JOURNALISM FOR THE 21st CENTURY – TOM KOCH
Pesquisador
nas
áreas
de
mapeamento de doenças; ética
médica; ciclismo e transporte; notícias
e informação online.
Foi repórter e editor. No meio dos anos
90 criou o programa de jornalismo e
dados eletrônicos para o Centro
Europeu de Jornalismo da Holanda.
Atualmente é diretor de informação
de uma empresa que oferece serviços
de educação em Toronto, Canadá.
Publicou três livros na área de
Jornalismo:
- A notícia como mito (1990)
- Jornalismo para o século XXI (1991)
- A mensagem é o meio
JOURNALISM FOR THE 21st CENTURY – TOM KOCH
O livro é sobre notícia, o caminho pela qual é escrita e as formas que
assume.
Argumentações: - “O casamento entre computadores e bibliotecas
online cria, radicalmente, uma nova tecnologia que vai alterar
fundamentalmente as relações entre escritor e assunto das notícias”.
- “As tecnologias de dados online irão aumentar o poder de escritores e
repórteres ao fornecer informações iguais ou maiores do que aquelas
disponíveis no público ou nos gabinetes oficiais que dão entrevistas. “
- “O uso inteligente dessas pesquisas online não é o mesmo ‘velho
jornalismo’, mas tem o potencial de alterar fundamentalmente as regras
do jogo da informação pública.”
Conceito de base de dados: “São bibliotecas eletrônicas que reúnem
jornais, matérias, diários, cartas e material de referência que pode ser
procurado com uma especificidade incrível por um computador pessoal
interligado a uma base de dados através de um modem”.
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Inquietação do autor: As notícias se limitam às tradicionais fontes de
informação restritas pelas definições históricas de dados e formas
narrativas.
O autor questiona o motivo de não existirem considerações sobre o efeito
das bases de dados eletrônicas nas notícias:
1- Uma pesquisa no computador é apenas uma “pesquisa” com efeito
mínimo para o contexto das notícias;
2- Muitas notícias e informações gerais não estão submetidas nas
bibliotecas eletrônicas;
3- É raro um funcionário “inteligente e eficiente”;
4- Elevado custo e os resultados obtidos são triviais;
5- Atraso na produção da notícia (deadline)
Para Koch “A combinação de técnicas de pesquisa inteligente, escolhas
criteriosas dos vendedores de dados, e uma compreensão precisa sobre
os caminhos em que a pesquisa online pode transformar uma história
revelam uma inexpressiva e extremamente poderosa pesquisa para
freelancers e todas as organizações”.
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O autor defende que para compreender a função das informações
eletrônicas nas notícias, é preciso considerar a informação pública e os
organismos que a disseminam.
O que é notícia? Serviço público; Negócio altamente lucrativo; Verdade
pública; Complexo de indivíduos trabalhando para serem remunerados.
Capítulo 1 - “As notícias: mitos e realidades”
-
Sistema de regras baseadas em um ou mais modos de produção
Para representar sua função institucional (disseminação da
informação pública) a notícia deve apresentar dados em qualquer
evento.
Verdade social x Iniciativa econômica
Pulitzer: “O que é um jornalista? Ele está ali para zelar pela segurança
e bem estar das pessoas que nele acreditam”. (1904)
Koch reconhece que os significados pelos quais as informações públicas
são disseminadas através da sociedade moderna são resultados de uma
série de filtros econômicos, sociais e históricos.
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Trabalho com remuneração: Samuel Johnson, crítico e jornalista, foi o
primeiro a relatar um debate legislativo.
Para compreender os efeitos potenciais das novas tecnologias de
informação na estrutura da informação pública é necessário considerar a
função social das organizações de notícias e as regras funcionais
daqueles que trabalham para essas organizações.
1. Contexto corporativo:
- O imperativo financeiro determina a viabilidade da mídia. Vendas de
anúncios publicitários e da publicação em si. (Mercado japonês não
anunciou em revistas que publicaram edição comemorativa
relacionada a II Guerra)
“Então, a existência das notícias é definida e continua assegurada,
publicação após publicação, apenas pelo nível em que os
administradores podem atrair recursos, subsídios corporativos que
ganham legitimação ao aparecer nas páginas de jornais ou ao mesmo
tempo no bloco das notícias”.
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2. Profissionais das notícias:
- Os repórteres e editores não servem para o público, mas sim para as
necessidades econômicas daquelas corporações que pagam seus
salários
- Espaço da notícia x Propaganda
3. Imperativos culturais:
- Função primária (Econômica) X Função secundária (Social) = Escolha
das histórias que serão publicadas.
- Gatekeeper: Seleção/Hierarquização de valores sociais e políticos que
geralmente admitem a visão dos anunciantes, políticos e status quo.
- Agenda setting
4. O negócio como um viés:
- O negócio da América é o negócio
- Poluição química de um canal em NY – Morte de uma criança –
Autópsia do toxicologista x Estado – Ausência do dano ambiental na
cobertura jornalística.
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5. O patriotismo como um viés:
- Missão do USA Today “servir como um fórum para melhor compreensão e
fazer os EUA uma verdadeira única nação”.
- Nacionalismo como objetivo principal que foi seguido por outros meios de
comunicação.
6. Racismo
7. Propaganda
8. Legitimidade:
- Os profissionais da mídia suportam e legitimam as visões generalizadas dos
líderes da nação. O argumento: para o sistema funcionar é preciso uma
obediência em relação às leis, regras e agendas sociais.
Notícia como missão: - “Os jornalistas de fato não configuram a agenda que
publicam. Em vez disso, eles afirmam e refletem as decisões dos outros”.
- Origem das histórias: dependência dos releases e relatos de especialistas.
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Charles Stuart – Caso de Boston:
911 – Tiros – Mulher grávida – Assaltantes negros - Golpe no seguro – Irmão –
Arma
A comunidade de Roxbury criticou a investigação policial e a cobertura
midiática do caso.
Ellen Goodman, colunista do Boston Globe: A informação que os repórteres
receberam eram ineficientes, mas eles escreveram de maneira correta no
tempo da publicação.
Koch discorda e afirma que o Boston Globe e outros grupos cobriram a
investigação policial, e não o fato em si.
“Eles fizeram o que a maioria dos jornalistas faz: reportaram o mais rápido
possível as novas informações fornecidas pelas fontes oficiais, nesse caso os
policiais e pessoas do hospital”.
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O autor destaca:
- Repórteres raramente questionam sobre a legitimidade de quem fala,
principalmente quando são líderes econômicos e políticos.
- Os profissionais não são treinados para avaliar criticamente e sim para
serem disseminadores das falas de especialistas. E, além disso, tem pouco
conhecimento sobre o que cobrem.
Notícia, então, é o que um presidente, coronel, especialista disse ontem ou
hoje. Dado isolado, sem valor de contexto.
“Mas, de fato a informação é o registro primário do repórter sobre algo que
alguém falou em um dado tempo e lugar. Até agora a tecnologia não
ofereceu um avanço em termos de métodos dados acumulados que podem
afetar a forma como a informação é transmitida”. (p. 47)
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Reportagem assistida por computador - CAR
Phillip Meyer (1999)
-
Termo obsoleto, uma lembrança embaraçosa de que estamos entrando
no século XXI como a única profissão em que os usuários de computador
sentem a necessidade de chamar atenção para si mesmo.
-
“Jornalismo hoje está travando uma batalha contra as forças que
emergem com o entretenimento, propaganda e relações públicas. A era
da informação criou um ruído confuso de vozes que tenta sacrificar quase
tudo pela atenção – incluindo a verdade”.
-
O autor defende que nossa responsabilidade na era da informação é
aprender a administrar grande quantidade de informação com o
aumento do poder das ferramentas analíticas. E o objetivo, em si, não é o
computador, mas sim levar o jornalismo em direção a uma ciência.
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Reportagem assistida por computador – CAR
-
Aplicação do método científico na prática do jornalismo ( e o
computador é uma ferramenta que ajuda)
-
Harvard Data Text – Pacote Estatístico para as Ciências Sociais (SPSS)
-
Jornal Knight – Andando com a Guarda Nacional em meio a prédios em
chamas por causa de um atirador. Com o fim do tiroteio, Meyer propôs um
levantamento dos bairros tumultuados para descobrir as causas do motim
(princípios aprendidos em Harvard e, claro, usando o computador para
analisar os resultados)
-
Nova forma de jornalismo  Revista Newsweek o chamou de “repórter
computador” (devido a popularidade do conceito de computador)
-
“Vamos desistir do termo CAR. Chegou a hora de declarar CAR vitorioso e
partir para um conceito novo, mais ambicioso”.
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Journalism for the XXI