Trabalho de Usuários da Informação
Componentes:Brenda Attalla
Fernanda Fortunato
Graciane A. de Paula
Thais Bárbara
Necessidades e expectativas
dos estudantes do curso de
Museologia, da Universidade
a
Federal de Minas Gerais- 2
fase
Objetivo Geral:
 Descobrir quais são as necessidades
informacionais dos alunos do curso de
Museologia e se estas estão sendo
atendidas pela biblioteca Etelvina Lima,
da Escola de Ciência da Informação
(UFMG).
Objetivo Específico:
 Identificar quais são as necessidades e
expectativas dos estudantes de
Museologia, para sugerir alterações que
possibilitem a melhoria dos serviços
prestados pela biblioteca.
Principais resultados da
análise quantitativa
 Metade dos 38 respondentes afirma que visita
a biblioteca apenas uma vez por mês ou
menos de uma vez por mês;
 A qualidade do acervo é avaliada, em geral,
como regular (38 %) e boa (45 %);
 74 % dos respondentes entende que a
biblioteca Etelvina Lima não atende às
especificidades do curso de Museologia.
Metodologia da
ª
2
fase
 Entrevista com seis estudantes do curso de
Museologia, sendo três do segundo período e
três do sexto período, como mostra a tabela
abaixo:
Estudante
Período
A.D
2 o período
A.G
2 o período
M.D
2 o período
M.
6 o período
K.D
6 o período
A.D.A
6 o período
Análise qualitativa
Visitas à biblioteca:
 “ A última vez que eu fui à biblioteca foi há
muito tempo, sinceramente, para pegar um
livro que não estava no xerox, mas eu utilizo
pouco o recurso da biblioteca. ” (A.D)
 “ Eu acho mais prático pra mim ir lá no
xerox e encontrar tudo pronto [...], mas eu
acho a biblioteca um recurso interessante. A
nossa da ECI tá constituindo um acervo
bacana sobre a disciplina museológica. Eu não
utilizo ela porque acho mais prático ir no
xerox, sinceramente. ” (A.D)
 “[A visita à biblioteca] tem uns 15 dias. [...] A
gente não foi bem pra pesquisar, a gente foi
fazer reunião de trabalho.” (M.D)
 “Eu especificamente venho muita na
biblioteca para fazer trabalho, pra usar os
laboratórios daqui, porque eu acho aqui bem
mais tranquilo. Aí, pra gente fazer trabalho
em grupo, eu acho bem mais fácil.” (M.)
 “Tem muitos motivos que me levam a não ficar
tanto na biblioteca. Um é que os textos de
referência pras disciplinas os professores
colocam no xerox e eu utilizo muito o xerox
[...]. Livro é mais esporádico, porque eu
utilizo mais o xerox.” (M.)
Qualidade do acervo:
 “Na verdade, como o curso de Museologia [foi
implantado] em 2010, ainda estão adquirindo o
acervo [...]. Então devagar vai indo.” (A.D)
 “O que eu vejo falar é que a Museologia ainda
tem pouca literatura, em função de ser um
curso novo. Igual nós tamo fazendo o trabalho
da G. Ela mesma falou que são poucas
literaturas, ainda não tem muito material, em
função de ser um curso mais novo.” (M.D)
 “Eu confesso que a maioria dos livros que eu preciso e
que eu encontrei até hoje, relacionados ao meu curso,
não estão aqui. Então isso é [...] também por ser um
curso mais recente, eu acredito que isso [...] espero que
isso mude. Pra mim já era para ter mudado, né? Mas
espero que isso mude de fato”. (K.D)
 “Algumas vezes a gente consegue, tem outras vezes que
não tem material disponível suficiente. Outro dia tive
que buscar a respeito de Marketing e não consegui achar
praticamente nada [na biblioteca da ECI]. Tinha um livro
só, aliás, achei muito interessante o livro em espanhol .
Mas achei muito mais coisa na FACE”. (A.D.A)
Dispersão dos materiais:
“Se você pensar que [a biblioteca] faz parte de um
sistema integrado. Então, como parte de um
sistema integrado, não importa se tá aqui ou se tá
lá. A questão do deslocamento é o mínimo.”
(A.G)
 “Alguns livros da nossa área estão dispersos. Por
exemplo, lá na Escola de Arquitetura, e eu não
acho viável ir lá pegá .” (A.D)

 “Especificamente
para o artigo que a gente tá
desenvolvendo agora, tem uma tese, que foi escrita
pela Célia Regina, que é gestora do Museu
Histórico Abílio Barreto, que não tem nenhum
exemplar aqui. Tem dois na FAFICH e um na BU.
Na BU eu não posso retirar e na FAFICH, por
motivo de greve, eu não posso consultar também.
[...]. Seria interessante que tivesse um exemplar
aqui porque tá voltado pra museu. E não tem
nenhum material [aqui na ECI]
que possa
substituir.” (M.)
 “É [essa dispersão dos materiais], por exemplo,
quando a gente tava fazendo uma disciplina de arte e
musealização, que era ligado à história da arte, que
a gente teve que ir lá na Belas Artes pra pesquisar
porque aqui não tinha. Então quer dizer, tudo bem,
Belas Artes tá aqui no Campus, mas é outra
biblioteca. [...] A gente vai muito na FAFICH buscar
livro. Quer dizer, se vai muita gente lá na FAFICH
buscar livro é porque tem alguma coisa aqui na
biblioteca que tá faltando.” (M.)
Satisfação com os serviços da
biblioteca:

“A biblioteca atende em parte [as necessidades
dos estudantes de Museologia] , tendo em vista
que existe ainda muitos livros que a gente não
tem acesso e são livros que estão na nossa
bibliografia e o professor tira o artigo do livro
dele pra disponibilizar pra gente. Que dizer, se
ele está colocando isso como referência
bibliográfica pra uma disciplina que ele tá
ministrando é porque aquele livro tem uma
relevância. Se não tá na biblioteca, quer dizer não
nos atende, né? Então tá faltando. Então eu acho que,
com relação ao curso de Museologia, embora eles
estejam sempre adquirindo, ainda falta muita coisa
pra atender o curso.”(M.)
 “Falta material, com certeza, voltado para
Museologia. Tem coisa que eu tenho que ficar
procurando lá na Arquitetura, lá no Direito, lá num
sei aonde pra ter esse negócio, enquanto eu poderia
ter aqui.” (K.D)
 “Na verdade,
o seguinte: é tudo um acervo da
universidade, então a partir daí, o acervo da
universidade é muito grande, muito bom. Agora, com
relação na área que a gente precisa, tem pouca coisa
na biblioteca [...]". (A.D.A)
Sugestões para melhorar os
serviços:
 “Acho que deveriam melhorar o sistema de
recuperação porque as palavras-chave às vezes a
gente não encontra.” (A.D)
 “Deveria tentar comprar mais título da mesma
obra. Tem título que só tem um [...] Aí fica
complicado.” (A.D)
 “Deveria ter mais coisa. Apesar de eles estarem
adquirindo sempre, todo mês eles mandam novas
aquisições [...], mas ainda falta muita coisa do
básico.” (A.D.A)
“Tem certos livros que a gente não tem aqui [...] Eu
gosto muito de arte, mas aí tem a biblioteca da Belas
Artes. Aí a gente recorre a outras bibliotecas. Se tivesse
tudo aqui, seria bem melhor”. (A.D.A)
 “O que eu reparo muito aqui é que, em relação aos
livros atrelados à Museologia, tem muita coisa em
inglês. Então assim algumas publicações em português,
que são muito relevantes para nossa formação, aqui não
contempla. [...].Também [sinto falta], de ter mais
exemplares do mesmo livro porque às vezes todo
mundo quer pegar o mesmo livro e só tem um
exemplar. [...]. Isso atrasa meu trabalho”. (K.D)

“Eu sugeriria mais obras em português. Mais livros
voltados para essa vertente mais antropológico que
tem da Museologia. Mais livros de áreas afins, que
perpassam muito por museus e pela Museologia. Essa
seria uma das principais sugestões. E tem algumas
coisas em DVDs também, filmes, documentários
[...]”. (K.D)
 “Eu acho que tem algumas publicações que são
produzidas pelos próprios museus que seriam
publicações interessantes pra ser adquiridas pela
biblioteca, né?” (M.)

 “Eu não saberia te dizer especificamente o que, mas
pelo que a gente às vezes encontra na Internet de
outros congressos e simpósios fora daqui, produzidos
por outras universidades que têm o curso de
Museologia, tem muito material interessante sendo
produzido e que às vezes não chega até aqui. Às vezes
[um texto] o professor tirou de um livro dele que
tem tudo a ver com o curso [que ele está
ministrando] e que não tá na biblioteca. Então ele
tira o xerox pra deixar à disposição da gente, mas, se
você for procurar o livro, aqui não tem. Então eu
acho que ainda é insuficiente a quantidade de livros
que são oferecidos pra Museologia.” (M.)
Considerações finais
Com relação à frequência das visitas dos alunos do curso
de Museologia à biblioteca, a aproximação dos resultados
obtidos nas duas etapas do trabalho permite a percepção de que
fatores como a dispersão de materiais por outras bibliotecas do
sistema da UFMG interferem diretamente neste processo.
Muitos entrevistados declararam que recorrem muito mais às
bibliotecas da EBA, FAFICH e FACE (as mais mencionadas) do
que à Etelvina Lima. Tendo em vista o caráter interdisciplinar do
curso em questão, é até compreensível a existência desse
fenômeno, mas seria interessante que se procurassem estratégias
para minimizar os efeitos provocados por ele. Além disso, a
relativa defasagem do acervo, citada muitas vezes nas entrevistas
e já apontada na etapa quantitativa, pode, de alguma maneira,
explicar a “preferência” de muitos estudantes pelo uso do xerox,
em detrimento da biblioteca.
Com relação à qualidade do acervo, percebe-se uma
insatisfação dos alunos com os materiais ofertados pela
biblioteca. Pelas falas dos entrevistados, este fato se deve, em
grande parte, à já mencionada dispersão dos materiais e
também por lacunas existentes na formação e desenvolvimento
do acervo específico da área de Museologia.
Todos esses fatores contribuem, de alguma forma, para o
alto percentual (74 %) de alunos que declararam, na etapa
quantitativa, que a biblioteca Etelvina Lima não atende às
especificidades do curso de Museologia.
De acordo com Araújo e Oliveira (2005), as bibliotecas
universitárias têm como objetivo “ atender às necessidades de
estudo, consulta e pesquisa de professores e alunos
universitários” (p. 37).
Dessa forma, pensar em todas essas questões e buscar
alternativas para se solucionar os problemas apontados pelos
estudantes seria extremamente relevante, não só para melhorar
o grau de satisfação dos usuários, mas também para permitir que
a biblioteca Etelvina Lima cumpra com êxito a sua finalidade.
Referência bibliográfica
ARAÚJO, Eliany Alvarenga; OLIVEIRA, Marlene
de. A produção de conhecimentos e a origem das
bibliotecas. In: OLIVEIRA, Marlene de (Coord.).
Ciência da informação e biblioteconomia :
novos conteúdos e espaços de atuação. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2005. cap. 2, p. 29-43.
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