TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos
Mentais- Paulo Dalgalarrondo.
Compêndio de Clínica Psiquiátrica – Orestes
Vicente Forlenza, Eurípides Constantino Miguel
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Refere-se a um grupo de condições
psiquiátricas
relacionadas
ao
desenvolvimento, que englobam indivíduos
que, desde infância ou a adolescência,
apresentam importantes dificuldades nos
relacionamentos interpessoais em razão de
alterações na cognição, na afetividade e no
controle dos impulsos.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
O diagnóstico de TP não deve ser formulado
antes do inicio da fase adulta, pois a
personalidade da cça e do adolescente é
suficiente plástica para que mesmo padrões
marcadamente
disfuncionais
de
relacionamento sejam ajustados antes de sua
cristalização definitiva.
Tais alterações são de longa duração e não são
limitadas a episódios de doença mental.
EPIDEMIOLOGIA E RELEVÂNCIA DOS
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
 Prevalência de taxas variáveis de 5 a 20% da
população.
 Mesmo nas estimativas mais conservadoras, os
TP estariam entre os transtornos psiquiátricos de
maior prevalência em todo o mundo.
 Mesmo
assim,
os
TP
permanecem
subinvestigados e grandes lacunas de informação
persistem quanto ao seu perfil epidemiológico.
EPIDEMIOLOGIA E RELEVÂNCIA DOS
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Os TP são fonte de grande sofrimento
subjetivo e dificuldades de adaptação para
portadores e familiares.
Raramente o TP é a causa primária de busca
de tratamento médico geral ou psiquiátrico, o
que aumenta o risco do portador ser
negligenciado.
São relacionados como preditores de mal
prognóstico no tratamento.
PERSONALIDADE
Personalidade é uma organização interna e
dinâmica dos sistemas psicofísicos que criam os
padrões de comportar-se, de pensar e de sentir
característicos de uma pessoa".
A formação da personalidade é processo gradual,
complexo e único a cada indivíduo, entretanto os
traços de personalidade são relativamente
estáveis no tempo.Existem
aspectos que
costumam ser considerados como partes da
personalidade ou que a influenciam de maneira
especial a formação da personalidade.
Existem
diferentes
conceitos
de
personalidade,entretanto o que existem em comum
em suas definições são:
• Refere-se a características distintivas ao indivíduo
• Refere-se a Estimulo resposta ( a mente humana é uma tábua rasa que
só vai adquirindo estrutura e conteúdo pela estimulação do meio, e
por inúmeras situações de aprendizagem) a personalidade é fruto de
condicionamentos e outras formas de aprendizagem que vão
reforçando hábitos ou substituindo outros.
• Refere-se a dinâmica de ação social ( forma como cada um se
adaptada ao meio ambiente )
• Determinismo Psíquico: a natureza do homem é ativa e dotada de
impulsos, instintos, motivações, necessidades, desejos conscientes e
inconscientes , bem como de energia vital, ou sexual que determinam
seu modo de agir.
• Hereditariedade: base biológica do organismo. Onde o ambiente atua
sobre o organismo.
• Contexto sócio cultural: influência do social, fator modelador da
personalidade
Personalidade - Considerações
"VAMOS MUDAR O MUNDO!"
Nos últimos 60 anos, três
gerações marcaram época e
mudaram os valores e o jeito de
a sociedade pensar.
TRADICIONAIS (até 1945)- É a
geração que enfrentou uma
grande guerra e passou pela
Grande Depressão. Com os países
arrasados, precisaram reconstruir
o mundo e sobreviver. São
práticos, dedicados, gostam de
hierarquias
rígidas,
ficam
bastante tempo na mesma
empresa e sacrificam-se para
alcançar seus objetivos.
BABY-BOOMERS (1946 a 1964)
• São os filhos do pós-guerra,
que romperam padrões e
lutaram pela paz. Já não
conheceram
o
mundo
destruído e, mais otimistas,
puderam pensar em valores
pessoais e na boa educação
dos filhos. Têm relações de
amor e ódio com os
superiores, são focados e
preferem agir em consenso
com os outros.
GERAÇÃO X (1965 a 1977)
•
Nesse
período,
as
condições materiais do
planeta permitem pensar
em qualidade de vida,
liberdade no trabalho e nas
relações.
Com
o
desenvolvimento
das
tecnologias de comunicação
já podem tentar equilibrar
vida pessoal e trabalho.
Mas, como enfrentaram
crises violentas, como a do
desemprego na década de
80, também se tornaram
céticos e superprotetores.
GERAÇÃO Y (a partir de 1978)
Com o mundo relativamente
estável, eles cresceram em uma
década de valorização intensa da
infância,
com
internet,
computador e educação mais
sofisticada que as gerações
anteriores. Ganharam autoestima
e não se sujeitam a atividades
que não fazem sentido em longo
prazo. Sabem trabalhar em rede e
lidam com autoridades como se
eles fossem um colega de turma.
Geração Z – década de 90 até os dias
de hoje....
Crianças e adolescentes
que já nasceram com
contato direto com a
internet, a velocidade da
informação e as novas
tecnologias
PERSONALIDADE
• Para compreender os TP, é
importante
conhecer
os
elementos básicos e estruturais
que conceituam personalidade.
O termo deriva da palavra
grega persona, que se refere á
mascara usada pelos atores no
teatro grego clássico. A persona
identificava o personagem,
indicando o primeiro significado
atribuído à personalidade, o de
identidade.
PERSONALIDADE
Vulgarmente, personalidade é associada às
preferências, força de vontade e constituição moral
do indivíduo.
A abordagem cientifica se diferencia da leiga ao
excluir avaliações morais, porém confirma a relação
com as disposições motivacionais e afetivas,
definindo personalidade como características que
pode ser compartilhada entre indivíduos, mas cujo
o conjunto é distinto, determinado a forma única
como cada individuo responde e interage com
outro indivíduos e o ambiente.
PERSONALIDADE
Estudos empíricos sobre componentes básicos
da personalidade , inicio do séc. XX ( dec. 40),
com trabalho pioneiro de Cattel.
Partiu de uma lista de milhares de léxicos de
descritores de características individuais
extraídas de dicionários da língua inglesa,
eliminou redundâncias e organizou os temas
restantes em 171 pares antagônicos, por
exemplo: tenso/relaxado.
PERSONALIDADE
 Cattel em uma análise fatorial inicial, ele agrupou
os pares em 16 fatores. Seguiram-se 50 anos de
revisões,
até
que
inúmeros
estudos
independentes chegaram a conclusões muito
similares e, extraídos da mesma fonte,
organizados e revisados, os 16 fatores poderiam
ser reagrupados em 5 superfatores ou
dimensões, relativamente estáveis independente
da amostra, cultura ou da época.Essa linha de
trabalho deu origem ao chamado modelo 5fatorial ou “big-five”
MODELO 5-FATORIAL OU “BIG-FIVE”seus componentes:
Neuroticismos
Extraversão
Conscienciosidade
Cordialidade
Abertura
MODELO 5-FATORIAL OU “BIG-FIVE”seus componentes:
NEUROTICISMOS – agrega traços associados à
expressão de afetos negativos e a
instabilidade emocional.
EXTRAVERSÃO – reúne traços associados à
expressão de afetos positivos, busca de
interação com o meio ( espírito aventureiro ) e
com seus semelhantes ( socialização).
MODELO 5-FATORIAL OU “BIG-FIVE”seus componentes:
 CONSCIENCIOSIDADE- descreve traços associados à
adoção de escrúpulos morais, sentimentos de
responsabilidade e preocupação com o futuro em
oposição ao espírito livre, inconsequente e impulsivo.
 CORDIALIDADE- Representa o conjunto de traços que
caracterizam a afabilidade, a tolerância e a cooperação
em contraste com agressividade e competitividade.
 ABERTURA- reúne traços que representam facilidade
para aceitar novas ideias e raciocínio não convencional
em oposição ao conservadorismo e ao apego às
tradições.
ABORDAGEM LÉXICA
 Abordagem léxica, desenvolveu a abordagem
psicobiológica durante as décadas de 60 e 70.Partiram do
pressuposto que supunha a existência de duas instancias
básicas ( inibição e iniciação) de personalidade com as
devidas correspondências no SNC.
 Ambos os modelos são criticados por não apresentarem
uma dimensão representativa da construção e
reconhecimento de uma identidade própria.
 Cloninger desponta como principal revisionista do
conceito de personalidade na atualidade, propôs uma
nova definição dos termos temperamento e caracter.
TEMPERAMENTO X CARÁTER
 TEMPERAMENTO- o conjunto de fatores ou dimensões
associadas à afetividade e à impulsividade, que teriam
determinação
predominantemente
genética
e
estabilidade temporal.
 CARÁTER- agrega dimensões mais dependentes da
experiência, apresentando maior influencia do tempo à
medida que seus traços, acompanhando o status do
desenvolvimento de conceitos pelo indivíduo, iriam se
estruturar ao longo do histórico biográfico.Esse modelo
é chamado 7-fatorial.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
O comportamento final de uma pessoa é o resultado
de todos os seus traços de personalidade – o que
diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e
intensidade com que cada traço é vivido.
 Para que seja considerado um Transtorno de
Personalidade, há necessidade de concomitante
exista um prejuízo social e ocupacional.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE –
CID-10
 Atitudes marcadamente desarmônicas, envolvendo várias áreas de
funcionamento
 Padrão anormal de comportamento é permanente, de longa
duração e não limitado a episódio de doença mental.
 O padrão anormal de comportamento é invasivo e claramente maladaptativo para ampla série de situações pessoais e sociais
 As manifestações previamente listadas sempre aparecem durante a
infância ou a adolescência e continuam pela vida adulta.
 O transtorno leva à angustia pessoal considerável, mas isso pode se
tornar aparente apenas tardiamente em seu curso;
 O transtorno é usual, mas não invariavelmente associado a
problemas significativos no desempenho ocupacional e social.
Personalidade
• O tratamento desses transtornos baseia-se na
psicanálise, algumas vezes devem-se tratar
também outros transtornos que se desenvolvem
juntamente com esses e na maioria das vezes,
por causa desses. Aparecem comumente
depressão e ansiedade associadas a esses
transtornos.
• A maneira mais clara de classificar este problema
é através da subdivisão em tipos de
personalidade patológica.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
ANTI SOCIAL
• Apesar de os critérios diagnósticos propostos
pelo DSM-IV, (padrão de desconsideração e
violação dos direitos dos outros)
• O conceito desta seria mais amplo, envolvendo
características
como
falta
de
empatia
(cognitiva,afetiva e sensorial), arrogância e
vaidade excessiva, que não são consideradas nos
critérios diagnósticos operacionais propostos
pelo DSM-IV (Blair, 2003).
Seus aspectos essenciais são:
• Insensibilidade aos sentimentos alheios;
• Atitude aberta de desrespeito por normas, regras e
obrigações sociais de forma persistente;
• Estabelece relacionamentos com facilidade,
principalmente quando é de seu interesse, mas,
dificilmente, tem a capacidade de mantê-los;
• Baixa tolerância à frustração e facilidade em explodir
em atitudes agressivas e violentas;
• Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado,
ou de aprender com as punições;
• Tendência a culpar os outros ou defender-se com
raciocínios lógicos, porém improváveis.
Além de fatores psicossociais, outros biológicos têm sido
implicados na fisiopatogenia do transtorno de personalidade
anti-social
• Estudos de neuroimagem apontam o envolvimento
de estruturas cerebrais frontais, especialmente o
córtex orbitofrontal, e a amígdala.
• Também tem sido sugerido que prejuízos na função
serotonérgica estariam associados à ocorrência de
comportamento anti-social, já que pacientes com
diagnóstico de TPAS apresentam respostas
hormonais atenuadas a desafios farmacológicos
com drogas que aumentam a função serotonérgica
cerebral e redução da concentração de receptores
serotonérgicos.
Além de fatores psicossociais, outros biológicos têm sido
implicados na fisiopatogenia do transtorno de personalidade
anti-social
• Com relação ao comportamento agressivo freqüentemente
observado em pacientes com TPAS, tem sido proposta uma
distinção em duas categorias, baseadas na sua forma de
apresentação:
• A agressividade poderia ser classificada como afetiva
versus predatória (Raine et al., 1998) A agressividade
afetiva ou reativa se manifestaria em resposta a eventos ou
situações que provocassem sentimentos de frustração,
raiva ou medo no indivíduo.
• Reativa versus operativa (Blair et al., 2001). A
agressividade operativa ou predatória seria planejada e
executada de maneira calculada para se atingir um objetivo
claramente específico.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
NARCÍSICA
• Padrão de grandiosidade, necessidade de
admiração e falta de empatia)
• Considera-se superior, não se importam com o
sofrimento que causam nas outras pessoas e
muitas vezes precisam rebaixar e humilhar os
outros para que se sintam melhor.
• Quer ser reconhecido como especial ou único
• Fantasias de grande sucesso pessoal
• Requer admiração excessiva
• É freqüentemente arrogante
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
BORDERLINE OU LIMÍTROFE
• Padrão de relacionamento instável variando, rapidamente, entre ter
um grande apreço por certa pessoa, para logo depois, desprezá-la;
• Comportamento impulsivo, principalmente, quanto ao sexual, aos
gastos financeiros, e ao dirigir irresponsavelmente; abuso de
substâncias psicoativas, pequenos furtos;
• Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação
para angustiado e, depois, para depressão, não necessariamente
nesta ordem;
• Sentimento de raiva freqüente e falta de controle destes
sentimentos, chegando a lutas corporais;
• Comportamento suicida ou auto-mutilante;
• Sentimentos persistentes de vazio e tédio;
• Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa,
seu comportamento sexual, sua carreira profissional.
EXISTE UMA PERSONALIDADE EPILÉPTICA?
• A epilepsia exerce um significativo efeito no comportamento das pessoas
portadoras deste transtorno. Nem sempre o indivíduo tem convulsões
típicas na crise (ictus), que pode manifestar-se apenas como uma súbita e
breve alteração do comportamento, uma breve ausência ou uma breve
crise oculógira. Por outro lado, há evidências sugestivas de que a epilepsia
afetaria o comportamento do indivíduo fora das crises, isto é, no período
inter-ictal
("entre
as
crises").
No século passado, surgiu o conceito de "personalidade epiléptica",
descrita como um síndrome inter-ictal caracterizado por impulsividade
explosiva, afeto viscoso (tendência a prolongar o contato com outras
pessoas, sendo freqüentemente repetitivo e "pegajoso"), e egocentrismo
(excessiva preocupação consigo mesmo). Alguns consideravam que este
síndrome fosse determinado por fatores neurológicos, enquanto outros
acreditavam que fosse em si mesmo uma forma de epilepsia.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
EPILÉPTICA
•
•
•
•
•
•
•
Irritabilidade, impulsividade
Desconfiança
Prolixidade
Viscosidade
Hipergrafia
Hiperreligiosidade
Hipossexualidade
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
DEPENDENTE
• Caracteriza-se
pelo
excessivo
grau
de
dependência e confiança nos outros. Estas
pessoas precisam de outras para apoiar-se
emocionalmente
e
sentirem-se
seguras,
permitem que os outros tomem decisões
importantes a respeito de si mesmas, sentem-se
desamparadas quando sozinhas, resignam-se e
submetem-se com facilidade, chegando mesmo a
tolerar maus tratos pelos outros. Quando postas
em situação de comando e decisão, não obtêm
bons resultados, não superam seus limites.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
DEPENDENTE
Bornstein sugere que fatores genéticos podem ter relativa
ou
pequena influência
nos níveis de dependência. O
relacionamento entre a criança e os pais aparecem como o
maior fator causal no desenvolvimento dos traços de
personalidade dependentes. Os pesquisadores acreditam que há
dois estilos de comportamentos parentais que podem levar a
altos níveis de dependência: maternagem autoritária
e maternagem superprotetora. As conseqüências desse dois
tipos de maternagens são o desenvolvimento de crenças pelo
indivíduo dependente de que ele não pode funcionar sem a
orientação e proteção dos outros. Acreditam que a única
maneira possível de manter as relações afetivas é a submissão.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
ESQUIZOÍDE
• Caracteriza-se, primariamente, pela dificuldade
de formar relações pessoais ou de expressar as
emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim
como o isolamento e o distanciamento social. A
fraca expressividade emocional significa que as
pessoas afetadas por esse transtorno, não se
perturbam com elogios ou críticas. Aquilo que,
na maioria das vezes, desperta prazer nos outros,
como por exemplo, o sucesso no trabalho, no
estudo ou uma conquista afetiva, não diz nada a
essas pessoas.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
HISTRIÔNICA
• Caracteriza-se pela tendência a ser dramático,
buscar as atenções para si mesmo, ser um
eterno
carente
afetivo;
apresenta
comportamento sedutor e manipulador,
exibicionista, fútil, exigente e lábil (muda
facilmente de atitude e de emoções).
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
PARANÓIDE
Aspectos Essenciais:
Desconfiança Constante
Sensível às decepções e criticas
Rancoroso, arrogante
Culpa os outros
Sente-se freqüentemente prejudicado nas
relações
Reivindicativo
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
IMPULSIVA
•
•
•
•
•
•
•
Explosiva, não contém os impulsos
Imprevisível
Não sabe esperar,
Não tolera frustrações
Não faz planos para o futuro
Não pensa antes de agir
Não consegue refletir
Transtorno de Personalidade
Anancástica
•
•
•
•
•
•
Rígido, metódico, minucioso
Não tolera variações ou improvisações
Perfeccionista
Muito convencional, segue regras
Controlador dos outros e de si
Indeciso
Transtorno de Personalidade Ansiosa
•
•
•
•
•
•
Dificuldade em descontrair-se
Preocupa-se facilmente
Teme situações novas
Atento a si proprio
Muito sensível à rejeição
Extremamente inseguro
TRASNTORNO DE PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA
Nesse transtorno, o indivíduo experimenta um
desconforto e incapacidade para ter relações
íntimas, uma freqüente idéia de autoreferência,
pensamento
mágico,
comportamentos estranhos (inclusive suas
roupas), que geralmente são estranhas ou
excêntricas, além de ser muito desconfiado e
possuir os afetos inapropriados ou muito
reduzidos.
Como a psicanálise encara os
"transtornos de personalidade"
• Chama-se de "transtorno de caráter".
• Fenichel diz que o caráter ou a personalidade
é o modo habitual de conduta de uma pessoa.
Essa conduta, por sua vez, é a resultante final
de uma série de complexas operações
referentes aos modos habituais de adaptação
do ego ao mundo externo, ao id e ao
superego.
Do ponto de vista analítico
• Assim, com a descrição do "caráter",
passamos a entender que o caráter é, ele
mesmo, um "transtorno", pois constatamos
que determinados padrões de conduta na vida
diária têm origem defensiva, seriam uma
adaptação aos conflitos inconscientes, uma
tentativa de resolvê-los do melhor modo
possível.
Essa alteração no ego poderá
apresentar duas possibilidades:
• Pode favorecer a descargas pulsionais, quando
teremos caráter "sublimados"
• Pode impedir tais descargas, quando teremos
caráter "reativos" (os evitatórios, que gerarão
quadros fóbicos, ou os opositores, que
gerarão quadros obsessivos com formações
reativas). Tais alterações no ego o rigidificam,
tirando-lhe toda flexibilidade e a liberdade.
Essa alteração no ego poderá
apresentar duas possibilidades:
• Pode favorecer a descargas pulsionais, quando
teremos caráter "sublimados"
• Pode impedir tais descargas, quando teremos
caráter "reativos" (os evitatórios, que gerarão
quadros fóbicos, ou os opositores, que
gerarão quadros obsessivos com formações
reativas). Tais alterações no ego o rigidificam,
tirando-lhe toda flexibilidade e a liberdade.
Fenichel organiza os transtornos de
personalidade em três categorias:
a) os decorrentes de uma conduta patológica
frente ao id (frigidez e pseudoemotividade,
defesas contra angústia, racionalização,
idealização, traços anais, orais, fálicos,
uretrais, castração, caráter fálico e genital)
Fenichel organiza os transtornos de
personalidade em três categorias:
b) os decorrentes de uma conduta patológica
frente ao superego (defesas contra culpas,
masoquismo moral, dom juanismo, falta
aparente de sentimento de culpa,
criminalidade e má identificação)
Fenichel organiza os transtornos de
personalidade em três categorias:
c) os decorrentes de uma conduta
patológica frente a objetos externos
(fixações em etapas prévias do amor,
inibições sociais, ciúmes, ambivalência,
pseudo sexualidade).
Transtornos de Personalidade
Existem também o que muitos chamam de "novas formas
de subjetivação", que poderiam ser entendidas como
novos transtornos de caráter, como as personalidades
BORDERLINE ou NARCÍSICAS.
Fenichel, há muitos anos, dizia que a incidência dos
transtornos de caráter pareciam prevalecer sobre as
neuroses, fato que atribuía às mudanças sócio-culturais
que levavam a alterações nas formas sintomáticas por uma
diminuição da repressão. Diz ele: "Atualmente desaparece
a diferença entre sintoma e personalidade, atualmente os
transtornos são menos definidos, muitas vezes mais
incômodos para as pessoas próximas de quem os sofre do
que propriamente para as próprias.
Transtornos de Personalidade
Birman, enfoca as novas subjetivações em torno da
chamada "cultura do narcisismo", onde um ego
inflado, em exclusivo auto-centramento, procura
uma estetização de si mesmo, ignora o outro. A
alteridade deixa de existir como um valor, exceto o
de uso para engrandecimento do próprio ego. A
mídia teria importância na medida em que
proporciona um culto à imagem e à aparência,
criando um lugar onde todos querem estar
endeusados e engrandecidos.
Download

Transtornos de Personalidade