Vale Fertilizantes Oportunidades para o Fortalecimento da Indústria Brasileira de Fertilizantes Araxá, 24 de novembro de 2010 “Nós podemos substituir a energia termoelétrica por energia nuclear, plástico por metais, aço por plástico, amizade por solidão - mas para o fosfóro não existe substituto nem reposição”. (Isaac Asimov) Supondo que esta maçã fosse a Terra ... este pequeno pedaço, corresponderia a parcela do planeta disponível para produzir alimentos para seus 7 bilhões de habitantes A produção de alimentos depende do uso de fertilizantes Cerca de ¼ do planeta corresponde ao total de terra firme, o restante está coberto pelos oceanos, mares, rios e lagos. Em apenas ⅛ é capaz de se viver, o restante são áreas rochosas, sob geleiras ou desérticas... ... excluindo as cidades, estradas, parques, reservas legais, nos resta apenas 1/32 de terra para a produção de alimentos... ... o que corresponde a 3% da terra firme total, sendo que podemos cultivar apenas sua superfície... A população mundial depende deste pequeno pedaço de terra para sobreviver, o qual precisa ser bem utilizado. 4 Fonte: PotashCorp Estimativas da ONU indicam que a população mundial em 2050 será de 9 bilhões de habitantes Fonte: GeoHive. 5 As terras agricultáveis no mundo estão cada vez mais escassas, e principalmente nos países onde a demanda por alimentos é maior a cada ano. Centro – Sul Asiático Ásia Oriental 6 Drivers da demanda Urbanização da População Mundial Mundo China 1,0 5,5 5,0 bilhões de pessoas 4,0 população rural 3,5 3,0 2,5 0,8 população rural 0,5 2,0 população urbana população urbana 1,5 0,3 1,0 0,5 25 20 15 10 30 20 20 20 20 20 00 95 90 85 05 20 20 19 19 19 75 70 65 60 55 80 19 19 19 19 19 19 19 30 25 20 20 20 15 20 05 10 20 20 00 20 95 20 90 19 85 19 80 19 75 19 65 70 19 19 60 19 55 19 50 19 Fonte: ONU, Elaboração Agroconsult 50 0,0 0,0 19 bilhões de pessoas 4,5 7 Por que usar fertilizantes? Não bastando tal limitação, as culturas agrícolas ainda extraem desta pequena parcela de solo agricultável os nutrientes Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) e seus benefícios são levados, a cada colheita, para os consumidores. A única maneira de manter níveis de produção elevados e suficientes para alimentar a população mundial crescente é devolver e ajustar a concentração de N, P e K para o solo. Como? Usando fertilizantes. 8 Macro Nutrientes N Nitrogênio P K Fósforo Potássio Concentrado Fosfático 9 A Importância dos Principais Nutrientes O Nitrogênio (N) é essencial para todas as células vivas sendo parte do RNA e do DNA. É fundamental para a construção dos blocos de proteínas garantindo alta produtividade e qualidade. N Nitrogênio P Fósforo O Fósforo, expresso em P2O5, é o grande responsável pela geração de energia para a produção vegetal. É crucial para a fotossíntese e para a reprodução além de participar ativamente do processo de crescimento e sustentação corporal dos vegetais e animais. O Óxido de Potássio (K2O) é a maior fonte de potássio existente. Nas plantas, o potássio garante a qualidade ao que é produzido, sendo responsável pela resistência a doenças, manuseio e durabilidade na armazenagem. K Potássio 10 11 Recursos Naturais: Terra Disponível Uso do solo no Brasil Estimativa Aproximada (milhões de ha) Floresta Amazônica Pastagens Nativas/Cultivadas Reservas Legais Lavouras Anuais Culturas Permanentes Centros Urbanos, lagos, estradas e pântanos Reflorestamento 345 222 55 47 15 20 5 Subtotal 707 Outros usos Área Agricultável Disponível 38 106 Total 851 Aprox. 40% das terras agricultáveis disponíveis no Mundo Cerrado Fonte: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e CONAB 12 Recursos Naturais: Água Recursos Naturais 97% da água disponível no Mundo é salgada ou está congelada 3% corresponde a água doce Segundo a ONU, em 2015, 1/3 dos países terão problemas de abastecimento de água Brasil Cerca de 20% das reservas mundiais de água doce Disponibilidade de 106 milhões de hectares de terras agricultáveis 13 Ranking Mundial no Consumo de Fertilizantes O Brasil é o quinto maior consumidor de fertilizantes do Mundo, mas representa apenas 2% da produção mundial, sendo assim um grande importador. Nitrogênio Fósforo Potássio NPK China 33% 30% 22% 30% Índia 15% 15% 9% 14% EUA 12% 11% 16% 12% UE - 27 11% 8% 13% 11% Subtotal 71% 64% 60% 67% 3% 9% 14% 6% 1% 3% 1% 2% Brasil Produção Brasil: O consumo mundial 2010: 160 milhões de toneladas de nutrientes 14 Fonte: IFA. Produção Brasileira de Grãos Aumento do uso da tecnologia tem suportado o aumento da produção de grãos. Cerca de 40% do acréscimo da produção está relacionada ao uso de fertilizantes. • • Produção Brasileira de Grãos na Safra 2009/10 foi de 146 M t. Soja e Milho representaram 83 % do total. milhões de t milhões de ha Soja 42% do total 160 Outros Milho 78/79 – 09/10 Soja CAGR = 6% 140 120 100 Total de Área Plantada com Grãos Milhões de ha Milho 38% do total 78/79 – 09/10 CAGR = 4% 80 60 Área Plantada 47 milhões de ha 40 78/79 – 09/10 CAGR = 1% 20 0 1978/79 Fonte: CONAB – Março 2010. 1988/89 1998/99 2009/10 E 15 Em 2008 as importações representaram 72% do suprimento brasileiro de fertilizantes Consumo Brasileiro (Milhões toneladas de nutrientes) 2,5 M t 3,2 M t 3,7 M t 8% 27% Produção 54% 92% 73% 46% Importação Nitrogênio Fonte: ANDA e SIACESP. Nota: “Produção de Fósforo” inclui produção com matérias primas internacionais. Fósforo Potássio 16 Agronegócio Brasileiro O motor da economia brasileira No Brasil, o Agronegócio é responsável por: • ~30% do PIB • 100% do Superávit da Balança Comercial • ~40% da Força de Trabalho Balança Comercial do Agronegócio Brasileiro (US$ billion) Posição Brasileira nas Exportações Mundiais 2o Superávit em 2008: US$ 60 bilhões 12.8% a.a. Complexo Soja 1o Bovinos, Aves e Couro 1o Etanol 1o Fumo 1o Café Exportações 1o Açúcar Importações 3.9% a.a. 1o Suco de Laranja 1o Celulose Fonte: Aliceweb – MDIC, USDA, FAO, CNA, MAPA. 17 Panorama da Indústria Mundial de Fertilizantes Nitrogênio Reservas Mundiais Países Produtores/ Empresas Características do Mercado Posição Brasileira Prontamente Disponível Limitadas Potássio Grande Limitação Mais de 60 / + 200 44 / + 100 12 / ~20 (base amônia) (base rocha) (base KCl) # 1 – China # 2 – Rússia # 3 – Índia # 4 – EUA # 1 – China # 2 – EUA # 3 – Marrocos # 4 – Rússia # 1 – Canadá # 2 – Rússia # 3 – Bielorrússia # 4 – Alemanha Regional Global, Players Mundiais Global, Poucos Players Mundiais Produção: 1 % Consumo: 3 % Produção: 3 % Consumo: 9 % Produção: 1 % Consumo: 14 % China, Brasil, Marrocos, Peru, Tunísia e Arábia Saudita Canadá e Argentina Investimentos Programados China, Irã, Egito e Arábia Saudita Custo de novas capacidades US$ 1.5 Bi para cada 1 milhão t de NH3 Fonte: IFA e ANDA. Fósforo US$ 1.5 Bi para cada 1 milhão t de P2 O5 US$ 1.3 Bi para cada 1 milhões t de KCL 18 Fósforo 19 Fontes de Fósforo A rocha fosfática é a única fonte de Fósforo economicamente viável para a produção de fertilizantes fosfatados e fosfatos para outros fins. • Cerca de 85% da produção mundial de P vem de rochas sedimentares e o restante (15%) de rochas ígneas. • No Brasil mais que 95% vem de rochas ígneas, pela vocação geológica. Produtos Principais Utilizações Ácido Fosfórico Matéria-prima para produção de outros produtos fosfatados: Ácidos purificados, suplementos para nutrição animal, fertilizantes para agricultura. DAP, MAP, SSP e TSP Agricultura. Fosfato Bicálcico Suplementos para nutrição animal. Ácido Fosfórico Industrial Refrigerantes, produtos alimentícios, detergentes industriais, tratamento de metais, tratamento de água, fármacos. Fonte: International Fertilizer Industry Association (IFA) 20 A Demanda de Rocha Fosfática A demanda de rocha fosfática é determinada pela produção de fertilizantes fosfatados e fosfatos para indústria e nutrição animal. Nutrição Animal ¹ 7% 6% Fertilizantes ¹ 139 milhões de t de Rocha 11,4 milhões de t de Rocha 4% 7% 90% 86% Indústria ¹ 10,5 milhões de t • 86% da demanda por rocha fosfática depende do mercado de fertilizantes • Cerca de 70% da rocha destinada para fertilizantes é utilizada na produção de Ácido Fosfórico Bebidas e Alimentos 11% 30% 59% Diversos Detergentes Fonte: British Sulphur Consultants (CRU Group). 21 Demanda Mundial de Rocha Fosfática por Região (milhões de toneladas) 35% da demanda por rocha fosfática esperada na próxima década está localizada no Leste Asiático (China) 80 70 2006 2011 2016 60 50 40 30 20 10 0 América do Norte Fonte: CRU Group. Leste Asiático África Ex-URSS Oriente Médio América do Sul Outros 22 Produção Mundial de Rocha Fosfática por Região (milhões de toneladas) África (Marrocos), Leste Asiático (China), e Oriente Médio (Arábia Saudita), são as regiões onde são previstos os principais investimentos em aumento de capacidade. 70 61 2006 2011 2016 50 41 41 40 31 31 30 20 16 14 12 10 13 14 16 14 10 6 6 3 África Fonte: CRU Group. América do Norte Leste Asiático Oriente Médio Ex - URSS América do Sul 2 2 Oceania Outros 23 Demanda Rocha: Mundo x América Latina A demanda da América Latina, sendo o Brasil responsável por cerca de 75%, cresce quase o dobro da demanda Mundial. Projeção da demanda Mundial de Rocha (2003 – 2013) Demanda Mundial 1 Demanda América Latina (milhões de t de Rocha) + 1,7% / ao ano 142 166 24 (milhões de t de Rocha) + 3,0% / ao ano 2,4 7,7 5,3 Outros Brasil 2003 Adicional Fonte: IFA, CRU Group e Bunge Fertilizantes. 1 Inclui a demanda Brasileira. 2013 2004 Adicional 2013 24 Produção Mundial de Rocha Fosfática (milhões de toneladas) Em 2008, 10 países foram responsáveis por cerca de 90% da produção mundial de rocha fosfática. Rússia 9 Israel 2 EUA 22 Tunísia 5 China 27 Marrocos 23 Jordânia 4 Principais fornecedores para o Brasil Brasil 5 Austrália 1 África do Sul 2 Fonte: IFA e CRU Group 25 Mercado Brasileiro de Fósforo Balanço de Oferta e Demanda de Fósforo Variações na Demanda (M t de nutriente - P2O5) Período Previsão 5,0 Demanda CAGR 2008 vs 1990 Var. 169% 2014 vs 2008 28% 4% 6% 4,0 Participação na Oferta de Fósforo (% sobre Importação + Produção) 3,0 Aumento de Capacidade + 1,7 M t P2O5 Importação 2,0 Sem Expansão Ano Produção 1990 2000 2008 2014 Importação 90% 10% 57% 43% 54% 46% 51% 49% 1,0 Com Expansão Ano Produção Produção 2014 0,0 90 93 96 99 02 05 08 11 93% Importação 7% 14 Obs.: Não considera estoques. Fonte: ANDA; Sinprifert. Estimativa de 2009 a 2014. Nota: Investimentos em aumento de capacidade estimados. 26 Origem das Importações Brasileiras de Fósforo Rússia 21% EUA 17% Marrocos 24% Israel 12% China 16% 10% - Outros Fonte: IFA (2008) 27 Preço de Rocha versus Grau de Utilização das Minas O preço da rocha fosfática é internacional. No curto a médio prazo é esperado um aumento nos preços devido a um ligeiro estreitamento do balanço entre oferta e demanda e um aumento nos preços dos fertilizantes fosfatados. Grau de utilização das minas e preço médio da Rocha Fosfática Marroquina com 72% BPL FOB Casablanca US $/t 90% 50 80% 45 70% 40 35 60% 30 50% 25 40% 20 30% 15 20% 10 10% 5 0% 0 1990 1992 1994 1996 1998 2000 Grau de Utilização Fonte: CRU Group. 2002 2004 2006 2008 2010 2012 72% BPL Fob Casablanca 28 Evolução da Qualidade da Rocha Fosfática Mundial A qualidade média da rocha mundial caiu para 29,5% P2O5 no final da década de 90 e permaneceu estável desde então. Estima-se uma queda moderada nos teores de P2O5 daqui para frente. % P2O5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 1976 Fonte: CRU Group. 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 29 Mercado Brasileiro de Nitrogênio Balanço de Oferta e Demanda de Nitrogênio (M t de nutriente - N) Variações na Demanda 4,0 Previsão Período Demanda 3,0 2008 vs 1990 Var. 221% CAGR 7% 2014 vs 2008 28% 4% Participação na Oferta de Nitrogênio 2,0 (% sobre Importação + Produção) Ano Importação 1,0 1990 2000 2008 2014 Produção 0,0 90 93 96 99 02 Fonte: ANDA; Sinprifert. Estimativa de 2009 a 2014. 05 08 11 14 Produção Importação 81% 19% 38% 62% 27% 73% 25% 75% Obs.: Não considera estoques. 30 Origem das Importações Brasileiras de Nitrogênio Rússia 53% Ucrânia 22% Qatar 11% Venezuela 4% Argentina 4% 6% - Outros Fonte: IFA (2008) 31 Potássio KCl 32 Potássio – Aspectos Gerais Cerca de 95% da produção comercial de potássio é utilizada na agricultura, como fertilizantes. O potássio pode ser extraída de dois tipos de depósitos: Sub-superfície • Reservas localizadas a cerca de 400 a 1000 m de profundidade. • A maior parte do potássio utilizado no Mundo é extraído de minas na sub-superfície. Superfície • Depósitos de água salgada como o Mar Morto no Oriente Médio e Great Salt Lake nos Estados Unidos. • O potássio é extraído e concentrado através de evaporação. É estimado uma reserva de 17 bilhões de t de K2O no Mundo. Deste total cerca de 8 bilhões de t são consideradas economicamente exploráveis. Fonte: Potash & Phosphate Institute (PPI). 33 Produção e Consumo Mundial de Potássio em 2005 (Milhões de toneladas de Cloreto de Potássio – KCL) Poucos países (12) produzem potássio no mundo. Entretanto, mais de 150 países são consumidores. 18,0 18,7 21,1 6,7 9,4 6,6 3,9 Europa América do Norte Leste Europeu & Ex URSS 2,3 5,4 7,7 0,7 Ásia Oriente Médio Consumo Produção 0,6 1,3 África 0,7 Oceania América do Sul Fonte: Fertecon, PotashCorp Market Overview – 2005. 34 Potencial de Crescimento no Consumo de Potássio (Milhões de toneladas de K2O) Somados, o consumo de K2O da China, Índia e Brasil, representam hoje cerca de 45% do consumo mundial. Segundo estimativas do Potash & Phosphate Institute, o potencial destes três países ainda é muito grande. 30 30 30 25 25 25 20 20 20 15 15 15 10 10 10 5 5 5 0 0 0 Atual Potencial China Atual Potencial Índia Atual Potencial Brasil 35 Fonte: PotashCorp e PPI. Mercado Brasileiro de Potássio Balanço de Oferta e Demanda de Potássio Variações na Demanda (M t de nutriente – K2O) Período 5,0 Previsão Demanda CAGR 2008 vs 1990 Var. 212% 2014 vs 2008 28% 4% 7% 4,0 Participação na Oferta de Potássio (% sobre Importação + Produção) 3,0 Ano Produção 1990 2000 2008 2014 2,0 Importação 1,0 Importação 6% 94% 12% 88% 8% 92% 9% 91% Obs.: Não considera estoques. Produção 0,0 90 93 96 99 02 Fonte: ANDA; Sinprifert. Estimativa de 2009 a 2014. 05 08 11 14 36 Origem das Importações Brasileiras de Potássio Rússia e Belarus Canadá 34% 41% Alemanha 12% Espanha 1% 12% Israel Fonte: IFA (2008) e Anda 37 A Importância do Enxofre na Cadeia de Fertilizantes • O enxofre é essencial para solubilização do fósforo para que este nutriente se torne disponível para absorção pelas plantas • É produzido principalmente (60%) através da filtragem do petróleo / gás natural • O Brasil não é um produtor de enxofre, sendo a importação responsável por quase a totalidade de seu suprimento • Os principais produtores são os EUA, Canadá, Rússia e países do oriente médio 38 Origem das Importações Brasileiras de Enxofre Rússia 17% Canadá 46% USA 13% Emirados Árabes 4% Venezuela 7% Arábia Saudita 10% Outros 3% Fonte: IFA (2008) e Anda 39 O Mercado Brasileiro de Fertilizantes Consumo Mundial/ Brasil CONSUMO DE FERTILIZANTES (NPK - 2008) MUNDO - 156,0 milhões ton. BRASIL - 9,4 milhões ton. 22,0% 39,4% 34,0% 14,8% 63,2% 26,6% N Fonte: IFA/ANDA P2O5 K2O N P2O5 K2O 41 Produção Mundial/Brasil PRODUÇÃO MUNDIAL DE FERTILIZANTES (TOTAL NPK) 60 52,0 50 50,8 46,1 40 30 17,4 20 17,9 15,8 16,0 14,6 14,3 15,3 15,2 13,9 12,6 13,9 10,0 10 5,5 5,9 5,9 5,0 5,0 4,5 0 CHINA EUA ÍNDIA 2006 PRODUÇÃO MUNDIAL(milhões ton) : Fonte: IFA/ANDA RÚSSIA 2007 2006 - 170,5 CANADÁ BELARUS ALEMANHA 2008 2007 - 180,0 2008 - 168,4 42 Consumo Mundial/ Brasil CONSUMO DE FERTILIZANTES (FÓSFORO) MUNDO - 34,3 milhões ton. 13,5% BRASIL - 3,2 milhões ton. 6,4% 22,6% 28,2% 27,1% 13,7% 53,0% DAP/MAP Fonte: IFA/ANDA 35,5% SSP TSP OUTROS DAP/MAP SSP TSP OUTROS 43 Produção Mundial/Brasil PRODUÇÃO MUNDIAL DE FERTILIZANTES (FÓSFORO) 15 13,7 12,9 12,0 12 9 7,0 7,0 5,9 6 4,4 3,7 3 3,4 2,8 2,9 2,6 1,8 2,1 2,0 1,2 1,2 1,0 0,9 0,9 1,0 0 CHINA EUA ÍNDIA 2006 PRODUÇÃO MUNDIAL(milhões ton): Fonte: IFA/ANDA RÚSSIA 2007 2006 - 37,6 BRASIL MARROCOS TUNÍSIA 2008 2007 - 40,0 2008 - 36,3 44 Evolução do Mercado Brasileiro de Fertilizantes Existem fundamentos sólidos para manutenção das elevadas taxas de crescimento da demanda de fertilizantes no Brasil Mercado Brasileiro de Fertilizantes CAGR: 4% (milhões de toneladas de nutrientes) 2005 – 2010 9.4 9.6 Potássio (K2O) 8.5 CAGR: 7% Fósforo (P2O5) 1990 – 2005 Nitrogênio (N) 4.7 4.1 3.2 3.2 1.8 1.2 1.2 1.2 1.2 1.5 1.7 1.5 1.7 2.1 2.1 3.9 3.4 3.5 2.9 3.0 3.1 3.3 3.4 3.5 2.8 2.3 2.5 2.2 2.2 2.2 2.3 2.5 2.6 2.7 1.8 2.4 1.6 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 2.0 0.8 0.8 0.9 1.0 1.2 1.1 1.2 1.3 1.5 1.4 1.7 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 Fonte: 1990 – 2005, ANDA 2006 – 2010, estimativa. 3.6 3.7 4.2 2.7 1.7 1.9 3.9 4.0 11.0 3.1 1.9 1.4 1.3 5.5 2.6 2.3 3.8 3.4 4.3 2.2 1.6 5.9 4.8 3.6 9.9 7.7 6.6 6.8 5.4 8.9 9.4 10.4 45 Evolução do Agronegócio Brasileiro O rápido crescimento da produção brasileira de grãos, ocorreu em função do maior uso de fertilizantes Área Plantada, Produção de Grãos e Consumo de Fertilizantes CAGR (Safras de 1992 a 2005) 246 Evolução do crescimento porcentual sobre safra 92/93 246 218 6.1% 206 Produção de Grãos 190 Consumo de Fertilizantes 148 4.0% 147 142 132 129 117 121 115 122 133 112 108 108 170 159 150 100 175 167 Área Plantada 119 181 177 104 138 132 122 103 98 104 106 106 111 2.2% 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 Fonte: ANDA, CONAB. 46 Forte Presença Mundial O Mercado Brasileiro de fertilizantes é o que vem apresentando a maior taxa de crescimento no Mundo. Consumo de Fertilizantes (milhões de toneladas de nutrientes) 1990 Fonte: IFA, ANDA. 1995 2000 2005 2005 x 1990 CAGR Total China 27.1 33.5 34.4 43.4 3% 60% EUA 18.4 20.1 18.7 20.1 1% 9% India 12.5 13.9 16.7 18.4 3% 47% Brasil 3.2 4.3 6.6 10.5 8% 228% França 5.7 4.9 4.1 3.9 -2% -32% Mundo 137.4 129.4 136.9 155.1 1% 13% 47 Balanço Oferta e Demanda Fertilizantes Em razão da necessidade de importação, o mercado brasileiro de fertilizantes é tomador de preços, seguindo os preços internacionais Importação Fontes de Suprimento de N, P2O5 e K2O Produção doméstica (% do suprimento total de fertilizantes para o Brasil) 43% 57% 90 46% 54% 91 50% 50% 92 53% 47% 93 53% 47% 94 50% 50% 95 55% 45% 96 59% 41% 97 60% 40% 98 57% 43% 99 65% 66% 66% 35% 34% 34% 00 01 02 71% 72% 68% 29% 28% 32% 03 04 05 Fonte: ANDA. Nota: ‘Produção doméstica’ inclui a produção com matéria-prima de origem local e importada. O gráfico não inclui ajuste nos estoques. 48 Balanço Oferta de Fósforo no Brasil Demanda por Fósforo vem crescendo a uma taxa superior ao aumento da produção local. Estão sendo realizados investimentos em capacidade adicional. Importação Fontes de Suprimento de Fósforo Produção doméstica (% do total da oferta de P2O5 no Brasil) 10% 14% 20% 25% 27% 22% 26% 35% 34% 33% 43% 90% 86% 80% 75% 73% 78% 74% 65% 66% 91 92 93 94 95 96 97 98 47% 51% 52% 56% 53% 49% 48% 01 02 03 04 45% 67% 57% 90 44% 99 00 55% 05 Fonte: ANDA. Nota: ‘Produção doméstica’ inclui a produção com matéria-prima de origem local e importada. O gráfico não inclui ajuste nos estoques. 49 Matéria Prima - Preços Internacionais CFR Brazil – USD/t 834 748 730 Enxofre 443 Rocha Fosfática 473 366 605 626 515 505 298 329 175 164166 136 114 99 93 88 110 66 897 6765 54 55 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S Amônia 62 61 63 59 72 J 923 M M J S N J M M J S N J M M J S J M M J 281 308 S N J M M J S N J M J S 1.900 1.330 1.150 409 335 303 M 2.268 2.016 238 J 2.450 Ácido Fosfórico 671 566 514 283 N 1.039 268 239 295 222 162 417 297 M Source: FMB, FERTECON and Fertilizer Week. M J S N J M 2006 M J S J 2007 760 M M J 650 451 439 S 2008 N J M 2009 M 500 J S N J M M J S N J M M J S 50 Fertilizantes - Preços Internacionais CFR Brazil – USD/t 1.292 1.251 1.254 TSP MAP 1.118 1.083 1.047 678 628 616 484 451 455 417 267 260 932 835 868 779 866 747 367 335 323 361 336 188190 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J A S 196 218 250 350 300 382 323 275 356 260 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S 1000 1000 850 837 789 Urea 950 882 KCL 715 704 619 524 266 237252 227 303 346 378 765 600 550 455 427 259 268 271 207 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S 2006 Source: FMB, FERTECON and Fertilizer Week. 355 268 2007 183 195 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S 2008 2009 51 Oportunidades para o Fortalecimento da Indústria Brasileira de Fertilizantes recursos naturais para garantir o suprimento futuro por alimentos no mundo, mas para isto é necessário superar alguns desafios O Brasil possui • Aumentar a Disponibilidade de Crédito para Financiar o Crescimento da Produção Agropecuária • Isonomia Tributária / Taxa de câmbio desfavorável à competitividade • Melhorar os Controles Sanitários e a Rastreabilidade da Produção Nacional • Restrições ambientais crescentes x Consciência Social e Ambiental • Intensificar os Investimentos em Infra-Estrutura - Portos, Rodovias, Ferrovias e Capacidade de Armazenagem 52 Isonomia Tributária Produto Nacional e Importado Uréia Comparativo Nacional vs Importado R$/ tonelada Ex.: Paraná para Minas Gerais Nacional Importado Preço FOB 575,0 575,0 Frete 80,0 80,0 Sub-total 655,0 655,0 ICMS - 8,4 % 60,1 - Total 715,1 655,0 Uberaba Importado mais barato do que o Produto Nacional 900 km Paranaguá 53 Brasil – O peso das importações no suprimento de fertilizantes • Em 2007 as importações representaram 74% do suprimento de fertilizantes • O preço de fertilizantes no Brasil é determinado pelo mercado internacional • Não há barreiras para importação • A alíquota de importação é zero • As importações não são tributadas em ICMS • Todos os agricultores e empresas de fertilizantes podem importar Consumo Brasileiro (2007 – em t nutrientes) 2.8 M t Produção 3.7 M t 4.2 M t 9% 25% 49% Importação 91% 75% 51% Nitrogênio Fonte: ANDA e SIACESP. Nota: “Produção de Fósforo” inclui produção com matérias primas internacionais. Fósforo Potássio 54 Logística de Fertilizantes Distâncias dos Pólos Agrícolas Sapezal Mato Grosso Acesso ao Porto de Santos Sorriso 640 km 1.000 km Rondonópolis Araxá 1.530 km BR-163 Nova Mutum Mato Grosso Londrina 475 km Ponta Grossa 220 km Santos Paranaguá Passo Fundo 570 km Rio Grande 55 Dinâmica do Mercado de Fertilizantes Os mercados de energia, alimentos, agricultura e fertilizantes estão cada vez mais inter-relacionados. Forte demanda por fertilizantes • • • • Crescimento da população Crescimento da renda e mudança da dieta Altos preços de petróleo aumentando o consumo de agro-combustíveis Necessidade de aumento de produtividade e da produção de alimentos Oferta curta de fertilizantes • • • • • Falta de novas capacidades de produção Grande necessidade de capital Longo tempo para implantação Preocupação ambiental Barreiras à exportação e subsídios 56 Localização das Principais Reservas de Fósforo do Brasil Reservas em Estudo e Operação Área de Cerrado 57 Brasil - Produtores de Rocha Fosfática Evolução Produção Rocha Fosfática Brasileira (mil toneladas) Galvani A. Dias - PI 5.488 2005 5.689 2004 5.251 2003 5.027 2002 4.805 2001 0 2.500 5.000 Galvani Irecê - BA Copebrás S.A. Catalão - GO Socal Juquiá - SP Galvani Lagamar - MG Vale Catalão - GO Vale Patos de Minas - GO Vale Araxá - MG Fonte: ANDA. Vale Tapira - MG Vale Cajati - SP 58 Unidades Industriais – Vale Fertilizantes Araxá Rocha Fosfática Pipe-Line Operational Facilities Rocha Fosfática Uberaba Ácido Sulfúrico Ácido Fosfórico Catalão Patos de Minas SSP MAP / DAP TSP Guará Amônia / Ureia Tapira Santos Cubatão / Piaçaguera Amônia / Nitrato de Amônia Fosfato Bicálcico Terminal Portuário Ultrafertil Cajati Araucária Imbituba (Terceiros) Cerrado Potential Agricultural Area 59 Desafios do Agronegócio Brasileiro Adequação da infra-estrutura logística Portos, ferrovias, estradas e armazenagem Indicadores Macroeconômicos Cambio, taxa de juros, balança comercial Disponibilidade de crédito Mecanismos de financiamento que garantam segurança, precisão e liquidez para o agronegócio Protecionismo dos países desenvolvidos Barreiras não-tarifárias (sanitárias, técnicas e ambientais) Consciência Social e Ambiental CONSIDERAÇÃO FINAL O campo de atuação e a perspectiva de atuação para os Formandos no setor de fertilizantes, indicam atividades e linhas de ações objetivando: A busca de incremento do Desenvolvimento Tecnológico; Aumento de produtividade das operações industriais; Desenvolvimento de produtos específicos e de melhor aplicabilidade à realidade brasileira; Desenvolvimento de melhores condições de manuseio e aplicabilidade seja para o uso de fertilizantes e produtos agrícolas: Devem ser ações a serem desenvolvidas por todos, incluindo os trabalhos técnicos a serem desenvolvidos, no “dia a dia”, por vocês, Formandos de 2010.