UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA UTI Destinada ao atendimento de doentes graves recuperáveis, requer assistência médica e de enfermagem integrais, contínuas e especializadas, bem com equipamentos diferenciados. 3 4 TEMAS PERTINENTES À MÁTERIA. DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO (LOCAL E ÁREA, PLANTA FÍSICA), DAS MEDIADAS DE PREVENÇÃO CONTRA A INFECÇÃO CRUZADA, DOS EQUIPAMENTOS, NÚMEROS DE LEITOS, DOS CRÍTERIOS DE INTERNAÇÃO E DE ALTA, DO PAPEL E DAS RESPONSABILIDADES DA ENFERMAGEM. DETALHES DA INSTALAÇÃO LOCAL E ÁREA • SEM RUÍDOS OU POLUIÇÕES • DE PROFERÊNCIA PRÓXIMO DO PRONTOSOCORRO E DO CENTRO CIRÚRGICO, OU DE FÁCIL ACESSO A ESTAS UNIDADES. • ÀREA POR LEITO: 5M² EM MÉDIA PLANTA FÍSICA • A PREPARAÇÃO DA PLANTA FÍSICA DEVE OBEDECER AOS SEGUINTES CRITÉRIOS: OS LEITOS DEVEVEM FICAR VISÍVEIS À ENFERMAGEM NA MESA CENTRAL DE CONTROLE; A ÀREA DE CADA LEITO DEVE PERMITIR AMPLA CIRUCULAÇÃO E FÁCIL MANEJO DA APARELHAGEM; • OS LEITOS DEVEM FICAR TANTO QUANTO POSSÍVEL ISOLADOS UNS DOS OUTROS; • A UNIDADE DEVE TER ABERTURAS AMPLAS DE VIDRO OU JANELA ISOLANTES PARA O EXTERIOR, PARA EVITAR CLAUSTROFOBIA; • A APARELHAGEM DE AR CONDICIONADO DEVE TER FUNCIONAMENTO PERFEITO E SUAS SAÍDAS NÃO DEVEM CANALIZAR AR SOBRE OS LEITOS; • TODOS OS LEITOS DEVEM TER TRÊS TOMADAS DE ENERGIA ELÉTRICA PARA OS APARELHOS, CONJUGADOS COM O GERADOR DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL; • TODOS OS CABOS ELÉTRICOS DEVEM SER RIGOROSAMENTE ISOLADOS E TER FIOTERRA ESPECIAL; • TODOS OS LEITOS DEVEM CONTAR COM CANALIZAÇÃO DE VÁCUO, AR COMPRIMIDO E OXIGÊNIO; • A ILUMINAÇÃO DEVE SER ADEQUADA; A UNIDADE DEVE CONTAR COM : • UMA SAL PARA OS MÉDICOS QUE NÃO ESTEJAM EM ATENDIMENTO; • BANHEIROS PARA DOENTES, EQUIPE DE ENFEMAGME E MÉDICOS; • UMA SALA PARA REUNIÕES, AULAS E ESTUDOS; • LOCAL PARA DESPEJP, ALMOXARIFADO, ROUPARIA, DEPÓSITO DE MATERIAL, ETC.; • UMA PEQUENA COPA; • UMA SALA PARA OS MEMBROS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM QUE NÃO ESTEJAM DE SERVIÇO; • UMA SALA PARA ARQUIVO; • UMA SALA DE MATERIAL ESTERILIZADO E OUTRA SALA PARA PREPARO DE MATERIAL; • VESTIÁRIO MASCULINO E FEMININO COM BANHEIRO DOTADO DE CHUVEIRO; • • UMA SECRETARIA TELEFONES E INTERFONES NAS ÁREAS BÁSICAS; UM LABORATÓRIO; • UMA SALA PARA O CHEFE DA EQUIPE MÉDICA; • • UMA SALA PARA A CHEFIA DE ENFERMAGEM; UMA SALA PARA RESPIRADORES DE PRONTO USO; • UMA SALA RESERVA PARA MONITORES, RESPIRADORES E ACESSÓRIOS. MEDIDAS PARA EVITAR INFECÇÃO CRUZADA • O REVESTIMENTO DA UNIDADE DEVE SER FEITO COM MATERIAIS QUE DEIXEM O MÍNIMO DE JUNÇÕES E SEJAM LAVÁVEIS, LISOS E NÃOABSORVENTES; • APÓS A LIMPEZA, DEVE-SE PASSAR PANO ÚMIDO COM SOLUÇÃO GERMICIDA NO PISO NO TETO E NA PAREDE • TODO O MATERIAL UTILIZADO PELOS DOENTES DEVE SER RIGOROSAMENTE ESTERILIZADO; • TODO O PESSOAL QUE LIDAR COM UM PACIENTE DEVE, ANTES DE TOCAR O OUTRO, LAVAR AS MÃOS. ; EQUIPAMENTOS • • • • • • • • • • • • ESPECIALIZADOS Monitores; Eletroencefalógrafo, eletrocardiógrafo; Aparelho de raio x portátil; Respiradores; Desfibrilador; Marcapasso; Rim artificial; Carro de emergência; Ventilômetros; Martelo para pesquisa de reflexos; Lanternas, etc.; • • • • • • • • • • • • • • • GERAIS Aspiradores volantes; Focos portáteis; Colchão d´agua; Macas; Cadeiras de rodas; Carro de curativo; Camas especiais; Balança; Hamper; Suportes para soros; Vacuômetros; Fluxômetros de o²; Nebulizadores; Mesa de cabeceira, etc.; • MATERIAL CIRÚRGICO E PARA CUIDADOS GERAIS • Pequena cirurgia; • Punção lombar; • Dissecção de veia; • Traqueostomia; • Punção subclávia; • Diálise peritoneal; • Cateterismo vesical; • Curativo; • Retirada de pontos, etc.; MATERIAL DE CONSUMO GERAL • MEDICAÇÃO • Estoque de reserva de acordo com a padronização hospitalar. • ROUPA • PACIENTE: rotina. • FUNCIONÁRIO: roupa privativa. NÚMERO DE LEITOS O número de leitos na UTI varia com o tipo de hospital e de acordo com sua possibilidade de ter uma equipe de médicos e de enfermagem em número suficiente. Há quem condicione esse número ao do hospital todo e, neste caso, ele costuma ser de 2 a 4% do total geral. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO Um paciente é admitido em uma UTI, quando apresenta insuficiência de um ou mais sistemas fundamentais, como o respiratório e ou cardiovascular, caso do paciente grave e recuperável, com as seguintes condições específicas: PACIENTES GRAVES. • São os pacientes que apresentam comprometimento de função vital: • Insuficiência Respiratória Aguda; • Insuficiência Renal; • Estado de Choque; • Estado de Coma; • Grande Desequilíbrio Àcido-Básico; • Tétano; • Grande Queimado; • Parada Cardíaca; • Politraumatismo; • Intoxicações Graves. PACIENTES DE ELEVADO RISCO. São pacientes que apresentam possibilidade iminente de sério comprometimento de função vital: • Insuficiência Coronariana Aguda; • Arritmias Cardíacas; • Pós-Operatório especiais (cardiovascular, neurocirurgia, cirurgia torácica, grande cirurgia geral) A intervenção é solicitada pelo médico assistente e efetuada após concordância da equipe da UTI, ficando condicionada à existência da vaga. O paciente terá seu leito bloqueado na clínica de origem. Em casos de pronto-socorro, o setor de internação providencia o bloqueio do leito na clínica adequada. CRITÉRIOS PARA ALTA. A Alta deve ser dada tão logo desapareçam os sintomas que deram origem à admissão do paciente na UTI por decisão da equipe da unidade. Após receber alta, o paciente retorna à clínica de origem, ficando aos cuidados de seu médico assistente. ENFERMAGEM A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UTI. O sucesso ou fracasso da UTI é totalmente dependente da qualidade e da motivação de seu corpo médico e de enfermagem. É essencial que a unidade mantenha pessoal de enfermagem altamente treinado e em nº adequado. A equipe de enfermagem da UTI tem uma responsabilidade muito maior do que a de qualquer outra unidade. Precisa ser apta a manter constante observação e estar pronta para reconhecer e notificar alteração significativa nas condições do paciente. Precisa, também, estar familiarizada com todas as técnicas especiais usadas e com o equipamento de monitorização terapêutico necessários na terapia intensiva, tendo total consciência de suas limitações. Além disso, deve estar preparada para reagir independentemente em face de uma emergência. A seleção de membros da equipe de enfermagem para trabalhar em uma UTI deve ser feita com base em critérios rigorosos. Cabe lembrar que sobre eles repousa a maior parte do trabalho de atendimento ao paciente. De seu desempenho inicial depende a obtenção ou não do rendimento esperado. A ADMISSÃO DO PACIENTE PELA ENFERMAGEM O paciente é admitido na unidade mediante solicitação prévia do médico responsável ao médico plantonista da UTI. Este, após concordar com a internação, notifica o enfermeiro responsável pela unidade, esclarecendo-lhe o diagnóstico e a gravidade do caso. O leito e material são preparados de acordo com a patologia e a técnica: MATERIAL USADO NA RECEPÇÃO DO PACIENTE. • Bandeja para aspiração; • Vacuômetro, Fluxômetro de oxigênio e respirador (testado); • Monitor e cabo; • Papeletas; • Esfigmomanômetro e estetoscópio; • Carro de emergência e Desfibrilador. OBS: Ao receber o paciente na unidade, o enfermeiro deve sempre prepará-lo psicologicamente – Quando o paciente não está em coma, está sempre estressado. RESPONSABILIDADE DA ENFERMAGEM. • Obter os dados preliminares do paciente e estabelecer prioridades; • Relacionar os pertences do paciente; • Prover o paciente de roupas adequadas; • Prestar os primeiros cuidados ao paciente, verificar sinais vitais, fazer monitorização, oxigenoterapia, cateterismo vesical, eletrocardiograma (ECG), dar a medicação prescrita, colher material para exames laboratoriais, etc.; • Orientar o paciente sobre a finalidade da UTI; • Orientar a família do paciente sobre a rotina da UTI (horário de visita, duração da visita e sobre obtenção de informações sobre o estado do paciente); • Fazer o exame físico do paciente e elaborar o plano de cuidados baseados em suas necessidades físicas e psicológicas, patologia e prescrição médica, a qual sofrerá alterações de acordo com a evolução. CUIDADOS DIÁRIOS (DEPENDENDO DA PATOLOGIA) • Verificar sinais vitais e o balanço hídrico de hora em hora; • Desobstruir as vias aéreas através da aspiração oro e nasotraqueal e estimulá-lo a tossir; • Trocar o curativo diariamente e sempre que necessário; • Fazer irrigação da sonda nasogástrica (SNG) com 20 ml soro fisiológico para manter a permeabilidade, se não houver contra-indicação; • Mobilizar o paciente no leito, prevenindo posições viciosas e úlceras por pressão; • Controlar rigorosamente o gotejamento dos soros; • Observar constantemente o ritmo e a frequência cardíaca no monitor; • Se o paciente estiver em coma, mantê-lo com os olhos fechados e cobertos com gaze umedecida em soro fisiológico; • Fazer higiene oral com solução antisséptica de 8/8 h.; • Trocar e datar equipo de PVC de 2/2 dias. ÉTICA • São as seguintes as regras éticas a serem observadas pelo profissional de enfermagem: • Não se ausentar do leito do paciente sem antes obter substituto para si; • Receber o paciente com respeito e atenção; • Não discutir nem comentar fatos junto dos doentes; • Cumprir as determinações com precisão e pontualidade; • Não levar problemas da UTI para outros setores; • Respeitar a hierarquia funcional. NECESSIDADES ADICIONAIS DE UMA UTI. Uma UTI não pode funcionar sem a assistência da maioria dos outros departamentos no hospital. Os serviços de todos os laboratórios (bioquímico, hematológico, etc.) e os radiológicos precisam estar disponíveis a qualquer hora e a curto prazo. Esta unidade deve ter seu próprio fisioterapeuta, cabendo a este participar das visitas ao paciente e das discussões clínicas. São necessários, também, um técnico habilitado em ventiladores e outros equipamentos, uma secretária, pessoal administrativo, faxineiros e pessoal de serviços domésticos. Vacuômetro CANALIZAÇÃO DE VÁCUO, AR COMPRIMIDO E OXIGÊNIO Monitor Aparelho de raio x portátil Respirador Rim artificial Carro de emergência Aspirador Macas Carro de curativo Punção lombar Traqueostomia Punção subclávia Cateterismo vesical Curativo Camas especiais Balança Hamper Suportes para soros Nebulizadores Mesa de cabeceira Suporte para punção