A FILOSOFIA DE PLATÃO
432 – 347 a.C.
Prof. Ms. Tiago Fávero de Oliveira
Platão 432 – 347 a.C.
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Arístocles – Platão
(Amplo)
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Origem Aristocrática
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Um dos principais
discípulos de Sócrates
Platão foi o fundador da primeira instituição de ensino
superior do mundo ocidental, a academia, criada em
387 a.C., teve esse nome por estar situada nos jardins
do filósofo Academos
O Pensamento Platônico
Realidade Inteligível – Mundo constituído por idéias eternas, onde algo é
imutável e igual a si mesmo
Realidade Sensível - são realidades dependentes, mutáveis e são
imagens das realidades inteligíveis
Platão coloca uma nova visão sobre Parmênides e Heráclito
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
-A mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação
da Idéia desse objeto.
“O mundo em que vivemos é mera sombra, onde nada é estável ou
permanente, impossibilitando o verdadeiro conhecimento, existe um reino
mais elevado e espiritual, o mundo luminoso das idéias”.
Como se libertar então?
TEORIA DA REMINISCÊNCIA
DIVISÕES DA ALMA
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ALMA APETITIVA OU CONCUPISCENTE: busca comidas, bebidas,
sexo, prazeres, isto é, tudo o que é necessário para a conservação do
corpo e para a geração de outros corpos; é irracional, termina com a
morte do corpo, sendo, portanto, mortal; é nossa parte passional,
sempre sequiosa e insatisfeita, sempre à procura de novos objetos de
prazer. (Diretamente ligada ao corpo)
• Alma apetitiva (Valorização dos apetites e dos
desejos carnais – sexo, bebidas, prazeres –
mortal e mutável)
DIVISÕES DA ALMA
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ALMA COLÉRICA: se irrita contra tudo quanto possa ameaçar a
segurança do corpo e da vida, tudo quanto cause dor e sofrimento;
porque incita a combater perigos contra a vida; é mortal, pois existe
para defender o corpo contra agressões á vida corporal e, como a alma
concupiscente, é irracional. (Diretamente ligada ao corpo)
• Alma colérica (Valorização da preservação do
corpo – Raiva, ódio, sofrimento – imortal e
mutável)
DIVISÕES DA ALMA
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ALMA RACIONAL: faculdade do conhecimento, parte espiritual e
imortal, sede do pensamento e situada na cabeça; é a faculdade ativa e
superior, o princípio divino em nós. Conhece o Bem e o Mal, a Verdade
e as Idéias.
• Alma racional (Valorização do bem, da razão,
da virtude – eterna e imutável)
O CAMINHO DA VIRTUDE
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Virtudes são as características formadoras da moralidade humana,
são as virtudes dos homens que determinam seu comportamento
social, sua conduta como homens. Justamente as virtudes
sustentadas por Platão como as de maior importância, ou seja, a
justiça associada à moderação, à coragem e à sabedoria,
formando o quádruplo das mais importantes, podem ser abaladas
pelas paixões com as quais qualquer indivíduo pode, em algum
tempo, se deixar envolver.
A TEORIA DO CONHECIMENTO
- Antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela, onde se
localizam as Idéias
- Quando uma pessoa nasce, sua alma é "jogada" para a Terra, e o impacto
que ocorre faz com que esqueça o que viu na estrela
A ALEGORIA DA CAVERNA
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O homem se encontra preso, dentro de uma caverna, onde vive numa
situação de engano e ilusão provocada pelos sentidos. O homem olha
para as sombras projetadas na parede e acha que a realidade é aquilo
que está projetado.
Um homem se liberta: rompe com o comodismo e segue a trilha rumo a
sua libertação. No caminho, encontra dificuldade para subir e para
enxergar, pois caminha contra a luz.
Ao chegar fora da caverna, precisa se acostumar com o que vê, adaptar
a visão ao novo mundo. Com o tempo fora da caverna, percebe que o
mundo que existe, de fato, é o que está fora da caverna e se lembra
que, dentro da caverna, ele era enganado.
É preciso voltar à caverna para libertar os companheiros que lá se
encontram e relatar para eles que o mundo verdadeiro se encontra fora
da caverna.
Os prisioneiros não acreditam na mensagem do colega liberto e o
ameaçam caso ele continue insistindo no assunto.
COMPARAÇÃO COM A ATUALIDADE
Extraindo a sabedoria que A Alegoria da Caverna nos
ensina, percebemos que muitas vezes a realidade é outra,
encoberta pelas sombras do desconhecimento. E não é fácil
aceitar a realidade, convencer-se de que uma doutrina
acatada por dezenas de anos possa conter ilusões.
Mostra-nos a visão de uma humanidade ignorante,
prisioneira das sensações, do imediatismo e inconsciente de
sua limitada perspectiva.
COMPARAÇÃO COM A ATUALIDADE
A analogia é um ataque aos nossos hábitos de
pensamentos. Aceitamos os objetos concretos que nos
cercam como reais. Mas eles não são. São apenas
cópias imperfeitas e menos reais de formas imutáveis e
eternas. Essas formas são as realidades permanentes,
ideais e originais a partir das quais são construídas
cópias concretas, imperfeitas e corruptíveis.
ALGUMAS QUESTÕES
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O que é a caverna?
O que são as sombras das estatuetas?
Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna?
O que é a luz exterior do sol?
Qual é a missão do filósofo? Qual é a particularidade
desta missão?
O que se pode dizer daqueles que estão dentro da
caverna?
Que aproximações podem ser feitas entre a Alegoria
da Caverna e nossa realidade atual?
POLÍTICA: caminho para a realização
da Filosofia
A República
POLÍTICA: caminho para a realização
da Filosofia
"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e
autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por
uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente." (Platão, Carta
Sétima, 326b).
- Magistrados e Militares não deveriam manter nenhuma posse, pois:
“ a propriedade impede as pessoas de se dedicarem ao bem da coletividade”
- O casamento e a vida familiar seriam proibidos, as uniões seriam
decididas por juízes, com o objetivo de manter o vigor da raça
- O que Platão imaginava como uma sociedade perfeita não passava de um
novo regime aristocrático, dirigido por homens e mulheres inteiramente
dedicados ao serviço público e ao aperfeiçoamento da raça humana.
OBRAS COMPLETAS DE PLATÃO
Hípias menor: trata do agir humano;
Primeiro Alcibíades: trata da doutrina socrática do autoconhecimento;
Segundo Alcibíades : trata do conhecimento;
Apologia de Sócrates: relata o discurso de defesa de Sócrates no
tribunal de Atenas;
Eutífron: trata dos conceitos de piedade e impiedade;
Críton: trata da justiça;
Hípias maior: discussão estética;
Hiparco: ocupa-se com os conceitos de cobiça e avidez;
Laques: trata da coragem;
Lísis: trata da amizade/amor;
Cármides: diálogo ético;
Protágoras: trata do conceito e natureza da virtude;
Górgias: trata do verdadeiro filósofo em oposição aos sofistas;
Mênon: trata do ensino da virtude e da rememoração
(anamnese);
Fédon: relata o julgamento e morte de Sócrates e trata da
imortalidade da alma;
O Banquete: trata da origem, as diferentes manifestações e o
significado do amor sensual;
Fedro: trata da retórica e do amor sensual;
Íon: trata de poesia;
Menêxeno: elogio da morte no campo de batalha;
Eutidemo: crítica aos sofistas;
Crátilo: trata da natureza dos nomes;
A República: aborda vários temas, mas todos subordinados à
questão central da justiça;
Parmênides: trata da ontologia. É neste diálogo que o jovem
Sócrates, a personagem, defende a teoria das formas que é
duramente criticada por Parmênides;
Teeteto: trata exclusivamente da Teoria do Conhecimento;
Sofista: diálogo de caráter ontológico, discute o problema da
imagem, do falso e do não-ser;
Político: trata do perfil do homem político;
Filebo: versa sobre o bom e o belo e como o homem pode viver
melhor;
Timeu: trata da origem do universo.
Crítias: Platão narra aqui mito de Atlântida através de Crítias
(seu avô). É um diálogo inacabado;
Leis: aborda vários temas da esfera política e jurídica. É o
último (inacabado), mais longo e complexo diálogo de Platão;
Epidômite
Epístolas: Cartas (dentre as quais, somente a de número 7 (sete)
é considerada realmente autêntica)
O LEGADO FILOSÓFICO DE PLATÃO
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Influências no pensamento de Aristóteles, que foi
discípulo da Academia Platônica.
Visão dualista da realidade inaugurada por Platão.
Influência na formação do pensamento cristão (por
conta do platonismo na obra de Agostinho) da Idade
Média.
Influência na filosofia política por conta das
atribuições racionais do governante.
Obrigado pela atenção
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Platão de Atenas - afilosofianaoechata