TECNOLOGIA DA BIOLOGIA
CELULAR
Profa. Dra. Talita Seydell
MICROSCÓPIO ÓPTICO
É um instrumento usado para ampliar e regular,
com uma série de lentes multicoloridas e
ultravioleta capazes de enxergar através da luz,
estruturas pequenas e grandes impossíveis de
visualizar a olho ou sem óculos;
 É constituído por uma parte mecânica que
suporta e permite controlar e por uma parte
óptica que amplia as imagens.
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MICROSCÓPIO ÓPTICO
A porção mecânica é composta por:
 Pé ou base – serve de apoio às restantes
componentes do microscópio;
 Coluna ou Braço – Fixo à base, serve de suporte aos
outros elementos;
 Mesa ou Platina – Onde se fixa a lâmina a ser
observada, possui uma janela por onde passam os
raios luminosos e também parafusos dentados que
permitem deslocar a preparação;
 Charriot – Peça ligada à platina que possibilita
mover a lâmina, permitindo a melhor centralização da
mesma;
 Tubo ou canhão – Suporta a lente ocular na
extremidade superior;
 Revólver ou Óptico– Peça giratória que sustenta as
objetivas.
MICROSCÓPIO ÓPTICO
Na parte óptica temos:
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Condensador – conjunto de duas ou mais lentes
convergentes que orientam e espalham regularmente a luz
emitida pela fonte luminosa sobre o campo de visão do
microscópio;
Diafragma – é constituído por palhetas que podem ser
aproximadas ou afastadas do centro através de uma
alavanca ou parafuso, permitindo regular a intensidade da
luz que incide no campo de visão do microscópio;
Lentes Objetivas– permitem ampliar a imagem do objeto
10x, 40x, 50x, 90x ou 100x.
As objetivas de 10x, 40x e 50x são designadas objetivas secas
pois entre a preparação e a objetiva existe somente ar.
 As objetivas de imersão, uma vez que, para as utilizar, é
necessário colocar uma gota de óleo de imersão entre elas e a
preparação, o qual, por ter um índice de refração semelhante
ao do vidro, evita o desvio do feixe luminoso para fora da
objetiva.
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MICROSCÓPIO ÓPTICO
Lentes Oculares – sistema de lentes que
permitem ampliar a imagem real fornecida pela
objetiva, formando uma imagem virtual que se
situa a aproximadamente 25 cm dos olhos do
observador. As oculares mais utilizadas são as de
ampliação 10x, mas nos microscópios binoculares
também existem oculares de 12,5, 8x e 6x.
 Fonte luminosa – clareia a preparação e auxilia
na visão do que é observado.A mais utilizada
atualmente é a luz artificial, fornecida por uma
lâmpada de tungsténio ou de halogéneo, incluída
no aparelho juntamente com um interruptor com
reostato, que permite regular a intensidade da
luz emitida.
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MICROSCÓPIO ÓPTICO
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A intensidade luminosa é regulável: aumenta-se a
intensidade luminosa subindo-se o condensador e abre-se o
diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa descendo
o condensador e baixa-se o diafragma;
A ampliação consiste no grau de aumento da imagem em
relação ao objeto. A ampliação total obtida com o
microscópio óptico consiste no produto da ampliação da
objetiva pela ampliação da ocular. Esta, sem distorção, não
ultrapassa as 1200x.
O fator mais significativo para a obtenção de uma boa
imagem é, contudo, o poder de resolução, que corresponde à
distância mínima que é necessário existir entre dois pontos
para que possam ser distinguidos ao microscópio. Para o
microscópio óptico essa distância é de 0,2 µm devido ao
comprimento de onda das radiações visíveis. Com efeito, a
propriedade da ampliação só tem interesse prático se for
acompanhada de um aumento do poder de resolução.
MICROSCÓPIO ÓPTICO
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No que respeita a microscopia óptica vulgar existem
dois métodos fundamentais de observação, de acordo
com o tipo de preparação a observar:
Se a lâmina não está corada (exame a fresco): a
observação é feita com objetivas secas, do seguinte
modo:
Desce-se o condensador e sobe-se o diafragma para que a
iluminação não seja muito intensa, já que as lâminas não
estão coradas.
 Com a objetiva de 10x escolhe-se o pormenor a observar.
 Seguidamente foca-se com a objetiva de 40x, fazendo uma
primeira aproximação da objetiva à lâmina por controlo
visual externo, e só depois a focagem por afastamento
usando o parafuso macrométrico e posteriormente o
micrométrico para focagem final.
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MICROSCÓPIO ÓPTICO
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Se a lâmina está corada: a observação é feita com
objetivas de imersão, procedendo do seguinte
modo.
Sobe-se o condensador, abre-se o diafragma e regulase a iluminação da fonte luminosa no máximo, de
modo a conseguir-se uma iluminação intensa,
apropriada à observação de lâmina coradas.
 Coloca-se na lâmina uma gota de óleo de imersão e
procede-se à focagem. Primeiro aproximando a
objetiva à lâmina com controlo visual externo,
seguidamente a focagem propriamente dita com o
parafuso
macrométrico
e
finalmente
o
aperfeiçoamento da focagem com o parafuso
micrométrico.
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MICROSCOPIA DE FUNDO ESCURO
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Os corpúsculos a examinar são fortemente
iluminados por feixes luminosos que penetram
lateralmente, o que é conseguido com
condensadores especiais. Deste modo, a única luz
que penetra na objetiva é a difratada pelas
partículas presentes na preparação, pelo que
passam a ser visíveis em fundo escuro também.
MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA
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Permite observar microorganismos capazes de
fixar substâncias fluorescentes (fluorocromos). A
luz UV, ao incidir nessas partículas, provoca a
emissão de luz visível e observa-se os
microorganismos a brilhar em fundo escuro
MICROSCOPIA DE CONTRASTE DE FASE
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Permite visualização de microrganismos vivos,
sem coloração, através do contraste devido à
diferença de fase dos raios luminosos que
atravessam o fundo relativamente à fase da luz
que atravessa os microrganismos.
MICROSCÓPIO ÓPTICO
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO
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É um microscópio com potencial de aumento muito superior ao óptico;
Foi inventado em 1932 e vem sendo aperfeiçoado;
A diferença básica entre o microscópio óptico e o eletrônico é que neste último
não é utilizada a luz, mas sim feixes de elétrons;
No microscópio eletrônico não há lentes de cristal e sim bobinas, chamadas de
lentes eletromagnéticas;
Os elétrons podem ser focados pela ação de um campo eletrostático ou de um
campo magnético. As lentes presentes dentro da coluna, na grande maioria dos
microscópios, são lentes eletromagnéticas. Essas lentes são as mais usadas pois
apresentam menor coeficiente de aberração. Após o feixe de elétrons incidir na
amostra isso acarreta a emissão de elétrons com grande espalhamento de
energia, que são coletados e amplificados para fornecer um sinal elétrico que é
utilizado para modular a intensidade de um feixe de elétrons num tubo de raios
catódicos, assim em uma tela é formada uma imagem de pontos mais ou menos
brilhantes (eletromicrografia ou micrografia eletrônica), semelhante à de um
televisor em branco e preto;
Não é possível observar material vivo neste tipo de microscópio. O material a
ser estudado passa por um complexo processo de desidratação, fixação e
inclusão em resinas especiais, muito duras, que permitem cortes ultrafinos
obtidos através das navalhas de vidro do instrumento conhecido como
ultramicrótomo.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO
Existem três tipos de microscópio eletrônico básico:
 De transmissão - usado para a observação de
cortes ultrafinos;
 De varredua (ou M.E.V.) - capaz de produzir
imagens de alta ampliação para a observação de
superfícies;
 De tunelameno (ou M.E.V.T.) - para visualização
de átomos.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE
TRANSMISSÃO
É uma técnica de microscopia na qual um feixe
de elétrons é emitido em direção a uma amostra
ultra fina, interagindo com a amostra enquanto a
atravessa. Uma imagem é formada na interação
dos elétrons transmitidos através da amostra; a
imagem é ampliada e focada em um dispositivo
de imagem, como uma tela fluorescente, ou uma
camada de filme fotográfico, ou detectada por um
sensor como uma câmera;
 MET encontra aplicação na pesquisa do câncer,
virologia e na ciência dos materiais, além das
pesquisas de poluição e semicondutores;
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MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE
VARREDURA
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É um tipo de microscópio eletrônico capaz de
produzir imagens de alta resolução da superfície
de uma amostra. Devido a maneira com que as
imagens são criadas, imagens de MEV tem uma
aparência tridimensional característica e são
úteis para avaliar a estrutura superficial de uma
dada amostra.
O MICROSCÓPIO DE CORRENTE DE
TUNELAMENTO
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Permite obter imagens de átomos e moléculés,
utilizando-se uma agulha microscópica na qual se
aplica uma tensão elétrica;
A imagem é formada ao se analisar a variação da
corrente entre a agulha e a superfície que se quer
fotografar, quando a agulha desliza sobre esta
superfície. Essa tecnologia permite medir as
propriedades físicas dos objetos analisados e estudar
as forças entre moléculas e átomos, e observar as
estruturas em escala atômica.
O microscópio é capaz de obter imagens numa escala
atômica de 2×10-10 ou 0,0000000002 metros, sendo
usado na manipulação individual de átomos,
acompanhamento de reações químicas, reversão de
íons produzida pela remoção ou adição individual de
elétrons e moléculas.
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