ADMISTRAÇÃO DE EMPRESAS Planejamento de Custos Roberval Araujo, Fev.2010 2. PMBoK – Os Processos da Gerência de Custos do Projeto Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo PMBoK e as Áreas do Conhecimento Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo A Gerência de Custos do Projeto A Gerência de Custos do Projeto se refere ao custo dos recursos necessários para concluir as atividades do projeto. Aborda os processos necessários para assegurar que o projeto seja concluído dentro do orçamento aprovado. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo A Gerência de Custos do Projeto • Deve levar em consideração o efeito das decisões do projeto sobre o custo envolvido no uso do produto do projeto – Custo do ciclo de vida. • Deve apoiar o trabalho de prever e analisar o desempenho financeiro futuro do produto do projeto – Retorno do investimento. • Devem ser tomados cuidados relativos à separação dos custos controláveis e não controláveis quando o valor real de custos do projeto for tratado como critério de premiação do gerente de projetos. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Os Processos da Gerência de Custos do Projeto Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 2.1. Planejamento dos Recursos Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Processo de Planejamento dos Recursos O planejamento de recursos envolve determinar quais recursos físicos (pessoas, equipamentos e materiais) e quais quantidades de cada um devem ser necessários para a realização das atividades do projeto. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo A Lógica do Processo de Planejamento dos Recursos Projeto A Necessidades de Recursos J F M A M J J A Engenheiros (h) 57 34 56 23 11 12 10 3 Técnicos (h) 23 24 21 26 24 21 26 27 Gerente de Projeto (h) 10 11 13 10 12 12 12 14 Computadores (h) 98 96 78 87 98 98 78 65 Plotters (h) 7 8 6 7 8 9 9 9 Tonner (und) 3 5 4 2 3 4 5 3 Papel (500 fls) 6 7 5 6 8 7 6 7 Serviços de Terceiros ($) 34 32 34 32 34 32 34 32 Fase C Prod. B Atividade x Necessidade Atividade de 3 Recursos Necessidade Atividade de 2 Recursos Necessidade Atividade de 1 Recursos Recursos Humanos:_______________ Número de horas Prod. A Fase B Atividades WBS Fase A Materiais: _______________________ Necessidade de Recursos Recursos Humanos:_______________ Equipamentos: ___________________ Materiais: _______________________ Recursos Humanos:_______________ Serviços contratados: ______________ Equipamentos: ___________________ Materiais: _______________________ RecursosServiços Humanos:_______________ contratados: ______________ Equipamentos: ___________________ Materiais: _______________________ Serviços contratados: ______________ Equipamentos: ___________________ Serviços contratados: ______________ Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo J F M A M J J A Entradas: Processo de Planejamento dos Recursos Informações históricas. Devem ser usadas, quando disponíveis, as informações históricas relativas aos tipos de recursos que foram requeridos em trabalhos similares de projetos anteriores. - Discussão: Gerência do Conhecimento Descrição do quadro de recursos. O conhecimento de quais recursos (pessoas, equipamentos, materiais) estão potencialmente disponíveis é necessário para o planejamento dos recursos. A quantidade de detalhes e o nível de especialização na descrição do quadro de recursos poderá variar de acordo com o nível de controle da organização executora do projeto. - Discussão: Compartilhamento de Recursos Internos Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Descrição do Quadro de Recursos – Gerência de Recursos DISPONIBILIDADE TIPO Programador Analista Técnico de Suporte Gerente de Projetos PROFISSIONAL PROFISSIONAL NÍVEL MSSantos PL IUTyson PL JRBush JR MSSilva PL LOSouza SR PLCintra PL POTwain PL MOOliveira SR MMonte SR 1 NÍVEL 2 3 4 HABILIDADES MSSantos PL C++ (2) IUTyson PL C++ (3), VBasic (3), UNIX (4) JRBush JR Sistemas Gestão MSSilva PL Internet, e-business LOSouza SR CRM PLCintra PL ERP, CRM POTwain PL Internet, Windows MOOliveira SR ERP MMonte SR e-Business Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 5 6 7 8 9 10 Saídas: Processo de Planejamento dos Recursos Recursos requeridos. A saída do processo de planejamento dos recursos é a descrição detalhada dos recursos necessários (tipo, nível, etc.) e suas quantidades, para cada atividade (ou working package). Esses recursos serão obtidos através do compartilhamento e remanejamento interno e/ou aquisição e contratação. WBS ATIVIDADES RECURSOS DETALHAMENTO 1 Planejamento 1.1 - Levantar Informações 1 AN, 1 GP NA: Nível SR (50%) - GP: Nível SR, Experiência ERP (50%) 1.2 - Preparar Esboço 1 AN NA: Nível SR (100%) 1.3 - Revisar Entendimento 1 AN, 1 GP NA: Nível SR (25%) - GP: Nível SR, Experiência ERP (50%) 1.4 - Preparar Plano 1 GP GP: Nível SR, Experiência ERP (50%) 2 Execução 2.1 - Desenvolvimento 2 PR PR1: Nível JR, ABAP (100%) – PR2: Nível PL, ABAP (50%) 2.2 - Testes 1 PR 1 AN PR1: Nível PL, ABAP (50%) – NA: Nível SR (50%) 3 Entrega 3.1 - Implantação 2 PR PR1: Nível JR, ABAP (75%) – PR2: Nível PL, ABAP (50%) 3.2 - Testes 1 PR 1 AN PR1: Nível PL, ABAP (50%) – NA: Nível SR (50%) 3.3 - Treinar usuários 1 TR TR: Nível PL, ERP (100%) 3.4 - Operação Assistida 1 SUP SUP: Nível PL, ERP (100%) Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Saídas: Processo de Planejamento dos Recursos VIAGENS E MATERIAL WBS ATIVIDADES PASSAGENS DIÁRIAS HOTÉL INFRA 2 4 2 Sala (100%) 1 Planejamento 1.1 - Levantar Informações 1.2 - Preparar Esboço 1.3 - Revisar Entendimento 2 4 2 Sala (100%) 1.4 - Preparar Plano 1 2 1 Sala (100%) 2 Execução 2.1 - Desenvolvimento 2.2 - Testes 3 Entrega 3.1 SERVIDOR ESTAÇÕES Sala (100%) 1 2 1 - Implantação 12 24 12 3.2 - Testes 8 16 8 3.3 - Treinar usuários 2 4 2 3.4 - Operação Assistida 7 14 7 ES1 (50%) Lab1 (50%) WS1(100%) Lab1 (50%) WS1(100%) Sala (100%) Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo ES1-12 (100%) Categorias de Recursos Os recursos requeridos classificados em: pelo projeto podem ser genericamente 1. Trabalho (Recursos Humanos). Quanto esforço proveniente de recursos humanos é necessário para a realização do trabalho ? Qual o tipo de habilidades esses recurso devem possuir ? 2. Equipamentos. Quantas horas de uso de equipamentos especializados serão necessários ? 3. Materiais. Quais materiais serão necessários ? Quais quantidades ? Quais as especificações técnicas ? 4. Contratos. Qual o valor dos contratos que estão associados a execução do trabalho da atividade ? 5. Traslados e viagens. Quantas viagens ? Qual a quilometragem ? Quantas passagens aéreas ? Quantas diárias de hotel ? Quantas diárias ? etc. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Nivelamento de Recursos O Nivelamento de Recursos (resource leveling) está relacionado a utilização mais eficiente dos recursos de um projeto. Usando as folgas positivas de atividades não-críticas do projeto, a equipe do projeto tenta nivelar (leveling) os picos e vales da utilização dos recursos. Discussões: Homens hora • Por que fazer o leveling ? • Os recursos necessários estarão disponíveis para o projeto ? • O cronograma sofrerá impacto ? Deverá ser revisado ? Tempo • Qual a percepção de ganhos do leveling para o GP e para o EGP? Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 2.2. Estimação de Custos Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Processo de Estimação de Custos A estimação de custos envolve desenvolver estimativas para os custos dos recursos necessários à implementação das atividades do projeto. Quando o projeto é realizado sob um contrato, devem ser tomados cuidados para distinguir custos estimados de preço, pois preço é uma decisão de negócios. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Custos e Despesas Custo é todo gasto efetuado para a produção de um bem ou serviço até que o referido produto ou serviço esteja disponível para a venda ao cliente final. Despesa é todo gasto efetuado na fase pós-custo, ou seja, todos os gastos associados que são incorridos após a produção do bem no momento em que se pretende disponibilizar o produto ou serviço para a venda. Exemplos de despesas: • Despesas variáveis de venda • Iniciativas comerciais • Despesas fixas de venda • Despesas administrativas gerais • Despesas tributárias • Despesas financeiras • Impostos • Encargos sociais • Benefícios Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Custos Diretos e Indiretos Custos Diretos caracterizam dispêndios proporcionados diretamente pela realização do projeto. Ex. Salários, viagens, premiações, material, insumos, etc. Custos Indiretos caracterizam dispêndios gerais incorridos em benefício e/ou as custas da organização como um todo e ou de mais de um projeto. Tais dispêndios incidem parcialmente aos custos dos projetos individualmente, através de critérios de rateio. Ex. Taxas e impostos, benefícios trabalhistas, segurança, securidade, serviços de limpeza, etc. Por se tratar de montantes, as vezes, significativos, custos indiretos, desde que possam ser associados às atividades do trabalho, podem ou não ser incluídos no orçamento. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Custos Fixos e Variáveis Custos Variáveis caracterizam dispêndios que se modificam com a quantidade produzida ou com a carga de trabalho executada. Associam-se diretamente ao ‘tamanho’ do projeto. Ex. Custos de material, salários, insumos, etc. Custos Fixos caracterizam dispêndios não associados a quantidade produzida ou trabalhada. Ex. set up inicial de uma máquina, aluguel, compra de equipamentos, etc. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Custos Irrecuperáveis – Sunk Costs Custos Irrecuperáveis são custos irreversíveis, por não estarem sujeitos a alterações por qualquer iniciativa presente ou futura. Os custos irrecuperáveis não devem ser considerados nas iniciativas de análise de investimentos, pois já forma incorridos. EXEMPLO: Custo de desenvolvimento de uma proposta de projeto. Como recuperar as horas de trabalho da equipe de pré-venda ? Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Entradas: Processo de Estimação de Custos Custo unitário de recursos. O indivíduo ou grupo que elabora a estimativa deve ter o conhecimento das taxas unitárias (por exemplo, custo horário de pessoal, custo do volume de material por metro cúbico) de cada recurso com a finalidade de calcular o custo do projeto. Se as taxas não forem conhecidas, as mesmas devem ser estimadas. Informações históricas. As informações referentes a diversas categorias de recursos estão disponíveis, freqüentemente, em uma ou mais das seguintes fontes: • • • • Arquivos de Projeto; Base de Dados Comercial para a Estimativa dos Custos; Conhecimento da Equipe de Projeto; etc. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Ferramentas: Processo de Estimação de Custos Estimativas por Analogia: Também chamadas de estimativas top-dow, utilizam-se de custos reais observados em projetos anteriores similares como base para a estimativa do custo do projeto atual Modelagem Paramétrica: Utilizam-se características do projeto (parâmetros) em modelos matemáticos para prever os custos do projeto. Os modelos podem ser simples (as construções residenciais custarão um certo valor por unidade de área construída) ou complexos (um modelo de custos de desenvolvimento de software usa 13 fatores de ajuste com 5 a 7 pontos a serem analisados em cada deles) Estimativas botton-up: Esta técnica envolve estimar o custo individual dos itens de trabalho, depois sumarizá-los ou agregá-los para obter a estimativa total do projeto. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Precisão e Esforço das Estimativas Programa Treinamento Subsistema Engenharia Módulo A Hardware Subsistema Manufatura Módulo B Teste de Componentes Módulo C Bottom-Up: - Maior precisão - Maior esforço Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Módulo D Top-Down: - Menor precisão - Menor esforço Entradas: Plano de Contas Plano de Contas. O plano de contas descreve a estrutura de codificação (células de codificação – CAPs: Cost Account) utilizada pela organização para reportar as informações financeiras para o seu sistema geral de contabilidade. Um CAP pode consolidar o trabalho de diversos working packages. Por definição (Kerzner, 2001), uma conta de custos provém de uma intersecção natural entre o WBS e o Organizational Breakdown Structure (OBS), na qual a responsabilidade funcional pelo trabalho é assinalada. Segundo Fleming & Koppelman (1999), cada CAP deve conter as seguintes informações: 1. O escopo do trabalho a ser realizado; 2. O prazo para a realização das atividades e suas interdependências (cronograma do projeto); 3. Os recursos autorizados e seus orçamentos; 4. O responsável individual pela realização do trabalho específico e aprovação dos gastos, reportando-se ao GP ou ao gerente funcional. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Entradas: Plano de Contas Programa Treinamento Subsistema Engenharia Módulo A Programa Hardware Treinamento Subsistema Manufatura Módulo B Teste de Componentes Módulo C Módulo D Subsistema Engenharia Módulo A Hardware Subsistema Manufatura Módulo B CAP CAP CAP CAP CAP CAP ... CAP ... Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Teste de Componentes Módulo C Módulo D Saídas: Processo de Estimação de Custos – Estimativas de Custos Relatório por Tipo de Recursos Relatório por Atividades PARTE 1 Tipo de Profissional WBS ATIVIDADES CUSTO TOTAL Carga Horária Programador Analista Sr 1 Planejamento 1.1 - Levantar Informações 1.2 - Preparar Esboço 1.3 - Revisar Entendimento 1.4 - Preparar Plano Gerente de Projetos 2 Execução Controle da Qualidade 2.1 - Desenvolvimento 2.2 - Testes 3 Entrega 3.1 - Implantação 3.2 - Testes Hotéis 3.3 - Treinar usuários Infra Estrutura 3.4 - Operação Assistida Analista PL Líder de Projeto Instrutor Documentador TOTAL PARTE 1 PARTE 2 Passagens Diárias Servidores Estações TOTAL PARTE 2 CUSTO TOTAL DIRETO CUSTO TOTAL DIRETO Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Custo Hora Custo Profissional Saídas: Plano da Gerência de Custos O plano de gerência de custos descreve como as variações no custo do projeto (durante sua execução) serão gerenciadas (por exemplo, respostas diferentes para problemas menores ou maiores). O plano de gerência de custos pode ser formal ou informal, muito detalhado ou bastante amplo, porém sempre baseado nas necessidades das partes envolvidas do projeto. Componentes: • Relatórios de desvios, progresso e previsão de gastos; • Processo de visibilidade de custos reais do projeto; • Definição do nível de apoio esperado do ‘Project Office’; • Processo de Escalação; • Regras para Intervenção; etc. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 2.3. Orçamentação de Custos Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Processo de Orçamentação de Custos A orçamentação dos custos envolve alocar as estimativas dos custos às atividades individuais ou working packages, com a finalidade de estabelecer um baseline de custo para medir o desempenho futuro do projeto. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Saídas: Processo de Orçamentação de Custos – Baseline de Custos O Baseline de custos é o orçamento referencial (time-phased ) que será utilizado para medir e monitorar o desempenho do custo do projeto. É desenvolvido através da totalização das estimativas de custo por período e, usualmente, é apresentada na forma de Curva-S. Custo Acumulado Baseline (referência) de desempenho de custos Tempo Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Exemplo – Caminho Crítico Atividades Descrição Duração (semanas) Predecessor ES EF LS LF Folga Crítico ? A Selecionar 3 - 1 3 6 8 5 Não B Criar 5 - 1 5 1 5 0 Sim C Determinar 3 B 6 8 6 8 0 Sim D Projetar 4 A, C 9 12 9 12 0 Sim E Reformar 8 D 13 20 13 20 0 Sim F Selecionar 2 C 9 10 12 13 3 Não G Contratar 4 F 11 14 14 17 3 Não H Mudar 2 F 11 12 19 20 8 Não I Abrir 5 B 6 10 16 20 10 Não J Treinar 3 G, K 15 17 18 20 3 Não K Comprar 3 F 11 13 15 17 4 Não Caminho crítico: B-C-D-E (20 semanas) Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Exemplo – Diagrama de Rede do Projeto (AOA) 2 5 D A 6 H F 1 4 B C G K E 7 J 8 I 3 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 9 Exemplo – Estimativas de Custos de Atividades Atividades Descrição Define os recursos materiais Define os recursos humanos Define necessidade de viagens Duração (semanas) Custo dos recursos materiais ($) Custo dos recursos humanos ($) Despesas de viagem ($) Custo total dos recursos por atividades ($) A Selecionar 3 500 1.000 600 2,100 B Criar 5 2.000 2.000 1.000 5,000 C Determinar 3 200 800 800 1,800 D Projetar 4 1.000 2.000 1.800 4,800 E Reformar 8 15.000 7.000 10.000 32,000 F Selecionar 2 200 600 200 1,000 G Contratar 4 2.000 500 300 2,800 H Mudar 2 3.000 2.000 2.000 7,000 I Abrir 5 1.000 2.000 1.000 4,000 J Treinar 3 10.000 5.000 15.000 30,000 K Comprar 3 800 200 500 1,500 $ 35.700 $ 23.100 $ 33.200 $ 92,000 TOTAL Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Exemplo – Orçamento de Custos Custos Por Semana ($) Atividades 1 2 3 A 700 700 700 B 1,000 1,000 1,000 4 5 1,000 1,000 C 6 7 8 600 600 600 D 9 10 11 12 1,200 1,200 1,200 1,200 500 500 E F G 700 H 3,500 I 800 800 800 800 700 13 14 4,000 4,000 700 700 15 16 17 18 19 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 10,000 10,000 10,000 20 4,000 3,500 800 J 500 500 500 Custo Semanal Total K 1,700 1,700 1,700 1,000 1,000 1,400 1,400 1,400 2,500 2,500 5,900 5,900 5,200 4,700 14,000 14,000 14,000 4,000 4,000 4,000 Custo Semanal Acumulado 1,700 3,400 5,100 6,100 7,100 8,500 9,900 11,300 13,800 16,300 22,200 28,100 33,500 38,000 52,000 66,000 80,000 84,000 88,000 92,000 2 4 6 8 $ 100 $ 90 $ 80 $ 70 $ 60 $ 50 $ 40 $ 30 $ 20 $ 10 $0 1 3 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Saídas: Baseline de Custos – Relatório por Atividade TEMPO DE DURAÇÃO DO PROJETO (MÊS) WBS ATIVIDADES 1 A 1.1 - a1 1.2 - a2 1.3 - a3 1.4 - a4 2 B 2.1 - b1 2.2 - b2 3 C 3.1 - c1 3.2 - c2 3.3 - c3 3.4 - c4 CUSTO TOTAL 1 2 3 TOTAL DO MÊS TOTAL ACUMULADO Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 4 5 6 7 8 Baseline de Custos – Exemplo 1 Orçamento planejado Exemplo: (Fleming & Koppelman, 1999). O projeto foi planejado para custar $ 1.000 e tem um ano de prazo para ser concluído. Supondo que os dispêndios sejam lineares ao longo do tempo, calcula-se gastos da ordem de $ 250 por trimestre. 1.000 750 500 250 1 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 2 3 4 Baseline de Custos – Exemplo 1 Dispêndios mais lentos nas pontas 1.000 750 500 Dispêndios Lineares 250 1 2 3 4 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 2.4. Controle de Custos Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Processo de Controle de Custos O controle dos custos está associado a (a) determinar desvios reais no baseline de custos, (b) gerenciar tais desvios quando e da forma em que surgirem, e (c) influenciar os fatores que criam as alterações no baseline de custos de forma a garantir que estas sejam benéficas para o desempenho do projeto. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Processo de Controle de Custos O controle dos custos inclui: • Monitorar o desempenho do custo para detectar as variações reais em relação ao plano • Assegurar que todas as mudanças corretamente no baseline de custos adequadas estão registradas • Impedir que mudanças incorretas, não apropriadas ou não autorizadas sejam incluídas no baseline de custos • Informar adequadamente aos stakeholders sobre as mudanças autorizadas. O controle de custo inclui descobrir o “porquê” das variações, tanto positivas quanto negativas. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Controle de Custos de Projetos – Exemplo 1 Exemplo: (Fleming & Koppelman, 1999). O projeto foi planejado para custar $ 1.000 e tem um ano de prazo para ser concluído. Supondo que os dispêndios sejam lineares ao longo do tempo, calcula-se gastos da ordem de $ 250 por trimestre. Orçamento planejado – Curva “S” 1.000 750 500 250 1 2 3 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 4 Controle de Custos de Projetos – Exemplo 1 Ao final do 1º trimestre, os gastos reais do projeto atingiram $230, evidenciando que o projeto está $20 abaixo dos gastos previstos. Isso poderia passar a falsa impressão de que o projeto está gerando economia. Orçamento planejado 1.000 750 500 250 1 2 3 Custo realizado de $230 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 4 Controle de Custos de Projetos – Exemplo 1 Porém, ao analisar com maior profundidade, observou-se que o ganho físico (ou valor agregado) no trimestre foi de $200, isto é, até a data, foram entregues (materializados), apenas $200 do total de trabalho planejado para a entrega do projeto. Desse modo, pode-se concluir que o projeto apresenta atividades em atraso, restando realizar $50 dos trabalhos planejados para o período. Por outro lado, observa-se ainda que o projeto consumiu $230 para agregar apenas $200, donde se conclui que além de atrasado, o projeto está operando acima do orçamento planejado. Essa visão é bastante diferente da economia demonstrada no slide anterior. Orçamento planejado 1.000 750 500 Custo realizado de $230 250 valor agregado de $200 1 2 3 4 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Earned Value Analysis (EVA) A análise do valor do trabalho realizado (EVA), em suas várias formas, é o método mais comumente utilizado na medição do desempenho físico e financeiro de um projeto. Integra medições de escopo, custo e cronograma para auxiliar a equipe de gerência do projeto a avaliar continuamente o seu desempenho. O EVA Fundamenta-se nas seguintes métricas: AC (Actual Cost) ou ACWP (actual cost of work performed) – Quanto o trabalho já concluido efetivamente custou ? • EV (Earned value) ou BCWP (budget cost for work performed) – Em quanto estava orçado o trabalho já concluído? • PV (Planned Value) ou BCWS (budget cost for work scheduled) – Qual o custo orçado do trabalho que deveria ter sido feito até a data presente (pelo plano inicial) ? Earned value management (EVM) é o controle contínuo do desempenho do projeto através das métricas do EVA. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo EVA – Exemplo 3 2o. Quarto R$ 1000 1o. Quarto R$ 1000 Sala R$ 1000 Cozinha R$ 1000 SEMANA PV 1 R$ 1.000 2 Banheiro R$ 1000 Obra Física EV AC Q1 R$ 1.000 R$ 1.500 R$ 2.000 ½ Q2 R$ 1.500 R$ 2.200 3 R$ 3.000 ½ Q2 + Sala R$ 3.000 R$ 3.000 4 R$ 4.000 Banheiro + ½ Cozinha R$ 4.500 R$ 4.000 5 R$ 5.000 ½ Cozinha R$ 5.000 R$ 6.000 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo EVA – Variações e Indicadores de Desempenho AC ou ACWP – actual cost of work performed EV ou BCWP – budget cost for work performed PV ou BCWS – budget cost for work scheduled Indicadores de Variação: – CV = EV – AC Variação de Custo (CV: positivo ou negativo) – SV = EV – PV Variação de Cronograma (SV: positivo ou negativo) Índices de Desempenho: – CPI = EV / AC Índice de Desempenho de Custo (CPI > ou CPI < 1) – SPI = EV / PV Índice de desempenho de Cronograma (SPI > ou SPI < 1) Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo EVA – Exemplo 3 2o. Quarto R$ 1000 1o. Quarto R$ 1000 Sala R$ 1000 Cozinha R$ 1000 Banheiro R$ 1000 SEMANA PV EV AC 1 R$ 1.000 R$ 1.000 R$ 1.500 2 R$ 2.000 R$ 1.500 R$ 2.200 3 R$ 3.000 R$ 3.000 R$ 3.000 4 R$ 4.000 R$ 4.500 R$ 4.000 5 R$ 5.000 R$ 5.000 R$ 6.000 Controle de Custos Controle de Cronograma SEMANA CV CPI SV SPI 1 - R$ 500 0,67 R$ 0 1,00 2 - R$ 700 0,68 - R$ 500 0,75 3 R$ 0 1,00 R$ 0 1,00 4 R$ 500 1,12 R$ 500 1,12 5 - R$ 1.000 0,83 R$ 0 1,00 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo EVA – Exemplo 5 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo EVA – Discussão: Como Avaliar o status do Projeto Físico ? • Regra do 50/50: Metade do orçamento é considerado ao início do trabalho. A outra metade só é considerado ao final do trabalho. Num projeto com grande número de elementos, a distorção é mínima • 0/100: (geralmente usada em trabalhos de curta duração) - nenhum orçamento é considerado até que o trabalho esteja realizado • % completo: (mais difícil de ser aplicado) – o orçamento será considerado em consonância com o percentual do trabalho executado Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo EVA – Discussão: Como Avaliar os Custos Reais do Projeto Um grande problema encontrado durante a avaliação dos custos incorridos contra o trabalho realizado consiste do deslocamento do fluxo de caixa dentro do projeto, decorrente do adiamento de pagamentos ou da geração de estoques, fruto da aplicação de variados modelos de suprimentos (Vargas, 2002) Data Atual Orçamento Valor Agregado Custos Incorridos ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? Custos Reais (contábil) devem ser reduzidos: - pagamentos antecipados efetuados sem a realização do trabalho; - aquisição de materias/equipamentos sem a realização do trabalho Custos Reais (contábil) devem ser aumentados: - trabalhos realizados por terceiros sem pagamento realizado; - negociação para adiamento de pagamentos de trabalhos realizados; - atrasos em pagamentos(faturas atrasadas, etc. Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo 3. A Precificação de Projetos Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo A Precificação de Projetos Precificar projetos é uma arte! “... apoiada entretanto pela informação adequada do orçamento do cliente e do preço praticado pela concorrência.” (Kerzner 2001) Preço é um dos componentes da estratégia mercadológica (marketing mix: Produto, Preço, Promoção, Ponto de Venda ou Canal de distribuição) A precificação de um projeto é um processo que tem início muito antes do desenvolvimento do plano do projeto ou da proposta - bem antes do WBS! Discussão: 1. Qual a relação entre preço e custo ? 2. O menor preço será sempre o vencedor ? 3. Existe incompatibilidade entre o racional de preços da área comercial e o de custos do gerente do projeto ? Existe espaço para o acordo ? 4. A qual critério deveria estar associada a avaliação de desempenho do projeto e do gerente do projeto ? Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo A Precificação de Projetos - Uma Sugestão de Modelo Diretos Recursos (labor) Internos $ Descontos (-) $ Recursos (labor) de Terceiros $ Preço Prêmio (+) $ Custos de Viagem e Deslocamentos $ TOTAL – PREÇO REVISADO $ Custos de Material $ MARGEM REVISADA % $ IMPOSTOS $ Administrativos $ $ Outros $ PREÇO FINAL PARA O CLIENTE MARGEM PARA O GP % SUB-TOTAL Indiretos SUB-TOTAL Despesas Marketing e Vendas $ $ SUB-TOTAL Riscos $ $ SUB-TOTAL Margem Padrão % $ $ TOTAL - PREÇO PADRÃO • Até onde vai o compromisso do GP ? • Qual o critério para a avaliação do GP ? • Como alocar custos indiretos? $ Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo Bibliografia 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Eppen, G.D.; Gould, F.J.; Schimidt, C.P.; Moore, J.H.; Weatherford, L.R. (1998). Introductory Management Science. 5th Edition. Prentice Hall, New Jersey USA pp. 702 Fleming, Q.W.; Koppelman, J.M. (1999). Earned Value Project Management. 2nd Edition. Newton Square: Project Management Institute Kerzner, H. (2001). Project Management – A System Approach to Planning, Scheduling and Controlling. 7th edition. John Wiley & Sons, New York USA, pp. 1203 Project Management Institute (2000). The Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK Guide). PMI Publishing Division, Pennsylvania USA, pp. 216 Ross, S.A.; Westerfield, R.W.; Jaffe, J.F. (1995). Administração Financeira – Corporate Finance. Tradução de Antônio Zoratto Sanvicente. Atlas, São Paulo, pp. 698 Shtub, A.; Bard, J.F.;Globerson, S. (1994). Project Management – engineering, Technology and Implementation. Prentice Hall, Englewood Cliffs, NJ, pp. 634 Vargas, R.V. (2002). Análise de Valor Agregado em Projetos. Brasport, Rio de Janeiro, pp. 99 Verzuh, E. (1999). The Fast Forward MBA in Project Management. John wiley & Sons, New York USA, pp. 332 Gestão Industrial – UNIFACS – Roberval Araujo