Ana Rita Andrade Barbara Klim Camille Braz Gabriela Passos Priscila Cunha Tatiana Vanessa Mendes Parte da Linguística que pesquisa conexões entre a linguagem e a mente. as 1951 o Seminário de verão na Universidade de Cornell. Primeira Os cooperação entre psicólogos e linguistas. conceitos com que a psicolinguística trabalha, de alguma forma, têm sua origem nas ideias de Humboldt (que foram retomadas por Wundt). 1951 Wilhelm von Humboldt : linguista alemão que fez importantes contribuições à filosofia da linguagem Sistema que " faz infinitos usos de meios finitos". Wilhelm Wundt : psicólogo alemão que já na virada do século XIX para o XX se mostrava interessado nos processos mentais e sua relação com o comportamento verbal. 1953 o Seminário de verão na Universidade de Indiana. Nascimento Raízes da Psicolinguística. na tradição behaviorista. 1960 Psicolinguística passa a ser dominada pela teoria de Chomsky. Contrário a tradição behaviorista (linguagem humana norteada pela criatividade, não podendo ser caracterizada como um sistema de hábitos e repetições) Surgem os estudos de George Miller, psicológo norte-americano. Percepção da linguagem se torna mais complexa quanto maior for o número de operações derivacionais. TEORIA DA COMPLEXIDADE DERIVACIONAL (DTC em inglês) a) Os exercícios foram feitos por Eduardo. (estrutura superficial) b) Eduardo fez os exercícios. (estrutura profunda) 1970 Tendência geral de abandonar os laços com a teoria da gramática transformacional. Motivo: experimentos psicolinguísticos não conseguiam relacionar de maneira harmoniosa a teoria da gramática transformacional com os resultados das pesquisas experimentais. Meados de 1970 Os estudos focalizaram nos processos relacionados à compreensão do discurso e também no reconhecimento das palavras (acesso lexical). Análise de vários aspectos da pragmática, tais como pedidos indiretos e processos relacionados à metáfora. Surgem também vários modelos de representação textual. Década de 1990 Reaproximação da psicolinguística e a teoria gerativa pelo modelo gerativo adotado no programa minimalista (Chomsky, 1995, 1999), em que condições de legibilidade da informação linguística são ou não satisfeitas pelos sistemas de desempenho (nas interfaces forma lógica e forma fonológica), servindo como critério de validação empírica do modelo linguístico. O interesse central da Psicolinguística pode ser resumido em três questões básicas: Como as pessoas adquirem a linguagem verbal? (Psicolingüística desenvolvimentista) Como as pessoas produzem a linguagem verbal? (Psicolingüística Experimental) Como as pessoas compreendem a linguagem verbal? (Psicolingüística Experimental) Objetivo básico: Descrever e analisar a maneira como o ser humano compreende e produz linguagem, observando fenômenos lingüísticos relacionados ao processamento da linguagem. Sinal acústico Informação sintática Reconhecimento de itens lexicais Projeções das propriedades formais e semânticas Ocorre o processamento dos sintagmas e das sentenças formadas, permitindo a interpretação do significado. Em resposta ao que foi compreendido, utilizamos os aspectos fonético-fonológicos, morfológicos, lexicais, sintáticos e semânticos, para coerentemente produzirmos também um sinal acústico verbal que seja compreensível para p interlocutor. Em relação a forma escrita Transformação dos sinais visuais Informações Linguísticas Reconhecimento de estruturas sintáticas e conteúdo semântico do texto Em ambos os processos (via oral ou via escrita) o que está em funcionamento são as habilidades cognitivas relacionadas á linguagem Processamento Linguístico Conjunto de procedimentos mentais Busca promover teorias que dêem conta de explicar como esse processamento lingüístico se estrutura na mente dos seres humanos. Procedimentos metodológicos de acordo com o tipo de fenômeno ou de objeto lingüístico que se está focalizando nas pesquisas. Essas pesquisas abrangem subdomínios associados à compreensão e à produção de linguagem. Inicialmente, nos estudos considerou-se que essas (compreensão e produção) pelos mesmos processos atuam de maneira inversa: Na psicolinguisticos duas atividades eram realizadas cognitivos que compreensão os estímulos externos eram convertidos em significados Na produção os significados eram convertidos em estímulos externos Mais tarde, percebeu-se que tanto os dados experimentais de indivíduos ‘normais’ como aqueles realizados em pacientes com algum tipo de lesão cerebral indicavam que a compreensão e a produção são processos distintos. • • Pacientes com algum tipo de afasia ou disfasia podem apresentar: distúrbios de produção sem maiores danos na compreensão (lesão na área de Broca) distúrbios de compreensão sem maiores danos na produção (lesão na área de Wernicke) Tentando entender os processos mentais relacionados à compreensão e à produção da linguagem, a psicolingüística experimental investiga o processamento lingüístico nos vários níveis gramaticais que estão envolvidos nesses processos (fonológico, morfológico, sintático, semântico). Alguns campos de investigação: a) estudos sobre a percepção da fala, em que se analisa o sinal acústico em seus vários aspectos. b) estudos sobre o reconhecimento de palavras ou sobre o acesso lexical. c) estudos sobre o processamento de frases que investigam a organização da estrutura sintática construída a partir do parser (ou processador sintático). d) o estudo da interpretação semântica dos enunciados lingüísticos. Experimentos off-line baseados em respostas dadas por indivíduos após os mesmos terem lido ou ouvido uma frase ou um texto Experimentos on-line se baseiam em medidas a reações obtidas no momento em que a leitura/audição está em curso As aferições obtidas a partir de experimentos off-line dão informação a respeito da interpretação (momento de reflexão) das frases ou enunciados, já as aferições obtidas a partir de experimentos on-line dão informação a respeito de processos mentais que acontecem antes que a integração entre todos esses níveis lingüísticos esteja completa (momento reflexo). Teoria da Complexidade Derivacional Teoria do Labirinto (garden-path) Teoria Interativa Incrementacional Teoria da Satisfação de Condição Um tipo de frase que classicamente é estudada pela psicolingüística que investiga o processamento sentencial é a frase ambígua sintaticamente, ou seja, a frase que pode ter mais de uma interpretação em função da sua estrutura sintática ambígua. Exemplos: a) O policial viu o turista com o binóculo. b) A mãe suspeita do assassinato do filho (e) vai para a delegacia. o O policial viu o turista com o binóculo. A frase (a) pode ser interpretada de duas maneiras: o policial tinha um binóculo e, de posse do mesmo, viu o turista; e o policial viu o turista que portava um binóculo. Nessa frase existe uma ambigüidade que só poderia ser desfeita contextualmente. Trata-se de uma ambigüidade estrutural permanente. A mãe suspeita do assassinato do filho (e) vai para a delegacia. Já na frase (b) temos uma ambigüidade local e temporária, ou seja, a ambigüidade não se mantém até o final da leitura da frase, permanece apenas até o momento em que se lê seu segmento final. Vejamos então uma das frases experimentalmente nos estudos: utilizadas Alguém atirou no empregado da atriz que estava na varanda. A pergunta seria: Quem estava na varanda? Essa pergunta poderia ser respondida tanto com o “o empregado é que estava na varanda” quanto com “a atriz é que estava na varanda’’ Com base nessa ambiguidade estrutural, foram elaborados vários experimentos, usando uma vasta gama de procedimentos metodológicos. Experimentos off-line Resultados: a maioria dos sujeitos respondeu que quem estava na varanda era o ‘‘empregado’ ’e a minoria respondeu que era a ‘‘atriz’’ Sendo assim, a partir desses resultados foram elaborados experimentos on-line para tentar capturar essa ligação ou aposição da sentença relativa com o sintagma nominal “empregado” na frase do exemplo anterior no curso do processamento, e não depois do seu término como nos experimentos baseados no estudo de questionário (off-line) anterior. Técnicas experimentais Psicolinguística: utilizadas pela Leitura automonitorada Efeito de reativação Aparelho denominado ‘‘monitorador ocular’’ Leitura automonitorada Uma determinada frase aparece na tela do computador e cabe ao sujeito à tarefa de ler cada segmento, tendo, ele mesmo, o controle sobre o tempo de leitura de cada segmento. Diferenças de tempo aferidas em um experimento (on-line) no curso do processamento podem indicar a maneira como as demandas cognitivas relacionadas à linguagem atuam. Efeito de reativação Caracteriza-se pela possibilidade de um estímulo linguístico ser capaz de facilitar o processamento de outros estímulos linguísticos Por exemplo: ‘‘Ontem fui visitar minha avó doente no hospital’’ Aparelho Monitorador Ocular Capaz de localizar onde está o foco de visão no momento em que se está lendo uma frase ou um texto, ou mesmo quando figuras são vistas Mede em milésimos de segundo quanto tempo esse foco permanece em cada palavra constituinte de uma frase ou um texto Permite estudar movimentos oculares regressivos, ou seja, os movimentos que os olhos fazem retroativamente quando estão lendo uma frase ou um texto. Algumas perguntas relacionadas ao estudo da psicolingüística experimental: - O que é processamento lingüístico ? - O que é o processador sintático ? - O que são experimentos on-line e off-line ?