e, assim, nós agradecemos a presença de vocês. O que será apresentado nesses 2 dias • Esta manhã: – Para ultrapassar a visão caricatural, Catherine Laurent apresentará alguns princípios da EBP; – Os desafios não são apenas acadêmicos, são práticos também como por ex. o caso das agências de extensão rural em vários contextos; ou o caso da EBP no setor da educação (apresentados por Marc Kirsh). Esta tarde • Diferentes facetas da relação entre ciência e política sobre a questão ambiental: • 2 comunicações que se inscrevem na reflexão da EBP no campo da Ecologia; • 2 abordagens que não seguem a metodologia da EBP, mas que dialogam com a questão de fundo: a relação entre conhecimento e sociedade: – Mestrado Profissional em Ecologia; – Usos do saber tradicional nas políticas públicas. 6ª. Feira: manhã "Conectividade" entre Ciências e Políticas Públicas: preocupação dos pesquisadores? • Questões sobre a prática dos pesquisadores que estão em relação com a prática política: – A emergência da abordagem EBP na agricultura em vários contextos; – A interface da ciência e política agrícola; – A interface entre ciência e política ambiental. 6ª. Feira: tarde “Conectividade" entre Ciências e Políticas Públicas: preocupação dos decisores? • Em que EBP pode contribuir para a avaliação de políticas agrícolas e ambientais; • Apresentação de 3 estudos de caso: França; Africa do Sul e Brasil Apresentação sucinta do Projeto Biosoc-EBP (2007-2009) • Quando a ação pública é confrontada com questões que acionam a contradição entre os objetivos da conservação da biodiversidade e os da sustentabilidade social, pergunta-se: – Sobre que tipo de conhecimento ela se apóia? – Quais as dificuldades encontradas para acessar esse conhecimento e avaliar a sua qualidade? – Como as dificuldades são enfrentadas? – As soluções encontradas modificam as formas de regulação econômica e política das novas contradições? Estudos de caso 1. Na França: • Medida da eco-condicionalidade; Natura 2000; Contrato Biodiversidade 2. Na África do Sul: • Programa Work for Water 3. No Brasil: • • • Lei da Mata Atlântica; Criação do Parque Estadual dos Três Picos; Criação da APA Macaé de Cima. Três Eixos de Pesquisa • EP 1: Dificuldades de acesso aos conhecimentos científicos pelos formuladores de medidas públicas selecionadas; • EP 2: Levantamento dos conhecimentos disponívies e contrastados com os conhecimentos efetivamente mobilisados; • EP 3: Consequências nas regulações economica e política das contradições entre coesão (social e econômica)/meio ambiente; Equipes do Projeto •France : INRA [SAD-APT, SAE2], AgroParisTech, ENESAD [CESAER], CNRS [ESE, Eco bio, MATISSE], Universités [Paris 1, Paris 5, Paris Orsay], Collège de France • Africa do Sul : •Universidade de Western Cape, ARC • Brasil : •Universidade Federal Rurale de Rio de Janeiro, •Jardim Botânico Rio de Janeiro.