07/11/2008 - Remédios, no Brasil, terão rastreador Fonte: Jornal do Comércio - Rio de Janeiro Jornalista: Vanníldo Mendes Os medicamentos vendidos no Brasil sairão de fábrica com rastreador que permitirá acompanhar sua circulação até chegar ao consumidor. A medida faz parte de plano acertado nesta quinta-feira entre a indústria farmacêutica e o governo federal para combater a pirataria de remédios. A medida estará totalmente implementada em 2010, mas já no próximo ano alguns rastreadores começam a funcionar experimentalmente. A idéia é desmontar, em mega operações conjuntas da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) com as Polícias Federal e Rodoviária, quadrilhas que atuam no setor. Em 2007, a pirataria deu prejuízo de mais de R$ 30 bilhões ao País em sonegação e fraudes, além de ter fechado milhares de postos de trabalho e causado danos a pacientes, sobretudo a mulheres e a idosos. Este ano, só a Polícia Rodoviária apreendeu 444,8 mil medicamentos falsos, quase 40% mais do que as 322 mil unidades apreendidas em 2007. O Brasil é o oitavo mercado de remédios piratas, consumindo entre 5% e 10% da produção mundial, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa do Ministério da Justiça é que 30% dos medicamentos comercializados no País tenham origem na informalidade. Parte é pirateada e outra parte, mesmo sendo remédio verdadeiro, é importada clandestinamente para fins de sonegação. Falsifica-se de tudo no setor, desde estimulantes sexuais a abortivos, vacinas e até remédios de tarja preta que, em vez de curar, causam danos à saúde e podem levar à morte. `De todas formas de pirataria, essa é a mais perversa, porque as pessoas não sabem que o produto é falso e pessoas estão morrendo`, alertou o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Henrique nº14 e Dener nº6 7ºc