Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão.
Por que atualidades?
Prova Roleta-Russa?
Alunos sempre perguntam à professores de Atualidades, quais são
Os concursos públicos cada vez mais exigem profissionais
que estejam conectados e interessados pelas grandes
os temas “quentes”, quais tem maior chance de cair na prova. Mas
questões que assolam o século XXI. A amplitude que a
todos os editais sempre pedem “questões relacionadas a fatos
Internet tomou nesse inicio de milênio, fez com que pessoas
políticos econômicos e sociais, ocorridos a partir de tal data...”
de todo mundo e uma significativa parcela de brasileiros
tivesse acesso a um turbilhão de informações, agenciadas
Fatos econômicos, políticos e sociais... Genérico, eu diria... É
através do Google, impulsionadas pelo Facebook, que em
complicado pensar na quantidade de fatos políticos, econômicos e
determinados países geraram até revoluções. Esse novo
sociais que acontecem a cada ano ou período estipulado pelos
mundo virtual (que se mistura ao próprio mundo real) foi
capaz de ampliar a globalização da informação. Hoje você
editais. O mundo está cada vez mais agitado, mais multipolar, com
pode, da sua casa, escutar rádios on-lines do mundo todo
muitas nações desenvolvendo primazias ou sofrendo
em tempo real enquanto pesquisa sobre o que quiser. Mas
transformações. Mesmo no Brasil, passamos por um período
esse mesmo mundo novo, é feito e é fruto de um mundo
distorcido pelas questões do capitalismo especulativo-
conturbado e contradório, com uma intensa violência e desrespeito
finaceiro-tecnológico, que tornam o mundo um lugar bastante
aos direitos humanos, escândalos de corrupção, crescimento
difícil de se viver e de se entender de tantos contrastes.
econômico, discussões de cunho social e comportamental.
A prova de Atualidades – ou Conhecimentos Gerais é
Portanto, é preciso ter em mente que é preciso sempre buscar
portanto um artifício dos órgãos públicos para tentar
selecionar um perfil que se interessa por todo tipo de mídia,
notícias e se atualizar, e esta presente apresentação de slides se
que faz um bom uso da internet, e que domine minimamente
mostra apenas como um lampejo que busca da melhor forma
as questões políticas, econômicas e sociais do mundo e de
possível ensinar caminhos de estudo para uma prova que de tão
seu país.
vasta, é sempre um “tiro no escuro, uma roleta russa.”
A Polêmica é o
combustível para o
reconhecimento de
um assunto atual
“Atualidades” é um aspecto
dos processos seletivos que
procuram avaliar a capacidade
dos candidatos de
acompanhar as mudanças
mundiais e nacionais – em
suas diferentes facetas –
economia, política, cultura,
mídia. Geralmente seus
temas envolvem temas
polêmicos, que foram temas
da mídia em geral. É
importante estar atento à
esses temas, e procurar
aprofundar as informações,
que muitas vezes são
retratadas de forma
superficial pelos meios de
comunicação.
Farcs libertam reféns na Colômbia.
Os 10 militares colombianos libertados hoje pelas Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a Bogotá nesta segundafeira, onde passarão por exames médicos. Eles eram os últimos reféns
militares da guerrilha e foram resgatados por uma missão humanitária da
qual o Brasil participou. As Farc me notificaram em 11 de novembro (de
2011) que iriam me libertar disse o sargento da polícia José Libardo Forero,
sequestrado em 1999, à Rádio Caracol.
Ao desembarcar, alguns deles traziam animais da selva. Um dos
resgatados correu alguns metros envolto em uma bandeira da Colômbia.
Essa operação em um único dia permitiu que dez famílias voltassem a estar
juntas depois de estarem separadas por tantos anos. A agonia dessas
famílias termina hoje. Isso nos dá grande satisfação — disse Jordi Raich,
chefe do Comitê Internacional da delegação da Cruz Vermelha. Segundo o
Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os reféns foram libertados “numa
zona rural entre os limites dos departamentos de Meta e Guaviare”. “Estas
pessoas foram entregues a uma missão humanitária formada por membros
da (ONG) Colombianas e Colombianos pela Paz e delegados do Comitê
Internacional da Cruz Vermelha”, acrescentou o comunicado da
organização.
Libertação é novo gesto das Farc
A libertação dos reféns é entendida como uma nova sinalização das Farc,
considerada a insurgência mais antiga da América Latina. Em fevereiro, os
rebeldes haviam se comprometido a não mais realizar sequestros. A
guerrilha divulgou hoje um comunicado reiterando essa decisão. Esse gesto
não pode ser subestimado. O governo realmente deveria entender isso (a
promessa de fim dos sequestros) como um sinal de que as Farc realmente
estão interessadas no diálogo e em avançar no processo para acabar com os
conflitos — diz o analista de conflito Juan Carlos Palou.
Mas muitos colombianos ainda se mantêm céticos quanto à possibilidade
de a guerrilha, que supostamente ainda tem 700 reféns civis, abandonar as
armas após ter se aproveitado de diálogos anteriores para se fortalecer. O
presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, exige que as Farc liberte
todos os prisioneiros e deixe de fazer ataques a alvos civis e militares antes
de qualquer diálogo. Ao comunicado de hoje, Santos respondeu que a
medida não é suficiente.
Para entender as Farc...
A luta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(FARC) iniciada da mobilização de camponeses comunistas
liderados por Manuel Marulanda, o Tiro Certo, estende-se até
os dias de hoje. Esse grupo inconformado com a penosa
situação econômica e social da Colômbia decidiu, ao longo de
40 anos de luta, controlar o território sul do país, criando
esferas de poder paralelo. No entanto, é importante lembrar
que a Colômbia não abriga somente esse grupo guerrilheiro.
Outros grupos de orientação diversa também se instalaram
no território colombiano.
Atualmente, muitos criticam as FARC como sendo um grupo
de ação terrorista e sustentado pelo tráfico de drogas. A
natureza combatente das FARC e a disputa entre os outros
grupos paramilitares e guerrilheiros do país impedem algum
tipo de julgamento preciso sobre os “verdadeiros” objetivos e
práticas do grupo. No entanto ficam em evidência os
seqüestros, mortes e pressões diplomáticas associadas ao
grupo. De fato, as diferenças dos grupos armados presentes
na Colômbia demonstram a fraqueza das instituições
políticas dentro do país. As FARC são desdobramentos de
uma história política latino-americana onde há a falta de
representatividade de suas instituições incitam certas
parcelas da população, independente de sua orientação
progressista ou conservadora, a pegarem em aramas e
garantirem seus interesses.
Nos anos 80, a guerrilha tentou as vias representativas oficias
com a criação da União Patriótica. Não obtendo grandes
conquistas retornaram ao uso da guerrilha para sustentarem
seu projeto revolucionário. No fim dos anos 90, durante o
governo do presidente Pastrana, tentou-se uma negociação
pacífica capaz de dar fim ao problema causado pelas mortes e
o desgaste militar entre o Estado e os grupos armados. Em
2000, os Estados Unidos decidiram interferir na questão
criando um plano de cooperação com a Colômbia. O Plano
Colômbia instituiu fundo de ajuda através do qual os Estados
Unidos enviaria recursos e tecnologia militar contra os
guerrilheiros. Ainda assim, as FARC sobrevivem hoje às
pressões que rondam o seu projeto de tomada do poder na
Colômbia.
Usina de Belo Monte.
Operários da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram
nesta segunda-feira (23) uma paralisação por melhores condições
de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o principal
acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da
Rodovia Transamazônica.
O estado de greve dos trabalhadores começou na última quintafeira. Eles querem aumento do valor da cesta básica, que hoje é
de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os periodos de folga.
Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família de seis
em seis meses.O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM)
informou que todas as atividades dos canteiros foram suspensas,
mas 850 trabalhadores foram liberados da greve para garantir a
manutenção de serviços essenciais como segurança,
atendimento médico e alimentação aos operários alojados.
A paralisação em Altamira começou por volta de cinco horas da
manhã. Os operários líderes da manifestação bloquearam o
acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes
de trabalho de Belo Monte.
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma obra faraônica a ser
construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará – em plena
floresta amazônica – o lago da usina terá uma área de 516 km²
(1/10.000 da área da Amazônia Legal). Em potência instalada, a usina
de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás
apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e
paraguaia Itaipu (14.000 MW).
Seu custo é estimado em R$ 19 bilhões (2010), ou seja R$ 1,7 milhões
por MW instalado e R$ 4,3 milhões por MW efetivo. A usina está
prevista para entrar em funcionamento em 2015.
A construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de
escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e
fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um
estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a
usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental.
A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de
árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta
de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no
regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a
redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade
econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da
região.
Impactos sociais
O transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem
direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio
de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até
Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios,
como a venda de peixes e castanhas.
De resto, as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo
Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que reúne pesquisadores e
pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam que a
construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria
causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo
deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos,
segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população
atingida e pela subestimação da área diretamente afetada.
Trinta anos após guerra, argentinos e britânicos ainda
disputam Malvinas
A campanha da presidente argentina, Cristina
Kirchner, para obrigar a Grã-Bretanha a entregar
as Malvinas talvez alcance nesta segunda-feira (2)
seu ponto máximo durante os 30 anos de aniversário
da falida ocupação argentina ao arquipélago do
Atlântico Sul. Cristina estava disposta a encabeçar
manifestações patrióticas que ocorrerão nesta
segunda e a discursar novamente exigindo que os
britânicos reconheçam a soberania argentina das
Ilhas Malvinas, que eles chamam de Ilhas Falkland.
Os esquerdistas convocaram uma marcha até a
embaixada britânica em Buenos Aires. Ganhadores
do Prêmio Nobel da Paz acusaram a Grã-Bretanha de
militarizar as ilhas, e dirigentes sindicais celebraram
seu boicote a barcos de carga e cruzeiros britânicos.
No entanto, nenhuma dessas ações parecem aproximar o país latino-americano
da recuperação do local onde, afirmam, foram expulsos em 1833 por forças
britânicas - que o administra há 150 anos como sua colônia e assegura que
não há nada para negociar, já que as ilhas são um território autônomo
britânico ultramar e determinam seu próprio destino. Grande parte dos
moradores da ilha desejam continuar sob comando britânico. Sem um
avanço verdadeiro, as partes têm intensificado seu discurso e endurecido
suas posturas. Em emails e redes sociais, os argentinos chamam os
moradores locais de "piratas" e se referem aos habitantes com o termo
"kelpers".
A Argentina tenta diversas formas de cortejar, ocupar, negociar, ameaçar com
seu regresso às ilhas nas últimas quatro décadas. Em 1930, o país estabeleceu
um elo direto com Bueno Aires: os abasteciam de gasolina, pagavam a
educação das crianças e tentava construir vínculos. A Grã Bretanha
negociava com os moradores para que aceitassem uma entrega das ilhas ao
estilo de Hong Kong antes que a junta militar argentina decidisse lançar a
invasão em 2 de abril de 1982. Acreditava-se que os soldados argentinos
seriam recebidos como libertadores, mas em pouco tempo advertiram que
os locais queriam continuar sendo britânicos e que uma frota naval havia
zarpado da Inglaterra para recuperar as ilhas. A junta enviou milhares de
novos recrutas sem apoio logístico nem sequer com roupa suficiente para se
proteger do frio. Os soldados argentinos combateram com força, mas não
tiveram oportunidade de vencer. As forças argentinas se renderam em 14 de
junho, ao fim de uma luta em que morreram 649 argentinos e 255
britânicos. Três habitantes locais perderam a vida devido ao fogo cruzado.
Na década de 1990 houve outras tentativas de construir vínculos: vários
acordos para dividir os direitos de pesca e exploração petrolífera, vínculos
marítimos e aéreos, entre outros. mas quase todos os acordos foram
abandonados em 2003, depois que o marido falecido de Cristina, Néstor
Kirchner, foi presidente e empreendera o isolamento das ilhas. Ações deste
tipo se intensificaram desde então. "Trinta anos e estamos igual, nos
preocupa voltar a viver o mesmo, outra invasão. Não queremos que se
repita.", disse a moradora Mary Lou Agman à agência de notícias Associated
Press. Centenas entre os 3 mil residentes das ilhas participaram de
manifestações neste domingo com bandeiras britânicas e das Malvinas,
enquanto observavam um desfile da Força de Defesa local que marchou na
rua principal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de
abril, que o sistema de cotas raciais em
universidades não contraria a Constituição brasileira.
O resultado do julgamento sanciona a prática,
adotada por instituições públicas de ensino superior,
de manter reservas de vagas para estudantes
negros, pardos e índios. O objetivo é corrigir
injustiças históricas provocadas pela escravidão na
sociedade brasileira. Um dos efeitos desse passado
escravocrata é o fato de negros e índios terem
menos oportunidades de acesso à educação
superior e ao mercado de trabalho. Brasileiros
brancos têm, em média, dois anos a mais de
escolaridade do que negros e pardos, de acordo com
dados de 2008. Foi esse argumento – de que o
sistema de cotas é uma forma de combater a
herança escravagista do século 19 – que prevaleceu
entre os ministros do Supremo, cuja decisão foi
unânime.
Eles julgaram uma ação proposta pelo DEM contra o
sistema de cotas na UnB (Universidade de Brasília), adotado
em 2004. A instituição reserva 20% das vagas para
candidatos que se declarem negros ou pardos. O partido
sustentou que a medida viola o princípio constitucional de
igualdade e é discriminatória.
As cotas raciais fazem parte de um modelo de ação
afirmativa criado nos anos 1960, nos Estados Unidos. A
proposta era de amenizar o impacto da desigualdade social
e econômica entre negros e brancos. Hoje, apesar da
reserva de vagas ser considerada ilegal nos Estados
Unidos, as universidades americanas usam as ações
afirmativas para selecionar alunos negros e hispânicos com
potencial.No Brasil, o sistema de cotas raciais não beneficia
apenas negros, mas pardos e índios. Há ainda as chamadas
cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e
deficientes físicos, e cotas mistas, para estudantes negros
que estudaram na rede pública de ensino, por exemplo.Para
concorreram a essas vagas, os candidatos devem assinar
um termo autodeclarando a raça e, em algumas instituições,
passar por entrevistas.O problema é que, em uma
sociedade mestiça como a brasileira, há o risco de
distorções no processo de seleção. O caso mais conhecido
ocorreu em 2007. Dois irmãos gêmeos univitelinos
(idênticos), filhos de pai negro e mãe branca, inscreveramse como candidatos no sistema de cotas da UnB. Após uma
entrevista, somente um deles foi considerado negro e
conseguiu a vaga. Houve repercussão na imprensa e a
pressão fez a universidade rever a decisão.
Aprovação das Cotas Universitárias
O "Portal da Transparência" passou a publicar nesta quarta-feira (27) os salários dos
servidores do Executivo federal. A publicidade da remuneração de funcionários
públicos foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff por meio de decreto de
regulamentação da Lei de Acesso à Informação, editado em 16 de maio . A nova
legislação tem como objetivo ampliar o acesso da população a informações
públicas. Os salários dos militares das Forças Armadas ainda não foram incluídos no
portal.
De acordo com o portal, a presidenta Dilma recebeu um salário bruto de R$ 26.723,13
no mês de maio. Com as deduções por conta dos impostos, o valor líquido chegou a
R$ 19.818,49.
Presidenta Dilma Rousseff determinou a divulgação dos salários dos servidores
federais quando assinou o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), o prazo para incluir essas
informações expira em 30 de julho. A consulta deve ser feita pelo site
www.portaldatransparencia.gov.br, na seção "Servidores". O cidadão pode consultar
os salários pelo nome ou CPF do servidor, por órgão ou função. Além do vencimento
básico, serão divulgadas remunerações eventuais, como férias e gratificação natalina
e deduções obrigatórias. Além disso, o portal vai mostrar se o servidor devolve
dinheiro à União por ter ultrapassado o teto do funcionalismo, bem como se possui
jetons (gratificações extraordinárias). O site não vai divulgar descontos de caráter
pessoal, como pensões e empréstimos consignados. Por enquanto, não serão
exibidas informações sobre verbas indenizatórias, tais como auxílios alimentação,
transporte e creche, ajudas de custo ou diárias de viagens. De acordo com a CGU,
essas informações têm até 30 de agosto para serem publicadas.
Portal da Transparência.
Outras Notícias – Abril de 2012
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2 de Abril
Atirador mata 7 e deixa 3 feridos em universidade nos Estados Unidos.
4 de Abril
 Na Somália, atentado à bomba mata 10 pessoas, entre as vítimas o Presidente da Federação de
Futebol Said Mohamed e o Presidente do Comitê Olímpico da Somália Aden Yabarow.
11 de Abril
 Terremoto de magnitude 7.0 na escala richter atinge a costa oeste do México.
 No Peru, operários de uma mina presos a 6 dias, são resgastados.
 Terremoto de magnitude 8.6 na escala richter atinge a costa de Sumatra na Indonésia.[
12 de Abril
 Na Coreia do Norte, lançamento de foguete que levaria satélite meteorológico ao espaço sofre
falha e cai no Mar Amarelo um minuto após o lançamento.
14 de Abril
 Centenário do Santos Futebol Clube.
17 de Abril
 Terremoto de magnitude 6.5 na escala Richter atinge região central do Chile.
19 de Abril
 Índia testa seu primeiro míssil nuclear de longo alcance, o Agni V, cujo o lançamento foi
realizado a partir da Ilha Wheeler na costa leste do país.[48]
20 de Abril
 No Paquistão, avião com pelo menos 126 pessoas cai antes de pousar no aeroporto
internacional Benazir Bhutto emRawalpindi.
França elege socialista François
Maio de 2012
Hollande
O socialista François Hollande foi eleito presidente da França neste domingo ao derrotar o
atual chefe de Estado, o conservador Nicolas Sarkozy, no segundo turno das eleições
francesas.
Hollande se converte assim no segundo presidente socialista da V República Francesa,
fundada pelo general Charles De Gaulle em 1958, depois de François Mitterrand,
chefe de Estado de 1981 a 1995.
Esquerda volta ao poder na França O socialista François Hollande foi eleito presidente
da França neste domingo ao derrotar o atual chefe de Estado, o
conservador Nicolas Sarkozy, no segundo turno das eleições francesas.
Esquerda toma as ruas da França para celebrar vitória de Hollande
Os simpatizantes da esquerda na Françatomaram as ruas do país neste domingo para
comemorar a vitória do socialista François Hollande nas eleições presidenciais
contra o conservador Nicolas Sarkozy em uma demonstração de júbilo que teve seu auge na
simbólica Praça da Bastilha de Paris. Pesquisa aponta vitória da
esquerda francesa também nas legislativasA esquerda francesa alcançará a vitória na
primeira rodada das eleições legislativas de junho com 46% das intenções de
voto, oito pontos a mais que em 2007, aponta uma pesquisa do Instituto BVA divulgada
neste domingo. Hollande afirmou que sua vitória marca o início de "um
movimento que se ergue em toda a Europa" e pelo mundo em busca dos valores de esquerda.
"Vamos nos lembrar, pelo resto de nossas vidas, deste grande encontro aqui
na Bastilha, que irá inspirar outros povos, de toda a Europa, para a mudança que se
anuncia". "Em todas as capitais, além dos chefes de Estado e de Governo, há pessoas
que graças a nós têm esperança, nos olham e querem terminar com a austeridade“.Há 31
anos, a esquerda ocupou a Bastilha para celebrar a vitória de Mitterrand,
presidente da França de 1981 a 1995. Em seu primeiro discurso como presidente eleito, na
cidade de Tulle (centro), Hollande disse que está "ciente de que toda a Europa
nos observa (...) e de que em diversos países europeus há um sentimento de alívio e de
esperança, de que, por fim, a austeridade não deve ser mais uma fatalidade“."Neste 6 de maio,
os franceses escolheram a mudança para me levar à presidência da República" e estou
"orgulhoso por ter sido capaz de devolver esta esperança". "Prometo ser o presidente de todos".
Após uma crise iniciada no setor
bancário e imobiliário Norte-Americano
em 2008 (a crise dos sub-primes), vários
bancos quebraram, gerando um
sequência em massa de fechamento de
grandes empresas e bancos. A Europa,
com a zona do Euro instituída também foi
afetada pela Crise, e os Estados deixam
de lado a teoria Neo-liberal e passam a
socorrer os banqueiros e outros grandes
investidores do setor financeiro e
industrial. Tal dinheiro estatal injetado na
iniciativa privada, viria por diminuir a
capacidade de investimento estatais no
setor público europeu e americano,
afetando principalmente países menos
industrializados da zona do Euro como
Irlanda, Grécia, Portugal, que possuem
um grande endividamento público e
pouca capacidade de inovação produtiva.
Todo esse contexto vem criando um ciclo
recessivo que ameaça a zona do Euro,
bem como a organização do Capitalismo
Financeiro atual.
Crise Econômica no Capitalismo Central – A
Crise Americana e a Crise do Euro.
UE (União Europeia) aprovou, no dia
9 de maio de 2010, um fundo
emergencial de 750 bilhões de euros
(R$ 1,7 trilhão) para salvar a Grécia de
uma crise fiscal que ameaçava colocar
a Europa em nova crise econômica.
A Grécia gastou muito além do que
seu orçamento permitia nos últimos
anos. Para pagar as contas, o Estado
contraiu empréstimos com
instituições bancárias. E, para piorar a
situação, a crise de 2008 provocou
desemprego e queda de receitas.
Com o objetivo de equilibrar as
contas, o governo anunciou um
pacote que congela salários e aumenta
impostos. Foi o que causou violentas
manifestações em Atenas, que
deixaram três mortos no dia 5 de
maio.
O que tornou inevitável a ajuda para
resgatar a economia grega foi o risco
de que a crise se espalhasse pela
Europa, afetando, principalmente,
países em situações fiscais
semelhantes, como Irlanda, Espanha e
Portugal.
Para entender melhor...
Veja a seguir alguns pontos para entender a crise que afeta a Europa e
os “Piigs” – Portugal, Irlanda, Itália, Grécia + Espanha.
Portugal enfrenta uma taxa de desemprego superior a 12% e uma
economia em contração . O recém empossado primeiro-ministro Pedro
Passos Coelho terá que implantar reformas fiscais e sociais amplas e
urgentes, incluindo mais medidas de austeridade para restaurar a saúde
fiscal do país e encorajar o crescimento econômico.
Os termos do acordo de ajuda financeira acertado com a União Europeia e
credores incluem aumento dos impostos, congelamento de aposentadorias
e cortes nos benefícios dos funcionários. O novo governo terá que
implementar o pacote econômico que prevê uma ajuda financeira de 78
bilhões de euros ao país.
Diferentemente de outros países, não houve qualquer estouro de bolha em
Portugal. O que houve foi um processo gradual de perda de
competitividade, com o aumento dos salários e redução das tarifas de
exportações de baixo valor da Ásia para a Europa.
Com o baixo crescimento econômico, o governo tem tido dificuldade para
obter a arrecadação necessária para arcar com os gastos públicos
crescentes, em parte por causa de uma sucessão de projetos, incluindo
melhorias no setor de transportes, com o objetivo de aumentar a
competitividade portuguesa.
Quando estourou a crise financeira global, em setembro de 2008, Portugal
passou a enfrentar problemas com sua dívida pública, que ficou cada vez
mais difícil de ser financiada.
Crise do Euro – Origens e Consequências.
Irlanda
A República da Irlanda foi uma das maiores
casos de sucesso recente na Europa, nos anos
pré-crise. Tanto que devido a esse fato o país foi
apelidado de "Tigre Celta". Mas esse
crescimento econômico era dependente de
uma frágil bolha imobiliária que ruiu em 2008.
O país foi do boom ao desastre financeiro em
um período de apenas três anos.
O preço dos imóveis caiu rapidamente cerca de
60% e os empréstimos de risco, concedidos
principalmente para as construtoras, se
acumularam nas carteiras dos principais
bancos. Para ajudar as principais instituições
financeiras e evitar um colapso em todo o
sistema foi necessário um aporte emergencial
de 45 bilhões de euros, mais de R$ 100 bilhões,
o que aprofundou ainda mais o já elevado
déficit no orçamento do governo irlandês.As
finanças do país também estão sendo afetadas
pela queda na arrecadação de impostos. À
medida que a economia se retrai, cresce o
desemprego e aumentam os temores de que o
país esteja à beira de uma volta à recessão.
O país já adotou uma série de programas de
austeridade desde o início da crise da dívida,
mas o governo terá de fazer muito mais nos
próximos anos para cumprir as difíceis metas
estabelecidas pela União Europeia (UE), pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI) e o
Banco Central Europeu (BCE), que são credores
do país.Em 7 de novembro, a União Europeia
fez uma emissão de bônus dez anos no valor de
3 bilhões de euros destinados ao programa de
assistência financeira à Irlanda. A operação foi
realizada por meio do Fundo Europeu de
Estabilidade Financeira (FEEF), com
vencimento dos títulos em 4 de fevereiro de
2022 e rentabilidade de 3,6%.
Itália
O agravamento da situação da economia italiana tem colocado em dúvida as
soluções propostas até agora pela União Europeia para a crise. A Itália possui uma
dívida de 1,9 trilhão de euros, muito maior que a de Grécia, Irlanda e Portugal juntos.
A quebra da Itália , terceira maior economia do bloco, que representa cerca de 20% da
União Europeia, poderia abalar seriamente a estrutura do euro. Para blindar a Itália,
os líderes europeus decidiram em outubro ampliar o Fundo de Estabilidade
Financeira (FEEF) para 1 trilhão de euros, mediante um mecanismo que estimule a
compra da dívida dos países mais frágeis, oferecendo uma garantia de 20% sobre
perdas eventuais.
Diante da gravidade da situação, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou
em 13 de novembro o economista e ex-comissário da União Europeia Mario
Monti como primeiro-ministro do país, em substituição a Silvio Berlusconi , que
ocupou o cargo por cerca de dez anos, e passava por uma crise de credibilidade após se
envolver em sucessivos escândalos, além de ter seu nome associado em denúncias de
corrupção.
Monti te como função principal implementar o plano de austeridade aprovado em
12 de novembro pelo parlamento italiano. O pacote contém medidas duras para cortar
59,8 bilhões de euros e equilibrar o orçamento do país até 2014.
Entre as medidas estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20%
para 21%, congelamento dos salários de servidores até 2014, aumento da idade mínima
de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65
em 2026, maior rigidez na aplicação das leis contra evasão fiscal, além de um imposto
especial para o setor de energia.
Italia e Irlanda – crise do Euro.
A crise financeira da Grécia pode ter
profundas implicações para outros países
europeus e para a economia mundial.
1 - Por que a Grécia está nessa
situação?
A Grécia gastou bem mais do que podia na
última década, pedindo empréstimos
pesados e deixando sua economia refém
da crescente dívida. Nesse período, os
gastos públicos foram às alturas, e os
salários do funcionalismo praticamente
dobraram. Enquanto os cofres públicos
eram esvaziados pelos gastos, a receita
era afetada pela evasão de impostos deixando o país totalmente vulnerável
quando o mundo foi afetado pela crise de
crédito de 2008.
2 - O que a Grécia está fazendo para
reverter a crise?
O governo quer congelar os salários do
setor público e aumentar os impostos e
ainda anunciou o aumento do preço da
gasolina.Pretende também aumentar a
idade para a aposentadoria, em uma
tentativa de economizar dinheiro no
sistema de pensões, já sobrecarregado.
3 - Por que a Grécia não declara
moratória de suas dívidas?
Se o país não fosse membro da zona do
euro, talvez fosse tentador declarar a
moratória, o que significaria deixar de
pagar os juros das dívidas ou pressionar
os credores a aceitar pagamentos menores
e perdoar parte da dívida.
4 - A crise na Grécia pode se espalhar?
Se a Grécia promover um calote, os
problemas podem se espalhar para a
Irlanda e Portugal.
Pessoas procurando vagas em agência de empregos na Espanha: desemprego
recorde.
Com a taxa de desemprego mais alta entre os países industrializadas (22% da população
ativa), ameaça de resgate financeiro e risco crescente de recessão, a Espanha vive sua pior
crise em mais de quatro décadas.
A fragilidade econômica vem causando umarápida mudança social na Espanha,
empurrando de volta para a pobreza pessoas que vinham ascendendo economicamente.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de um em cada cinco espanhóis,
(21% da população), ou cerca de 10 milhões de pessoas, era classificado como pobre em
julho, e analistas estimam que este índice chegue a 22% até o fim do ano. Em 1991, o índice
era de 14%. Uma em cada quatro famílias no país não tem dinheiro suficiente para saldar as
dívidas no fim de cada mês.
Essas estatísticas recentes contrastam com o perfil de um país que até seis anos atrás criava
cerca de 500 mil empregos por ano e que em uma década de crescimento contínuo
importou 5 milhões de imigrantes.
Algumas medidas para tentar ajustar o país ao momento de baixo crescimento como
congelamento de pensões, aumento na idade de aposentadoria, que passou dos 65 para 67
anos, corte de 5% nos salários do funcionalismo, aumento de impostos, entre outras, foram
decretadas nos últimos meses. Mas essas decisões acabaram com a popularidade dos
políticos socialistas, que chegaram ao poder em 2004, num momento de expansão
econômica impulsionada pelo que, no futuro, se transformaria em uma bolha imobiliária. A
forte expansão do setor da construção na Espanha fez com que o PIB do país crescesse mais
de 60% nos últimos 15 anos. Entre 1994 e 2007, os imóveis tiveram uma valorização de mais
170%.
Após a realização de eleições parlamentares em 20 de novembro e sob o comando do novo
primeiro-ministro Mariano Rajoy , de perfil conservador, a Espanha deve ter pela frente
períodos de mais ajustes fiscais, com cortes de gastos do governo e crescimento mais lento.
Grécia e Espanha – Crise do Euro.
Outras Notícias de abril/maio de 2012
Abril
 Aprovação pessoal de Dilma sobe e atinge 77%, aponta Ibope: Margem de erro é dois pontos percentuais;
CNI encomendou pesquisa. Ficou estável em 56% o índice dos que consideram governo ótimo ou bom.
 Brasil não possui novas vagas para internação de jovens infratores: Dado foi divulgado nesta terça-feira (10)
pelo CNJ. Ceará tem maior taxa de ocupação de estabelecimentos no país, com 221%.
 Supremo decide por 8 a 2 que aborto de feto sem cérebro não é crime: Com a decisão, STF libera a
interrupção de gravidez de feto anencéfalo. Lei criminaliza aborto, com exceção dos casos de estupro e risco para
mãe.
 Morre aos 66 anos, o antropólogo Gilberto Velho: Ele era membro da Academia Brasileira de Ciências.
 Brasileiros fazem protestos contra a corrupção pelo país: Manifestantes marcham contra supersalários, foro
privilegiado e ficha suja. Em São Paulo, polícia entrou em confronto com os participantes do protesto.
 Cachoeira e Delta são depoimentos mais pedidos por membros da CPI: Bicheiro e ex-dirigentes da empresa
lideram requerimentos de convocação. CPI se reúne e deve votar 168 requerimentos protocolados.
Maio
 Dilma sanciona lei que cria novo fundo de previdência do servidor: Mudança no sistema de aposentadoria
vale apenas para novos servidores. Congresso Nacional concluiu votação do Funpresp no fim de março.
 Para baixar juros, governo muda rendimento da poupança: Desde 1861, a poupança rende, pelo menos, 6%
ao ano, segundo Caixa. Com alteração da regra, esse 'piso' pode ser rompido nos próximos meses.
 Marcha da Maconha termina em confusão com PMs em Ipanema: Segundo polícia, manifestantes
quebraram vidro de viatura do Choque. Agentes revidaram com gás de efeito moral.
 Governo reduz IPI de carros e tributo sobre operações de crédito: Objetivo é reduzir preço dos carros em
aproximadamente 10%, diz Mantega. Segundo ele, custo total das desonerações é de R$ 2,1 bilhões em 3 meses.
Outras notícias – Maio de 2012
 15 de Maio
 O Ex-Ministro do Interior da Colômbia, Fernando Londoño, sofre um atentado a bomba que deixa 2
pessoas mortas em Bogotá.
 20 de Maio
 Terremoto de magnitude 6.2 na escala Richter atinge o nordeste do Japão.
 Terremoto de magnitude 5.9 na escala Richter atinge o norte da Itália.
 Abdelbaset Ali Mohmed Al Megrahi, o único condenado pelo atentando terrorista de
Lockerbie na Escócia que matou 270 pessoas, morre aos 59 anos.
 21 de Maio
 Terremoto de magnitude 5.8 na escala Richter atinge a Bulgária.
 23 e 24 de Maio
 Eleições presidenciais no Egito.
 25 de Maio
 Início Rock in Rio Lisboa V.
 28 de Maio
 Terremoto de magnitude 6.7 na escala richter atinge o norte da Argentina.
 30 de Maio
 Ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, é condenado a 50 anos de prisão por ter cometido crimes contra a
humanidade e crimes de guerra durante a 1° guerra civil do país que durou de 1989 a 1996.
 Asteroide '2012 KT42' passa a 14 mil quilômetros da Terra.
 31 de Maio
 Egito suspende estado de emergência instaurado em 1981 após o assassinato do ex-presidente Anwar alSadat por radicais islâmicos.

Bolívia nacionaliza empresa de eletricidade com capital espanhol Morales determinou ocupação da Transportadora de
Eletricidade. Empresa é gerida por filial do grupo Rede Elétrica Espanhola.
Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os
líderes de todo o mundo para fazer um
balanço do que foi feito nas últimas
duas décadas e discutir novas
maneiras de recuperar os estragos que
já fizemos no planeta, sem deixar de
progredir. Mas pensar em alternativas
para diminuir o impacto da
humanidade na Terra não é
responsabilidade, apenas, dos
governantes: é nossa também. Afinal,
todas as atitudes que tomamos no dia
a dia - do tempo que demoramos para
escovar os dentes ao meio de
transporte que escolhemos para ir à
escola - afetam, de alguma maneira, o
planeta e, por consequência,
nossa vida.
Por isso, no mesmo período da
reunião oficial da Rio+20, o Rio de
Janeiro sediará, também, a Cúpula
dos Povos: um evento que contará
com debates, palestras e uma porção
de outras atividades, sobre os mesmos
temas da Conferência da ONU, mas
que serão promovidos por grupos da
sociedade civil - como ONGs e
empresas.
A ideia é que todos os setores da
sociedade discutam, ao mesmo tempo,
maneiras de transformar o planeta em
um lugar melhor para vivermos
A Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20,
começou no último dia 13 de junho no Rio de
Janeiro. O evento, que acontece até o dia 22 de
junho, reúne líderes mundiais para discutir
medidas que promovam o progresso aliado à
preservação do meio ambiente nas próximas
décadas.
O evento marca os 20 anos da realização da Rio92 (ou Eco-92). Os dois principais temas em
debate são: economia verde e cooperação
global. Economia verde é um modelo de
crescimento econômico baseado na baixa
emissão de carbono e no uso inteligente dos
recursos naturais. Isso depende, por sua vez, de
uma organização entre os países para garantir
que os protocolos sejam seguidos por todos os
governos.
O desafio da conferência é fazer com que países
como Estados Unidos e China, as duas maiores
economias do planeta, convirjam em seus
interesses para assumir os compromissos
estabelecidos pela cúpula. Um documento com
as metas a serem atingidas nas próximas
décadas deve ser divulgado ao final do evento
Rio+20 e a
Cúpula dos
Povos.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva criticou nesta quarta-feira (20) o acordo firmado
entre os 193 países que participam da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável. Segundo ela, o documento proposto pelo Brasil e aceito pelos
outros países privilegiou apenas a economia, e não a sustentabilidade. "A crise econômica está
sendo privilegiada [na negociação]. O documento é uma pá de cal na Rio+20", disse, em rápida
entrevista concedida no fim da tarde, no Riocentro, onde ocorre o Segmento de Alto Nível da
conferência, com chefes de Estado e governo dos países participantes. Em entrevistas
anteriores, a ex-ministra havia usado a mesma expressão para dizer que a Rio+20 era uma "pá
de cal na Rio92“."O erro não é colocar 100 bilhões no FMI, é não colocar 100 bi em um fundo
ambiental. Venceu a tese norte-americana. Prevaleceu a tese de que esforços são bilaterais.
Que cada país tem que fazer as suas ações. Há um consenso de que o documento não é
satisfatório", disse.
Reação das ONGs
Assim como Marina, organizações não-governamentais (ONGs), descontentes com os
resultados da Rio+20 até agora, querem que a expressão "com plena participação da sociedade
civil" seja removida do parágrafo introdutório do documento-base da conferência. "As ONGs
não apoiam esse texto de maneira nenhuma", disse Wael Hmaidan, da Climate Action
Network International, que discursou em nome do chamado "major group" de organizações
sociais na abertura da sessão de alto nível da conferência, na manhã desta quarta. Segundo
Hmaidan, o documento aprovado pela diplomacia, intitulado "O Futuro que Queremos", está
"totalmente fora de contato com a realidade". "Exigimos que as palavras 'com plena
participação da sociedade civil' sejam removidas do texto", disse Hmaidan, para uma audiência
que incluía vários ministros, presidentes e outros chefes de Estado. Uma petição online, até
agora assinada por mais de 35 ONGs (incluindo duas brasileiras: Vitae Civilis e Idec), critica o
processo de negociação da ONU e pede mais participação da sociedade civil nas decisões.
A frase que as ONGs querem alterar é o primeiro parágrafo do documento que descreverá os
resultados da Rio+20, se aprovado formalmente pelos chefes de Estado ao final da conferência,
nesta sexta-feira. O trecho diz: "Nós, chefes de Estado e de governos e representantes de alto
escalão, tendo nos reunido no Rio de Janeiro, Brasil, de 20 a 22 de junho de 2012, com plena
participação da sociedade civil, renovamos nosso compromisso com o desenvolvimento
sustentável e com assegurar a promoção de um futuro economicamente, socialmente e
ambientalmente sustentável para o nosso planeta e para as gerações presentes e futuras".
Manifestação nas ruas
Milhares de pessoas ocuparam a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, na tarde
desta quarta, em protesto coletivo realizado em função da Rio+20. Segundo estimativa da
Polícia Militar divulgada às 18h30, cerca de 20 mil pessoas acompanhavam a passeata.Carros de
som, bandeiras, faixas, artistas e até uma escola de samba apoiavam as mais variadas causas,
em um clima pacífico. Segundo o Centro de Operações Rio, devido aos protestos, a pista lateral
da Avenida Presidente Vargas chegou a ter duas faixas interditadas, mas, às 16h35, foi liberada.
Ativistas de meio ambiente, trabalhadores rurais e urbanos, estudantes, professores e índios
desfilavam pela avenida separados por espécies de alas, um grupo na frente do outro,
lembrando, do alto, os desfiles carnavalescos na Marquês de Sapucaí.
Alguns cantavam em coro (com direito a coreografia), outros apitavam de cara pintada e líderes
de movimentos comandavam os seus companheiros de ideais ao microfone.
Família real britânica comemora
60 anos do reinado de Elizabeth II
Procissão pelo rio Tâmisa custou mais de R$ 30 milhões; ingleses protestam
A procissão de mil barcos que atravessaram o rio Tâmisa,
neste domingo, emocionou ingleses que acompanham as
comemorações dos 60 anos do reinado da rainha Elizabeth II.
O jubileu de diamantes só havia sido comemorado antes pela
rainha Victoria - que reinou de 1837 até sua morte, em 1901.
Milhões de britânicos acompanham pela TV as
comemorações, enquanto outros preferem organizar festas de
rua em comemoração ao jubileu
Vestindo trajes claros, Elizabeth II participa das
comemorações deste domingo acompanhada de seu marido,
o duque de Edimburgo, além dos príncipes Harry, William e
Kate Midletton. A família viajará da Ponte Albert, no oeste
do rio, até a Tower Bridge, no leste, a bordo de uma luxuosa
embarcação real decorada com 10 mil flores.
Desde a época dos romanos, o rio Tâmisa é parte crucial
da história britânica. Na época, era comum procissões por
suas águas serem usadas em demonstrações de poder de
monarcas.
Despesas e impostos
Apesar da maioria da população inglesa respeitar e admirar
a família britânica, o momento da travessia deve receber um
grupo de manifestantes que protesta contra as despesas
contraídas na comemoração do jubileu. A cifra de custo da
procissão deve chegar a R$ 30 milhões. O valor é financiado
por doações privadas, no entanto, os custos com segurança
recaem sobre impostos pagos pelos britânicos.
Junho de 2012
Comissão da
Verdade
A Comissão da Verdade, grupo federal criado para investigar, durante dois anos, as
violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, incluindo o período da
ditadura militar, enfrenta obstáculos para realizar, com êxito, a apuração dos casos.
Atualmente, recebe críticas ferrenhas acerca da quantidade de membros que formará o
grupo. O projeto, aprovado pela Câmara no último mês e que, atualmente, aguarda
votação no Senado, autoriza apenas sete pessoas para a comissão, indicados pela
presidente da república, além de 14 assessores.
No entanto, para alguns especialistas, 21 membros, compondo o que eles chamam de
“comissão da Meia-Verdade” serão insuficientes para o volume de tarefas
e responsabilidade previstas para essa comissão, visto que o trabalho consiste no
acesso a documentos sigilosos, convocação de pessoas para prestar depoimentos e a
determinação de perícias e diligências. Como argumento, eles afirmam que, no
Uruguai, por exemplo, comissão formada para a execução de um trabalho semelhante,
contava com a cerca de 200 membros.
Além disso, afirmam o quanto será difícil que essas 21 pessoas consigam investigar as
minúcias de todas as violações do período estabelecido. Diante disso, o governo
lançou, também no último mês, uma medida cujo objetivo é agregar acadêmicos e
pesquisadores à Comissão da Verdade, visando, assim, suprir o déficit humano do
projeto. A medida busca a inclusão de universidades, movimentos sociais e ONGs que
sejam ligadas à área dos direitos humanos.
A intenção do trabalho da Comissão da Verdade é formidável, mas, para obter
resultados justos e conclusivos, de fato, precisa contar com uma equipe de alto padrão,
na quantidade e, principalmente, na qualidade. O orçamento destinado à execução
desse trabalho deve estar, portanto, à altura da importância dessas investigações para
a história brasileira. Deve ser realizada uma apuração impecável e, para isso, é
necessário que receba o devido investimento do governo e reconhecimento da
sociedade.
Diminuição das Taxas de Juros e Plano Brasil Maior.
Como parte da nova política
industrial do governo Dilma,
chamada de "Plano Brasil Maior",
que está sendo lançada nesta terçafeira em Brasília, o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) aprovou uma série
de medidas "que permitirão maior
agilidade na concessão de
financiamentos e redução de custos
do investimento", segundo
divulgação no site do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (Mdic).
Indústria, sindicatos e comércio consideram
redução da taxa de juros positiva
São Paulo – Sindicatos e entidades que representam a indústria e o comércio aprovaram a redução da taxa básica de juros para 7,5% ao
ano, anunciada hoje (29) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), porém, apontaram medidas que poderiam ajudar a
impulsionar a economia. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que a redução da
taxa de juros é uma medida correta, mas insuficiente para garantir a retomada mais forte do crescimento econômico. Ele defende a
redução do custo do gás e energia elétrica, a diminuição e simplificação da carga tributária e burocracia, manutenção do câmbio em
patamares acima de R$ 2 e melhoria das condições de infraestrutura do país. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo declarou que
o barateamento do crédito torna mais fácil a entrada do Brasil em um novo ciclo de recuperação econômica, gera mais empregos e
torna mais fácil a negociação por melhores condições de trabalho e salários. “O governo deve continuar a praticar esta política de
redução da Taxa Selic”, informou o sindicato. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf ), a
redução dos juros precisa também se refletir nos juros dos bancos. “Essa tendência consistente de queda nos últimos meses precisa
ser acompanhada por drástico corte dos juros praticados pelos bancos no crédito a pessoas físicas e jurídicas”.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) considerou acertada a decisão do
Banco Central. A entidade acredita que os juros mais baixos possibilitam que mais pessoas físicas e jurídicas adquiram financiamento,
estimulando a produção e o consumo interno.
Outras Notícias de Junho de 2012

Caixa reduz juros e amplia prazo de financiamento de imóveis: Prazo passa de 30 para 35 anos em operações
com recursos de poupança. Anúncio foi feito nesta terça-feira (5) em Brasília.

Percentual de cheques sem fundos é o maior desde 2009, diz SCPC: Em maio, 2,15% dos cheques emitidos
foram devolvidos por falta de fundos. Indicador vem seguindo tendência de alta desde outubro de 2010.

Morre aos 67 anos o cineasta Carlos Reichenbach: Segundo assessoria de imprensa, diretor morreu nesta
quinta (14) à tarde. Ele foi um dos principais expoentes do cinema da Boca do Lixo, em SP.

Sem sinal de câncer, Lula recebe alta de hospital em São Paulo: Ex-presidente da República havia se
internado na tarde desta quarta (13). Exame revelou 'ausência de neoplasia (câncer)', diz comunicado.

Governo anuncia programa de compras de R$ 8,4 bilhões: Objetivo, novamente, é tentar estimular o
crescimento da economia. Mercado financeiro já acredita que expansão será de 2,18% neste ano.

Supremo Tribunal Federal divulga salário de seus magistrados: Os onze ministros da Corte têm subsídio de
R$ 26.723,13.

Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE: Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e
2010, segundo o Censo. Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas
Outras notícias – Junho de 2012
 2 de junho
 Hosni Mubarak, ex-presidente e ditador
do Egito por 29 anos, é condenado a prisão
perpétua pela morte de manisfestantes
durante o protesto que resultou em sua
renúncia.
 Terremoto de magnitude 5.8 na escala
Richter atinge a região de Salta no noroeste
da Argentina.
 Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth
II que marca o 60.º aniversário da sua
ascensão ao trono do Reino
Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia
 6 de junho
 Terremoto de magnitude 5.9 na escala
richter atinge Taiwan.
 24 de Junho
 Mohamed Morsi é eleito presidente
do Egito e é o primeiro chefe de estado
eleito democraticamente na história do país.
 Morre o último exemplar conhecido
de tartaruga gigante de galápagos.
Cúpula do Mercosul aceita Venezuela como membro.
A reunião da Cúpula do Mercosul se reuniu em
Brasília (sem a presença do Paraguai, suspenso
desde o golpe sobre Fernando Lugo) e
oficializou a entrada da Venezuela no bloco
sulamericano. A produção petrolífera
venezuelana, o governo de esquerda e o
crescimento da economia venezuelana são os
principais motivos da entrada do país no
bloco. Com a adesão da Venezuela, o PIB do
Mercosul será responsável por 83,2% de toda a
América do Sul e sua população atingirá 270
milhões de pessoas (70% do continente).
A alta demanda por alimentos e bens da
Venezuela, que importa muito mais do que
produz, aumenta as opções de comércio com o
Brasil e a Argentina, principais fornecedores
mundiais de alimentos.
Em 2011, o comércio entre Venezuela, Brasil e
Argentina foi favorável para os dois últimos
países com excedentes de 3,325 milhões
dólares e 1,847 milhão, respectivamente.
O Uruguai e o Paraguai registraram um déficit
da balança comercial, principalmente devido à
importação de petróleo.
O país terá até 2016 para cumprir com as regras comerciais do Mercosul,
incluindo as normas, a nomenclatura e a Tarifa Externa Comum (TEC) do
bloco, além do reajuste tarifário para o comércio entre os parceiros e os
acordos internacionais.
Caracas vai se tornar oficialmente membro
permanente do Mercosul em 12 de agosto.
No entanto, o Brasil espera que até janeiro de 2013 a Venezuela inicie este
reajuste tarifário para o comércio interbloco.
Golpe de Estado no Paraguai
Partidos de esquerda, movimentos sociais, campesinos, agrários e indígenas, além de
centrais sindicais e de trabalhadores rurais formaram neste sábado (24) a Frente pela Defesa
da Democracia no Paraguai, segundo a representante da Coordenadoria de Organizações de
Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (Conamuri) Magui Valbuena. “A frente foi
formada em uma reunião nesta manhã na sede da Central Nacional dos Trabalhadores, em
Assunção. Estamos unindo todos os movimentos sindicais e de esquerda para lutar contra o
novo governo. Fizemos uma reflexão sobre a situação de intensa agitação política e
instabilidade que ocorreu no nosso país nos últimos dias e decidimos tomar uma posição
pela defesa da democracia”, disse Magui.
“O novo governo é golpista e não o
reconhecemos. Estamos declarando nossa resistência e nos articulando em todos os
departamentos para realizar ações contra o que ocorreu”, explicou.
Segundo Magui, o
processo que derrubou Lugoifoi “inconstitucional”. “Cremos que teremos repressões aos
grupos socais pela frente e que perderemos todas as garantias de direitos humanos que o
Lugo nos dava”, afirmou.
'Ditadura de ricos'
A mesma opinião tem Pablo Ojeda, diretor do Movimento Campesino Paraguaio (MCP).
“Houve um golpe de estado que atenta contra um espaço democrático que vínhamos
conquistando”, disse Ojeda.“Aqui no Paraguai há uma ditadura dos ricos. Sempre os ricos. E
o que aconteceu agora é um retrocesso da democracia.” Para a frente, o governo de Federico
Franco é ligado aos ruralistas e não irá realizar as reformas agrárias e socais prometidas por
Lugo. “Sabemos que ele (Federico) é identificado claramente com as empresas
multinacionais e os grandes produtores no país. Ele vai sufocar o desenvolvimento da
consciência social que temos. Há muito perigo pela frente”, acredita Magui. Ojeda
complementa: “A família Franco não tem muitas terras, mas seus aliados, seus camaradas,
por exemplos os milionários que estão no parlamento, têm muito. Eles que promoveram
golpe de estado a Lugo”. A liderança da Conamuri disse que o período ainda é de articulação
e que vários tipos de manifestações serão feitas pela Frente pela Defesa da Democracia, mas
não soube dizer quando começariam os protestos. Para o diretor do MCP, o novo presidente
“vai enfrentar uma dura batalha contra os companheiros do campo”.
Crise
Brasiguaios
Federico Franco assumiu o governo
do Paraguai na sexta-feira (22), após
o impeachment de Fernando Lugo.
Na estrada de terra que cruza as prósperas plantações de soja e milho de
O processo contra ele foi iniciado
fazendeiros brasileiros em Ñacunday, no sudeste doParaguai, a monotonia da
por conta do conflito agrário que
terminou com 17 mortos no interior
paisagem é bruscamente alterada por um gigantesco acampamento no alto de um
do país. A oposição acusou Lugo de
morro, de onde emanam torres de fumaça. Lá, numa área reclamada pelo
ter agido mal no caso e de estar
catarinense Tranquilo Favero, conhecido no país como 'o rei da soja', 5.000
governando de maneira "imprópria,
famílias de trabalhadores sem-terra se instalaram em barracas há oito meses para
negligente e irresponsável".
pressionar o governo a lhes conceder porções de terra na região. À entrada do
O processo de impeachment
aconteceu rapidamente, depois que
acampamento, um sinal de que a convivência entre o grupo e o produtor de soja
o Partido Liberal Radical Autêntico,
não anda muito boa: preso a uma forca, um boneco teve o nome Favero
do então vice-presidente Franco,
estampado em seu peito. Abaixo da inscrição, um recado ao fazendeiro: 'vai
retirou seu apoio à coalizão do
morrer assim‘. A tensão entre sem-terra e 'brasiguaios' (como são chamados os
presidente socialista. A votação, na
Câmara, aconteceu no dia 21 de
cerca de 350 mil brasileiros e seus descendentes que começaram a migrar para o
junho, resultando na aprovação por
Paraguai em busca de terras baratas nos anos 60) alcança seu ápice em Ñacunday
76 votos a 1 – até mesmo
e explica por que a maioria da comunidade apoiou o impeachment do presidente
parlamentares que integravam
paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira. No Paraguai, 80% das terras
partidos da coalizão do governo
votaram contra Lugo. No mesmo
cultiváveis estão nas mãos de apenas 2% dos proprietários, segundo dados
dia, à tarde, o Senado definiu as
oficiais. "A história relata que, após a Grande Guerra (como o conflito é conhecido
regras do processo.
no Paraguai), a ruína foi tal que governos posteriores, como o de Bernardino
Na tarde de sexta-feira, o Senado
Caballero, venderam terras para financiar o Estado", explicou à AFP Magdalena
do Paraguai afastou Fernando
Fleytas, responsável pela gestão de um assentamento rural do Estado em San
Lugo da presidência. O placar pela
condenação e pelo impeachment do
Pedro, cerca de 350 km ao nordeste de Assunção.No entanto, Fleytas afirmou que
socialista foi de 39 senadores contra
essas vendas de terra foram, na realidade, distorcidas em favor dos grandes
4, com 2 abstenções. Federico
fazendeiros que começaram a crescer na região."Muitas dessas grandes
Franco assumiu a presidência pouco
extensões ainda hoje estão nas mãos das mesmas famílias“.
mais de uma hora e meia depois do
impeachment de Lugo.
Em discurso, Lugo afirmou que
aceitava a decisão do Senado. Ele
O Paraguai está suspenso do Mercosul. A decisão foi anunciada neste domingo (24) à noite pelo
pediu que seus partidários façam
Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A medida é um protesto por parte do Brasil, da
manifestações pacíficas e que "o
Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros – o Equador, a
sangue dos justos" não seja mais
Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru. Os nove governos condenam de forma veemente
uma vez derramado no país.
a maneira como ocorreu o impeachment do presidente Fernando Lugo no último dia 22.
Crise na Síria.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição, pediu uma reunião "urgente" do
Conselho de Segurança da ONU para impedir o massacre de civis que o regime pretende cometer, segundo a
organização, em Aleppo.
Em um comunicado, o CNS afirma que "o regime sírio se prepara para cometer massacres" em Aleppo e
pediu ao Conselho de Segurança que adote "as medidas necessárias para proteger os civis".
Os combates foram retomados neste domingo (29) em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde os
rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad permanecem entrincheirados em alguns bairros,
em uma tentativa de resistir à ofensiva do exército. Pelo menos quatro pessoas morreram na Síria neste
domingo, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No sábado (28), 168 pessoas
morreram: 94 civis, 33 rebeldes e 41 soldados.
Os opositores tentaram tomar o controle de uma delegacia no bairro de Salhin, localizada em um
cruzamento estratégico, que teria permitido unir Salahedin ao bairro de Sahur, também sob controle
insurgente, para unir suas forças. Os combates pararam por alguns momentos na tarde de sábado após o
ataque das tropas sírias contra os bairros rebeldes desta cidade de 2,5 milhões de habitantes e considerada
vital para as duas partes no conflito. As tropas oficiais bombardearam e metralharam, com o uso de
helicópteros, as áreas insurgentes. A frente de Aleppo foi aberta em 20 de julho e o Exército iniciou a
ofensiva depois de receber reforços.
Resto do país
Os confrontos prosseguem em outros pontos do país. Na cidade de Homs, perto do quartel-general da
polícia, um rebelde morreu, segundo o OSDH.
Na localidade de Irbin, na região de Damasco, um civil foi morto a tiros. Dois civis morreram em
confrontos em Idleb (noroeste).
Segundo o OSDH, pelo menos 20 mil pessoas, incluindo 14 mil civis, morreram na Síria desde o início
dos protestos contra o regime de Assad, em março de 2011.
No sábado, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da
oposição, pediu aos países "irmãos" e "amigos" que forneçam armas aos membros do Exército Sírio Livre
(ESL), formado por desertores e civis.
Desde o início dos protestos antigoverno, em março de 2011, o regime sírio vem lançando uma ofensiva contra opositores
que, segundo a ONU, já deixou mais de 9 mil mortos no país.Já o governo sírio divulgou em fevereiro sua própria estimativa
de vítimas: 3.838, das quais 2.493 eram civis e 1.345 membros das forças de segurança.
O que os opositores querem?
Os protestos começaram pedindo mais democracia e liberdades individuais. Porém, quando as forças de segurança abriram
fogo contra manifestantes desarmados, a oposição passou a exigir a queda de Assad.O presidente se recusou a renunciar,
mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Entre elas estão o fim do estado de emergência, que durou 48
anos, e uma nova constituição, que prevê a realização de eleições multipartidárias.
Há uma oposição organizada?
Depois que as manifestações se espalharam por todo o país, opositores e partidos políticos clandestinos formaram a frente
antigoverno Conselho Nacional Sírio (CNS), de maioria sunita e apoiada pela Irmandade Muçulmana e que opera fora da
Síria. Um segundo grupo, o Comitê de Coordenação Nacional, que age de dentro do país, foi formado por opositores que
temem a orientação islâmica do CNS. Já a oposição armada ao regime é composta por militares desertores que se
organizaram no Exército Livre da Síria, que coordena ataques contra as forças de segurança do regime a partir da Turquia.
O que a comunidade internacional está fazendo?
A Liga Árabe inicialmente se manteve em silêncio sobre a crise, mas em novembro de 2011 impôs sanções econômicas à Síria
após o país não permitir a entrada de observadores no país. Os observadores foram autorizados um mês depois, mas não
conseguiram frear a violência.Duas tentativas da comunidade internacional de aprovar resoluções contra a Síria no
Conselho de Segurança da ONU foram vetadas pela Rússia, que tem fortes laços econômicos e militares com o regime de
Assad. No último mês de março, a Liga Árabe e a ONU nomearam o ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan
como enviado para negociar um cessar-fogo entre o governo e os rebeldes.
É um conflito sectário?
O regime de Assad concentrou poder econômico, político e militar nas mãos da comunidade alauíta (10% da população). A
maioria sunita (74%) se viu excluída e passou a acusar o governo de corrupção e nepotismo. Os protestos antiregime mais
intensos vêm ocorrendo sistematicamente em cidades e áreas totalmente sunitas, onde praticamente não há alauítas ou
cristãos.
Rio de Janeiro é eleito Patrimônio Cultural da Humanidade
Este domingo (1º) é um dia histórico para o Brasil. Esta é a data em que a cidade do Rio de Janeiro tornouse a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural
Urbana. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em São Petersburgo, na Rússia. As
informações são do Iphan. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando
de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na inclusão de mais
um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial. A votação estava prevista para acontecer no sábado
(30), mas foi adiada para este domingo (1º). O secretário municipal de Turismo, Pedro Guimarães, se
pronunciou logo após o anúncio da Unesco. Para ele, o título foi merecido: "A cidade que é um orgulho
para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento
oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa", comemorou ele. Para a ministra, o resultado vem
“coroar um belíssimo trabalho que evidencia a cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha e,
com criatividade e talento criou paisagens - hoje mundialmente conhecidas - que a tornaram excepcional e
maravilhosa”.
Já o presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é resultado da utilização intencional da natureza
que, atendendo aos interesses econômicos dos colonizadores portugueses, formou espaços únicos no
mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela troca entre diferentes culturas
associadas a um sítio natural”. A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco
serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. São eles: Pão de Açúcar,
Corcovado, Floresta da Tijuca, Aterro do Flamengo, Jardim Botânico e a Praia de Copacabana, além da
entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem, ainda, o forte e o Morro do Leme, o Forte de
Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.
O Rio como Patrimônio da Humanidade
O Iphan trabalha na candidatura do Rio como Paisagem Cultural da Humanidade há alguns anos, em
parceria com a Associação de Empreendedores Amigos da Unesco, da Fundação Roberto Marinho, do
governo e da prefeitura do Rio. Em setembro de 2009 o Iphan entregou à Unesco o dossiê completo da
candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está principalmente na soma da beleza
natural da cidade com a intervenção de humana.
Em janeiro de 2011, o Centro do Patrimônio Mundial da Unescp, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da
candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC.
Candidata por inteiro
O Rio foi a primeira cidade a se candidatar inteira a Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana.
O reconhecimento do Rio de Janeiro culminará uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais
inscritos na Lista do Patrimônio Mundial.Locais como Corcovado serão alvo de ações integradas visando a
preservação. O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco 1992. Até o momento, os sítios
reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, a sistemas agrícolas
tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. Há cerca de dois
anos, o Rio se candidatou ao título de Sítio Urbano Misto, que acabou não sendo aceito pela Unesco. O
Iphan foi orientado então a valorizar as paisagens culturais. O Brasil conta atualmente com 18 bens
culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.
Demóstenes Torres é cassado.
O Senador Demóstenes Torres teve
O Caso Carlos
Cachoeira
As relações do empresário de jogos ilegais Carlos
seu mandato cassado na tarde desta
Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
quarta-feira (11) e ficará inelegível até
com políticos, servidores públicos e empresários serão 2027. Dos 80 senadores presentes, 56
investigadas por uma CPI (Comissão Parlamentar de votaram pela cassação, 19 foram
contra e houve cinco abstenções. O
Inquérito) no Congresso Nacional. O empresário foi
processo durou quase três meses.
preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação
Demóstenes foi acusado de usar o
Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou
mandato para favorecer o bicheiro
organização que explorava máquinas de caça-níqueis Carlinhos Cachoeira. Com o
resultado, ele se tornou o segundo
no Estado de Goiás.
senador cassado na história do
O contraventor, apontado pela PF como chefe do
grupo, ficou conhecido com o caso Waldomiro Diniz, o Brasil; o outro foi Luiz Estevão, em
2000.
ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, considerado o
primeiro escândalo do governo Lula, em 2004.
As ligações de Demóstenes Torres
Cachoeira é suspeito de vários crimes, entre os quais com Carlinhos Cachoeira apareceram
nas operações Delta e Monte Carlo,
corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro,
da Polícia Federal. Primeiro, no
falsidade ideológica e contrabando.
plenário do Senado, Torres
Entre as relações do empresário que serão investigadas confirmou que era amigo e tinha
está sua ligação com o senador Demóstenes Torres
recebido um presente de casamento
(sem partido, ex-DEM). Interceptações telefônicas
de Cachoeira.
As gravações da polícia, porém,
feitas com autorização judicial indicam que o
mostraram muito mais. Em 22 de
parlamentar atuava no Congresso em favor de
Cachoeira. Outras gravações revelaram o envolvimento abril de 2009, Cachoeira pediu que
Demóstenes acompanhasse um
de servidores públicos do Incra e de funcionários dos projeto de lei que permitia aos
governos estaduais de Goiás e do Distrito Federal.
estados decidir sobre o
funcionamento de bingos
Outras notícias de Julho de 2012

Cientistas anunciam novas descobertas que comprovam o Bóson de Higgs

O candidato do PRI, Enrique Peña Nieto, vence as eleições presidenciais no México com 38,21%

O estudante de neurociência James Holmes de 24 anos, entra em uma sala de cinema na cidade de Aurora no
estado americano do Colorado e mata 12 pessoas e fere outras 50 durante a exibição de estreia do filme Batman O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Londres, no Reino Unido.

Morre o cardeal dom Eugenio Sales: Arcebispo emérito do Rio tinha 91 anos e sofreu um infarto em casa. Ele
foi uma referência na defesa de perseguidos por regimes militares.

Senador Demóstenes Torres é cassado e fica inelegível até 2027: Foram 56 votos pela cassação, 19 contra e 5
abstenções. Voto foi secreto. Ele foi acusado de usar mandato para favorecer bicheiro Carlos Cachoeira.

Oito morrem durante ataques em bairros de Osasco, diz polícia: Crimes aconteceram na região norte da
cidade na Grande São Paulo. PM diz que criminosos aproveitaram salva de fogos por título do Palmeiras

Marcha para Jesus reúne multidão de evangélicos em São Paulo: Segundo a PM, mais de 1 milhão de pessoas
participaram do evento. Vias da Zona Norte da capital paulista ficaram com trânsito lento.

Dilma diz esperar que Paraguai 'normalize situação institucional: Segundo ela, depois disso, país poderá
'reaver seus direitos no Mercosul. Presidente falou após cúpula do bloco que aprovou ingresso da Venezuela.
Kofi Annan abandona mediação do conflito na Síria, diz chefe da ONU
O mediador da Liga Árabe e da ONU para a crise síria, Kofi Annan,
está deixando a missão, informou nesta quinta-feira (2) o secretáriogeral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Ele sai no final do mês, segundo Ban, que disse sentir "profundo
pesar" pela decisão, em meio ao aumento da violência no país em
crise.
"O senhor Annan me informou e ao secretário-geral da Liga Árabe,
senhor Nabil Elaraby, de sua intenção de não renovar seu mandato
quando ele expirar em 31 de agosto de 2012", disse o comunicado.
saiba mais
Ele e Elaraby estão discutindo um sucessor, segundo o texto.
Annan, que ocupava o cargo especial desde 23 de fevereiro, havia
proposto um cessar-fogo entre o regime do presidente Bashar al
Assad e rebeldes que tentam derrubar o governo, mas os atos de
violência, de lado a lado, continuaram apesar de seus esforços.
O plano de paz de Annan, de seis pontos, previa, sobretudo, o fim dos
combates entre governo e oposição armada e uma transição política.
'Falta de apoio'
Annan afirmou que apresentou sua renúncia porque não recebeu
todo o apoio que a causa merecia.
"Não recebi todo o apoio que a causa merecia. Há divisões na
comunidade internacional. Tudo isso complicou minha tarefa",
afirmou Annan em entrevista logo após o anúncio de sua saída.
Rússia
O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse lamentar a
decisão.
"Entendemos que essa é a decisão dele", disse Churkin a jornalistas.
"Lamentamos que ele tenha escolhido fazer isso. Apoiamos muito
fortemente os esforços de Kofi Annan. Ele ainda tem mais um mês de
trabalho e espero que esse mês seja usado o mais efetivamente
possível diante de tão difíceis circunstâncias."
A Rússia tem bloqueado as tentativas do Conselho de Segurança da
ONU de impor sanções ao governo sírio.
EUA
A Casa Branca responsabilizou Assad, a China e a Rússia pela
saída de Annan e disse que ainda acredita que o presidente sírio
deve deixar o poder.
Síria
O governo sírio lamentou a saída e responsabilizou Estados
que tentam "desestabilizar" o país.
Presidente do Egito cancela declaração que limitava seus poderes
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, ordenou a
aposentadoria de dois importantes generais, entre eles o
Minisro da Defesa Hussein Tantawi, que comandou o país
depois da queda de Hosni Mubarak, e cancelou uma
declaração constitucional que limitava os poderes
presidenciais, editada em junho pelo antigo governo militar.
O presidente decidiu anular a declaração constitucional
adotada em 17 de junho pelo Conselho Supremo das Forças
Armadas (CSFA), que dirigia então o país e no qual se
apropriava do poder legislativo", afirmou o porta-voz Yaser
Ali em um discurso exibido pela televisão pública.
No caso dos generais aposentados, outros dois homens
foram indicados para os lugares vagos.
O ministro da Defesa Tantawi, que serviu como ministro de
Mubarak por 20 anos e o chefe de equipe Sami Enam eram
indicados como conselheiros de Mursi. O porta-voz disse
que as mudanças têm efeito imediatamente.
Também neste domingo, Mursi nomeou um vice-presidente,
o juiz Mahmud Mekki, segundo a agência oficial Mena.
Este é apenas o segundo vice-presidente egípcio em 30 anos.
O ex-presidente Hosni Mubarak nunca havia nomeado um
vice-presidente até a revolta popular que o derrubou em
fevereiro de 2011, durante a qual ele nomeou o chefe dos
serviços de inteligência Omar Suleiman para o posto.
Mohamed Mursi tornou-se oficialmente o primeiro
presidente islamita e civil do Egito em junho deste ano,
sucedendo Hosni Mubarak, derrubado no início de 2011 por
uma revolta popular sem precedentes.
A chegada ao poder de Mursi marcou uma virada na história
da Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, oficialmente
proibida em 1954 e, depois, relativamente tolerada no
governo Mubarak, do qual foi o principal alvo. O próprio
Mursi foi preso nesse período.
Equador dá asilo político a Julian Assange
Em novembro de 2011, o presidente
e desafia Reino Unido
equatoriano Rafael Correa foi um dos
O governo do Equador
concedeu nesta quintafeira, 16, asilo político
ao fundador
doWikiLeaks, o
jornalista australiano
Julian Assange. O
anúncio foi feito pelo
ministro das Relações
Exteriores do Equador,
Ricardo Patiño. Desde a
noite de quarta,
a Embaixada do
Equador em Londres
está cercada pela
polícia. Em meio aos
rumores de que Quito
poderia conceder asilo
político, Correa se
reuniu na quarta com
Patiño para discutir o
tema. Assange está
refugiado na
embaixada desde 19 de
junho.
O WikiLeaks é um órgão formado
por jornalistas de diversos países,
que tem como objetivo divulgar
documentos
que
mostrem
principalmente
aquilo
que
o
governo Americano não quer que o
mundo saiba. Foi fundado em 2006
pelo jornalista australiano Julian
Assange, porém o site só atraiu
atenção do mundo em abril desse
ano, quando foi divulgado um video
onde um helicóptero Americano
assasinava diversos civis no
Iraque, dentre eles estavam dois
jornalistas da REUTERS.
únicos líderes mundiais - ao lado do então
presidente Lula - a criticar os Estados
Unidos pelas ações contrárias ao Wikileaks
depois da crise iniciada com o vazamento
de mais de 250 mil documentos
diplomáticos norte-americanos.
Julian Assange é o criador do Wikileaks e seu
principal porta-voz, Assange perdeu o seu
último recurso na semana passada e, ao que
tudo indica, será mesmo extraditado para
Suécia para responder por dois supostos
crimes sexuais que teria cometido. Os crimes
supostamente cometidos por Assange com
duas mulheres são tão polêmicos por causa de
uma brecha na lei sueca, que equivale o sexo
consensual sem camisinha ao estupro. Ele
nega ter cometido os crimes.
Defensores do Wikileaks em todo o mundo
acusam a decisão da corte de ser
politicamente motivada, pois poderia facilitar
uma futura extradição para os Estados
Unidos, onde Assange poderia responder por
crimes contra a segurança nacional norteamericana por ter revelado segredos das
guerras do Iraque e Afeganistão.
O STF (Supremo Tribunal Federal)
marcou para 1° de agosto o início do
julgamento do mensalão, maior
escândalo de corrupção do governo
Lula que resultou em ação penal
contra 38 pessoas.
O caso estourou em 2005, com a
revelação de suposto esquema de
pagamento de propina a
parlamentares da base governista. A
denúncia abalou o primeiro
mandato de Lula, e fez com que José
Dirceu, então ministro da Casa Civil,
deixasse o cargo.
O Mensalão passou a ser escancarado pelo então deputado federal Roberto
Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho
de 2005.
Roberto
Jefferson
era
acusado
de
envolvimento
em
processos
de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes
que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso
dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão.
Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30
mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os
“mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB
(Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro). Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também
pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas. José Dirceu, Ministro da
Casa Civil na época, foi apontado como o chefe do esquema.
O petista foi apontado como o chefe
do suposto esquema de mesada. O
pagamento garantiria que o governo
tivesse maioria para aprovar projetos
de seu interesse na Câmara. Uma
semana depois que o caso estourou,
Dirceu pediu para sair da Casa Civil
e foi substituído por Dilma Rousseff.
O Caso do Mensalão.
Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem
efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com
o dinheiro em mãos, o grupo também teria
saldado dívidas do PT e gastos com as
campanhas eleitorais.
Marcos Valério Fernandes de Souza,
publicitário e dono das agências que mais
detinham contrato de trabalho com órgãos do
governo, seria o operador do Mensalão.
Valério arrecadava o dinheiro junto a
empresas estatais e privadas e em bancos,
através de empréstimos que nunca foram
pagos. Fernanda Karina Somaggio, exsecretária do publicitário, foi uma das
testemunhas que confirmou o esquema,
apelidado de “valerioduto”.
Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo
Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo
contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu,
Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os
quais responderão por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro, entre outros.
Mensalão mineiro, também chamado de mensalão tucano, ou ainda valerioduto
tucano, é o escândalo de corrupção que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo
Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo
de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da
República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema
implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo
por"peculato e lavagem de dinheiro“
O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” teve início em 26 de novembro de
2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Com autorização
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e
apreensão em Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, incluindo a residência oficial do
governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).
No inquérito da PF consta a transcrição de um diálogo no qual Arruda e um assessor
conversam sobre o repasse de dinheiro a políticos aliados. É daí que vem o nome
“mensalão”, em referência ao escândalo de 2005, no qual integrantes do PT, segundo o
Ministério Público Federal, pagavam propina a parlamentares em troca de apoio. O caso
está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
O pivô do “mensalão do DEM” é Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais
do governo do DF. A gravação na qual Arruda pede o repasse de dinheiro a políticos foi feita
por ele, com equipamentos da PF. Investigado em mais de 30 processos, a maior parte por
desvio de dinheiro, Barbosa aceitou cooperar com a polícia e com o Ministério Público em
troca de uma redução de pena em um julgamento futuro.
Outras Notícias de Agosto de 2012
 Dilma é capa da revista Forbes e fica em 3º no ranking de
mais poderosas
 Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua
 Atirador que matou 77 na Noruega é condenado a 21 anos
de prisão
 Cientistas descobrem animais mais antigos já preservados
em âmbar
Hollande anuncia crescimento
quase nulo e plano de recuperação
Segundo presidente francês, crescimento do país será 'apenas superior a zero'.
François Hollande anunciou agenda de recuperação econômica de 2 anos.
Em sua primeira entrevista na TV desde 14 de julho, o presidente admitiu que há uma "inquietude" na França
pelo aumento do desemprego, mas se defendeu ao dizer que não é possível fazer todos os ajustes necessários
em pouco mais de quatro meses no cargo.
Hollande confirmou o que já se sabia: o país necessita de cortes massivos de despesas e contribuições
tributárias para encontrar um pacote de 30 bilhões de euros que lhe permita cumprir seu compromisso de
reduzir sua dívida para 3% do PIB. O presidente francês anunciou que seu governo aplicará cortes no valor de
10 bilhões de euros em despesas em educação, segurança e justiça, como parte de um pacote global de
contingência. Hollande acrescentou que outros 10 bilhões de euros devem ser obtidos com o pagamento de
impostos pelos franceses, enquanto os 10 bilhões restantes virão de tributações suplementares das empresas
do país. O presidente francês acrescentou, referindo-se a uma das principais medidas da campanha eleitoral
que o levou à chefia do Estado, a cobrança de altos impostos das maiores rendas, as superiores a 1 milhão de
euros, que será aplicada. "A medida de 75% (de tributação máxima sobre as rendas acima de 1 milhão) não
está suspensa, os que quiseram segui-la farão isso por conta própria", disse o presidente depois que circularam
na imprensa nos últimos dias informações em que se mencionava uma marcha à ré do governo socialista
nesta medida. O chefe de Estado afirmou ainda que não haverá exceções à aplicação dessa medida e que
afetará em torno de 2 mil, 3 mil pessoas.
Prazo para recuperação
O presidente também fixou em dois anos o prazo para a recuperação econômica do país. "Tenho como missão
a recuperação do país. Vou estabelecer uma agenda de recuperação, de dois anos, para [recuperar] os
empregos e contas públicas", disse Hollande, que vem recebendo críticas pela demora nas reformas
econômicas do país.
Atos anti-EUA após filme ofensivo
ao Islã deixam ao menos 5 mortos
Manifestações em protesto ao longa ofensivo a Maomé se espalham.
Protestos violentos ocorreram durante visita do papa Bento XVI ao Líbano.
Milhares de muçulmanos protestaram em vários países, para denunciar o filme produzido nos
Estados Unidos que ofende o Islã e o profeta Maomé, o que desencadeou novos atos de
violência.
Houve três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, e uma
no Sudão.
No Líbano, um manifestante morreu em confronto e 300 muçulmanos incendiaram um
restaurante da rede de fast food KFC em Trípoli, no norte do país.
Em Cartum, no Sudão, cerca de 10 mil manifestantes atacaram as embaixadas britânica e
alemã, que foi incendiada e teve sua bandeira nacional substituída por um símbolo
islamita. Um manifestante morreu na dispersão pela policia.
Papa Bento XVI pede a judeus, cristãos e muçulmanos o fim do fundamentalismo
Em Túnis, capital da Tunísia, a polícia não conseguiu conter os manifestantes e muitos invadiram
as dependências da embaixada americana, onde era possível ver uma densa fumaça preta em seu
estacionamento. Três pessoas morreram e 28 ficaram feridas, segundo balanço do Ministério da
Saúde.
Em Sanaa, no Iêmen, a polícia disparou para o ar para dispersar centenas de manifestantes
que se aproximavam da embaixada americana, informou um correspondente. Também
foram utilizados jatos d'água para dispersar os manifestantes reunidos a 500 metros da missão
diplomática, onde a bandeira americana foi queimada.
Em Bangladesh, cerca de 10 mil manifestantes queimaram em Daca bandeiras americanas e
israelenses e cercaram a embaixada dos Estados Unidos. Após a oração semanal, os manifestantes
se reuniram em frente à mesquita de Baitul Mokaram, a mais importante do país.
Na Indonésia, aproximadamente 350 islamitas radicais protestaram em Jacarta contra a "declaração
de guerra" representada pelo filme.
Na capital iraniana, Teerã, centenas de pessoas se reuniram, sob os gritos "Morte aos Estados Unidos"
e "Morte a Israel", segundo imagens da televisão estatal.
Na Nigéria, a polícia precisou disparar para dispersar a multidão que se manifestava.
No Cairo, Egito, onde são registradas manifestações em frente à embaixada americana desde
terça-feira, confrontos esporádicos continuaram nesta manhã com as forças de ordem
enviadas para os arredores da missão diplomática.
Manifestantes e polícia se enfrentam
em dia de greve geral na Grécia
Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26)
em Atenas, capital da Grécia, durante um dia de greve geral contra as medidas
de austeridade exigidas pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) como condição para seguir apoiando o país.
Os confrontos ocorreram na Praça Syntagma, no centro da capital. A polícia usou
bombas de gás contra os manifestantes, que atiraram coquetéis molotov e
pedras contra os policiais. Os confrontos prosseguiram na praça e próximo ao
ministério das Finanças, onde um caminhão dos bombeiros estava estacionado,
enquanto a maioria protestava pacificamente, antes de um reforço policial
chegar e expulsar alguns jovens. Alguns jovens também atearam fogo a um
quiosque de uma empresa de telefonia e em lixeiras, além de quebrarem
janelas, enquanto os hotéis de luxo ao longo da praça foram protegidos por um
cordão policial. Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles
gritavam: "Não vamos nos submeter à troika (credores)" e "Fora UE e FMI!” O
dia de ação nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizão do
primeiro-ministro conservador Antonis Samaras assumiu o poder, afeta
consideravelmente o funcionamento da administração e os serviços públicos,
com escolas fechadas e hospitais funcionando em ritmo lento.
As férias de verão deram ao governo de coalizão liderado pelos conservadores uma
calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao poder com uma
plataforma pró-euro e pró-resgate, mas os sindicatos preveem mais protestos
com o fim do descanso. "Ontem os espanhóis tomaram as ruas, hoje somos nós,
amanhã serão os italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse
Yiorgos Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores públicos Adedy. Cerca
de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram às ruas para
proteger o centro de Atenas.
O último grande caso de violência nas ruas de Atenas havia ocorrido em fevereiro,
quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agências bancárias depois que
o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.
Planalto anuncia troca de Ana de
Hollanda por Marta Suplicy na Cultura
O Palácio do Planalto anunciou na tarde desta terça (11) que a ministra da
Cultura,Ana de Hollanda, deixou o cargo e será substituída pela senadora
Marta Suplicy (PT-SP). A informação foi dada pela ministra da Comunicação
Social, Helena Chagas.
A demissão de Ana de Hollanda foi consumada após uma audiência da ministra
com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A posse de Marta
Suplicy está marcada para a próxima quinta (13), às 11h.
A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda (esq.) e a substituta Marta Suplicy
(Fotos: Agência Brasil)
De acordo com a ministra Helena Chagas, Dilma conversou com Marta por
telefone nesta terça, na hora do almoço, para “sacramentar” o convite.
Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, o vazamento de uma carta
enviada em 27 de agosto por Ana de Hollanda para a ministra Miriam
Belchior (Planejamento), reivindicando verbas para a Cultura, incomodou o
governo e em especial a presidente, o que teria motivado a demissão.
A senadora Marta Suplicy reuniu-se pelo menos duas vezes com Dilma Rousseff
no final do mês passado.No dia 22 de agosto, ela esteve às 17h no Palácio do
Planalto, segundo agenda oficial da presidente. Já em 30 de agosto, Marta
passou a tarde com Dilma no Palácio da Alvorada, encontro que não constou
da agenda presidencial.Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Secretaria
de Comunicação Social da Presidência a respeito da troca das ministras.
Nota à imprensa
A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou a senadora Marta Suplicy
para ocupar o Ministério da Cultura. Ela substituirá a artista e compositora
Ana de Hollanda, a quem a presidenta agradeceu hoje o empenho e os
relevantes serviços prestados ao país à frente da pasta desde janeiro de 2011.
Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando
importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às
políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura
nos últimos anos.
Outras notícias setembro de 2012
 Sede do Estado-Maior da Síria é palco de combates em


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

Damasco
Dilma critica na assembleia da ONU políticas dos países
ricos contra crise
Irã bloqueia Google e prepara rede doméstica de internet
Ministro paquistanês oferece prêmio por morte de diretor
de vídeo anti-Islã
Hit de sul-coreano Psy tem crítica social por trás de refrão
viciante
Sindicato nacional decide pelo fim da greve nas
universidades federais
Participação da mulher no emprego sobe, mas diferença
salarial não muda
Após causar estragos em Cuba,
furacão Sandy ameaça os EUA
O furacão Sandy se tornou uma grande ameaça para a Costa Leste dos Estados Unidos,
depois de causar estragos na segunda maior cidade de Cuba e se dirigir para as
Bahamas, segundo meteorologistas norte-americanos. O sistema ganhou força
rapidamente depois de atravessar a Jamaica, passando sobre as águas quentes do
Caribe e em seguida atingindo o sudeste de Cuba com ventos de 169 quilômetros por
hora, que provocaram um apagão e derrubaram árvores na importante cidade de
Santiago de Cuba nesta quinta-feira.
Relatos vindos da cidade, que tem 500 mil habitantes e fica 750 quilômetros a sudeste de
Havana, dão conta de danos significativos, com muitas casas danificadas ou
destruídas. Uma rádio cubana disse que pelo menos uma pessoa morreu. Jamaica e
Haiti também haviam registrado uma morte cada.
Nas Bahamas, Sandy provocou o fechamento de escolas, escritórios públicos e aeroportos.
"Estamos pedindo aos estabelecimentos, inclusive aos bancos, que permaneçam fechados
nesta quinta e na sexta-feira", disse o premier das Bahamas Perry Christie, em
declarações concedidas ao jornal local "Guardian Nassau".
Meteorologistas do governo norte-americano alertaram que grande parte da Costa Leste
dos Estados Unidos deve ser varrida pelo Sandy, com inundações, temporais e ventos
fortes nos próximos dias. Ao contrário do Irene, que causou bilhões de dólares em
prejuízos no nordeste em agosto do ano passado, o Sandy deve chegar à costa norteamericana já com força inferior à de um furacão. Mas ele deve se deslocar mais
lentamente do que o Irene, o que aumenta o potencial para causar danos, segundo
meteorologistas.
Em Cuba, as comunicações ficaram prejudicadas depois da passagem do olho do perigoso
furacão da categoria 2, logo a oeste de Santiago, causando ondas de até 9 metros,
provocando apagões e inundações num amplo trecho de litoral, segundo o serviço
meteorológico cubano.
A tempestade também causou inundações generalizadas no sudoeste do Haiti, com
relatos de perigosos deslizamentos em algumas áreas.
Massacre que matou 111 presos
no Carandiru completa 20 anos
O massacre do Carandiru completa 20 anos sem nenhum réu condenado à prisão pelo crime de assassinato. O caso ficou conhecido
internacionalmente por causa da morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte
de São Paulo, para pôr fim a uma rebelião. Para lembrar a data, parentes das vítimas ligados a movimentos sociais e entidades de
direitos humanos prometem protestos na capital paulista.
Há duas décadas os familiares cobram da Justiça a condenação dos policiais militares acusados de assassinar os detentos. Nenhum agente
das forças de segurança ficou ferido na ação. Todos os réus respondem ao processo em liberdade. Alguns se aposentaram e outros
faleceram antes mesmo de serem julgados. A unidade prisional foi demolida e, no lugar, foi erguido um parque.
Na última sexta-feira (28), um grupo de entidades sociais, reunido sob o nome “Rede 02 de outubro”, divulgou um manifesto pelo fim dos
massacres e contra a “reprodução e aprofundamento das desigualdades que demarcam nossa sociedade”. O manifesto marca o dia 2
de outubro como "dia pelo fim dos massacres" e cobra, do governo do estado e do governo federal, o cumprimento das
recomendações feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, além de exigir a abolição dos registros de "resistência seguida
de morte" e "auto de resistência“. Entre os movimentos que compõem a rede estão a Pastoral Carcerária e o Mães de Maio. Eles
programaram, para esta terça-feira (2,) um ato ecumênico na Catedral da Sé, seguido de um "ato político" na praça em frente.
Em 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a incursão ao Carandiru, somente um acusado foi julgado: o coronel Ubiratan Guimarães.
Comandante do Policiamento Metropolitano e gerente daquela operação, ele foi condenado, em 2001, a 632 anos de prisão pelos
assassinatos a tiros de 102 presos e por cinco tentativas de homicídios, em um julgamento popular em 1ª instância. A condenação do
coronel não incluiu nove presos que morreram esfaqueados: a acusação alega que essas mortes foram provocadas pelos próprios
presidiários.
Em 2006, no entanto, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O oficial da reserva da PM se
tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado pelos magistrados, Ubiratan foi absolvido. O TJ-SP
considerou a ação estritamente legítima. “Os presos que se renderam e não foram para cima [dos PMs] foram salvos e socorridos.
Todo mundo fala no número de mortos. Ninguém fala do número de poupados, quase 2 mil”, disse o advogado Vicente Cascione, que
defendeu o coronel.
Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins, região nobre de São Paulo. A namorada
dele na época, Carla Cepollina, é acusada de matá-lo por ciúmes e será julgada em novembro deste ano. Ela nega o crime e responde
ao processo em liberdade.
103 acusados e 117 vítimas
À época, a reviravolta jurídica que absolveu Ubiratan gerou criticas e repercutiu no exterior. Recentemente, as atenções se voltaram
novamente para o caso. Na quinta-feira (27), o juiz José Augusto Nardy Marzagão, do Fórum de Santana, marcou para a partir de 2013
o julgamento dos demais 103 réus no processo.
Nova classe média inclui ao menos
50% das famílias em favelas do país
Pelo menos metade das famílias que moram em favelas e ocupações no Brasil pertence à nova classe média, segundo levantamento do G1 com base em
dados sobre renda do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam ainda que quase 5% dessa fatia da
população estaria na classe alta. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República considera classe média famílias "com baixa
probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita (por pessoa) entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês Quem vive com
mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. Nesse critério, uma família de cinco pessoas que ganhe, por exemplo, acima de R$ 5,1 mil, somada toda
a renda, está na classe A. A secretaria estima que o Brasil tenha 104 milhões de pessoas na classe média, o que representa 53% da população
brasileira. Parte dessa população, no entanto, estaria em favelas do país.
sEm 2010, de acordo com o IBGE, cerca de 11,4 milhões de brasileiros (6% da população) moravam em aproximadamente 3,2 milhões de domicílios nos
chamados aglomerados subnormais – favelas, invasões, grotas, comunidades, baixadas ou vilas. Dados sobre renda per capita no Censo 2010
(atualizados para 2012 com base na inflação) mostram que, em 51,2% dos domicílios em favelas e ocupações, vivem famílias de classe média. Outros
4,57% das famílias residentes nessas áreas estariam na classe alta. Conforme os critérios da SAE, vivem na linha da pobreza as família brasileiras que
possuem renda per capita inferior a R$ 162. Na faixa entre R$ 162 e R$ 291 está a classe intermediária entre pobres e classe média, grupo chamado de
vulnerável.
Rio de Janeiro e São Paulo
A Rocinha, maior favela do país, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, possui quase 23,4 mil domicílios. O levantamento mostra que cerca de 65%
das famílias que moram na região pertenceriam à classe média. Outros 5,24% das moradias seriam de classe alta. Em Heliópolis, segunda maior favela
de São Paulo, localizada na Zona Sul da cidade, famílias de classe média vivem realidades opostas.
O promotor de vendas Valdeci Gasparino, de 41 anos, mora com conforto em uma casa com dois andares, TV de LCD, carro zero. Mas precisa lutar contra
as dívidas que acumulou no cartão de crédito. Já sua vizinha, a aposentada Maria José Marques, de 72 anos, paga as contas com dificuldade e não tem
luxos.
O promotor conta que passou a infância num barraco. "A luz era puxada do poste, água era buscada num lugar com tambor. Nem tinha esgoto", relata.
Anos depois, beneficiada por programas habitacionais, sua família passou a viver numa casa que, após diversas reformas, tem 2 andares com 5 cômodos
cada. Nela estão eletrodomésticos e eletrônicos como netbook, TV de LCD de 42 polegadas e sistema de som. Na garagem, um carro zero km.
Rico não mora em favela, mora nos prédios de luxo em frente à Rocinha“
Ao contrário do vizinho, a aposentada não tem plano de saúde e depende do SUS para cuidar de um problema que tem no coração. O único luxo é um
computador, que é de um modelo mais antigo. A renda da casa gira em cerca de R$ 2,4 mil, o suficiente para manter, com dificuldade, a idosa, seu
marido, dois filhos e dois netos. Em termos per capita, seria de R$ 400, um pouco acima dos R$ 291 que delimitam a classe média.
Já a filha de Gasparino está prestes a se formar em administração em uma faculdade particular e o filho mais novo deve virar universitário no ano que vem.
A melhoria de vida, no entanto, fez com que ele estourasse o limite de três cartões de crédito. "Você começa com uma coisa pequenininha, vai crescendo e
acaba perdendo o controle, não tendo condições de pagar", diz o morador. Ou você come ou paga a conta“ Apesar da renda de sua família girar em
torno de R$ 4 mil mensais, a dívida parece estar longe de acabar, principalmente por conta dos juros. "Não que a gente não queira pagar, é que as
condições chegam num limite que ou você come ou paga a conta.” Ainda assim, o promotor de vendas diz ver vantagens em manter, na comunidade,
um padrão de vida típico de bairros mais abastados. "Acredito que é mais perigoso hoje em dia morar no Morumbi ou em bairros mais nobres do que
viver aqui. Bandidagem está em todos os lugares, mas não vai mexer com quem está aqui dentro.“de
Já a aposentada diz que seu sonho é ver a sala com piso de ladrilho e o telhado mais firme. "O que mais quero é renovar minha casinha. Eu penso: 'Será que
vou morrer deixando minha casinha desse jeito?'"
Economista defende critérios
Diana Grosner, da Secretaria de Ações Estratégicas (SAE) da Presidência da República, fez parte da comissão que definiu o critério da nova classe
média e diz que os dados divulgados até o momento são preliminares. "Vale dizer que essa classe média que nós definimos, tudo que divulgamos, são
projeções, porque o ano ainda não acabou“. A economista rebate as críticas ao conceito aplicado pelo governo. Segundo ela, o conceito é relativo e
serve para que o estado brasileiro atenda às necessidades dessa população. "É uma classe média do Brasil. A classe alta não é rica em relação às pessoas
que estão abaixo. Mas nós achamos o mais adequado, que reflete melhor a condição da família. O conceito per capita traduz melhor a situação. O que
nós estamos fazendo não é um exercício sociológico. É para ter um recorte, para olhar a evolução", explica.
Eleições 2012 - PT vai comandar maior nº de
cidades grandes; PMDB lidera nas pequenas
O Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou, nas eleições municipais encerradas neste domingo
(28), o maior número de prefeituras em cidades grandes, mas a sigla perdeu eleitos em
comparação com a última eleição.
Dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, a sigla venceu a disputa em 16, incluindo a maior
delas, São Paulo, onde o candidato Fernando Haddad derrotou José Serra (PSDB). em 2008,
haviam sido 20 prefeituras nas cidades grandes.
O segundo partido que mais conquistou cidades com mais de 200 mil eleitores foi o PSDB (15). A
legenda avançou em comparação com a última eleição, quando obteve 13 eleitos. A seguir
aparecem PSB, com 11, e o PMDB, com 9. Este último foi o que mais perdeu entre as grandes
cidades. Em 2008, a sigla elegeu 17 prefeitos.
O PMDB foi vitorioso, porém, nas cidades pequenas, com eleitorado abaixo de 200 mil, e vai
comandar 1.022 prefeituras, contra 687 do PSDB, 620 do PT, 493 do PSD e 464 do PP. Nestas
cidades, o PMDB avançou, e o PSDB perdeu prefeitos. Em 2008, as legendas elegeram,
respectivamente, 1.192 e 782 prefeitos.
PSB lidera nas capitais
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu o maior número de prefeitos de capitais nas eleições
municipais de 2012. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho. O PSDB
foi vitorioso em quatro capitais: Maceió, Manaus, Belém e Teresina. Também quatro eleitos teve o
PT, que venceu a disputa em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país.
Pela primeira vez na disputa eleitoral nos municípios, o Partido Social Democrático (PSD) elegeu o
prefeito de uma capital do país. Cesar Souza Júnior venceu o segundo turno em
Florianópolis (SC).
Sete anos após ser registrado pela Justiça Eleitoral, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu
neste domingo (28) seu primeiro prefeito em uma capital do país. Clécio Luís (PSOL) é o
novo prefeito de Macapá (AP)com 101.261 votos, o equivalente a 50,59% dos votos válidos.
PMDB e PSDB encolhem; PT e PSB avançam
No país, PMDB e o PSDB lideram o ranking de prefeituras conquistadas pelos partidos em 2012,
embora tenham tido menos prefeitos eleitos nas eleições municipais deste ano em comparação
com o pleito de 2008
O PT, que ocupa o 3º lugar do ranking, conseguiu conquistar mais prefeituras do que em 2008. Já o
PSD sai de sua primeira eleição municipal na 4ª posição, com 497 prefeitos eleitos.
Governo publica lei que regulamenta
as cotas nas universidades federais
O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no
"Diário Oficial da União", o decreto
que regulamenta a lei que garante a reserva de 50%
das vagas nas universidades federais, em um prazo
progressivo de até quatro anos, para estudantes que
cursaram o ensino médio em escolas públicas. O
critério de seleção será feito de acordo com o
resultado dos estudantes no Exame Nacional de
Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado pela
presidente Dilma Rousseff.
As universidades e institutos federais terão quatro anos
para implantar progressivamente o percentual de
reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo que já
estejam adotando algum tipo de sistema de cotas na
seleção. Atualmente, não existe cota social em 27
das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25
delas possuem reserva de vagas ou sistema de
bonificação para estudantes pretos, pardos e
indígenas. De acordo com a lei, 12,5% das vagas de
cada curso e turno já deverão ser reservadas aos
cotistas nos processos seletivos para ingressantes
em 2013. As universidades terão 30 dias para
adaptarem seus editais ao que diz a lei.
Outras notícias outubro de 2012.
 Dilma diz que governo vai prorrogar IPI menor para
carros até o fim do ano
 Estados Unidos emitem 1 milhão de vistos para
brasileiros em um ano
 Comissão da Câmara aprova meta de investir 10% do
PIB na educação - Plano ainda prevê 50% da renda de
tributos do pré-sal para o setor.
Reeleito, Obama diz que volta à Casa Branca
mais determinado e inspirado
O presidente dos EUA, Barack Obama, reeleito após vencer o
republicano Mitt Romney na eleição da véspera, disse nesta
quarta-feira (7) que, para os Estados Unidos, "o melhor ainda está
por vir" e que ele volta à Casa Branca "mais determinado e
inspirado" para o segundo mandato.
Obama, que ganhou mais quatro anos para continuar implantando
seu programa de mudanças, teve dificuldades para iniciar seu
discurso. A plateia gritava para o presidente: "Mais quatro anos!
Mais quatro anos!".
Obama disse que parabenizou o candidato republicano, Mitt
Romney, e seu candidato a vice, Paul Ryan, pela campanha.
O democrata, falando a uma multidão, fez uma declaração de amor à
primeira-dama, Michelle, e às filhas, Sasha e Malia, citou o
"primeiro cachorro", Bo, e também agradeceu a sua equipe de
campanha.
Obama afirmou que nunca teve tantas esperanças sobre o futuro do
país.
"Apesar de todas as nossas diferenças, muitos compartilham
esperanças para o futuro dos Estados Unidos", disse.
O presidente celebrou o processo democrático no país e disse que
quer "trabalhar com líderes dos dois partidos", pois há muito
trabalho a fazer.
Ele citou a necessidade de reduzir o déficit, reformar o código
tributário, aprovar a reforma da imigração e diminuir a
dependência do país do petróleo estrangeiro.
O presidente reeleito também disse que quer conversar com o
derrotado Romney. "Podemos trabalhar juntos para levar o país
adiante", disse.
Milhões fazem greve contra medidas
de austeridade anticrise na Europa
Policiais e manifestantes entraram em confronto nesta quartafeira (14) na Espanha, em Portugal e na Itália, num dia em
que milhões de pessoas faziam greve para protestar contra
as medidas de austeridade dos governos europeus contra a
crise econômica na região.
Centenas de voos foram cancelados, fábricas e portos foram
fechados, e o movimento de trens quase parou na Espanha
e em Portugal, onde sindicatos fizeram sua primeira greve
geral coordenada, de 24 horas, para protestar contra cortes
nos gastos públicos.
As lideranças sindicais dos dois países argumentam que as
medidas de austeridade que os governos adotaram para
tentar superar a crise apenas provocaram mais pobreza e
aprofundaram os problemas da região.
Milhões de pessoas aderiram às greves nos dois países.
Na espanha, pelo menos 60 pessoas foram detidas e 34
ficaram feridas em confrontos, segundo o Ministério do
Interior.
Sindicatos de Grécia, Itália, França e Bélgica também
planejaram paralisações ou manifestações como parte do
"Dia Europeu de Ação e Solidariedade".
Na Itália, policiais ficaram feridos em protestos em Milão, em
Torino e na capital, Roma.
Xi Jinping é eleito novo líder do
Partido Comunista da China
O Comitê Central do Partido Comunista da China designou nesta quinta-feira (15), como era
esperado, Xi Jinping como o secretário-geral da formação e o "número um" da nova lista
de sete membros do Comitê Permanente, principal órgão da agremiação, anunciou a
agência Xinhua. Desta forma, Xi, de 59 anos, vai assumir a presidência da China em
março de 2013, sucedendo a Hu Jintao, que deixa nesta quinta seu posto no Comitê
Permanente e também a Secretaria Geral do Partido. Essas mudanças são o primeiro
passo na transição da quarta para a quinta geração de líderes comunistas. Ele também foi
alçado à condição de presidente da Comissão Militar Central, o órgão que controla as
Forças Armadas da potência asiática. Em seu primeiro discurso como chefe do partido,
Xi louvou "o caráter e a vontade do povo chinês durante seus 5.000 anos de história" e
demonstrou a intenção de dar continuidade ao processo de reformas e abertura vivido
pela China nas últimas décadas. Ele disse que assume "enormes responsabilidades"
diante da segunda economia do mundo, e admitiu que o Partido Comunista enfrenta
"graves desafios", incluindo a corrupção.
Personalidade enigmática.
Primeiro dirigente nascido após a fundação do regime comunista por Mao Tsé-Tung, em 1949, a personalidade de Xi Jinping é
um grande enigma, e sua carreira é própria de um integrante do partido que foi subindo à sombra de seu antecessor.
Filho de um "herói revolucionário", Xi Jinping é um dos "pequenos príncipes" da aristocracia que governa um país em plena
mutação. Sua esposa, Peng Liyuan, uma famosa cantora que tem a patente de general do exército, é mais popular que
ele na China, e o casal tem uma filha que estuda nos Estados Unidos, na Universidade de Harvard, com nome falso.
Ele seguiu uma carreira clássica de dirigente comunista, primeiro provincial, depois em Xangai, antes de integrar o "santa
santorum" do PCC em 2007 e assumir a vice-presidência da república em 2008. Na política externa, não são esperadas
mudanças espetaculares na questão diplomática. Em relação aos direitos humanos, Xi deverá decidir se manda colocar em
liberdade o prêmio Nobel da Paz 2010, o intelectual dissidente Liu Xiaobo.
Xi é apresentado, em geral, como um homem de compromisso aceitável pelas facções reformistas e conservadoras. Será
apoiado por Li Keqiang, que em março substituirá Wen Jiabao no cargo de primeiro-ministro.
Hu Jintao, por sua vez, passará aos bastidores do poder, como ocorreu com ex-dignitários do regime, entre eles o ex-presidente
Jiang Zemin (1992-2002), o mais poderoso de todos.
Condenado no mensalão, José
Dirceu entrega passaporte
O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no
julgamento do processo do mensalão por corrupção ativa e
formação de quadrilha, entregou , por meio da defesa, seu
passaporte ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, ordenou
que os 25 réus condenados no processo entregassem os
documentos para evitar fugas para o exterior. A medida havia
sido solicitada pelo procurador-geral da República, Roberto
Gurgel.
Nesta quinta, em seu blog, Dirceu já dissera que iria entregar o
passaporte, mas criticou a determinação de Joaquim
Barbosa, classificada de "populismo jurídico" e "tentativa de
intimidar" os réus.
Pela decisão de Barbosa, os condenados terão de entregar os
passaportes à Suprema Corte em até 24 horas após a
notificação judicial.
A decisão sobre a entrega dos documentos foi publicada na
edição desta sexta do "Diário Oficial da União" e o prazo
começa a contar na próxima segunda. Os réus têm até terça
(13) para entregar o passaporte.
Outros quatro réus também já haviam entregado o documento:
Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, o
advogado Rogério Tolentino, o ex-deputado Pedro Corrêa
(PP-PE), e o ex-assessor parlamentar João Cláudio Genú.
Outras notícias de Novembro de
2012
 Dilma e Alckmin selam acordo para transferir presos, diz




governo de SP
Número de mortos pela tempestade Sandy em EUA e Canadá
chega a 82
Milhares vão às ruas contra o governo de Cristina na Argentina
Ataques de Israel matam 3 em Gaza, e foguete cai na costa de
Tel Aviv
Secretário da Segurança Pública de São Paulo deixa o cargo Antonio Ferreira Pinto deixa a função em meio à onda de violência.
Nesta madrugada, sete pessoas morreram na Grande São Paulo.
Nasa desmente 'fim do mundo' e alerta
sobre suicídios
Após receber uma enxurrada de cartas de pessoas seriamente preocupadas com teorias que preveem o fim do
mundo no dia 21 de dezembro de 2012, a agência espacial americana (Nasa) resolveu 'desmentir' esses
rumores na internet.
Nesta quarta-feira (28), a Nasa fez uma conferência online com a participação de diversos cientistas. Além
disso, também criou uma seção em seu website para desmentir que haja indícios de que um fim do
mundo esteja próximo.
Segundo o astrobiologista David Morrison, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, muitas das cartas expondo
preocupações com as teorias apocalípticas são enviadas por jovens e crianças.
Alguns dizem até pensar em suicídio, de acordo com o cientista, que também mencionou um caso, reportado
por um professor, de um casal que teria manifestado intenção de matar os filhos para que eles não
presenciassem o apocalipse.
Estamos fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para a Nasa pedindo uma resposta (sobre as teorias
do fim do mundo). Em particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo que estão
com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas dizem que estão até pensando
em suicídio', afirmou Morrison.
Há um caso de um professor que disse que pais de seus alunos estariam planejando matar seus filhos para
escapar desse apocalipse. O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está preocupando de
verdade algumas pessoas e por isso é importante que a Nasa responda a essas perguntas enviadas para
nós.
Morre no Rio o arquiteto Oscar
Niemeyer
O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio às 21h55 desta quartafeira (5). Ele estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano,
em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras,
Niemeyer completaria 105 anos em 15 de dezembro.
Nesta quarta, um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto
havia piorado e era considerado grave.
Ainda segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e
encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória.
Visita à Passarela do Samba
Em fevereiro, Niemeyer fez uma visita ao Sambódromo, durante a fase final das
obras de reforma da Passarela do Samba que mantiveram o traçado original
que o arquiteto projetou há 30 anos. Ele enfrentou o sol forte de meio-dia e
percorreu num carrinho aberto toda a extensão da Avenida.
"Está muito bom. Melhorou muito. Este não é um trabalho só meu, é o trabalho
de um grupo. Estou entusiasmado", disse Niemeyer, na ocasião.
O projeto de Niemeyer previa um equilíbrio entre os dois lados da Sapucaí, como
se fosse um espelho. Com a obra, a Sapucaí passou a ter 12.500 lugares a mais,
podendo acomodar 72.500 pessoas.
Trabalho em ateliê para festejar 104 anos
Autor de mais de 600 projetos arquitetônicos, Niemeyer decidiu festejar os
seus 104 anos do jeito que mais gostava: trabalhando em seu ateliê de janelas
amplas diante da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Em agosto de 2011, ele lançou o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer" (Editora
Nosso Caminho), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio.
Embora ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras
religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira.
"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar
pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram
religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim.
Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são
bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou
Niemeyer, na ocasião.
Juiz condena Carlinhos Cachoeira a 39
anos, e bicheiro volta a ser preso
O contraventor Carlinhos Cachoeira foi condenado nesta sexta-feira (7) a 39 anos de prisão pelos
crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. As acusações são
relativas à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Cachoeira voltou a ser preso logo após a
publicação da sentença, do juiz Alderico Rocha, da 11ª Vara Federal, nesta tarde, em Goiânia. A
defesa pode recorrer da decisão.
O mandado de prisão foi expedido pelo magistrado e cumprido pela Polícia Federal. Ao G1,
Alderico informou que reavaliou a necessidade da prisão preventiva do contraventor.
Até então, Cachoeira permanecia em liberdade desde determinação da Terceira Turma do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no começo deste mês.
Cachoeira estava em casa quando foi preso, por volta das 13h. Ele foi levado para a Polícia Federal,
em Goiânia. O advogado dele, Nabor Bulhões, informou ao G1 nesta tarde que está em Brasília
e que vai apurar o motivo da prisão antes de se pronunciar.
Prisão anterior
No último dia 21, Cachoeira deixou o presídio da Papuda, em Brasília, beneficiado por um
alvará de soltura expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ele
havia ficado preso por nove meses.
Na ocasião, o bicheiro seguiu para Goiânia, onde tem residência, para reencontrar os filhos.
Operações
O nome de Cachoeira aparece envolvido em duas operações da PF: a Monte Carlo e a Saint
Michel. A Saint Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o
envolvimento de agentes públicos e empresários em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal
e tráfico de influência em Goiás.
Cachoeira foi preso em fevereiro devido às investigação da Monte Carlo. Já preso, foi expedido um
novo mandado contra ele pela Operação Saint Michel. Em outubro, ele obteve um habeas
corpus relacionado às investigações da Monte Carlo, mas continuou preso em razão do
mandado expedido pela Saint Michel.
Cachoeira é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, que
investiga as relações dele com políticos e empresários.
Outras notícias de dezembro de
2012
 Comissão do Senado aprova projeto que torna Lei Seca mais
rígida
 Atirador mata 26 e morre em escola infantil em
Connecticut, nos EUA
 Supremo conclui julgamento do mensalão após quatro
meses e meio - 25 foram condenados, 12 absolvidos e um será
julgado na 1ª instância.

Terroristas islâmicos invadem campo de
exploração de gás na Argélia e fazem centenas
de reféns
Na madrugada do dia 16 para o dia 17 de janeiro, um
grupo de rebeldes ligado à Al Qaeda invadiu um
campo de exploração de gás na Argélia operado
pelas empresas Sonatrach, a britânica BP (British
Petroleum) e a norueguesa Statoil. Segundo o
líder, o argelino Mojtar Belmojtar, a ação é uma
resposta à abertura do espaço aéreo da Argélia,
ex-colônia francesa, para que a França pudesse
bombardear outra ex-colônia, o Mali, em sua
guerra contra os rebeldes islamitas. O país
africano está dividido desde o ano passado, após
rebeldes ligados à Al-Qaeda terem dominado o
norte do território. A Argélia permitiu que a
França utilizasse seu espaço aéreo durante a
intervenção militar iniciada na semana passada
contra os rebeldes islamitas no Mali. Na tentativa
de resgatar o campo de gás, o Exército da Argélia
tem feito bombardeios ao local.
A Argélia é o sexto maior exportador de gás natural
do mundo (sendo origem de um quarto das
importações de gás natural da Europa) e detém a
16ª maior reserva de petróleo.
Conflito No Mali.
A operação militar francesa, que teve início na sexta-feira passada, tem, segundo Hollande, o objetivo único de
impedir que grupos rebeldes islâmicos que controlam o norte do Mali assumam o controle de todo o país. Uma
força regional, composta por tropas de vários países da África Ocidental, em poucos dias também estará no Mali
para auxiliar nas operações contra os grupos insurgentes. Pelos termos de um acordo firmado em outubro
passado, a França deveria liderar uma missão europeia que daria treinamento com apoio logístico a uma
intervenção promovida pelo bloco militar da Comunidade Econômica de Estado de África Ocidental (Cedeao).
Ou seja, não estava previsto que a França participaria dos combates. Hollande tem enfatizado que se o Mali se
converter em refúgio de insurgentes islâmicos, a segurança europeia estaria em risco. Mas além da segurança
europeia, o que mais estaria por trás da decisão francesa de intervir no conflito africano?
Ameaça à Europa
Os rebeldes islâmicos, alguns dos quais teriam ligações com a rede Al-Qaeda, já controlam metade do Mali, e a
chance de que venham a controlar todo o território do país não é de todo remota. Especialistas concordam que o
Exército no Mali não tem capacidade de conter a ofensiva rebelde. A captura recente de Konna, o ponto mais ao
norte do país que ainda não havia caído nas mãos dos militantes islâmicos, funcionou como um grito de alerta.
''Representantes do governo da França não estavam exagerando quando disseram que, sem a intervenção francesa,
os insurgentes islâmicos poderiam chegar à capital, Bamako, em questão de dias'', afirma Melly. De acordo com o
analista, isso teria sido desastroso não apenas para o Mali, mas para toda a África Ocidental, ''ameaçando a
estabilidade e as estruturas democráticas de toda a região'‘. Isso também poria em jogo todos os interesses da exmetrópole francesa, que, historicamente, sempre teve uma presença importante na região. Rebeldes com
aparentes elos com a Al-Qaeda conquistaram o norte do Mali E seria preocupante também para a comunidade
internacional, segundo Melly. ''Permitir que um país da África ocidental outrora estável ruísse completamente
diante de grupos cujo objetivo é exportar a guerra santa seria arriscar a estabilidade e a segurança de várias nações,
do Senegal à Nigéria'', opina o analista.
Intervencionismo francês
A França tem um histórico de intervenções militares em suas antigas colônias em momentos de insurreições, golpes
de Estado e instabilidade política.O analista da BBC Tim Whewell frisa que a França, que até os anos 50 e 60
controlava vários países africanos, ''nunca deixou a região por completo'‘.''Mesmo após a independência de suas
antigas colônias africanas, a França já interveio em conflitos no Gabão, na República Centro-Africana, na Costa do
Marfim e na República do Congo'.’Então, por que mudou de ideia tão subitamente se seu plano inicial era apenas
fornecer apoio logístico? A resposta do governo francês é que o próprio governo interino de Mali pediu a ajuda
francesa quando os rebeldes avançaram até assumir o controle de Konna, cidade considerada crucial e situada a
pouco mais de 680 km da capital malinesa, Bamako.
Impulso a Hollande
Os índices de popularidade do presidente Francois Hollande vinham
despencando, e muitos acreditam que a intervenção favorece a sua imagem.
Até o momento, o líder socialista vinha se posicionando como um estadista
antibelicista, com planos de retirada imediata de tropas francesas no
Afeganistão.
Soldados nigerianos integram tropas internacionais no Mali; instabilidade
malinesa pode afetar região, diz analista
Mas seus índices de aprovação caíram para a faixa de 20% desde que ele chegou
ao poder, no ano passado. E uma pesquisa recente mostrou que 3 em cada 4
franceses duvida que ele será capaz de cumprir suas promessas.
Francois Heisbourg, diretor do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos,
baseado na Grã-Bretanha, afirmou que a intervenção no Mali deu a Hollande
um empurrão em um momento difícil para seu governo.
"Hollande é visto, inclusive por muitos de sus seguidores, como um homem
indeciso, como Obama era visto nos primeiros meses de seu mandato",
afirma.
''Sua decisão de intervir no Mali, que foi rápida, contundente e aparentemente
efetiva, mudou subitamente a imagem de Hollande.''
Aposta de risco
Mas os analistas advertem também que a decisão francesa representa uma aposta
de risco.
''Os rebeldes estão muito bem equipados, têm grande mobilidade e
conhecimento do terreno. A França tem vantagem aérea, mas os bombardeios
podem ser contraproducentes e alienar uma parte da população civil do Mali'',
diz à BBC BBC Nigel Inkster, ex-agente do MI6, o serviço de inteligência
britânico.
Jonathan Marcus, especialista da BBC em assuntos diplomáticos, afirma que os
objetivos da missão francesa são poucos claros: "O envio de tropas visa conter
o avanço dos rebeldes islâmicos ou que o governo do Mali retome o controle
do norte do país? Trata-se de uma área gigantesca'', comenta.
Os próprios meios de comunicação franceses já manifestaram preocupações com
a intervenção e destacaram que ''é fácil entrar, mas difícil sai
Menina indiana de 11 anos é
estuprada por seis homens
Em dezembro do ano passado, o caso da estudante de 23 anos que foi estuprada e morreu
dias depois por causa dos ferimentos gerou protestos e chamou a atenção do mundo.
Agora, veio à tona a história de outra indiana, desta vez uma menina de apenas 11 anos,
que está em estado crítico após ser submetida a 14 operações por ter sido estuprada por
seis homens. A polícia se negou a registrar a denúncia no momento da agressão, mas
depois, após as pressões da população local, que convocou marchas de protesto, se viu
obrigada a fazer isso. Os dois casos deram origem a um debate sem precedentes sobre o
papel da mulher na Índia.
Hugo Chávez não comparecerá a cerimônia de
posse na Venezuela
Reeleito recentemente, o mandatário deveria ser empossado para
o novo mandato no dia 10 de janeiro, mas devido às
complicações após mais uma cirurgia para tratar um câncer
não poderá comparecer.
Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional
(Parlamento venezuelano), leu o comunicado explicando que
por "recomendação médica" o líder reeleito não poderá prestar
o juramento ao cargo.
"O comandante presidente pediu para informar que, de acordo
com as recomendações da equipe médica (...) o processo de
recuperação pós-cirúrgica deverá ser extendido para além de
10 de janeiro".
Na carta há também o pedido para que Chávez possa prestar o
juramento diante do Tribunal Supremo de Justiça, tal como
estabelece o artigo 231 da Constituição venezuelana, sem
precisar uma data em específico.
O líder não foi visto em público nem fez comunicação direta
desde o dia 11 de dezembro, quando se submeteu a uma quarta
operação em Cuba, e onde permanece desde então.
Na segunda-feira, o ministro de Comunicação e Informação
venezuelano, Ernesto Villegas, informou que a situação de
Chávez é "estável" e disse que continua sendo submetido ao
mesmo tratamento.
EUA enfrentam impasse ante a
'abismo fiscal
Os americanos temem que, sem um consenso entre os congressistas, a economia do país volte a desacelerar, com um pesado
fardo a ser carregado pela população, sobretudo os mais pobres.
Isso porque nesta terça-feira expiraram inúmeros benefícios herdados do governo de George W. Bush. Entretanto, por ser
feriado, os mercados estão fechados e, assim, os EUA ainda não sentiram, pelo menos por ora, o impacto imediato do
fim das benesses, descrito como 'devastador' na avaliação de especialistas.
Nesta terça-feira, republicanos e democratas permanecem reunidos na Câmara dos Representantes para votar um projeto de
lei costurado na última segunda-feira no Senado americano.
A Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) é liderada por uma maioria republicana,
partido de oposição ao presidente dos EUA, Barack Obama, que é democrata.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, prometeu que a Casa votará o projeto de lei ou sugerirá uma
alternativa.
Porém, Boehner já havia dito anteriormente que não endossava o acordo - que também deve enfrentar resistência de diversas
lideranças republicanas.
Após uma reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, também disse
que "não apoia a lei", referindo-se ao acordo previamente aprovado no Senado.
Mais cedo, Obama pediu à Câmara que aprovasse a lei "sem atrasos".
Sem demora
O projeto de lei foi aprovado pelo Senado, controlado pelos democratas, por maioria esmagadora de 89 votos a favor e 8
contra, na manhã desta terça-feira.
O acordo prevê um aumento dos impostos para os ricos e foi desenhado após longas conversações entre o vice-presidente Joe
Biden e os republicanos do Senado.
Cortes de gastos foram adiados por dois meses para que um acordo mais amplo fosse possível.
"Embora nem democratas nem republicanos tenham conseguido tudo o que queriam, esse acordo é a coisa certa a se fazer
para nosso país, e a Câmara deve aprová-lo sem demora", disse Obama em comunicado.
Termos do acordo
Pela proposta de lei aprovada no Senado, serão estendidos os cortes de impostos para os americanos que ganham menos de
US$ 400.000 por ano - acima dos US$ 250.000 inicialmente propostos pelos Democratas.
O que é o 'abismo fiscal'?
Em 1º de janeiro de 2013, passa a vigir nos Estados Unidos um conjunto de aumento de impostos e pesado corte de
gastos, mais conhecido como 'abismo fiscal'.
O prazo para o início da vigência do 'abismo fiscal' foi determinado em 2011 para forçar o presidente e o Congresso a
chegar a um acordo sobre o orçamento do país em dez anos.
A data coincide com o fim de vários benefícios fiscais da era Bush.
Há um temor de que o aumento maciço dos impostos combinado com um corte profundo de gastos públicos gere um
impacto devastador nos orçamentos familiares e nos negócios do país.
O resultado também poderá ser sentido em outros países do mundo, dado o grau de interligação das economias
mundiais. Para os mais ricos, porém, a taxa passa de 35% para 39,5% sobre os rendimentos.
O pacote aprovado no Senado ainda inclui:
• aumentos dos impostos de herança de 35% para 40% para ganhos acima de US$ 5 milhões para um indivíduo e US$ 10
milhões para um casal;• aumento de impostos sobre o capital - afetando alguns rendimentos de investimento - de
até 20%, mas menos do que os 39,6% que prevaleceriam sem um acordo;
• extensão de um ano para o seguro desemprego, que afeta dois milhões de pessoas;
• prorrogação de cinco anos para os créditos fiscais que ajudam as famílias mais pobres e da classe média.
Um corte de gastos da ordem de US$ 1,2 trilhão do orçamento federal americano a ser implementado em 10 anos foi
novamente deixado para depois, adiado por dois meses, permitindo que o Congresso e a Casa Branca possam
reabrir as negociações sobre o tema. O presidente Barack Obama saudou a votação no Senado.
"Os líderes de ambos os partidos no Senado se reuniram para chegar a um acordo que passou com apoio bipartidário
esmagador que protege 98% dos americanos e 97% dos donos de pequenos negócios de uma escalada do imposto
para a classe média", disse ele em um comunicado.
Origens
O atual impasse tem suas origens em 2011, em uma tentativa fracassada de enfrentar o limite de endividamento do
governo e o déficit orçamentário. Na época, republicanos e democratas concordaram em adiar as difíceis decisões
sobre gastos até o fim de 2012 e estabeleceram cortes compulsórios caso não houvesse acordo até 31 de dezembro. A
data também marcava o fim de isenções de impostos introduzidas no governo de George W. Bush. Com isso,
indivíduos e empresas serão afetados simultaneamente com aumento de impostos e redução em contratos,
benefícios e apoio do governo. Cerca de US$ 607 bilhões em cortes no orçamento e aumento de impostos estão
previstos, incluindo cortes na verba da Defesa, mudanças no sistema de saúde para idosos e impostos mais altos
para pessoas físicas. Desempregados e pessoas com salários baixos irão perder benefícios.
Lados opostos
Enquanto os republicanos relutam em deixar que os cortes de impostos da era Bush expirem ou que os gastos em defesa
sejam reduzidos, os democratas querem manter as medidas temporárias do governo Obama para ajudar
desempregados e trabalhadores com baixos salários e evitar cortes profundos em gastos não relacionados à Defesa.
Segundo analistas, mesmo que seja fechado um acordo, o impacto sobre o problema original do déficit e do limite de
endividamento do governo deve ser pequeno, o que deve levar a uma nova briga política no início de 2013.
Governo suspende venda de 225 planos de
saúde de 28 operadoras
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ligada ao Ministério da Saúde, anunciou
nesta quinta-feira a suspensão da venda de 225 planos de saúde administrados por 28
operadoras em todo o Brasil.
A decisão foi motivada pelo descumprimento dos prazos máximos determinados para a marcação de
consulta, exames e cirurgias.
Os planos não poderão ser vendidos até março. A proibição pode ser prorrogada em caso de
reincidência.
Segundo a ANS, desde dezembro de 2011, quando o monitoramento teve início, 16 operadoras não
cumpriram os critérios estabelecidos pelo governo de forma reincidente.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou sobre os direitos dos consumidores que contrataram os
planos cujas vendas foram proibidas.
“Para quem tem um plano de saúde que a partir de 14 de janeiro terá a venda suspensa, todos os direitos
continuam valendo. O que está suspensa é a incorporação de novos clientes”, explicou o ministro.
Entenda a nova onda de protestos
e a crise política no Egito
O comentário, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na página do Exército no Facebook, se segue a
uma madrugada de manifestações em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a
população ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi.
Tropas militares foram enviadas às cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que
prosseguiram nesta terça. Muitos manifestantes pedem a saída de Morsi. Nos últimos dias, mais
de 50 pessoas morreram durante confrontos.
Leia, abaixo, o que está por trás da atual onda de protestos:
Como começaram os protestos?
Manifestações no Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo
aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos
acabaram se voltando contra Morsi. Seculares, cristãos, liberais e outros críticos do governo de
Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muçulmana), eleito no ano passado, de trair
os ideais da revolução. Há insatisfação popular com a ampliação dos poderes de Morsi e com a
nova Constituição aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islâmica da
população. Morsi anunciou estado de emergência em três cidades. Em Porto Said, protestos
continuaram no sábado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas à morte pelos
episódios de violência ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de 2012. Na ocasião, 70
pessoas morreram em confrontos após uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o
al-Ahly, do Cairo. Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsáveis pela
segurança da partida não foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como
bodes expiatórios.
Os protestos estão ligados entre si?
Os protestos nas cidades são separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiança
nas instituições do Estado (em especial os serviços de segurança e o Poder Judiciário) e a
sensação de ausência de lei e ordem.
Qual tem sido a resposta de Morsi?
Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de
emergência em três cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele
ordenou um toque de recolher noturno, válido por 30 dias.
Desde então, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exército às ruas "para ajudar a
polícia a preservar a segurança".
Morsi também chamou a oposição para conversas no palácio presidencial, na tentativa de restaurar a
unidade nacional. Mas a principal coalizão oposicionista, a Frente Nacional de Salvação, rejeitou
a proposta, alegando que ela é apenas "cosmética" e "vazia de significado“.
Outras notícias de janeiro.
Em meio a protestos, Parlamento francês inicia debate
sobre casamento gay
 Há meses o assunto mobiliza defensores e opositores do
'casamento para todos',
 Brasileira teme voltar para casa abandonada após ação
rebelde no Mali
 Únicos estrangeiros em cidade no norte do país, Francisca e o
marido poderiam ser 'alvo preferencial' dos milicianos.
 Rio decide tombar Museu do Índio, mas destino de
indígenas é incerto
 Governo mantém decisão de despejar índios que moram na
Aldeia Maracanã, no Rio, para reformar o local.
 Rainha da Holanda abdica o trono em favor do filho
 Monarca esteve à frente da família real holandesa por 33 anos.
Especialistas da ONU e OMS criticam internação
compulsória
de
viciados
em
crack
O tema voltou a debate no Brasil em janeiro, quando o governo de São Paulo fez uma parceria com a Justiça
para agilizar a internação forçada de casos extremos de dependentes da droga.
O governo paulista diz que suas propostas para o tratamento dos usuários de crack estão de acordo com as
premissas da ONU e da OMS e afirma que, até hoje, nenhum paciente foi internado por ordem judicial e
menos de dez foram internados involuntariamente (a pedido da família, mas sem ordem da Justiça).
Para o médico italiano Gilberto Gerra, chefe do departamento de prevenção às drogas e saúde do Escritório das
Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, na sigla em inglês), é necessário oferecer aos viciados
"serviços atrativos e uma assistência social sólida“. "Uma boa cura de desintoxicação envolve tratamento de
saúde, inclusive psiquiátrico para diagnosticar as causas do vício, pessoas especializadas e sorridentes para
lidar com os dependentes e incentivos como alimentação, moradia e ajuda para arrumar um emprego", diz
Gerra. "O Brasil precisa investir recursos para oferecer serviços que funcionem e ofereçam
acompanhamento médico completo, proteção social, comida e trabalho para os dependentes", afirma.
De acordo com ele, o Brasil tem bons profissionais no campo do tratamento das drogas, mas faltam
especialistas, e a rede médica nessa área é insuficiente. Segundo Gerra, a internação compulsória deve
ocorrer pelo prazo máximo de algumas semanas e só se justifica quando o dependente apresenta
comportamento perigoso para a sociedade ou para si próprio.
Problemas múltiplos
O especialista da OMS também afirma que o vício do crack envolve problemas múltiplos (psicológicos e sociais)
que devem ser tratados com ações em várias áreas além da médica, como moradia, alimentação, assistência
geral e programas de emprego.
Ele afirma que há exemplos de programas de tratamento voluntário de dependentes em países como os Estados
Unidos e a Austrália que "ajudam as pessoas a reconstruir suas vidas e não são apenas soluções temporárias".
O médico cita também o programa brasileiro que permite às grávidas viciadas em crack obter tijolos e materiais
para construir casas em troca de tratamento. "Isso dá instrumentos para que elas façam algo diferente em
suas vidas", afirma.
A OMS já criticou o sistema de internação compulsória de dependentes realizado em países asiáticos. "Eles
detém pessoas viciadas e estão tratando casos de saúde com a prisão", diz Clark.
A organização publicou um documento no ano passado solicitando aos países para fechar os centros de
tratamento compulsório de drogas.
Segundo Clark, pelo menos 90% dos dependentes químicos no mundo não recebem tratamento.
Coreia do Norte confirma terceiro
teste nuclear
A Coreia do Norte anunciou ontem ter
realizado com sucesso seu terceiro teste
nuclear, desatando uma onda de
condenações internacionais.
Segundo Pyongyang, o dispositivo nuclear
detonado seria "pequeno e leve", mas com
um poder explosivo maior que os acionados
anteriormente.
Os dois outros testes nucleares norte-coreanos
foram feitos em 2006 e em 2009. Em
janeiro, o governo do país anunciou que
faria um novo teste em resposta a sanções
da ONU.
Esse terceiro teste foi confirmado horas depois
de uma atividade sísmica ser registrada na
região.
O presidente americano Barack Obama
conclamou a comunidade internacional a
dar uma resposta "rápida" e "crível" ao novo
teste e a China expressou sua "firme
oposição" à iniciativa norte-coreana.
O Conselho de Segurança da ONU deve se
encontrar nesta terça-feira para decidir o
que fazer.
As duas Coreias estão, tecnicamente, em estado de
guerra desde a metade do século passado. Ao final da
Segunda Guerra, a península ficou sob influencia da
União Soviética no norte e dos Estado Unidos no sul.
Entre 1950 e 1953, um conflito armado causou a morte de
mais de 1 milhão de pessoas na região, e o armistício de 53
não acabou com a tensão que se intensificou nos últimos
meses.
Coreia do Norte se diz determinada a produzir misseis
capazes de atingir os EUA
Em março, exercícios militares conjuntos entre os Estados
Unidos e a Coreia do Sul levaram Pyongyang a encerrar
uma linha de comunicação direta com Seul, e a Coreia do
Norte anunciou ao mundo que estava em estado de
guerra, prometendo reativar uma usina nuclear.
Nesta semana, trabalhadores sul-coreanos foram
proibidos de entrar na Coreia do Norte, onde trabalham
em um complexo industrial que é um símbolo de
operação entre os dois países, na cidade de Kaesong.
Observadores tentam interpretar as ações do líder nortecoreano, Kim Jong-un: se está genuinamente preocupado
com um possível ataque ao seu país ou se, ainda inseguro
após substituir seu pai como chefe de estado, tenta
mostrar firmeza à população.
Analistas acreditam que a possibilidade de um ataque
nuclear é muito baixa, mas a Coreia do Norte se diz
determinada a produzir mísseis capazes de atingir os
Estado Unidos.
Congresso se prepara para votar veto
de Dilma aos royalties
Cedendo a pressões de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, a presidente eliminou da proposta de legislação o artigo 3º, mantendo
assim uma vantagem a esses Estados - os principais produtores de petróleo do país.
Os royalties são tributos pagos ao governo federal pelas empresas que exploram o petróleo, como uma forma de compensação por
possíveis danos ambientais causados durante o processo. A maioria dos congressistas defende que todos os Estados ganhem o
mesmo percentual desses recursos e, embora Dilma tenha vetado este artigo, analistas dizem que deputados e senadores da base
aliada devem derrubá-lo, sustentando que a questão é estadual e não partidária. Os governadores capixaba, paulista e fluminense já
adiantaram que devem procurar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso o veto presidencial seja derrubado pelos parlamentares. Os
congressistas destes Estados se mobilizam para obstruir a pauta, tentando atrasar o horário da votação, marcada para ter início às 19h
e cujo quorum mínimo é de 14 senadores e 86 deputados.
A cédula de votação terá os 140 dispositivos rejeitados pela presidente, e após um período de breve comunicações e leitura de outras
rejeições presidenciais, será aberto espaço para discussão. Cada veto será analisado duas vezes, primeiro pelo Senado e depois pela
Câmara. O adiamento da votação, prevista para o ano passado, acabou postergando também a apreciação do Orçamento, que só deve
ser analizado após o encerramento desta questão. A BBC Brasil preparou um guia com as questões mais polêmicas sobre a
distribuição dos royalties.
Por que a lei dos royalties é tão polêmica?
Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties irritou municípios e Estados produtores. Isso porque a lei prevê redividir não
só recursos de contratos futuros, ou seja, de blocos que ainda serão licitados, como altera também os de antigos. O principal Estado
afetado por isso seria o Rio de Janeiro, responsável por % da exploração nacional de petróleo.
O royalty é um valor pago por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço. No caso do
setor de petróleo, trata-se de um valor cobrado da concessionária que explora os campos, baseado em sua produção. O montante é
pago à União, que repassa parte dos recursos a Estados e municípios segundo proporções estabelecidas na legislação. Até a aprovação
da nova divisão dos royalties pelo Congresso, em novembro deste ano, os municípios e Estados produtores recebiam a maior parcela
dos royalties e participações especiais (tributo pago pelas empresas pela exploração de grandes campos de petróleo). A presidente
Dilma, no entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova lei, entre os quais, a redivisão dos royalties para contratos já vigentes. Ela
também determinou aos beneficiários desses recursos que invistam 100% da renda obtida a partir deles em educação.
O Congresso revidou e decidiu votar, em caráter de urgência, os vetos da presidente.
O legado de Chávez: os prós e os
contras
A morte de Hugo Chávez na terça-feira, aos 58 anos, marca o fim de um período de quase 14 anos nos quais o ex-coronel esteve à frente do país e promoveu inúmeras
transformações - defendidas por seus simpatizantes e criticadas pelos opositores.
Confira aqui uma lista de cinco argumentos a favor e cinco contra Chávez.
CINCO ARGUMENTOS PRÓ-CHÁVEZ
1- Combate à desigualdade
Durante o período de Hugo Chávez na Presidência, de 1999 até 2013, a desigualdade na Venezuela caiu gradualmente, da mesma forma que ocorreu na maior parte da região.
O país tem hoje a distribuição de renda mais igualitária da América Latina, medida pelo coeficiente Gini.
No ano passado, o coeficiente Gini da Venezuela (que varia entre 0, mais igualitário, a 1, mais desigual) ficou em 0,39. Para efeito de comparação, o coeficiente Gini do Brasil, o
mais baixo desde que a desigualdade começou a ser medida, é de 0,52.
2- Atenção aos pobres
Hugo Chávez concentrou grande parte dos esforços de seus governos em programas de assistência aos pobres, além de promover as chamadas "missões" para combater
problemas como o analfabetismo ou a mortalidade infantil.
Segundo dados do Banco Mundial, a porcentagem de venezuelanos que vivem abaixo da linha de pobreza caiu de 62,1% em 2003 para 31,9% em 2011.
O presidente é elogiado por ter criado as chamadas "missões" para combater problemas como o analfabetismo
No campo da educação, os dados da Unesco mostram que a taxa de alfabetização, que em 1991 era de 89,8%, foi elevada a 95,5% em 2010, e a porcentagem de jovens
frequentando o ensino secundário aumentou de 57%, em 1999, para 83% em 2010.
A mortalidade infantil no país caiu de 20 por mil nascimentos vivos, em 1999, para 13 por mil nascimentos vivos em 2011, em grande parte por conta dos programas para
melhorar o atendimento de saúde da população mais pobre.
3- Política externa
Para os simpatizantes de Chávez, um de seus maiores êxitos foi o de elevar a importância da Venezuela no cenário global e de reposicionar as relações internacionais do país.
Com uma retórica fortemente anti-imperialista, Chávez rompeu a tradicional cordialidade nas relações da Venezuela com os Estados Unidos e apostou nas chamadas relações
sul-sul, entre os países em desenvolvimento.
Utilizando ofertas de petróleo a custo baixo como atrativo, Chávez conseguiu também angariar apoio internacional de vários países às suas ideias.
Os opositores, porém, afirmam que o antagonismo com os Estados Unidos, maiores compradores do petróleo venezuelano, foi prejudicial ao país e questionam as alianças de
Chávez com líderes como Saddam Hussein, na época que governava o Iraque, ou o atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, além de criticar uma suposta
subordinação a Cuba.
4- Controle dos recursos naturais
Para os chavistas, até o fim dos anos 1990 a Venezuela desperdiçava o fato de ser um dos maiores produtores e exportadores de petróleo no mundo.
Em seus primeiros anos de mandato, Chávez promulgou a nova lei de hidrocarbonetos, que estabeleceu o domínio do Estado venezuelano sobre os combustíveis fósseis e o
limite de 49% para a propriedade privada em atividades para a extração de petróleo e gás.
A partir de 2007, o governo venezuelano nacionalizou vários projetos ligados ao setor, de empresas como Exxon Mobil, ConocoPhillips e Total.
No período em que Chávez esteve à frente do governo venezuelano, a cotação internacional do petróleo passou de menos de US$ 20 para os atuais US$ 90, com altos e baixos
pelo caminho - chegando a atingir a cotação de US$ 145, recorde histórico, em julho de 2008.
O aumento na arrecadação advinda do aumento dos preços do petróleo ajudou Chávez a financiar seus principais programas sociais.
5- Carisma
Um dos maiores atributos de Hugo Chávez, reconhecido tanto pelos simpatizantes quanto pelos opositores, foi o seu carisma.
Chávez também era considerado um bom comunicador, capaz de elaborar de improviso discursos que muitas vezes podiam durar horas.
Aos domingos, estrelava sua própria atração na TV estatal, o Aló Presidente, no qual desfilava sua hiperatividade e mostrava aos cidadãos comuns do país seu estilo de
governar "ao vivo".
Graças em parte ao seu carisma, Chávez foi capaz de vencer quatro eleições presidenciais, a última delas, em outubro do ano passado, com uma vantagem de nove pontos
percentuais em relação ao segundo colocado, apesar do desgaste de 14 anos à frente do governo.
CINCO ARGUMENTOS CONTRA CHÁVEZ
1- Autoritarismo
Uma das principais críticas da oposição a Chávez é seu estilo autoritário e personalista.
Apesar de ter sido eleito quatro vezes à Presidência e de ter mantido em funcionamento as principais instituições democráticas do país, Chávez foi
acusado de adotar medidas antidemocráticas.
O presidente também foi acusado de controlar os poderes independentes do país, como a Justiça, com a indicação de chavistas para postos-chave. Em
consequência, Chávez teria se beneficiado de diversas decisões judiciais, como a recente decisão do Tribunal Supremo de Justiça, em janeiro, de
que o presidente, internado em Cuba, não precisaria tomar posse oficialmente em seu novo mandato, por ser uma continuação do mandato
anterior.
Outro ato de Chávez apontado como exemplo de seu estilo autoritário foi sua reação após perder um referendo em dezembro de 2007 para acabar
com a limitação de mandatos presidenciais, que o impediria de se candidatar novamente à reeleição, em 2012. Ao invés de aceitar o resultado, ele
promoveu um novo referendo, em fevereiro de 2009, no qual conseguiu aprovar a mudança.
2- Corrupção
O discurso anticorrupção foi uma das principais bandeiras de Chávez em sua tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Carlos Andrés
Pérez, em 1992, e depois em sua primeira campanha à Presidência, em 1998.
Mas a oposição acusa Chávez de ter aparelhado o Estado venezuelano e aumentado a corrupção no país ao invés de combatê-la.
Segundo o último relatório da ONG Transparência Internacional, a Venezuela aparece em 165º lugar em uma lista de 176 países em um ranking de
percepção da corrupção no mundo.
A percepção da corrupção na Venezuela é a maior da América Latina, segundo o ranking da Transparência.
3- Problemas econômicos
Apesar de se proclamar socialista, Chávez não conseguiu eliminar uma das maiores mazelas econômicas que afetam principalmente a população de
renda mais baixa, a inflação. Com índices que chegam a 30%, a Venezuela tem a maior inflação da América Latina. Seu governo também falhou
em não criar uma política econômica de longo prazo que fosse capaz de evitar a recessão.
A estrutura econômica herdada de governos anteriores na qual a atividade produtiva se resumia praticamente à exploração de petróleo, se manteve
intacta na era Chávez.
Não houve diversificação do campo produtivo e o principal motor da economia continuou sendo o petróleo.O país permanece extremamente
dependente do lucro do petróleo, que implica em aproximadamente 95% das exportações ou cerca de 12% do PIB.
O deficit orçamentário do governo atingiu 17% do PIB em 2012. Já a dívida pública, apesar da valorização do petróleo, subiu para 49% do PIB.
4- Liberdade de imprensa
Entre as acusações contra Chávez estão a de que querer silenciar a mídia privada do país.
A relação de Chávez com a imprensa também foi complicada: o líder venezuelano acusava diversos veículos de atuar como "porta-vozes" da oposição.
O presidente venezuelano era chamado de populista e autocrático, acusado de ameaçar a liberdade de imprensa e de utilizar a máquina estatal para
perseguir aqueles que discordavam de sua "revolução".
Entre as acusações contra Chávez estão a de que querer silenciar a mídia privada do país. Em 2007, após sua terceira eleição, Chávez não renovou a
concessão para a RCTV, segunda maior rede de TV do país. A RCTV havia sido acusada, ao lado de outras TVs privadas, de apoiar a tentativa de
golpe contra Chávez em 2002.
A ONG Humans Right Watch criticou o legado "autoritário" deixado por Chávez, dizendo que ele aumentou radicalmente o controle da imprensa e
tentou justificar suas políticas nesse campo alegando que eram necessárias para "democratizar" as TV abertas do país.
"No entanto, em vez de fomentar o pluralismo, o governo abusou de seu poder regulatório para intimidar e censurar seus críticos. Ampliou de um
para seis os canais administrados pelo governo", acrescentou a HRW.
5 - Violência
A violência urbana fugiu ao controle na Venezuela durante as gestões de Chávez. Segundo estatísticas do escritório especializado em crimes e drogas
da ONU (Unodc), quando o mandatário assumiu o poder em 1999, a taxa de homicídios era de 25 para cada 100 mil habitantes. Em 2010, esse
número havia subido para 45 por 100 mil habitantes – o que representa uma elevação de 80%.
A taxa é a mais alta da América do Sul. No mesmo ano, o Brasil registrou índice de 21 por 100 mil. O patamar acima do qual os homicídios são
considerados endêmicos é 10 por 100 mil habitantes.
O nível de violência era particularmente alto na capital Caracas, onde em 2009 foi registrada taxa de 122 assassinatos por 100 mil habitantes, segundo
as estatísticas mais recentes.
Gestos, não origem do papa, ditarão sua
influência na América Latina
A nomeação de um argentino para a chefia do Vaticano representa um importante aceno da Santa Sé à América Latina, mas os gestos do papa
Francisco terão mais poder de influência do que sua origem na relação entre a Igreja Católica e os latino-americanos, segundo padres e
teólogos ouvidos pela BBC Brasil.
Ainda que a Igreja Católica argentina seja considerada politicamente mais conservadora do que a maioria das igrejas nos países vizinhos, a vida simples
levada pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio, suas ações em prol dos mais pobres e a humildade com que se apresentou como papa foram elogiados por
padres e teólogos da região.
Regime militar
As diferenças, segundo os entrevistados, alcançaram seu ápice quando boa parte dos países latino-americanos era controlado por ditaduras militares.
Ativistas acusam a Igreja Católica argentina de ter silenciado diante de violações de direitos humanos pelo regime militar (1976-1983). Há ainda
relatos de que alguns padres católicos colaboraram com o governo e até presenciaram cenas de tortura de dissidentes. O papel do próprio Bergoglio
durante o período é objeto de controvérsia. Em fevereiro, a Justiça argentina afirmou que a cúpula da Igreja Católica, que Bergoglio integrava, "fechou
os olhos" para as mortes de religiosos progressistas. Em 2005, ativistas processaram o cardeal por supostamente ter sido cúmplice do sequestro de
dois padres jesuítas. Já Bergoglio diz ter agido para libertar os religiosos.
Maria das Dores Campos Machado, professora da Escola de Serviço Social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), diz que a proximidade entre a
igreja e os militares argentinos era ainda alimentada pelos interesses econômicos dos religiosos. Por meio de escolas católicas, o grupo tem grande
participação no setor educacional do país. Após o fim da ditadura, diz ela, o conservadorismo político da igreja cedeu, mas o conservadorismo moral
se manteve. Machado cita embates entre Bergoglio – que acabaria por se tornar o principal expoente da igreja no país – e o governo argentino sobre
casamento gay, aborto e a adoção de crianças por casais homossexuais. Em 2010, quando Bergoglio posicionou-se contra esses temas, a presidente
Cristina Kirchner disse que o religioso usava tom comum "às épocas medievais e à Inquisição".
"O cardeal Ratzinger perseguiu teólogos da libertação, João Paulo 2º também. Duvido que o novo papa possa fazer isso."
orge Claudio Ribeiro, professor do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP
Já a igreja brasileira, segundo Machado, ainda que moralmente conservadora, assumiu posição política crítica à ditadura militar. Ao contrário dos colegas
argentinos, diz ela, bispos e padres brasileiros se afastaram dos militares e protegerem dissidentes. Os religiosos locais tiveram ainda, segundo a
professora, uma posição "mais sensível aos movimentos democratizantes" do que os vizinhos argentinos.
Primeiros gestos
Padres brasileiros ligados a movimentos sociais consideraram promissores os primeiros gestos do novo papa.
"O papa se apresentou de forma despojada, com muita humildade, de um jeito mais fraterno do que marcado por discurso de poder", diz o padre Flavio
Lazarrin, ligado à Comissão Pastoral da Terra, órgão que atua em prol de camponeses. "Parece um homem de fé e espiritualidade."
Ainda assim, Lazzarin diz que a escolha de um papa latino-americano – independentemente de suas posições políticas ou morais – não resultará em
mudanças nas relações entre os padres do continente e suas comunidades. "Nós, no Brasil, temos ampla liberdade, somos escutados e apoiados pela
maioria dos bispos. E, pessoalmente, acho que as coisas importantes, que determinam o caminho da história da humanidade, vêm de baixo para cima,
e não dos locais do poder.” Para o padre Paulo Suess, ligado ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), "se o novo papa não será um defensor da
Teologia da Libertação, porque vem de outro contexto, ao menos fez a opção pelos pobres em concreto, ao andar de metrô, cozinhar sua própria
comida“.Suess diz que a postura de Francisco pode influenciar padres que atuam no interior do continente.
"Hoje temos padres de Fórmula 1, que celebram missa com carrão e voltam logo para casa. Quem sabe o novo papa vai animá-los a deixar de fazer pit stop
nas bases para ficar uma semana no interior, na aldeia indígena onde pregam."
Para ele, as ações do papa terão muito mais poder de influenciar a igreja Católica – na América Latina e no resto do globo – do que a origem do pontífice.
"Mudanças vão depender da sua cabeça e capacidade para se abrir a ventos novos, e não da nacionalidade."
Gays enfrentam dilema para sair do
armário em Brasil 'polarizado'
A decisão da cantora baiana Daniela Mercury de assumir um relacionamento afetivo com uma mulher
trouxe à tona um dilema enfrentado pelos gays brasileiros atualmente. Se por um lado mudanças
recentes criaram um ambiente mais aberto para que homossexuais possam "sair do armário", por
outro, a sociedade brasileira vive hoje um cenário de crescente polarização sobre o assunto.
O quadro atual inclui a conquista de direitos pelos gays, como a decisão do STF que aprovou a união civil
estável, e a mobilização dos movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) para mantê-los e
ampliá-los. Mas há também confrontos acirrados com grupos religiosos e uma preocupação cada vez maior
com assassinatos de membros desta comunidade.
Notícias relacionadas
Segundo o Relatório de Assassinatos de LGBTs de 2012, publicado pelo Grupo Gay da Bahia, um homossexual,
lésbica, bissexual ou transexual é morto a cada 26 horas no país. Não fica claro no documento, no entanto,
quantas dessas mortes estão diretamente relacionadas a ataques homofóbicos, configurando o que o grupo
convencionou chamar de "homocídios".
Outro relatório, focado em violência homofóbica no Brasil e divulgado no ano passado pela Secretaria Nacional
de Direitos Humanos, revela que os órgãos federais receberam em 2011 uma média de 19 denúncias por dia
de discriminação ou violência contra homossexuais.
Lideranças de movimentos gays apontam que parte deste momento de tensão na sociedade brasileira se
intensificou com a eleição do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) – acusado de homofobia – para
presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso (CDHM). A posse de Feliciano no cargo
desencadeou uma série de protestos.
O acirramento do debate, no entanto, é visto como consequência natural do processo democrático, na visão dos
entrevistados pela BBC Brasil.
"É natural que quanto mais direitos a comunidade LGBT obtenha e mais a sociedade avance, maior seja
também o extremismo dos que são contra", diz Rafael Puetter, ativista baseado no Rio de Janeiro conhecido
por seus vídeos em que seu personagem "Rafucko" satiriza a "ditadura gay" – regime que, segundo algumas
lideranças evangélicas, os homossexuais estariam tentando implementar no Brasil.
"A discussão está num ponto muito nervoso no país nesse momento", diz ele.
Mercury
Foi exatamente neste cenário de polêmica que Daniela Mercury publicou, na semana passada, uma série de fotos em sua
conta na rede social Instagram, tornando público seu relacionamento com a jornalista Malu Viçosa: "Malu agora é
minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar".
Dias antes, diversas celebridades já haviam engrossado a lista dos que protestam contra o deputado Marco Feliciano. A
atriz Fernanda Montenegro, de 83 anos, beijou a colega Camila Amado, de 77, na boca, durante a entrega de um
prêmio teatral, e os atores Bruno Gagliasso e Matheus Nachtergale protagonizaram manifestação semelhante.
"O Brasil é um país onde os gays podem se casar, mas não podem andar de mãos dadas nas ruas."
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia
Mas a cantora foi a primeira figura de destaque nacional a mencionar o parlamentar ao tomar uma decisão deste porte.
"Eu comuniquei meu casamento com Malu para tratar com a mesma naturalidade que tratei outras relações. É uma
postura afirmativa da minha liberdade e uma forma de mostrar minha visão de mundo. Numa época em que temos
um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o meu amor aos sete ventos. Quem sabe haja ainda alguma
lucidez no Congresso Brasileiro!", disse em um comunicado.
Em entrevista ao Fantástico, programa da TV Globo, Daniela disse que "não foi por causa dele (Marco Feliciano) que fiz
isso, mas fico muito feliz que essa minha necessidade pessoal tenha coincidido com esse momento em que isso se faz
tão necessário para o Brasil. (...) Não gosto de rótulos, mas estou nessa luta, na luta da comunidade LGBT, sem
dúvida".
'Momento contraditório'
Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, que há mais de três décadas integra o movimento LGBT no
Brasil, diz que o país vive um momento "extremamente contraditório" e que o cenário para os 20 milhões que
integram a comunidade e são cerca de 10% da população ainda é incerto.
O carioca Rafael Puetter já conta com quase 9 mil seguidores no Twitter e mais de 5 mil no Facebook
"Do lado cor de rosa, abrigamos a maior parada gay do mundo, temos a união civil aprovada pelo STF e em dez Estados já
se pode casar diretamente, sem passar pela união estável. Mas também somos campeões no índice de assassinatos de
homossexuais e transexuais, com 338 execuções em 2012, e há que se ressaltar que a realidade ainda é muito pior no
interior do que nos grandes centros", avalia.
Mott cita como exemplos negativos o veto da presidente Dilma Rousseff a uma cartilha contra a homofobia, que seria
divulgada nas escolas brasileiras e já havia sido aprovada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura) e pelo Conselho Federal de Psicologia, e a um material de campanha de prevenção ao
HIV/Aids durante o último Carnaval, retirado de circulação por fazer menções a relações homossexuais.
Já a decisão de Daniela, sua conterrânea, é vista como um bom sinal. "Com certeza muitos jovens com medo de se assumir
vão se inspirar na Daniela Mercury", diz.
Observando os avanços e retrocessos da sociedade brasileira nos últimos 30 anos, o baiano é categórico ao avaliar o
momento atual. "O Brasil é um país onde os gays podem se casar, mas não podem andar de mãos dadas nas ruas".
EUA investigam se suspeitos de ataque
em Boston tiveram ajuda
As autoridades americanas iniciaram investigação para saber se os dois suspeitos do atentado à bomba na Maratona de
Boston tiveram ajuda no ataque.
Um dos suspeitos, Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, foi encontrado na noite de sexta-feira (19) escondido em um barco
guardado em um quintal de uma casa perto de Boston. Ele havia escapado a pé depois de um confronto com a polícia na
madrugada desta sexta-feira, aparentemente ferido. O irmão dele, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, morreu durante o
tiroteio com a polícia.
Os investigadores da CIA, a agência secreta americana, e do FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, tentam descobrir
se os dois tiveram alguma ajuda na elaboração e execução do ataque que causou a morte de três pessoas e deixou mais de
170 feridas.
Autoridades americanas e familiares dos suspeitos identificaram os irmãos Tsarnaev como chechenos que viviam nos
Estados Unidos há cerca de uma década.
O FBI chegou a interrogar Tamerlan em 2011 a pedido de um governo estrangeiro. Porém, o caso foi encerrado depois que
as autoridades não encontram provas para suspeitar dele. Também surgiu a informação de que Tamerlan passou seis
meses na Rússia em 2012.
O governo da Rússia afirmou neste sábado que o presidente Vladimir Putin conversou por telefone com o colega
americano Barack Obama e os dois concordaram em aumentar a cooperação depois dos ataques.
Em um discurso em cadeia de televisão momentos após a confirmação da captura de Dzhokhar Tsarnaev, Obama afirmou
que o maior desafio das autoridades a partir de agora será descobrir o motivo dos ataques e se há mais pessoas envolvidas.
Dzhokhar Tsarnaev foi encontrado escondido em um barco guardado em um quintal no distrito de Watertown, perto de
Boston. Ele teria sido baleado várias vezes e, depois de ser capturado, foi levado para um hospital local. Os médicos
consideram seu estado grave, porém estável. As autoridades afirmam que esperam que Dzhokhar sobreviva para que eles
comecem os interrogatórios.
A busca pelo segundo suspeito do atentado à bomba contra a Maratona de Boston começou na madrugada de sexta-feira
(19), quando o jovem escapou à pé, aparentemente ferido, depois de um tiroteio com a polícia no qual o outro suspeito, o
irmão mais velho de Dzhokhar, Tamerlan Tsarnaev, foi morto
ONU - Os principais objetivos da ONU são: manter a paz e a segurança
internacionais; desenvolver relações amistosas entre as nações, com base nos
princípios de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos;
promover a cooperação internacional em assuntos econômicos, sociais,
culturais e humanitários.
Organizações
Mundiais
OTAN - Como objetivos principais da OTAN, na atualidade, podemos citar:
garantir a segurança militar no continente europeu e exercer influências nas
decisões geopolíticas da região. Países membros: Alemanha Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Países
Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido,
Turquia, Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estónia, Letônia,
Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia.
BANCO MUNDIAL - Tem como objetivo fornecer assistência técnica e
financiamento para os programas de redução da pobreza nas áreas de saúde,
agricultura e infra-estrutura básica.
É composto por 184 países membros. Sede: Washington DC, EUA
O Banco Mundial é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco
instituições que compõem o Grupo Banco Mundial:
BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento
AID - Associação Internacional de Desenvolvimento
IFC - Corporação Financeira Internacional
AMGI - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos
CIADI - Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre
Investimentos
Organizações
Mundiais
FMI - O objetivo geral do FMI é estimular a cooperação internacional,
facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio mundial,
promover a estabilidade cambial e colaborar para o estabelecimento de
um sistema de pagamentos internacionais e para a eliminação de
restrições cambiais.
Um outro de seus objetivos é que torna o Fundo mais conhecido (ou
temido). Numa tradução livre, "incutir confiança aos países membros,
disponibilizando temporariamente, sob adequadas salvaguardas, recursos
para que possam corrigir desequilíbrios em seus balanços de pagamentos,
sem que tenham que recorrer a medidas destrutivas da prosperidade
nacional ou internacional
Sede em Washgnton D.C. possui atualmente 182 paises membros
O G-20 tem uma vasta e equilibrada representação geográfica, sendo
atualmente integrado por 23 Membros: 5 da África (África do Sul, Egito,
Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia,
Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru,
Uruguai e Venezuela).
G8 é um grupo internacional que reúne os sete países mais
industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a
Rússia. Todos os países se dizem nações democráticas: Estados
Unidos, Japão, Alemanha,Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo
G7), mais a Rússia - esta última não participando de todas as reuniões do
grupo.
Principais Indicadores Socioeconômicos
- Produto Interno Bruto (PIB): É a soma de bens e serviços produzidos por
uma nação no decorrer de um ano. Ajuda a medir a capacidade de produção de
um país: quanto maior o PIB, mais rica é a nação.
- Produto Nacional Bruto (PNB):É a soma de bens e serviços produzidos por
uma nação no decorrer de um ano, mais o capital nacional que está no exterior,
de cujo valor é subtraído o capital que foi enviado para fora do país nesse
período. Normalmente, os países pobres possuem um PIB maior que o PNB.
Indicadores
Sociais e
Econômicos
- Renda per capita:É o PIB de um país dividido pelo número de seus
habitantes. Não configura a realidade porque é uma estimativa média da renda
anual de cada habitante.
- Mortalidade infantil: Indica o número de crianças que morrem antes de
completar um ano de idade, para cada grupo de l 000 crianças que nasceram
vivas. Quanto maior o índice de mortalidade infantil, piores as condições
sociais do país. Lembre-se de que é um valor médio.
- Expectativa de vida: É a estimativa do tempo de vida que os habitantes de
um país deverão ter. Quanto melhores as condições sociais, maior a esperança
ou expectativa de vida. Também é um valor médio.
- Escolaridade: Mede o grau de instrução da população, Quanto mais tempo
de estudo, melhores os indicadores sociais do país.
.
O índice de Desenvolvimento Humano (IDH
Indicadores
Sociais e
Econômicos
E considerado o indicador socioeconômico mais amplo e
mais completo porque leva em conta três aspectos: a
expectativa de vida, o grau de escolaridade e a renda percapita. O IDH é uma média dos valores que correspondem
ao conjunto desses três aspectos e varia de O a l. Quanto
mais próximo de l, melhor o IDH de uma nação.
Analisando e comparando esses indicadores, é possível
classificar os países em ricos ou pobres, desenvolvidos ou
subdesenvolvidos, com elevado, médio ou baixo IDH.
Podemos constatar que as menores rendas per-capita, os
menores PIBs e os mais baixos índices de desenvolvimento
humano estão em países subdesenvolvidos, Por outro lado,
as nações européias, o Japão e os Estados Unidos, países
desenvolvidos, apresentam situações inversas
Indicadores
Sociais e
Econômicos
Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é
um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição
de renda entre os países.
O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero
menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de
renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num
país. O índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100).
O Índice de Gini do Brasil é de 54,4 (ou 0,544 relativo ao ano de 2008,
divulgado em 2009) o que demonstra que nosso país tem uma alta
concentração de renda.
Índice de Gini de outros países:
- Argentina: 49 (2007)
- China: 47 (2007)
- Alemanha: 27 (2006)
- México: 47,9 (2006)
- Paraguai: 56,8 (2008)
- Noruega: 25 (2008)
- Portugal: 38,5 (2008)
- Estados Unidos: 45 (2007)
- França: 32,7 (2008)
Risco-País
E as Agências de
Classificação de
Risco.
O conceito risco-país engloba diversas categorias de risco que podem ser associadas a
um país. As principais categorias estudadas quando da avaliação do risco apresentado
por um páis são: risco político, risco mercadológico e risco geográfico.
O risco político se refere à possibilidade de que o governo do país em questão, tome
medidas adversas aos investimentos realizados. Alterações em regulamentação
e tributação são a forma mais comum de um governo local afetar negócios estrangeiros
no país. Mas o conceito também inclui riscos mais esporádicos e muito mais
significativos como os riscos de desapropriação ou nacionalização de ativos,
de calotes em contratos, de desordem pública por inépcia governamental e até
de golpe de Estado, terrorismo ou guerra civil.
O risco mercadológico refere-se à possibilidade de fatores
de mercado impactarem valores ou preços de forma a influenciar os investimentos
realizados. Ou seja, quando valores ou preços dos ativos financeiros, das taxas
de juros, da moeda (ou câmbio) ou dos insumos básicos para produção se alteram em
função de forças de mercado exógenas ao investimento gerando impacto negativo no
mercado do país em questão.
O risco geográfico se refere à possibilidade de fatores geológicos,
climáticos e geopolíticos influirem negativamente nos investimentos
estrangeiros. Desastres naturais, tensões diplomáticas e conflitos internacionais
podem impactar significativamente o valor dos investimentos quando ocorrem.
Agências de classificação de risco - as quais destacam-se Moody´s, Standard &
Poor´s e Fitch Ratings. Essas agências se dedicam à análise do risco-país associado a
investimentos em ativos financeiros, tais como títulos e ações. Por meio da análise das
finanças de governos e empresas, as agências produzem classificações ou ratings, que
indicam a segurança oferecida pelo governo e pelas empresas de cada país aos
investidores estrangeiros que aplicam seu dinheiro em títulos da dívida daqueles
governos e empresas.
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Atualidade 2012-13