MONITORAÇÃO DE REDE
Prof. José Augusto Suruagy Monteiro
2


Capítulo 2 de William Stallings. SNMP, SNMPv2,
SNMPv3, and RMON 1 and 2, 3rd. Edition.
Addison-Wesley, 1999.
Baseado em slides do Prof. Chu-Sing Yang
(Department of Electrical Engineering – National
Cheng Kung University)
Roteiro
3





Introdução
Arquitetura de monitoração de rede
Monitoração de desempenho
Monitoração de falhas
Monitoração de contabilização
Introdução
4

Monitoração de rede


Observa e analisa o status e comportamento dos sistemas
finais, sistemas intermediários e sub-redes que compõem a
configuração a ser gerenciada
Principais áreas de projeto

Acesso à informação de monitoramento
Como definir a informação de monitoramento
 Como levar a informação de um recurso até um gerente


Projeto de mecanismos de monitoramento


Qual o melhor modo de obter informações dos recursos
Aplicação da informação monitorada

Como a informação monitorada é usada nas diversas áreas
funcionais de gerenciamento
Roteiro
5





Introdução
Arquitetura de monitoração de rede
Monitoração de desempenho
Monitoração de falhas
Monitoração de contabilização
Informação de Monitoração de Rede
6

Informação estática

Caracteriza a configuração atual e os seus elementos

Número e identificação de portas em um roteador
É tipicamente gerada pelo elemento envolvido
 A informação é disponibilizada a um gerente por um
agente ou um proxy


Informação dinâmica

Relacionada a eventos na rede
Uma mudança de estado de uma máquina de protocolo
 Transmissão de um pacote numa rede


É coletada e armazenada pelo elemento de rede
responsável pelos eventos correspondentes
Informação de Monitoração de Rede
7

Informação estatística
É
derivada da informação dinâmica
 Número
médio de pacotes transmitidos por unidade de
tempo
É
gerada por qualquer sistema que tenha acesso às
informações dinâmicas correspondentes
Organização de uma base de
informações de gerência
8
Arquitetura Funcional da Monitoração
de Rede
9
Sistema de
Monitoração de Rede
10

Aplicação de monitoração



Função gerente



Reúne e registra informações de gerência para um ou mais redes
Comunica a informação ao monitor
Objetos gerenciados


Módulo que efetua a função básica de monitoramento de recuperar informação
de outros elementos
Função agente


Inclui as funções da monitoração de rede que são visíveis aos usuários
Monitoração de desempenho, de falhas e de contabilização
É a informação de gerência que representa os recursos e suas atividades
Agente de monitoramento


Módulo adicional responsável pelas informações estatísticas
Gera resumos e análises estatísticas da informação de gerência
Recursos gerenciados
11

Monitor de rede
Inclui software agente e
um conjunto de objetos
gerenciados
 Monitora a carga em si
mesmo e na rede
 Instrumentado para
monitorar a quantidade
de tráfego de gerência
de rede que entra e sai
do monitor

Recursos em um sistema agente
12


Configuração mais
comum para monitorar
outros elementos de
rede
Sistemas gerente e
agente compartilham:
 Protocolo
de
gerenciamento de
rede
 MIB
Monitor externo
13


Agentes que
monitoram o tráfego
em uma rede
Também conhecidos
como monitores
remotos
Agente Monitor Proxy
14


Proxy = intermediário
Necessário quando
elementos de rede
não compartilham o
mesmo protocolo de
gerência com o
monitor de rede
Polling
15


Informações uteis para o monitoramento de rede
são coletadas e armazenadas por agentes e
disponibilizadsa para um ou mais sistemas gerente
Polling
É
uma interação consulta-resposta entre um gerente e
um agente
 O gerente consulta um agente e solicita os valores de
diversos elementos de informação
 É usado para gerar um relatório para um usuário e
para responder a consultas específicas do usuário
Polling
16

Gerente





Consulta um agente e pede os valores de diversos elementos de
informação
Obtém a configuração que está gerenciando
Obtém periodicamente uma atualização das condições
Investiga uma área em detalhes após ter sido alertado de um
problema
Agente



Responde com informações da sua MIB
Relata informação que corresponde a um determinado critério
Provê ao gerente informação sobre a estrutura da MIB no
agente
Relato de Ocorrência de Evento
17

Agente pode gerar um relato
Periodicamente para informar ao gerente o seu estado
atual
 Quando ocorrer algum evento significativo ou incomum


Gerente
Fica escutando, aguardando informação que chega
 Pré-configura ou seta a periodicidade de envio de relatos


Benefícios
Útil para detectar problemas assim que ocorrerem
 Mais eficiente que o polling para monitorar objetos cujos
estados ou valores mudam de forma relativamente
infrequente

Polling vs. Relato de Evento
18

Fatores a serem considerados:








Quantidade de tráfego de rede gerado por cada um dos
métodos
Robustez em situações críticas
Atraso para notificar o gerente da rede
Quantidade de processamento nos dispositivos gerenciados
Compromissos entre a transferência confiável e não confiável
As aplicações de monitoração de rede que estão sendo
suportadas
As contingências necessárias caso o dispositivo notificador falhe
antes de enviar o relato
Em geral


Abordagem do SNMP: polling
Sistemas de gerenciamento de telecomunicações: ambos
Roteiro
19





Introdução
Arquitetura de monitoração de rede
Monitoração de desempenho
Monitoração de falhas
Monitoração de contabilização
Indicadores de desempenho
20

Dificuldades na escolha e uso de indicadores:
Há muitos indicadores em uso
 O significado de muitos indicadores ainda não estão
claramente compreendidos
 Alguns indicadores são suportados apenas por alguns
fabricantes
 Muitos indicadores não são adequados para comparação
uns com os outros
 Indicadores são precisamente medidos mas incorretamente
interpretados
 O cálculo dos indicadores toma um tempo excessivo e os
resultados finais são difíceis de ser usados para controlar o
ambiente

Indicadores de desempenho
21

Orientados a serviço (mais alta prioridade)
 Disponibilidade
(availability)
 Tempo de resposta
 Ausência de erros (accuracy)

Orientados a eficiência
 Vazão
(throughput)
 Utilização
Disponibilidade
22


Percentual do tempo em que um sistema de rede,
um componente ou uma aplicação está disponível
para um usuário
Baseia-se na confiabilidade dos componentes
individuais de uma rede
 MTBF
(Mean Time Between Failures): tempo médio entre
falhas
 MTTR (Mean Time To Repair): tempo médio até o
conserto
 Disponibilidade:
A=
𝑀𝑇𝐵𝐹
𝑀𝑇𝐵𝐹+𝑀𝑇𝑇𝑅
Disponibilidade de um sistema
23

A disponibilidade de um sistema depende da
disponibilidade dos seus componentes individuais e
da organização do sistema
 Existência
ou não de componentes redundantes
Disponibilidade de um sistema
24

Conexões em série:
A = 0,98
A(serial)=0,98 x 0,98
=0,96

Conexões em paralelo:
Indisponibilidade =1-A =0,02
Indisponibilidade do sistema em paralelo
=0,02 x 0,02 = 0,0004
A(paralelo) = 1- 0,0004
=0,9996
Disponibilidade: Exemplo
25




Disponibilidade de um sistema com dois links
conectando um multiplexador a um host
Períodos normais correspondem a 40% dos
pedidos, onde qualquer um dos links dá conta da
carga de tráfego
Durante os períodos de pico, os dois links são
necessários para dar conta da carga total, mas um
link dá conta de 80% da carga máxima.
Af = (capacidade quando 1 link está ativo) * Pr[1 link estar ativo] +
(capacidade quando 2 links estão ativos) * Pr[2 links estarem ativos]
Disponibilidade: Exemplo
26

Af = (capacidade quando 1 link está ativo) * Pr[1 link estar ativo] +
(capacidade quando 2 links estão ativos) * Pr[2 links estarem ativos]

Af (período normal) = 1 * [A(1-A) + (1-A)A] + 1 * (A*A) = 0,99

Af (pico) = 0,8 * [A(1-A) + (1-A)A] + 1 * (A)(A) = 0,954

Af = 0,6 * Af (pico) + 0,4 * Af (período normal)

Se A = 0,9 então Af = 0,9684

Portanto, o sistema consegue lidar com 97% das
solicitações de serviço.
Requisitos básicos para
disponibilidade
27




Instalações seguras
Sistemas elétricos (no-break, gerador, etc.)
Diversidade de circuitos
Redundância intra-chassis
 Fontes
de alimentação duais
 Hot swap
 Multiprocessadores
Tempo de Resposta
28


Tempo que leva para uma resposta aparecer no
terminal do usuário após uma solicitação do mesmo
Custo para obter um tempo de resposta mais curto

Capacidade computacional


Requisitos concorrentes


Aumento na capacidade implica em custo mais elevado
Prover um tempo de resposta rápido para alguns processos pode
penalizar outros processos
A produtividade melhora quando tempos de resposta
rápidos são alcançados

Até 2 segundos de tempo de resposta é aceitável para a
maioria das aplicações interativas
Tempo de Resposta para Gráficos
29


Estudo realizado com engenheiros usando um programa de CAD
para o projeto de CIs e placas.
A produtividade (volume de transações) aumenta dramaticamente
quando o tempo de resposta é inferior a 1 segundo.
Componentes do tempo de resposta
30
Ausência de Erros (Accuracy)
31

Percentual de tempo que não ocorrem erros na
transmissão e entrega de informação
 Mecanismos
de correção de erros embutidos em
protocolos
 Enlace
de dados e TCP
 Monitoração
 Um
da taxa de erros pode identificar
enlace com falhas intermitentes
 Existência de uma fonte de ruído ou interferência
Vazão (Throughput)
32


Taxa na qual ocorrem os eventos orientados a
aplicação
É uma medida orientada a aplicação
No. de transações de um dado tipo num certo intervalo de
tempo
 No. de sessões de usuário para alguma aplicação durante
um certo intervalo de tempo
 No. de chamadas em um ambiente de comutação de
circuito


É útil rastrear estas medidas ao longo do tempo

Identificação de problemas de desempenho
Utilização
33




Percentual em uso da capacidade teórica de um
recurso (ex., multiplexador, linha de transmissão,
switch)
É uma medida mais detalhada do que a vazão
Usada para pesquisar potenciais gargalos e áreas
de congestionamento
O tempo de resposta normalmente cresce
exponencialmente à medida que cresce a utilização
de um recurso
Análise simples de eficiência
34
Função de Monitoração de
Desempenho
35

Componentes da monitoração de desempenho

Medição de desempenho
Coleta estatísticas sobre o tráfego e tempos da rede
 Realizado por módulos agentes que observam o comportamento
dos nós



Monitor externo (remoto)


Transfere a carga de processamento de nós operacionais para
sistemas dedicados
Análise de desempenho


Nó. de conexões, tráfego por conexão
Consiste de software para reduzir e apresentar os dados
Geração de tráfego sintético

Permite observar a rede sob uma carga controlada
Relatórios de medição de desempenho
em uma LAN
36










Matriz de comunicação dos hosts
Matriz de comunicação de grupos
Histograma de tipo de pacotes
Histograma de tamanho dos pacotes de dados
Distribuição de vazão-utilização
Histograma do tempo entre chegadas de pacotes
Histograma do atraso de obtenção do canal
Histograma do atraso de comunicação
Histograma da contagem de colisões
Histograma da contagem das transmissões
Perguntas em relação a possíveis erros
ou ineficiências
37






O tráfego está igualmente distribuído entre os usuários da
rede ou há pares O-D com tráfego pesado?
Qual é o percentual de cada tipo de pacote? Há algum
tipo de pacote com alta frequência não esperada
indicando um erro ou ineficiência do protocolo?
Qual é a distribuição dos tamanhos dos pacotes de dados?
Quais são as distribuições do tempo de aquisição de canais
e de transmissão? Estes tempos são excessivos?
As colisões são um fator em conseguir transmitir os pacotes,
indicando um hardware ou protocolos com defeito?
Quais são a utilização e a vazão dos canais?
Perguntas em relação ao crescimento
da carga de tráfego
38







Qual é o efeito da carga de tráfego na utilização, vazão e
retardos?
Quando a carga de tráfego começa a degradar o
desempenho do sistema?
Qual o compromisso entre estabilidade, vazão e atraso?
Qual é a capacidade máxima do canal em condições
normais de operação?
Quantos usuários ativos são necessários para atingir este
máximo?
Pacotes mais longos aumentam ou diminuem a vazão e o
atraso?
Como o tamanho constante de pacotes afeta a utilização e
o atraso?
Medições Estatísticas vs. Exaustivas
39

Quando um agente está monitorando uma carga
de tráfego pesada, pode não ser prático coletar
todos os dados (exaustivo).
 Monitora
o número total de pacotes num dado
intervalo de tempo para cada par O-D na LAN

Amostra o fluxo de tráfego para estimar o valor
da variável aleatória
 Métodos
estatísticos: probabilidades
Roteiro
40





Introdução
Arquitetura de monitoração de rede
Monitoração de desempenho
Monitoração de falhas
Monitoração de contabilização
Monitoração de Falhas
41

Objetivo:


Identificar uma falha assim que possível após sua ocorrência e
identificar a sua causa de modo que possa ser tomada uma ação
reparadora
Problemas com a observação de falhas

Falhas não observáveis

Certas falhas são inerentemente não observáveis localmente


Falhas parcialmente observáveis

O defeito em um nó pode ser observável mas insuficiente para localizar o
problema


Existência de impasse entre processos cooperativos distribuídos pode não ser
observável localmente
Nó pode não responder devido a um defeito em algum protocolo de baixo nível
Incerteza na observação

Falta de resposta de um dispositivo remoto pode significar que o dispositivo
está travado, a rede está particionada ou congestionamento causou o
atraso da resposta ou o temporizador local está com defeito.
Monitoração de Falhas
42

Problemas no isolamento de falhas a um dado componente:

Múltiplas causas em potencial


Demasiadas observações relacionadas


Um único defeito pode gerar diversos defeitos secundários
Interferência entre o diagnóstico e procedimentos locais de
recuperação


O uso de múltiplas tecnologias causam aumento na quantidade de
pontos e tipos de defeitos
Os procedimentos locais de recuperação podem destruir importantes
evidências a respeito da natureza da falha, desabilitando o
diagnóstico
Ausência de ferramentas de testes automatizados

Os testes para isolar falhas são difíceis e custosos para administrar
Monitoração de Falhas
43
Monitoração de Falhas
44
x
Monitoração de Falhas
45
Funções de Monitoração de Falhas
46




Detecção de falhas
Agente relata erros de forma independente para um
ou mais gerentes
Agente mantém um registro de eventos significativos e
erros
Critérios para emitir um relato de falha


Evita sobrecarga
Antecipação de falhas
Estabelecendo limiares
 Taxa de perda de pacotes


Uma interface de usuário efetiva
Testes para o isolamento de falhas
47









Teste de conectividade
Teste de integridade dos dados
Teste de integridade do protocolo
Teste de saturação dos dados
Teste de saturação da conexão
Teste de tempo de resposta
Teste de loopback
Teste funcional
Teste de diagnóstico
Roteiro
48





Introdução
Arquitetura de monitoração de rede
Monitoração de desempenho
Monitoração de falhas
Monitoração de contabilização
Monitoração de contabilização
49

Registra o uso de recursos da rede pelos usuários



Um sistema de contabilização interno avalia o uso total dos recursos e
determina o custo dos recursos compartilhados para cada
departamento
Sistema oferece um serviço público
Recursos que podem ser sujeitos a contabilização

Recursos de comunicação


Hardware


Estações de trabalho e servidores
Software e sistemas


LANs, WANs, linhas alugadas, linhas discadas, sistemas de PBX
Software de aplicações e utilitários em servidores, centro de dados e sites de
usuários finais
Serviços

Incluem todos os serviços comerciais de comunicação e informação
Coleta de Dados de Contabilização
50


Baseada nos requisitos da organização
Dados de contabilização relacionados com comunicação podem ser
coletados e mantidos em cada usuário




Identificação do usuário
Receptor
Número de pacotes
Nível de segurança


Carimbos de tempo



Associados com cada evento de transmissão e processamento
Temos de início e término de transações
Códigos de status da rede


Identifica as prioridades de transmissão e processamento
Indica a natureza de qualquer erro ou mau funcionamento detectado
Recursos utilizados
51
Resumo
Resumo
52

Monitoração de rede é o aspecto mais
fundamental do gerenciamento automático de rede
 Coleta
informação sobre o status e comportamento dos
elementos de rede
 Informação
estática
 Informação dinâmica
 Informação estatística
 Agente
coleta informação local de gerência e transmite
para um ou mais NMS
 Cada NMS inclui software de aplicação de gerência
de rede mais software para comunicação com agentes
Resumo
53

Monitoração de desempenho






Monitoração de falhas




Disponibilidade
Tempo de resposta
Ausência de erros
Vazão
Utilização
Identifica falhas assim que possível
Identifica a causa da falha e toma ação corretiva
Função de monitoração de falha é complicada
Monitoração de contabilização

Coleta informação de uso de cada um dos recursos
Download

Monitoração de rede