LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA
TRABALHOS LABORATORIAIS
2010
TRABALHO 1-Etanol
Objectivos:
Doseamento do alcool no sangue pelos métodos de:
-Widmark
-Cromatografia gasosa
Organização:
1º-Começar pelo método de Widmark (tempo de espera
de 2h)
2º-Fazer padrões para GC e elaborar a curva de
calibração
Analisar a amostra por GC
Não usar o GC sem ter assistido a demonstração prévia
Montagem do Método de Widmark :
Haste onde se coloca a amostra de
sangue
Mistura cromossulfúrica
(amarela)
matraz de Widmark
Cuidados a ter no Método de Widmark:
Usar luvas
Confirmar temperatura do banho (60 ºC)
Prender matrazes de Widmark com pinças
Colocar as hastes, com restos de sangue, na lexívia
Cuidados a ter no Método por cromatografia gasosa:
A mudança de soluções , quer do padrão, quer das amostras, implica
lavagem da seringa.
Fazer cálculos da razão: área do padrão/área do padrão interno e
representar vs. concentração.
Atenção ao volume das tomas de ensaio e diluições nos dois métodos.
No Met. de Widmark-> titula-se indirectamente o dicromato
remanescente (que não foi reduzido e apresenta cor verde). Após adição
de KI (5%) ao k2CrO7, liberta-se I2 que será titulado pelo hipossulfito
de sádio (Na2S2O3), ficando a solução final incolor, no ponto de
equivalência.
Fundamentos:
1- Método de Widmark
O alcool é separado do sangue por difusão no frasco de Widmark, em banho-maria à
temp. de 60ºC/2h, reduzindo o dicromato colocado no matraz. Titula-se
indirectamente o dicromato remanescente (que não foi reduzido). Após adição de KI
(5%) ao k2CrO7, liberta-se I2 que será titulado pelo hipossulfito de sódio (Na2S2O3)
N/100, ficando a solução final incolor, no ponto de equivalência.
3 C2H5OH  12 Na 2S2O3
TRABALHO 2 – Carboxihemoglobina e Metahemoglobina no sangue
Objectivos:
-Doseamento do monóxido de carbono por redução do cloreto de paládio em
célula de Conway (coeficiente de envenenamento)
- Doseamento da metahemoglobina no sangue por um método colorimétrico
Montagem:
Célula de Conway
Esmerilado com silicone ou
vaselina
H2SO4+sangue
Cloreto de paládio
Organização:
- Começar por preparar a célula de Conway com a amostra de sangue em
que se pretende determinar o monóxido de carbono e colocar na placa
oscilante (+ 2h).
- Fazer os padrões de cloreto de paládio e ler as absorvências
-Fazer determinações de metahemoglobina; solução I e II estão
preparadas mas é necessário preparar R1 e a sol. de KCN
Cuidados a ter:
- Colocar o sangue na célula de Conway com esta quase fechada e
rapidamente para evitar que o CO existente se liberte para a atmosfera.
- Não esquecer de mudar de lâmpada para proceder ao doseamento do
cloreto de paládio (=278 nm; UV) e usar só células de quartzo.
Especificidades do trabalho:
Carboxihemoglobina
Reacção de redução do cloreto de paládio
PdCl2  CO  H2O  CO2  2HCl  Pd 
Calcular a % de carboxihemoglobina ou coeficiente de envenenamento
Metahemoglobina
Leitura 1 absorvância a 630 nm metahemoglobina valor A
+Adição de cianeto de potássio
Leitura 2 cianometahemoglobina  valor B («A)
Leitura 3 (após adição de ferricianeto de potássio)
hemoglobina+metahemoglobina  valor C + Adição de
cianeto de potássio
Leitura 4  valor D
A diferença (A-B) é
proporcional à meta-Hb
existente na amostra.
A diferença (C-D) é
proporcional à Hb total.
% metahemogl obina 
V.N ≤ 2 %
AB
100
CD
TRABALHO 3- Doseamento do ácido δ-aminolevulínico na urina (Pb) e
Determinação das coproporfirinas em ratos expostos ao PB
PB
PB
PB
(Woods, 1995)
PB
O Pb interfere na biossíntese do grupo heme:
- Ao nível da actividade de três enzimas; a ALA-D, a ALA-S e a COPRO-D
-A inibição da ALA-D resulta na acumulação de δ- ALA no plasma e, consequente
excreção na urina
- Aumento das coproporfirinas urinárias
- Diminuição da hemoglobina
- aumento de ferro nos eritrocitos
Organização do trabalho:
- Não trocar a ordem dos reagentes
- Não confundir a fase orgânica com a aquosa
Valores normais:
δ-ALA- V.N ≤ 2 mg/L
Coproporfirinas urinárias- V.N ≤150 µg/L
aceitável-150-500 µg/L
excesso-500-1500 µg/L
perigoso≥ 1500 µg/L
Fundamento do Método (ácido δ-aminolevulínico ):
1- condensação do ALA + acetoacetato de etilo-- ALA-pirrol
que se extrai da fase aquosa (+ ureia que reage com o reagente
de Ehrlich ) com acetato de etilo
2- Adição de reagente de Ehrlich ao ALA-pirrol, na presença de
acetato de etilo, formando-se um conjugado com coloração
vermelho cereja, com absorvência a 553 nm
(adaptado de Tomokuni e Ogata, 1972)
Clinical Chem., 18, 1534-1536
TRABALHO 4 – Pesquisa de pesticidas Organofosforados na terra e
Determinação da actividade colinesterásica no soro ou plasma
Organização:
1º- Montar o soxlet e iniciar a extracção
2º - Saturar a câmara de cromatografia
3º-Det. Actividade colinesterásica
4º- Concentração do extracto e preparar placa TLC
com padrões
Cuidados a ter:
Não respirar padrões de TLC
Det. act. Colinesterásica - O ”kit” é composto por
2 frascos de pó liofilizado que se reconstituem
com H2O destilada.
Reunir todo o material necessário para a det. da
act. colininesterásica junto ao espectofotómetro,
não esquecendo cronómetro.
-Agitar a tina (de plástico) após adição da amostra;
no final colocar na lexívia.
Especificidades do trabalho:
Organofosforados pesquisados na amostra de
terra: Paratião; Malatião e Gusatião
Montagem:
Determinação da actividade colinesterásica no soro ou plasma
Butiriltiocolina + H2O pseudocolinesterase tiocolina + butirato
Tiocolina + ditiobisnitrobenzoato  2-nitro-5-mercaptobenzoato
Butiriltiocolina + H2O pseudocolinesterase tiocolina + butirato
Tiocolina
+
hexanocianoferrato
hexanocianoferrato de potássio (II)
(III)

ditiobiscolina
+
Classificação
intoxicação
do
graú
de
% da Actividade normal da
AchE
Baixo
20-50%
Moderado
10-20%
Elevado
< 10%
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