A Sagrada Tradição Mário Sérgio Abreu Definição “A Sagrada Tradição e Sagrada Escritura constituem um só sagrado depósito da Palavra de Deus, no qual como em um espelho, a Igreja peregrinante contempla a Deus, fonte de todas as suas riquezas.” (CIC 97) Definição “E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Por isso, os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam, advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por palavras quer por escrito (cfr. 2 Tess. 2,15), e a que lutem pela fé recebida de uma vez para sempre (cfr. Jud. 3)(4). Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita. Esta tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo.” (DV 8) Sagrada Tradição e Sagrada Escritura “A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim.” (DV 9) “ Esta tradição, chamada pela Igreja de Sagrada, é tudo aquilo que ela recebeu dos Apóstolos e que a eles foi confiado diretamente pelo próprio Jesus Cristo.” (Aquino, 2000 p.16) Sagrada Tradição e Sagrada Escritura “A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e na oração (cfr. At. 2,42), de tal modo que, na conservação, atuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis” (DV 10) Comunhão com Sagrada Tradição “Torno a lembrar-te a recomendação que te dei, quando parti para a Macedônia: devias permanecer em Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas extravagantes.” ( 1 Tm 1,3) “Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebestes de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Guarda este precioso depósito pela virtude do Espirito Santo.” (2 Tm 1,13-14) Comunhão com Sagrada Tradição “O Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (cfr. Mc. 3, 13-19; Mt. 10, 1-42); e a estes Apóstolos (cfr. Luc. 6,13) constituiu-os em colégio ou grupo estável e deu-lhes como chefe a Pedro, escolhido de entre eles (cfr. Jo. 21, 15-17). Enviou-os primeiro aos filhos de Israel e, depois, a todos os povos (cfr. Rom. 1,16), para que, participando do Seu poder, fizessem de todas as gentes discípulos seus e as santificassem e governassem (cfr. Mt. 28, 16-20; Mc. 16,15; Luc. 24, 45-8; Jo. 20, 21-23) e deste modo propagassem e apascentarem a Igreja, servindo-a, sob a direção do Senhor, todos os dias até ao fim dos tempos (cfr. Mt. 28,20). No dia de Pentecostes foram plenamente confirmados nesta missão (cfr. At. 2, 1-26) segundo a promessa do Senhor: «recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (Act. 1,8). E os Apóstolos, pregando por toda a parte o Evangelho (cfr. Mc. 16,20), recebido pelos ouvintes graças à ação do Espírito Santo, reúnem a Igreja universal que o Senhor fundou sobre os Apóstolos e levantou sobre o bemaventurado Pedro seu chefe, sendo Jesus Cristo a suma pedra angular (cfr. Apoc. 21,14; Mt. 16,18; Ef. 2,20)” (LG 19) Comunhão com Sagrada Tradição “A missão divina confiada por Cristo aos Apóstolos durará até ao fim dos tempos (cfr. Mt. 28,20), uma vez que o Evangelho que eles devem anunciar é em todo o tempo o princípio de toda a vida na Igreja. Pelo que os Apóstolos trataram de estabelecer sucessores, nesta sociedade hierarquicamente constituída.” (LG 20) Comunhão com Sagrada Tradição Vamos ler no livro as paginas 22/23 os efeitos da reforma protestante, e após a leitura respondam: Quais consequências trouxeram a reformas protestante? Como vocês interpretam o crescimento das Igrejas pentecostais em nossos dias? (10 minutos) Comunhão com Sagrada Tradição Efeitos da Reforma Protestante Negação da Igreja Racionalista negam Deus Interpretação individualista da Bíblia Abandono das tradições: batismo de criança, volta ao respeito ao Sábado Negam a humanidade de Cristo Aversão as imagens Negação da intercessão dos Santos Os Santos Padres “Chamamos de “Padres da Igreja” (Patrística) aqueles grandes homens da Igreja, aproximadamente do século II ao século VII, que foram no Oriente e no Ocidente como que “Pais” da Igreja, no sentido de que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que chamamos hoje de Tradição da Igreja; sem dúvida, são a sua fonte mais rica. Padre ou Pai da Igreja, se refere a um escritor leigo, sacerdote ou bispo, da Igreja antiga, considerado pela Tradição como um testemunha da fé.”(Aquino,2000 p.32) São Clemente I de Roma (102) São Clemente, Bispo de Roma nos últimos anos do primeiro século, é o terceiro sucessor de Pedro, depois de Lino e Anacleto. Em relação à sua vida, o testemunho mais importante é o de Santo Ireneu, Bispo de Lião, até 202. Ele afirma que Clemente "tinha visto os Apóstolos", "tinha-se encontrado com eles", e "ainda tinha nos ouvidos a sua pregação e diante dos olhos a sua tradição" (Adv. haer. 3, 3, 3). Testemunhos tardios, entre o quarto e o sexto século, atribuem a Clemente o título de mártir. São Clemente I de Roma (102) Carta ao Coríntios (96 d.C) Motivo: A epístola foi provocada por uma disputa em Corinto, que levou à derrubada de diversos presbíteros. Já que nenhum deles foi acusado de ofensas morais, Clemente argumenta que a sua remoção fora uma punição muito pesada e injustificável. É composta de 65 capítulos. São Clemente I de Roma (102) “Por causa das desgraças e calamidades que repentina e continuamente se abateram sobre nós, talvez estejamos a tratar tardiamente dos acontecimentos que se deram entre vós, meus caros, e daquele motim, não conveniente a eleitos de Deus, iniciado por algumas pessoas irrefletidas e audaciosas, de uma forma sórdida e ímpia, surgido de tal ponto de loucura, que o vosso nome, dantes estimado, acatado e celebrado por todos, fosse seriamente denigrido.” (Capitulo 1,1) São Clemente de Roma (102) “No restante, que Deus, que tudo enxerga, Senhor dos espíritos, Dono de toda carne e que escolheu o Senhor Jesus Cristo e a nós por Ele, conceda a toda alma que tiver invocado o Seu Nome magnífico e santo, fé, temor, paz, paciência, generosidade, continência, pureza e prudência para agradar ao Seu Nome pelo Sumo-Sacerdote e nosso chefe, Jesus Cristo, pelo qual Lhe seja rendida glória, majestade, poder e honra, agora e por todos os séculos dos séculos. Amém.” (Cap. 64,1) Santo Inácio de Antioquia (110) (Cf. Aquino,2000 p.35) “Nenhum padre da Igreja expressou com a intensidade de Inácio o anseio pela união com Cristo e pela vida n'Ele.” Em seu caminho para o martírio, escreve 07 cartas (Éfeso, de Magnésia, de Tralli e de Roma, Filadélfia e de Esmirna, e uma ao Bispo Policarpo) para animar as comunidades. Santo Inácio de Antioquia (110) “Aqueles que parecem dignos de fé e no entanto ensinam o erro não te abalem. Mantém-te firme como bigorna sob os golpes. É próprio de um grande atleta receber pancadas e vencer. Não tenhas nenhuma dúvida, temos que suportar tudo pela causa de Deus, para que também Ele nos suporte. Torna-te ainda mais zeloso do que és; aprende a conhecer os tempos. Aguarda o que está acima do oportunismo, o atemporal, o invisível que por nossa causa se fez visível, o impalpável, o impassível que por nós se fez passível, o que de todos os modos por nós sofreu!.” (Carta a Policarpo 3) Santo Inácio de Antioquia (110) “ Segue daí, que vos convém avançar junto, de acordo com o pensamento do bispo, como aliás fazeis. Pois vosso presbitério digno de tão boa reputação, digno que é de Deus, sintoniza com o bispo como cordas com a cítara. Por isso, no acorde de vossos sentimentos e em vossa caridade harmoniosa, Jesus Cristo é que é cantado. Mas também, um por um, chegais a formar um coro, para cantardes juntos em harmonia; acertando o tom de Deus na unidade, cantais em uníssono por Jesus ao Pai, a fim de que vos escute e reconheça pelas vossas boas obras, que sois membros de seu Filho. Vale assim a pena viver em unidade intangível, para que a toda hora também participeis de Deus.” (Carta a Éfeso 4) Santo Inácio de Antioquia (110) “Glorifico a Jesus Cristo, Deus, que vos fez tão sábios. Cheguei a saber efetivamente que estais aparelhados com fé inabalável, como que pregados de corpo e alma na Cruz do Senhor Jesus Cristo, confirmados na caridade no Sangue de Cristo, cheios de fé em Nosso Senhor, que é de fato da linhagem de Davi, segundo a carne, Filho de Deus porém consoante a vontade e o poder de Deus, de fato nascido de uma Virgem e batizado por João, a fim de que se cumpra n’Ele toda a justiça. Sob Pôncio Pilatos, e o tetrarca Herodes foi também de fato pregado (na Cruz), em carne, por nossa causa - fruto pelo qual temos a vida, pela Sua Paixão bendita em Deus - a fim de que Ele por Sua ressurreição levantasse Seu sinal para os séculos em beneficio de Seus santos fiéis, tanto judeus, como gentios, no único corpo de Sua Igreja” (Carta a Esmirna 1) Aristides de Atenas (130) (cf. Aquino, 2000 p.35) A Apologia ataca severamente as religiões politeístas dos caldeus, gregos e egípcios, e, embora admita que os judeus cultuam o verdadeiro Deus, acusa-os de terem desprezado a salvação do gênero humano, trazida por Jesus, por não lhe reconhecer a messiandade. Desta forma, consequentemente, os cristãos possuem o verdadeiro conhecimento de Deus e podem ser distinguidos de todos os demais pela pureza de seus costumes. Aristides de Atenas (130) • XVI. Assim, com toda razão compreendeu o teu filho e foi ensinado a servir o Deus vivo, para salvar-se no século que está por vir. Eis que grandes e maravilhosas são as coisas pregadas e operadas pelos cristãos, pois não pregam palavras de homens, mas sim a de Deus. Pelo contrário, as demais nações erram e a si mesmas se enganam pois, andando nas trevas, se chocam uns contra os outros como bêbados. • XVII. Até aqui - ó Rei - dirigi-te este meu discurso, cuja verdade foi trazida à minha mente. Por isso, que os teus sábios insensatos parem imediatamente de falar contra o Senhor, pois convém a todos vós venerar o Deus Criador e oferecer tudo às suas palavras incorruptíveis a fim de que, escapando do juízo e dos castigos, sejais declarados herdeiros da vida imperecível. (Apologia de Aristides de Atenas) São Policarpo (156) (cf. Aquino, 2000 p.36) “Permaneçam, portanto, nestas coisas, e sigam o exemplo do Senhor, permanecendo firmes e imutáveis na fé, amando o próximo, e permanecendo unidos uns aos outros, gozando juntos da verdade, mostrando a mansidão do Senhor nas suas relações com o próximo, sem desprezar ninguém. Quando puderem fazer o bem, não o posterguem, pois "a esmola livra da morte". (Carta de Policarpo ao Filipense 10) Santo Hipólito de Roma (160-235) (cf. Aquino, 2000 p.36) “Deve ser ordenado bispo aquele que tenha sido eleito incontestavelmente por todo o povo. Quando for chamado por seu nome e aceito por todos, reunir-se-ão, no domingo, todo o povo, o presbitério e os bispos. Então, após o consentimento de todos, os bispos imporão as mãos sobre ele e o presbitério permanecerá imóvel. Todos permanecerão em silêncio, orando no coração pela vinda do Espírito Santo. A seguir, um dos bispos, por consenso geral, imporá as mãos sobre o que está sendo ordenado...” (Trad. Após. De Hipólito de Roma parte I) Atenágoras (180) (cf. Aquino, 2000 p.37) “Que o poder de Deus seja suficiente para ressuscitar os corpos, o próprio fato de sua criação o prova. Se Deus fez os corpos dos homens, que não existiam, conforme a primeira constituição e princípios deles, com a mesma facilidade ressuscitará os que, seja como for, se desfizeram, pois isso é igualmente possível para ele.” (Ressureição dos mortos cap. 3) Santo Irineu (202) (cf. Aquino, 2000 p.37) “Assim, pois, por temer coisa semelhante, devemos manter inalterada a regra da fé e cumprir os mandamentos de Deus, crendo n’Ele, temendo-O como Senhor e amando-O como Pai. Portanto, um comportamento deste estilo é uma conquista da fé, pois, como diz Isaías: “Se não creres, não compreendereis” (Is. 7,9). A fé nos é concedida pela verdade, pois a fé se fundamenta na verdade.” (Demonstração da Preparação Apostólica 3) Santo Irineu (202) “É, pois, necessário crer, primeiramente, que há um Deus, o Pai, o qual criou e organizou para Si o conjunto dos seres, fez existir o que não existia e conteve no conjunto dos seres o Único incontível. Pois bem: em tal conjunto encontra-se igualmente este nosso mundo e, no mundo, o homem. Logo, pois, este mundo foi criado por Deus.” (Demonstração da Preparação Apostólica 4) Clemente de Alexandria (215) (cf. Aquino, 2000 p.37) “Quem olha para a sua fortuna, para o seu ouro e para a sua prata, para as suas casas, como sendo dons de Deus, esse testemunha a Deus o seu reconhecimento vindo com os seus bens em auxílio dos pobres. Sabe que os possui mais para os seus irmãos do que para si mesmo. Continua dono das suas riquezas em vez de se tornar escravo delas; não as fecha na sua alma, tal como não nelas não encerra a sua vida, mas continua, sem se cansar, uma obra que é divina. E se, um dia, a sua fortuna vier a desaparecer, aceita a sua ruína com um coração livre. Esse homem, Deus o declara “bem-aventurado”; chama-lhe “pobre em espírito”, herdeiro seguro do Reino dos Céus (Mt 5,3)”(O Pedagogo, 9, 83 ss.) Orígenes (184-254) (cf. Aquino, 2000 p.37) “Cristo é «a luz do mundo» (Jo 8, 12) e Ele ilumina a Igreja com a sua luz. E, tal como a lua recebe a sua luz do sol a fim de iluminar a noite, assim também a Igreja, recebendo a luz de Cristo, ilumina todos aqueles que se encontram na noite da ignorância... É pois Cristo que é «a verdadeira luz que ilumina todo o homem vindo a este mundo» (Jo 1,9), e a Igreja, recebendo a sua luz, torna-se, ela própria, luz do mundo, «iluminando aqueles que caminham nas trevas» (Rom 2,19), de acordo com esta palavra de Cristo aos seus discípulos: «Vós sois a luz do mundo» (Mt 5,14). Do que se conclui que Cristo é a luz dos apóstolos, e os apóstolos, por sua vez, a luz do mundo.]”(Homilias sobre o Génesis, 1, 5-7) Tertuliano (220) (cf. Aquino, 2000 p.38) Certamente esta [Apoplogia] é a obra mais importante de Tertuliano, escrita no ano 197 e dirigida aos governantes do Império Romano. Tertuliano nasceu em Cartago no ano 155 dC e aí exercia sua profissão de advogado quando, em 193, converteu-se ao Cristianismo, passando a exercer também a atividade de catequista junto à Igreja. Tertuliano (220) “De fato, é contra a lei condenar alguém sem defesa e sem audiência. Somente os cristãos são proibidos de dizerem algo em sua defesa, na salvaguarda da verdade, para ajudar ao juiz numa decisão de direito. ” (Apologia cap.2) “Nada semelhante é feito em nosso caso, embora as falsidades disseminadas a nosso respeito devessem passar pelo mesmo exame para saber quantas crianças foram mortas por cada um de nós, quantos incestos cometemos cada um de nós na escuridão, que cozinheiros, que biltres foram testemunhas de nossos crimes.” (Apologia cap.2) São Cipriano (258) (cf. Aquino, 2000 p.38) A obra "A Unidade da Igreja Católica" (De Ecclesiae Unitate), deve ter sido composta durante o concílio cartaginês de maio de 251. Nela, Cipriano impugna o cisma de Novaciano, em Roma, e, ao mesmo tempo, o de Felicíssimo, em Cartago. Acentua, incute e demonstra o dever de todo cristão de perseverar, para a salvação de sua alma, na Igreja Católica, isto é, em união com um legítimo bispo católico. Com a finalidade de combater o cisma de Novaciano, enviou logo sua obra a Roma. São Cipriano (258) “Aquele que não guarda esta unidade [obediência a hieraquia] poderá pensar que ainda guarda a fé? Aquele que resiste e faz oposição à Igreja poderá confiar que ainda está na Igreja? ”(Unidade da Igreja cap 4 ver.6) “Paulo apóstolo inculca o mesmo ensinamento e mostra o sacramento da unidade, dizendo: "Um só corpo e um só espírito, uma é a esperança da vossa vocação, um Senhor, uma fé, um Batismo, um só Deus" (Ef 4,4-5).” ”(Unidade da Igreja cap 4 ver.7) São Cipriano (258) “E, depois da ressurreição, diz ao mesmo: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,17). Sobre ele só constrói a Igreja e lhe manda que apascente as suas ovelhas. Embora comunique a todos os Apóstolos igual poder, todavia institui uma só cátedra, determinando assim a origem da unidade.”(Unidade da Igreja cap 4 ver.8) Santo Atanásio (295-373) cf. Aquino, 2000 p.38) “Há, portanto, 22 Livros do Antigo Testamento, número que, pelo que ouvi, nos foram transmitidos, sendo este o número citado nas cartas entre os Hebreus, sendo sua ordem e nomes respectivamente, como se segue: Primeiro, o Gênesis. Depois, o Êxodo. Depois, o Levítico. Em seguida, Números e, por fim, o Deuteronômio. Após esses, Josué, o filho de Nun. Depois, os Juízes e Rute. Em seguida, os quatro Livros dos Reis, sendo o primeiro e o segundo listados como um livro, o terceiro e o quarto também, como um só livro. Em seguida, o primeiro e o segundo Livros das Crônicas, listados como um só livro. Depois, Esdras, sendo o primeiro e o segundo igualmente listados num só livro. Depois desses, há o Livro dos Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes e o Cântico dos Cânticos. O Livro de Jó. Os doze Profetas são listados como um livro. Depois Isaías, um livro. Depois, Jeremias com Baruc, Lamentações e a Carta [de Jeremias], num só livro. Ezequiel e Daniel, um livro cada. Assim se constitui o Antigo Testamento.” (Epístola 39 Paraf.4) Santo Atanásio (295-373) “Não é tedioso repetir os [livros] do Novo Testamento. São os quatro Evangelhos, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João. Em seguida, o Atos dos Apóstolos e as sete Epístolas [chamadas "católicas"], ou seja: de Tiago, uma; de Pedro, duas; de João, três; de Judas, uma. Em adição, vêm as 14 Cartas de Paulo, escritas nessa ordem: a primeira, aos Romanos, as duas aos Coríntios, uma aos Gálatas, uma aos Efésios, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, uma aos Hebreus, duas a Timóteo, uma a Tito e, por último, uma a Filemon. Além disso, o Livro da Revelação de João.” (Epístola 39 Paraf.5) Santo Efrém (373) (cf. Aquino, 2000 p.39) «Em teu pão se esconde o Espírito, que não pode digerir-se; em teu vinho está o fogo, que não pode beber-se. O Espírito em teu pão, o fogo em teu vinho: esta é a maravilha acolhida por nossos lábios. O serafim não podia aproximar seus dedos das brasas, E elas só puderam aproximar-se os lábios de Isaías; nem os dedos as tomaram, nem os lábios as digeriram; mas o Senhor concedeu a nós ambas coisas. O fogo desceu com ira para destruir os pecadores, mas o fogo da graça desce sobre o pão e ali permanece. Em vez do fogo que destruiu o homem, comemos o fogo no pão e fomos salvos» (Hino «De Fide», 10, 8-10). São Basílio Magno (329-379) (cf. Aquino, 2000 p.39) “Inacessível por sua natureza torna-se acessível por sua bondade. Enche tudo com o seu poder, mas comunica-se apenas aos que são dignos; não a todos na mesma medida, mas distribuindo os seus dons em proporção da fé. Simples na essência, múltiplo nas manifestações do seu poder, está presente por inteiro em cada um, sem deixar de estar todo em todo lugar. Reparte-se e não sofre diminuição. Todos dele participam e permanece íntegro, à semelhança dos raios do sol que fazem sentir a cada um a sua luz benéfica como se fosse para ele só, e, contudo iluminam a terra e o mar e se difundem pelo espaço.” Do Tratado Sobre o Espírito Santo, de São Basílio Magno, Bispo (Cap. 9, 22-23: PG 32,107-110) São Cirilo de Alexandria (444) (cf. Aquino, 2000 p.40) Questões para o Grupo Quais ensinamentos podemos aprender sobre Maria no pensamento de São Cirilo de Alexandria? São Jerônimo (347-420) (cf. Aquino, 2000 p.41) “Ignorar a Escritura é ignorar a Cristo” Seu tratado sobre a virgindade perpetua de Maria é muitíssimo profundo e serve como base para destruir qualquer argumento que desonre a Virgem Maria. Santo Agostinho (354-430) (cf. Aquino, 2000 p.42) “O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.” “Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom o que faz.” Ler texto Sobre a Vigilia Pascal O que nos ensina Stº Agostinho com este texto? São Leão Magno (400-461) (cf. Aquino, 2000 p.42) “Seguindo então, aos Santos Padres, unanimemente ensinamos a confessar um só e mesmo Filho: nosso senhor Jesus Cristo, perfeito em sua divindade e perfeito em sua humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (composto) de alma racional e de corpo, consubstancial ao Pai pela divindade, e consubstancial a nós pela humanidade, similar em tudo a nós, exceto no pecado, gerado pelo Pai antes dos séculos segundo a divindade, e, nestes últimos tempos, por nós e por nossa salvação, engendrado na Maria virgem e mãe de Deus, segundo a humanidade: um e o mesmo Cristo senhor unigênito; no que têm que se reconhecer duas naturezas, sem confusão, imutáveis, indivisas, inseparáveis, não tendo diminuído a diferença das naturezas por causa da união, mas sim mas bem tendo sido assegurada a propriedade de cada uma das naturezas, que concorrem a formar uma só pessoa. Ele não está dividido ou separado em duas pessoas, mas sim é um único e mesmo Filho Unigênito, Deus, Verbo, e Senhor Jesus Cristo como primeiro os profetas e mais tarde o mesmo Jesus Cristo o ensinou que si e como nos transmitiu isso o símbolo dos padres.” (CONCÍLIO DE CALDEDONIA) São Bento de Núrcia (480-547) “Assim o primeiro grau da humildade consiste em que, pondo sempre o monge diante dos olhos o temor de Deus, evite absolutamente qualquer esquecimento e esteja, ao contrário, sempre lembrado de tudo o que Deus ordenou. Revolva sempre, no espírito, não só que o inferno queima, por causa de seus pecados, os que desprezam a Deus, mas que a vida eterna está preparada para os que temem a Deus. E, defendendo-se a todo o tempo dos pecados e vícios, isto é dos pecados do pensamento, da língua, das mãos, dos pés e da vontade própria, como também dos desejos da carne, considere-se o homem visto do céu, a todo o momento, por Deus, e suas ações vistas em toda parte pelo olhar da divindade e anunciadas a todo instante pelos anjos. Mostra- nos isto o Profeta quando afirma estar Deus sempre presente em nossos pensamentos” (Capitulo 7 da Regra de São Bento) Bibliografia Aquino, Felipe. A Sagrada Tradição:Coleção Escola da Fé – Volume I.Lorena:Cléofas,2000. Catecismo da Igreja Católica Constituição Dogmática Dei Verbum Constituição Dogmática Lumen Gentium www.veritatis.com.br Acesso em 22/03/2015 www.apologeticacatolica.com.br Acesso em 22/03/2015 http://www.cristianismo.org.br/regra-00.htm#05 Acesso em 23/03/2015