Métodos estatísticos II Almir R. Pepato (Aula preparada com a ajuda daquelas disponibilizadas por Fred(rik) Ronquist) Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0.00097 0.02828 0.02828 0.00097 0 1 0 0 Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0.00097 0.02828 0.02828 0.00097 0.0000026 0 1 0 0 Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0.00097 0.02828 0.02828 0.00097 0.0000026 0.0218338 0 1 0 0 Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0.00097 0.02828 0.02828 0.00097 0.0000026 0.0218338 0.0000259 0 1 0 0 Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0.00097 0.02828 0.02828 0.00097 0.0000026 0.0218338 0.0000259 0.0000026 0 1 0 0 Resolução do exemplo numérico 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0.00097 0.02828 0.02828 0.00097 0.0000026 0.0218338 0.0000259 0.0000026 0 1 0 0 Inferência Bayesiana Exemplo Simples, comparando dois modelos. Há dois sapos de origami, Joe e Herman. Por experiências anteriores sabe-se que Joe cai 60% das vezes em pé, enquanto Herman cai apenas 20% das vezes. O nome dos sapos foi apagado. Como podemos inferir qual é Joe apenas fazendoos saltar? Primeiro lançamento, caiu em pé: Inferência Bayesiana Segundo lançamento, caiu em pé: Terceiro lançamento, caiu de costas: Inferência Bayesiana aplicada à filogenias Grupo externo: Inferência Bayesiana aplicada à filogenias C A B Inferência Bayesiana aplicada à filogenias Probabilidade a priori Probabilidade Dados Probabilidade Probabilidade a posteriori Inferência Bayesiana aplicada à filogenias Probabilidade posterior f ( | X ) tree 1 tree 2 Espaço paramétrico tree 3 Inferência Bayesiana aplicada à filogenias D = Dados = Parâmetros do modelo Probabilidade Posterior Prior f ( | D) ”Verossimilhança” f ( ) f ( D | ) f ( ) f ( D | ) d Constante Normalizadora Monte Carlo-Cadeia de Markov 1-Inicia-se em um ponto arbitrário (θ) 2-Faz-se uma pequena modificação propondo um novo estado (θ*) 3-Calcula-se a razão r entre novo estado θ*, e θ: (a) r>1: novo estado é aceito. (b) R<1: novo estado é aceito com uma probabilidade r. f ( * | D) f ( | * ) f ( * ) f ( D | * ) / f ( D) f ( | * ) f ( * ) f ( D | * ) f ( | * ) r * * f ( | D) f ( | ) f ( ) f ( D | ) / f ( D) f ( | ) f ( ) f ( D | ) f ( * | ) Monte Carlo-Cadeia de Markov 1-Inicia-se em um ponto arbitrário (θ) 2-Faz-se uma pequena modificação propondo um novo estado (θ*) 3-Calcula-se a razão r entre novo estado θ*, e θ: (a) r>1: novo estado é aceito. (b) R<1: novo estado é aceito com uma probabilidade r. Sempre aceito 2a 1 2b 20 % tree 1 48 % tree 2 Aceito às vezes 32 % tree 3 O tempo que a MCMC passa amostrando uma região do espaço paramétrico é uma estimativa da densidade da probabilidade posterior naquela região. Regulando a cadeia de Markov • Tipicamente um ou poucos parâmetros são modificados por vez. • Uma geração é um ciclo completo ou uma nova proposta tomada ao acaso. Novos valores são retirados uniformemente de uma janela de tamanho δ e centrada em x. Para lances mais “ousados”: aumente δ, mas isso também diminuirá as chances de novos estados serem aceitos... Regulando a cadeia de Markov ”burn-in” “Mixing”: capacidade da cadeia de explorar adequadamente as regiões de maior probabilidade posterior do espaço paramétrico Não adianta amostrar todas as gerações. As mais próximas estão muito correlacionadas. Regulando a cadeia de Markov Distribuição esperada Valores amostrados Lances muito acanhados: taxa de aceitação dos novos estados altos. “Mixing” deficiente. Lances muito ousados: taxa de aceitação muito baixa. “Mixing” deficiente. Lances “na medida” Bom “mixing” Convergência Convergência é o grau em que a cadeia convergiu para a distribuição de máxima probabilidade posterior. Trocando em miúdos: MCMC é uma técnica heurística, precisamos algo que nos dê segurança a respeito da busca. Indicadores de convergência: 1- A cadeia atingiu um platô. 2- O comportamento da busca parece adequado: Através do ESS (Effective Sample Size ): O número de amostras realmente independentes da distribuição posterior à que a cadeia de Markov é equivalente. Convergência Telas do programa TRACER Convergência entre corridas • Topologias: – Compara as probabilidades dos clados (”split frequencies”), a diferença entre o desvio padrão das duas ou mais corridas deve tender a zero. • Variáveis contínuas – ”Potential scale reduction factor” (PSRF). Compara variância dentro e entre as corridas. Deve tender a zero na medida em que as corridas convergem. Convergência Telas do programa AWTY (Are We There Yet) Comparação das probabilidades posteriores dos clados de duas corridas. Esta análise funciona como que parando a corrida em pontos a intervalos regulares e verificando as probabilidades posteriores até aquele ponto. MC3: Metropolis Coupling Markov Chain Monte Carlo T é a temperatura, é o coeficiente de aquecimento i 0,1,...,n 1 T 1 / 1 i A idéia consiste em introduzir uma série de cadeias rodando em paralelo e acopladas, ou seja, trocando valores entre si. = 0.2: Algumas dessas Exemplo cadeias’para sãoaquecidas, isto é: a sua probabilidade posterior é elevado a um número menor que i deTprobabilidades Distr. aparece como que 1. Assim o espaço 1.00 Cadeia fria 0 1 . 00 f | X aplainado. 0.83 1 0.83 f | X 0.71 Determinar a melhor temperatura Cadeia aquecida 2 0.71 f | X é crucial. 3 0.62 f | X 0.62 MC3: Metropolis Coupling Markov Chain Monte Carlo Cadeia fria Cadeia aquecida Cadeia fria Cadeia aquecida Cadeia fria Cadeia aquecida Cadeia fria Cadeia aquecida Cadeia fria Troca mal sucedida Cadeia aquecida Cadeia fria Cadeia aquecida Cadeia fria Cadeia aquecida Cadeia fria Troca bem sucedida Cadeia aquecida Sumarizando as árvores • Árvore de Maior Probabilidade Posterior – Pode ser difícil de encontrar – Pode ter baixa probabilidade para alguns clados (não reflete suporte) • Árvore de consenso de Maioria – Reflete melhor a probabilidade posterior dos clados – Distribuição de comprimento de ramos pode ser multimodal • Intervalo de credibilidade de árvores – Incluí as árvores em ordem decrescente de probabilidade até obter um intervalo de credibilidade de, e.g., 95 % Consenso de maioria Frequências representam a probabilidade posterior dos clados Sumarizando os parâmetros • Média, mediana, variância são os mais comuns • intervalo de credibilidade de 95 %: descarte os 2.5 % superiores e inferiores • Intervalo de 95 % de maior densidade posterior: encontre a menor região contendo 95 % da probabilidade posterior Média e o intervalo de credibilidade de 95% para os parâmetros do modelo. Priors Antes de falar dos priors é necessário revisar as principais distribuições contínuas e discretas. Distribuições contínuas Distribuições discretas • • • • • • • • • • • Normal Beta Gama Dirichlet Exponencial Uniforme Lognormal Uniforme Binomial Multinomial Poisson Distribuição uniforme discreta Distribuições uniformes são utilizadas quando quer se expressar ausência completa de conhecimento a respeito de um parâmetro que tem impacto uniforme sobre a verossimilhança. A uniforme discreta é utilizada para as topologias, por exemplo. 1 2 3 4 5 6 Espaço amostral {1, 2, , k } m( ) Função da distribuição Distribuição contínua Disco com circumferência 1 Espaço Amostral (um intervalo) 0,1 f (x) Função da densidade de probabilidades (e.g. Uniforme (0,1)) a b E a,b Pr(E) f (x) dx x E Evento (um subespaço do espaço amostral) Probabilidade Distribuição exponencial X~ Lembram dessas equações? Exp( ) Parametros: = taxa de decaimento f (x) e x Média: 1/ Nelas percebemos que a probabilidade, base do calculo da verossimilhança é uma função exponencial negativa do comprimento do ramo. Nada mais natural portanto que usar uma distribuição exponencial para seu prior. Distribuição Gama X~ Gamma( , ) Parâmetros: = formato = escalar f (x) x 1e x Média: / Gama escalonado: Gama escalonado Como vimos na aula sobre modelos, a distribuição gama é utilizada para descrever a variação na taxa de evolução entre sítios. Na verdade, aqui temos um Hiperprior , isto é, α dita a distribuição a priori das taxas de variação e é retirado de uma distribuição (uniforme por exemplo) . Distribuição Beta X~ Beta( 1, 2 ) Parâmetros: 1, 2 = formato f (x) x 1 1 (1 x) 2 1 1 1 Modo : i 1 i É utilizada para parâmetros que descrevem proporções de um todo, com apenas dois eventos possíveis. Por exemplo: proporção de invariáveis e razão de Transversões/Transições. Distribuição Dirichet X~ Dir( ) : 1, 2,..., k Parâmetros: = vetor de k shapes f (x) x i i 1 i Definida como k proporções de um todo Semelhante à Beta, mas para várias classes de eventos: descreve a frequência de nucleotídeos e as taxas no GTR por exemplo. Dir(1,1,1,1) Dir(300,300,300,300) Porque usar análises Bayesianas Nós podemos focar em qualquer parâmetro de interesse (não existem parâmetros “sem uso”) marginalizando a probabilidade posterior por sobre outros parâmetros (integrando a incerteza dos outros parâmetros) 20% tree 1 48% tree 2 32% tree 3 (Porcentagens mostram a probabilidade marginal das árvores) Porque usar análises Bayesianas Comprimentos dos ramos árvores 1 1 2 3 2 3 Probabilidades conjuntas 0.10 0.07 0.12 0.29 0.05 0.22 0.06 0.33 0.05 0.19 0.14 0.38 0.20 0.48 0.32 Probabilidades marginais Porque usar análises Bayesianas •Capaz de implementar modelos altamente parametrizados. •A estimativa da incerteza da árvore e a hipótese filogenética são obtidas ao mesmo tempo. •As probabilidades posteriores são de interpretação intuitiva •Pode incorporar conhecimento prévio a respeito do problema (através do Prior) Possível problema Os Priors!