RECURSOS HIDROGEOLÓGICOS
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
1
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
ÍNDICE
Introdução
Ciclo Hidrológico
O que é um aquífero?
Zonas de um aquífero
Aquíferos Livres
Aquíferos Confinados
Tipos de captações das águas subterrâneas
Parâmetros dos aquíferos
Tipos de aquíferos (Litologia)
Composição química das águas
Conclusão
Gestão sustentável dos recursos
Bibliografia e Webgrafia
2
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
INTRODUÇÃO
A água é um bem vital e essencial para toda a biosfera, sendo um fator
determinante no estabelecimento da vida. É um recurso renovável, porém apenas uma pequena
percentagem se encontra disponível para ser utilizada pelo Homem, daí ser necessária uma
gestão sustentável da mesma. A água circula na Natureza ora constituindo diferentes
reservatórios no meio abiótico, como oceanos, rios , glaciares, ora fazendo parte dos seres vivos.
Apesar de existirem águas subterrâneas
e águas superficiais, neste trabalho iremonos focar sobretudo no primeiro tipo.
3
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
INTRODUÇÃO
A Hidrologia é a ciência que estuda o movimento e os fenómenos físicos e
químicos de todas as águas existentes no planeta e das suas relações com o ambiente.
A Hidrogeologia
é um ramo da Hidrologia que se ocupa com o estudo das
subterrâneas, nomeadamente os aquíferos.
4
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
INTRODUÇÃO
Figura 1 – Diferentes reservatórios de água na Natureza
5
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
CICLO HIDROLÓ GICO
O ciclo hidrológico é o movimento da água no nosso planeta.
É contínuo e interminável.
As águas subterrâneas integram a componente que não é diretamente observada pelo
ser humano e também a mais lenta do ciclo hidrológico.
Figura 2 - Ciclo da água
6
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
CICLO HIDROLÓ GICO
O ciclo hidrológico é constituído pelas seguintes etapas:
E v a p o r- a ç ã o
Condensação
Precipitação
Infiltração
Subida da água para a superfície, a partir do solo
Respiração e transpiração
Evapotranspiração
7
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
CICLO HIDROLÓ GICO
https://www.youtube.com/watch?v=i2y4x_Vdbrg
8
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
AQUÍFEROS
Os recursos hidrogeológicos, como a água subterrânea, são fundamentais para a
atividade humana, uma vez que representam uma percentagem importante da água doce existente
no planeta.
Os aquíferos são formações geológicas
subterrâneas capazes de armazenar água e de permitir
a sua circulação e extração de forma economicamente
rentável, evitando impactes ambientais negativos.
A zona que contribui para a realimentação
do aquífero denomina-se recarga.
9
Figura 3 - Esquema representativo de vários aspetos acerca dos aquíferos
ZONAS DE UM AQUÍFERO
Te o r e m á g u a
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
Figura 4 - Zonas de um aquífero
10
Te o r e m á g u a
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
ZONAS DE UM AQUÍFERO
Zona de aeração: Localiza-se entre a
superfície do terreno e o nível
hidrostático.
Nesta zona os espaços vazios entre as
partículas das rochas são ocupados por
água e por ar.
Figura 5 - Zona de Aeração
11
Te o r e m á g u a
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
ZONAS DE UM AQUÍFERO
Zona de saturação: Apresenta na
base uma camada impermeável, sendo
limitada superiormente pelo nível
hidrostático.
Nesta zona todos os espaços vazios
encontram-se completamente
preenchidos com água.
Figura 6 – Zona de Saturação
12
Te o r e m á g u a
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
ZONAS DE UM AQUÍFERO
Nível freático: Corresponde à
profundidade a partir da qual surge
água.
Este nível varia de região para região e
ao longo do ano.
Figura 7 – Nível hidrostático
13
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
AQUÍFEROS LIVRES
Os aquíferos livres são limitados no topo por uma camada permeável e na base
por uma camada impermeável.
Relativamente à sua pressão, este tipo de aquíferos apresenta uma pressão hidrológica
igual à pressão atmosférica.
A recarga é rápida e é feita
ao longo de toda a extensão do
terreno, pela precipitação.
Figura 8 - Esquema representativo de dois tipos de aquíferos
14
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
AQUÍFEROS CONFINAD OS
Os aquíferos confinados são limitados no topo e na base por camadas impermeáveis.
A pressão da água nestes aquíferos é superior à pressão atmosférica.
A
recarga
é
feita
lateralmente, de forma
lenta.
Figura 8 - Esquema representativo de dois tipos de aquíferos
15
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
C A P TA Ç Ã O D A S Á G UA S
SUBTERRÂNEAS
CAPTAÇÃO
Quando a captação de água subterrânea ocorre num
A Raquífero
T E S Iconfinado,
A N A dado que a água
se encontra a uma pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá até à cota correspondente
ao nível freático.
CAPTAÇÃO ARTESIANA
Quando a captação é feita num local
R Eonde
P UoXnível
A Nfreático
T E está acima do nível topográfico, a
água extravasa naturalmente a boca da captação, não sendo necessário qualquer sistema de
bombagem.
Figura 9 - Tipos de captação
16
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
C A P TA Ç Ã O D A S Á G UA S
SUBTERRÂNEAS
CAPTAÇÃO ARTESIANA
Quando a captação de água subterrânea ocorre num aquífero confinado, dado que a água
se encontra a uma pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá até à cota correspondente
ao nível freático.
CAPTAÇÃO ARTESIANA REPUXANTE
Quando a captação é feita num local onde o nível freático está acima do nível topográfico, a
água extravasa naturalmente a boca da captação, não sendo necessário qualquer sistema de
bombagem.
Figura 9 - Tipos de captação
17
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
PARÂMETROS D OS AQUÍFEROS
POROSIDADE
Quantidade do volume total da rocha que é ocupado por espaços vazios.
Constitui uma medida da capacidade da rocha em armazenar água.
Depende do tamanho e da forma dos grãos, bem como do grau de
compactação do material geológico.
Figura 10 - Esquema sobre a porosidade das rochas
18
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
PARÂMETROS D OS AQUÍFEROS
POROSIDADE
Quantidade do volume total da rocha que é ocupado por espaços vazios.
Constitui uma medida da capacidade da rocha em armazenar água.
Depende do tamanho e da forma dos grãos, bem como do grau de
compactação do material geológico.
Figura 10 - Esquema sobre a porosidade das rochas
19
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
PARÂMETROS D OS AQUÍFEROS
PERMEABILIDADE
Capacidade de movimentação da água no aquífero.
Está relacionada com as dimensões dos poros.
Figura 11 - Esquema sobre a permeabilidade
20
TIPOS DE AQUÍFEROS
(LITOLOGIA)
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
Aquífero poroso: a água circula através dos espaços vazios (poros) entre os grãos que compõem
as rochas (ex: rochas detríticas).
Aquífero cársico: aquífero que contém cavidades originadas por dissolução da rocha que
permitem uma circulação rápida da água (ex: calcários, dolomitos).
Aquífero fraturado: aquífero cuja porosidade e permeabilidade estão fundamentalmente
relacionadas com fraturas que afetam o material de suporte (ex: rochas magmáticas e metamórficas).
Poroso
Cársico
Fraturado
Figura 12 - Tipos de Aquíferos conforme o contexto geológico
21
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A composição química das águas subterrâneas varia de local para local
conforme o contexto geológico da região onde são captadas. Estas águas nunca são
puras, apresentando numerosas substâncias dissolvidas.
As rochas magmáticas e metamórficas fornecem água de muito boa
qualidade com baixas concentrações em sais dissolvidos.
As rochas sedimentares fornecem água de boa qualidade. Geralmente, as
que são captadas em arenitos são mais ricas em sódio, e as provenientes de rochas
carbonatadas mais ricas em cálcio e magnésio.
22
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Em Portugal e de acordo com a legislação, as águas subterrâneas destinadas ao consumo
humano podem ser classificadas como águas minerais naturais e águas de nascente.
Engarrafada sem
tratamento
Águas para
consumo
humano
Tratamento
Sem
propriedades
terapêuticas
Água de
Nascente
Com
propriedades
terapêuticas
Água mineral
natural
Água da rede
Figura 13 – Diferentes tipos de água para consumo humano
23
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A DUREZA DAS
A dureza é uma propriedade da água que
ÁGUAS
reflete o seu teor em iões alcalino-terrosos, como
os iões cálcio e magnésio, geralmente é expressa em
mg/L de carbonato de cálcio (CaCO3 ).
Figura 14 - Dureza das águas conforme o teor em CaCO3
Figura 15 - Dureza da água em Portugal
24
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Água
Caramulo
Água
Vimeiro
25
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
G E S TÃ O S U S T E N TÁV E L D O S
RESCURSOS
Uma das questões essenciais que se enfrenta neste século é a de procurar encontrar uma
gestão sustentável dos recursos naturais e, em especial, das águas subterrâneas.
As atividades antrópicas podem introduzir impactes negativos muito diversificados e
significativos na composição das águas subterrâneas.
Extração de água subterrânea de
forma não controlada nos
Degradação dos aquíferos.
aquíferos costeiros
Entrada de água salgada no
Extração de água doce
aquífero
nestes sistemas
26
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
G E S TÃ O S U S T E N TÁV E L D O S
RESCURSOS
É importante evitar a poluição das águas subterrâneas, visto que uma vez poluídas não
podem ser utilizadas para consumo humano.
Causas de poluição nos aquífero
•
Lixiviação de pesticidas, herbicidas e fertilizantes resultantes da atividade agrícola
•
Contaminação por materiais orgânicos, detergentes e metais pesados depositados em
lixeiras ou aterros, e arrastados por águas lixiviantes
•
Lixiviação de metais pesados, de produtos tóxicos e de ácidos resultantes da atividade
mineira, principalmente devido às escombreiras
Contaminação das águas do aquífero, situação esta praticamente irreversível!
27
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
G E S TÃ O S U S T E N TÁV E L D O S
RESCURSOS
DESENVOLVIMENTO
A exploração dos recursos geológicos deve assentar em decisões que evitem o rápido
SUSTENTÁVEL
esgotamento das reservas, bem como minimizarem os impactes ambientais dessas atividades.
Uma
exploração
sustendada
dos
recursos geológicos tem de estar enquadrada
COOPERAÇÃO
Ação de operar em conjunto
num modelo global de desenvolvimento que
permita que as gerações atuais satisfaçam as
suas necessidades sem pôr em risco a
possibilidade de as gerações futuras virem a
satisfazer as suas própria.
Desenvolvimento
Sustentável
SOLIDARIEDADE
Das gerações atuais para com as
gerações futuras
SUSTENTABILI
DADE
Uso sustentável da Natureza
pelas gerações atuais
28
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
CONCLUSÃO
Graças a este trabalho compreendemos o que são aquíferos, quais as características que um bom
aquífero apresenta, e os mecanismos existentes para a captação de águas subterrâneas.
Refletimos, também, acerca da importância dos aquíferos enquanto reservatórios de água, sendo
a água um bem fundamental ao homem e à biosfera em geral.
Apesar da água subterrânea ainda ser considerada um recurso renovável, está a tornar-se um
recurso cada vez mais escasso, devido à contaminação da água e à sobreexploração.
A sociedade deve, pois, ser alertada sobre a importância dos aquíferos e as entidades responsáveis
devem implementar medidas que promovam a sua proteção.
29
ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
BIBLIO GRAFIA E WEBGRAFIA
SILVA, Amparo Dias da [et al.] – Terra, Universo de Vida: 2ª Parte Geologia. 1ª ed. Porto:
Porto Editora, 2012. ISBN 978-972-0-42172-2
CARVALHO, La Salete; VARELA, António – Biologia e Geologia 11º Ano. Lisboa: Coleção
Resumos, 2013. ISBN 978-989-740-001-8
http://www.escolavirtual.pt
- Exploração sustentada dos recursos geológicos
- Recursos hidrogeológicos
- Recursos hídricos
- Aquíferos
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/geologia/11_aguas_subterraneas_d.htm
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/geologia/11_recursos_hidrogeologicos_d.htm
http://www.slideshare.net/MiguelFernandes15/poluiao-dos-aquiferos
30
Download

acesso ao trabalho (powerpoint)