6. Backtracking e Controle Backtracking Considere o seguinte programa abstrato e a consulta ?-a. : A ordem de visita dos nodos na árvore de busca é dada abaixo: a :- b. a :- c. a :- d. b b :- e. b :- f. f :- g. f :- h. f :- i. d. e f 3 g 2 5 h a 1 c 8 d 9 4 6 i 7 a, b, e, (b), f, g, (f), h, (f), i, (f), (b), (a), c, (a), d Os parênteses indicam caminho em backtracking Introdução à Programação Prolog 2 Backtracking Considere o seguinte programa com o predicado gosta/2: gosta(joão, jazz). gosta(joão, maria). gosta(joão, lasanha). gosta(maria, joão). gosta(maria, lasanha). E a consulta: O sistema Prolog tenta satisfazer o primeiro objetivo, desencadeando a seguinte execução top-down: 1. Encontra que joão gosta de jazz 2. Instancia X com "jazz" 3. Tenta determinar se “maria gosta de jazz" 4. Falha, porque não consegue determinar se maria gosta de jazz 5. Realiza um backtracking na repetição da tentativa de satisfazer gosta(joão, X), esquecendo o valor "jazz" 6. Encontra que joão gosta de maria 7. Instancia X com “maria" 8. Tenta determinar se “maria gosta de maria" 9. Falha porque não consegue demonstrar que maria gosta de maria ?- gosta(joão, X), gosta(maria, X). X = lasanha yes 10. Realiza um backtracking, mais uma vez tentando satisfazer gosta(joão, X), esquecendo o valor “maria" 11. Encontra que joão gosta de lasanha 12. Instancia X com "lasanha" 13. Encontra que “maria gosta de lasanha" 14. É bem-sucedido, com X instanciado com "lasanha" Introdução à Programação Prolog 3 O Operador Cut (!) • Seu objetivo é eliminar backtracking inútil, removendo da árvore de busca as ramificações que não tem interesse. • Sintaticamente é representado por um ponto de exclamação. • Em uma cláusula, é interpretado como um objetivo que sempre é bemsucedido quando é encontrado no sentido normal da execução. • Mas, quando é encontrado no backtracking, sempre falha, neste caso produzindo ainda a falha de todas as demais cláusulas do predicado em que se encontra. • Seu uso pode melhorar consideravelmente o desempenho de programas Prolog, mas pode ocasionar a perda da interpretação declarativa (lógica), devendo ser usado com cuidado e parcimônia. Introdução à Programação Prolog 4 Exemplo Considere o seguinte programa abstrato: a :- !, b, c, d. b :- f, g. c :- m, n, !, p, q. c :- r. d. Introdução à Programação Prolog • a é verdadeiro se b, c, d são todos verdadeiros. • b é verdadeiro se f e g são verdadeiros. • c é verdadeiro (1) se m, n, p, q são verdadeiros, ou (2) se r é verdadeiro. • se b falhar, a sempre vai falhar. • se p falhar, c sempre irá falhar e r não será tentado. 5 Outros Predicados de Controle Backtracking e cut são utilizados em conjunto com outros predicados de controle: fail: é um predicado que sempre falha. true: é um predicado que sempre é bem sucedido. repeat: sempre é bem-sucedido, tanto no sentido direto quanto no backtracking. É usado em conjunto com o fail na construção de loops. Comporta-se como se fosse definido por: repeat. repeat :- repeat. Introdução à Programação Prolog Prolog emprega uma forma de negação denominada negação por falha finita que se comporta como se fosse definida por: not(X) :- X, !, fail; true. ou ainda: not(X) :- X, !, fail. not(_). Esta forma de negação baseia-se na Hipótese do Mundo Fechado (Closed World Assumption) que estabelece que: “Toda a verdade está no programa e nada mais é verdadeiro”. 6 Mais Predicados de Controle Processar Y para todas as soluções de X: for(X, Y) :- X, Y, fail. for(_,_). ou ainda: for(X, Y) :- X, Y, fail; true. O ifThenElse em Prolog fica: ifThenElse(X, Y, _) :- X, !, Y. ifThenElse(_. _, Z) :- Z. Como fica usando o “ou” (;)? Um loop em Prolog pode ser controlado da seguinte maneira: loop:repeat, read(X), (X=fim, !; processa(X,Y), write(Y), nl, fail). O funcionamento é similar a um while not X = fim do... Em SWI-Prolog há a forma abreviada: X -> Y; Z. Introdução à Programação Prolog 7