SORGO NO BRASIL:
PASSADO , PRESENTE E
FUTURO
Grupo Pró-sorgo.
1 - “DO PASSADO AO PRESENTE”
1.1- Sorgos Forrageiros: Evolução da
Área Plantada
Área Plantada
250
200
mil ha
150
100
50
99/00
98/99
97/98
96/97
95/96
94/95
93/94
92/93
91/92
0
Safra
Fo nte G rupo P ró -Sorgo , co nsidera ndo -se co nsu m o de 10 K g/ha. Só
se m e ntes híbrida s; não inc lu i variedade s se m co ntro le de pro dução
1.2- Sorgo granífero: área plantada e
produção
2000
Área
Plantada
1500
Produção
1000
500
0
99/00(*)
98/99
97/98
96/97
95/96
94/95
93/94
92/93
91/92
90/91
89/90
88/89
87/88
86/87
85/86
safra
*
Fonte: Grupo Pró-Sorgo: Estimativa de área plantada baseada na venda efetiva de
sementes, considerando-se utilização de 10 Kg./ha mais 25.000 ha do Nordeste.
Estimativa de produtividade média 2.400Kg./ha (Sem considerar NE); com exceção
da safra 98/99 com produtividade de 1.700 Kg/ha em função da seca
(*) Produção 99/00 estimada
1.3 – Sorgo nos sistemas de produção
agrícola: visão do passado e do presente
Produto: Graníferos normais
Antes dos anos 90
Depois dos anos 90
Plantio de verão no Centro-Sul:
Plantio de safrinha no Centro-Sul:


Safrinha ou plantio tardio como
opção de agricultura “segura”.

Sorgo e milho: conceito de plantio
de complementação pós cultura
de verão.
Plantio com problemas de
concorrência com cereais
tradicionais do verão.

Colheita: riscos de mofos e
germinação precoce no cacho.

“Tabu”: esgotamento do solo.

•
Problemas de armazenamento e
comercialização no pós colheita.
Produção de ótima palha para P.D.
ou silagem de grãos úmidos.
•
Centro-Oeste: Líder nacional na
produção de grãos na cultura.
1.3 – Sorgo nos sistemas de produção
agrícola: visão do passado e do presente
Produto: Graníferos normais
Antes dos anos 90
Depois dos anos 90
Plantio de inverno no Nordeste:
Plantios no Nordeste:

Área representativa no RN.
•
•
Limitações: tradição, clima,
estrutura fundiária, e baixo nível
tecnológico.
Ampliação de plantios
tecnificados principalmente no
Oeste da Bahia, no Ceará e
Maranhão.
1.3 – Sorgo nos sistemas de produção
agrícola: visão do passado e do presente
Produto: Graníferos antipássaros
Antes dos anos 90
Depois dos anos 90
Plantio de verão:
Plantio de verão:

Plantios na fronteira do R.S.


Plantio de sementes introduzidas
dos países vizinhos.
Continuação dos plantios na
fronteira Sul devido condições
climáticas, utilizando sementes
nacionais.
•
Dificuldade para comercialização
devido presença de tanino.

Ampliação de consumo com
cultivares sem tanino na região
das Missões.
1.3 – Sorgo nos sistemas de produção
agrícola: visão do passado e do presente
Produto: Forrageiros (silageiros)
Antes dos anos 90
Depois dos anos 90
Plantio de verão no Centro-Sul:
Plantio de verão ou safrinha:

Plantio de cultivares de porte alto,
pouca produção de grãos,
sensíveis ao fotoperíodo e baixo
valor nutritivo.

•
Manejo da rebrota para corte
verde ou pastejo.
Plantio de diferentes produtos
segmentados de acordo com a
necessidade do rebanho.
combinando quantidade de
massa produzida versus
quantidade de grãos na massa.
•
Rebrota: corte, pastejo, palhada
para P.D., colheita de grãos.
1.3 – Sorgo nos sistemas de produção
agrícola: visão do passado e do presente
Produto: Corte e Pastejo
Antes dos anos 90
Depois dos anos 90
Plantio de verão no Sul do país:
Plantio de verão e safrinha:

Plantio exclusivamente no Sul
geralmente em pequenas áreas.
•
Difusão para outras regiões, com
ampliação do uso.
•
Uso inadequado para silagem.

Silagem “pré-secada” e fenação.

Integração agricultura x pecuária x P.D.
•
Produção de carne e leite a pasto com
uso de irrigação e cerca elétrica.
1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do
consumo
Tipo: Grãos
Antes dos Noventa.
Obstáculos a comercialização:

Armazenamento.

Preços não atraentes ao agricultor.

Dependência de défict da oferta de
milho.

Subsídios a importação de milho e
trigo.
•
Oferta na safra junto com outros
cereais.
Depois dos Noventa.
Evolução da Infra-Estrutura e da
comercialização:

Colheita 100% mecanizada e
popularização do transporte a granel.

Relação de preço ajustado às
expectativas de produtores e
consumidores.

Qualidade do produto muito superior.
•
Oferta de entre-safra.
1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do
consumo
Tipo: Grãos
Antes dos Noventa.
Desinformação e preconceitos:

Qualidade inferior.

Tóxico.

Tanino sempre presente.
•
Pouca informação sobre uso em
dietas de bovinos, aves e suínos.
Depois dos Noventa.
Uso ampliado com melhor
informação:

Profissionalização na indústria de
rações com redução de custos e
aumento de qualidade.

Álcool de alta pureza.
•
Silagem de grãos úmidos na
fazenda.
1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do
consumo
Tipo: Grãos
Antes dos Noventa.
Depois dos Noventa.
Baixa demanda no mercado.
Demanda superior a oferta.

Dependência em políticas
governamentais.
•
Crédito, preço mínimo, A/EGF, etc.
•
Produto de alta liquidez e rápido
giro nas principais regiões.
produtoras.
1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do
consumo
Tipo: Silagem
Antes dos Noventa.
Imagem: produto de baixa
qualidade:



•
Cultivares inadequados e de baixa
digestibilidade.
Pouca informação de manejo para
cultivo/corte/ensilagem.
Preconceitos: rejeição pelo animal,
tanino e ácido cianídrico.
Utilizado em animais de baixa
exigência nutricional.
Depois dos Noventa.
Segmentação do mercado:

Sorgo duplo-propósito: Silagem de
alta qualidade.

Sorgo porte médio: Produtividade
com qualidade.

Sorgo alto: Maior produção de
massa por área.
•
Opção de uso em toda classe do
rebanho leiteiro; em confinamentos
e também para ovinos e caprinos.
1.4 - Segmentos Atendidos na ponta do
consumo
Tipo: Corte e Pastejo - Forragem fresca
Antes dos Noventa.
Depois dos Noventa.
Tradição de uso no sul do país:
Expansão e ampliação do uso:

Híbrido de sorgo e sudão para
uso múltiplo.

Opção na integração agricultura,
pecuária e P.D.
•
Uso indevido: silagem de má
qualidade e acidentes digestivos
em pastejo.

Uso generalizado em todas as
regiões do país.
1.5 – Fatores preponderantes que ajudaram
a alavancar o agronegócio do sorgo.
1) Desenvolvimento do sistema de produção hoje conhecido
como safrinha proporcionando receita extra ao agricultor.
2) Inclusão do sorgo no sistema de P.D. nos cerrados.
3) Correto posicionamento técnico da cultura de sorgo granífero
para a época do verão apenas em regiões secas.
4) Melhorias de Infra Estrutura de Transporte, recepção e
armazenamento de grãos.
5) Expansão da produção de leite e gado confinado no Brasil
Central.
6) Reconhecimento do sorgo como matéria prima de custo e valor
nutritivo adequado.
7) Ações institucionais coordenadas pelo grupo pró-sorgo.
1.6 - Fatores preponderantes que ajudaram
a alavancar a demanda por sorgo no
mercado brasileiro.
1- Migração das agroindústrias de carne do Sul para o
Brasil Central.
2- Aumento do consumo de rações balanceadas no
país e a necessária ampliação das fontes de
matérias primas energéticas.
3- Valorização do sorgo pela industria de rações em
função da oferta regular e da qualidade do produto.
4- Aumento da exportação e do consumo de carnes de
aves e suínos no país.
Tabela 1: Produção Nacional de rações
base 4 anos distintos para comparação
(1.000 ton.).
Avicultura
Avicultura Corte
Avicultura Postura
Suinocultura
Bovinocultura
Pet-food
Equinocultura
Aquicultura
Outros
TOTAL
1990
9.637,2
3.854,9
889,6
444,8
14.826,4
1997
16.341,0
13.889,0
2.452,0
8.950,0
1.424,9
550,0
250,0
60,0
745,0
28.320,9
1998
17.141,0
14.639,3
2.501,7
9.870,8
1.599,1
750,0
264,2
80,0
397,8
30.102,0
1999
17.970,0
15.300,0
2.670,0
10.500,0
1.711,0
825,0
282,0
92,0
350,0
31.730,0
Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Rações
Gráfico 1: Produção Nacional de rações
base 4 anos distintos para comparação
(1.000 ton.).
Gráfico: Evolução da Produção Nacional de
Rações por ano
35.000,0
30.000,0
Produção
25.000,0
20.000,0
1990
1997
1998
1999
15.000,0
10.000,0
5.000,0
-
Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Rações
Tabela 2: Demanda de matérias primas
para produção de rações 1999 (1.000 ton.).
Aves
Suínos
Bovinos
Outros
Total
Milho
11.692,20 6.878,30
395,4
978,2 19.984,00
Far. Soja
4.139,80 1.794,30
_
308,2 6.242,30
Far. Carne
796.30
367
_
63,3 1.226,60
Far.Trigo
293,1
922
392,2
83,9 1.759,80
Far Amend.
_
_
85,5
3,4
88,9
Far. Arroz
_
_
171
6,8
177,8
Far. Algodão
_
_
341,9
13,6
355,5
Sorgo e trigu.
322
367
119,7
39,5
848,2
Calcáreo
293,9
73,4
25,6
22,8
415,6
Sal
53,8
52,4
8,5
5,6
120,3
Fosf. Bicálcico
111,2
15
8,1
6,6
140,9
Far. Osso
117,5
16,5
9
7
150
Outros
_
_
151,6
9
160,6
Sub-total
17.917,70 10.486,80 1.709,60 1.547,80
Total
31.661.80
Milho (%)
65,25
65,59
23,13
63,2
63,12
Sorgo (%)
1,8
3,5
7
2,55
2,68
Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Rações.
Gráfico 3: Consumo de Carne Per Capita no Brasil
(em quilos)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
1989
Frango
1999
Bovina
Suína
2- “DO PRESENTE AO
FUTURO”
2.1- COMO É O BALANÇO DA PRODUÇÃO E
DEMANDA DE SORGO E MILHO EM ALGUMAS
REGIÕES DO MUNDO.
E o que podemos inferir para o Brasil.
Tabela 1- Produção de milho e sorgo em países
selecionados, em milhares de t métricas.
Posição em Fevereiro de 2000
Produção de Produção de
%
País
milho
sorgo
sorgo/milho
USA
239.719
15.118
6,3
China
128.000
4.500
3,5
Brasil
32.000
960
3
México
19.000
6.500
34,2
Argentina
15.500
3.500
22,5
Índia
10.500
8.000
76
Subtotal
444.719
38.578
8,6
Outros
155.212
22.496
14,5
T. Mundo
599.931
61.074
10,2
Fonte: Grain: World Markets and Trade
USDA, Foreign Agricultural Service
Circular Series FG 02-00, February 2000
Tabela 2- Consumo de milho e sorgo em países
selecionados, em milhares de t métricas
Posição em Fevereiro de 2000
Consumo de Consumo de
% de
País
milho
sorgo
sorgo/milho
USA
191.778
9.653
5
China
119.950
4.470
3,7
Brasil
33.450
960
2,9
México
23.400
10.500
44,9
Argentina
7.000
2.700
38,6
Índia
10.900
8.000
73
Subtotal
386.478
36.283
9,4
Outros
214.395
25.231
11,8
TotMundo
600.873
61.514
10,2
Fonte: Grain: World Markets and Trade
USDA, Foreign Agricultural Service
Circular Series FG 02-00, February 2000
Tabela 3- Exportação de milho e sorgo por países
selecionados, em milhares de t métricas.
Posição em Fevereiro de 2000
Exportação Exportação
% de
Exportadores
de milho
de sorgo
sorgo/milho
USA
48.000
5.500
11,4
Argentina
8.500
800
9,4
China
8.000
30
0,4
Austrália
NS
250
NS
Sudão
NS
100
NS
Outros
5.920
125
2,1
T.Mundo
70.420
6.805
9,7
Fonte: Grain: World Markets and Trade
USDA, Foreign Agricultural Service
Circular Series FG 02-00, February 2000
Tabela4- Importação de milho e sorgo por países
selecionados, em milhares de t métricas.
Posição em Fevereiro de 2000
Importação Importação
% de
Importadores
de milho
de sorgo
sorgo/milho
Japão
16.250
2.300
14,2
Coréia do Sul
9. 000
5
NS
México
5. 000
3.600
72
Taiwan
4. 700
30
0,6
Egito
4. 000
NS
NS
Malásia
2. 600
NS
NS
CEE
2. 500
300
12
Israel
650
100
15,4
Marrocos
750
100
13,3
Subtotal
45.450
6.435
14,2
Outros
24.970
370
1,5
Total Mundo
70.420
6.805
9,7
Fonte: Grain: World Markets and Trade
USDA, Foreign Agricultural Service
Circular Series FG- 02-00, February 2000
2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A
DEMANDA DE GRÃOS E FORRAGEM DE
SORGO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS.
Perspectivas de evolução da cultura de sorgo na
ótica do grupo pró-sorgo.
Mercado
Ano Agrícola
1998/99* 1999/00* 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04
Vendas (1000 sc 20kg)
Área plantada (1000 ha)
Produção (1000 t)
Granífero
278
385
581
787
960
1770
423
870
2000
466
957
2200
512
1050
2400
538
1100
2500
Vendas (1000 sc 20kg)
Área plantada (1000 ha)
Forrageiro
80
107
180
240
121
262
134
286
146
312
161
342
Total
Vendas (1000 sc 20kg)
358
492
544
Área plantada (1000 ha)
761
1027
1132
Val. De Merc (1000 US$) 12530
17220
19040
* Fonte: Grupo Pró-Sorgo
Preço/sc= US$35
600
1243
21000
658
1362
23030
699
1442
24465
2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA
DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS
CINCO ANOS.
Perspectivas de evolução da Venda da cultura de
sorgo do grupo pró-sorgo.
600
400
Vendas Graníferos
300
Vendas Forrageiro
200
100
Ano Agrícola
2003/04
2002/03
2001/02
2000/01
1999/00*
0
1998/99*
1000 sc 20kg
500
2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA
DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS
CINCO ANOS.
Perspectivas de evolução da Venda Total em
1000 sc 20kg da cultura de sorgo do grupo pró-sorgo.
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Ano Agricola
2003/04
2002/03
2001/02
2000/01
1999/00*
1998/99*
Venda Total
2.2 – NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A DEMANDA
DE GRÃOS E FORRAGEM DE SORGO NOS PRÓXIMOS
CINCO ANOS.
Perspectivas de evolução do Val. De Merc.
(1000xUS$) da cultura de sorgo do grupo pró-sorgo.
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Ano Agrícola
2003/04
2002/03
2001/02
2000/01
1999/00*
1998/99*
Val. De
Merc.
3– DESAFIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS
PARA A CONSOLIDAÇÃO DA CULTURA NO
BRASIL
 3.1- As soluções dos desafios do passado:
 Desenvolvimento de cultivares e tecnologia de produção e
distribuição de sementes: parceria dos setores público e privado.
 Pesquisa, experimentação e difusão de sistemas de produção:
parceria do setor público , privado e produtores.
 Controle de enfermidades: ações integradas da pesquisa pública e
privada na detecção, avaliação e controle de míldio, mosaico da cana,
doença açucarada do sorgo (ergot).
Quebra de tabus e melhoria das informações: ações institucionais
coordenadas pelo grupo pró-sorgo.
3– DESAFIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS
PARA A CONSOLIDAÇÃO DA CULTURA NO
BRASIL
3.2- Os desafios do futuro e a consolidação da cultura.
 Melhor entendimento dos mecanismos de resistência aos estresses bióticos e
abióticos (Ex. frio / seca) para consolidação do sistema de seqüência de culturas
ou safrinha.
 Cultivares mais bem adaptados ao sistema de sucessão de culturas e a
diferentes situações ambientais (terras baixas, chapadões, solos ácidos e sua
integração definitiva no sistema de PD.
 Pesquisa, experimentação, registro e disponibilização de novos herbicidas e
inseticidas alternativos à tradicional e reduzida oferta de produtos comerciais.
 Desenvolvimento de cultivares de melhor qualidade nutricional (grãos e
forragens) e pesquisa de novas formas de processamento e utilização.
 Estabelecer um Programa Nacional de Sorgo, a partir de uma visão estratégica
da cultura para o País, coordenando políticas, organizando o fluxo de informações
em toda a cadeia do agronegócio e aumentar a integração com a pesquisa.
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SORGO NO BRASIL: PASSADO , PRESENTE E