MOLA HIDATIFORME
Evolução Normal da
Gestação
Ciclo Menstrual
Fecundação
Divisão Celular
MOLA HIDATIFORME
A Mola Hidatiforme é uma massa
constituída por vesículas translúcidas em
forma de “gotas-de-água”. Essa massa é
formada a partir da proliferação anormal
das células do tecido embrionário. A
Mola Hidatiforme divide-se em Mola
Completa e Mola Parcial.
MOLA HIDATIFORME
MOLA HIDATIFORME
COMPLETA
 Se origina da fertilização de um óvulo vazio com
núcleo ausente, com carga genética somente do pai,
um espermatozoide (23,X).
 Ou de um óvulo fecundado por dois espermatozoides,
(46,XX ou 46,XY).
MOLA HIDATIFORME
COMPLETA
 Na mola completa o feto não se desenvolve, e o
útero é preenchido por uma massa constituída por
vesículas translúcidas.
 Os níveis elevados de HCG são característicos da
Mola completa.
MOLA HIDATIFORME
PARCIAL
 Geralmente se origina da fertilização de um óvulo por
dois espermatozoides, resultando em uma triploide (69,
XXX; 69,XXY) ou 69,XYY).
 As estruturas fetais estão presentes, membranas e
embrião que raramente sobrevive, pois é portador de
numerosas malformações;
 Na mola parcial há sempre vilosidades normais e focos
de degeneração com necrose e hemorragia, não existe
vesículas típicas da mola completa.
MOLA HIDATIFORME
PARCIAL
FATORES DE RISCO
 A mola Hidatiforme é mais com entre mulheres
orientais;
 Nível socioeconômico desfavorecido e carências
nutricionais;
 Deficiência de vitamina A, que atua nos órgãos
reprodutores;
 Extremos da vida reprodutiva, acentuando-se
acima dos 40 anos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Ocorre sangramento vaginal abundante, podendo
haver eliminações de vesículas, geralmente indolor,
com coloração marrom-escura, tipo “borra de café”;
 Útero maior que o esperado para a idade gestacional;
 Nível de HCG elevados;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hiperêmese gravídica;
 Sintomas de pré-eclâmpsia antes de 24 semanas;
 Na mola parcial o quadro clínico é menos exuberante,
confundindo-se com abortamentos retidos e incompletos.
DIAGNÓSTICO DA MOLA
HIDATIFORME
 O diagnóstico é realizado pelo exame físico no qual o
volume uterino costuma estar aumentado e maior que o
esperado para IG;
 A ausência de batimentos cardiofetais (BCF);
DIAGNÓSTICO DA MOLA
HIDATIFORME
 O diagnóstico pode ser estabelecido com
segurança pela ultrassonografia.
DIAGNÓSTICO DA MOLA
HIDATIFORME
 Os níveis de hormônio β-HCG aumentam na gestação
normal a 50.000 mUI/mL, podendo chegar até
100.000 mUI/mL. Um nível de β-HCG maios do que
200.000 mUI/mL sugere fortemente o diagnóstico de
Mola Hidatiforme.
 A Mola de Hidatiforme parcial não eleva os níveis de
hormônio.
TRATAMENTO DA MOLA
HIDATIFORME
 Esvaziamento uterino através de vácuo aspiração, pois há
menor risco de perfuração uterina;
 A vácuo aspiração é realizada utilizando-se um cateter de
sucção de até 12mm ;
 Pode-se utilizar uma cureta romba como parte final do
procedimento;
 As anestesias peridural ou raquidiana, proporcionam
tempo cirúrgico adequado ao procedimento de vácuoaspiração
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Conforme a avaliação clínica, atentar para necessidade de
compensação em casos de anemia;
 Monitorar sinais vitais;
 Providenciar uma reserva de sangue;
 No pós-operatório é importante atentar a sinais de irritação
peritoneal e nesse caso procurar por sangramento ou perfuração
do trato gastrintestinal.
 Os materiais aspirados ou curetados têm de ser submetidos a
exame anatomopatológico assinalando-se no pedido a hipótese
diagnóstica de mola Hidatiforme.
MEDICAÇÕES UTILIZADAS
Oxitocina: Estimula a contração uterina, porém existe o risco
de embolização.
Efeitos Colaterais: Arritmias cardíacas, náuseas, vômitos,
irritação nasal, convulsões, alergia.
Cuidados de Enfermagem
 Informe a paciente que, após o inicio da administração, são
esperados contrações semelhantes às cólicas menstruais.
 Observe se a paciente apresenta quaisquer sinais e
sintomas de sonolência, apatia, confusão, cefaleia, anúria,
e diante destes sinais comunicar o médico.
MEDICAÇÕES UTILIZADAS
Misoprostol (Cytotec): O misoprostol dilata o colo do
útero, e ajuda no esvaziamento molar, em um tempo médio
de 10 horas. É uma alternativa para o esvaziamento uterino
que não disponham de vácuo aspirador.
Efeitos Colaterais: dor abdominal, diarreia, constipação,
flatulência, náusea e vômito, cefaleia.
SEGUIMENTO DA MOLA
HIDATIFORME
Controle das dosagens de β-HCG;
Ultrassonografia;
O risco que ocorra uma nova gestação molar
fica em torno de 1 a 2%.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Explicar a paciente a natureza da doença, e orientar
sobre a necessidade da contracepção, durante o
período de seguimento, contraceptivos orais são
indicados;
 Os anticoncepcionais orais de média dosagem,
iniciando-se a contar da menstruação pós-curetagem,
no intervalo entre a curetagem e a menstruação é
necessário o uso de preservativo.
RETORNO DA MOLA
HIDATIFORME
A elevação dos níveis de β-HCG, mesmo na ausência
de material de curetagem comprobatório de neoplasia
trofoblástica, é suficiente para firmar o diagnóstico da
malignidade. Ao exame ginecológico poderão
apresentar-se metástases vaginais, como nódulos
arroxeados em fundos de sacos vaginais ou suburetrais.
NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA
GESTACIONAL MALIGNA
Coriocarcinoma: tumor trofoblástico com aspecto
macroscópico de massa escura, hemorrágico ou
necrótica, expansiva e circunscrita, na parede uterina,
colo ou vagina. Tem origem na proliferação do
trofoblasto que possui células dimórficas.
O coriocarcinoma é um seguimento da mola
hidatiforme.
CORIOCARCINOMA
SINTOMAS
Os sintomas podem variar de acordo com o local de
implantação das metástases.
 Sangramento vaginal;
 Dispneia, tosse e hemoptise se os pulmões estiverem
acometidos;
 Sangramento retal quando houver comprometimento
gastrintestinal;
 Cefaleia, e outros sintomas neurológicos conforme a
localização da metástase no cérebro.
DIAGNÓSTICO
 No exame físico, pode haver aumento do volume
uterino, sangramento procedente do orifício
cervical ou massa endurecida na parede vaginal.
 O Coriocarcinoma está relacionado a gestação
molar.
 A ultrassonografia transabdominal ou transvaginal
pode revelar lesão expansiva uterina (áreas de
tumor, necrose e hemorragia) com ausência de
vesículas.
TRATAMENTO DO
CORIOCARCINOMA
O tratamento das sequelas da Mola Hidatiforme,
nas formas metásticas e não metásticas, tem sido
feito pela quimioterapia. A utilização da
radioterapia fica reservada para metástases
cerebrais.
QUIMIOTERAPIA
 Metotrexato é indicado no tratamento de
coriocarcinoma gestacional, e mola hidatiforme.
 Efeitos terapêuticos: Eliminação das células
rapidamente replicantes, principalmente daquelas
malignas.
 A dose e a duração da terapia: deverão ser
ajustadas ao tipo de neoplasia e às condições
clínicas do paciente.
Efeitos colaterais da quimioterapia:
Hipotensão, síncope, prurido, desconforto
gastrointestinal (diarreia, constipação, náuseas,
vômitos, falta de apetite), cefaleia, tontura,
descoordenação muscular, convulsão (durante IV),
feridas na boca, queda de cabelo.
Cuidados de Enfermagem
Deverá ser feita uma hidratação antes, durante e após a
sua administração em virtude da nefrotoxicidade.
Atentar para:
 Febre maior ou igual a 37º C;
 Falta de ar ou dificuldade respiratória;
 Sensação de dor e ardência ao urinar;
 Constipação por mais de dois dias;
 Dor de localização ou intensidade anormal;
 Manchas e placas vermelhas muito extensas;
 Sangramentos que demoram a estancar;
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
 Se a paciente possui prole constituída, indicamos a
histerectomia total abdominal.
 Se o resultado anatomopatológico revelar mola
invasora e não houver metástase será feito apenas
controle de β-HCG até sua negativação;
 Se houver metástase, impõe-se quimioterapia;
 Se o resultado anatomopatológico for coriocarcinoma,
realizamos quimioterapia tanto em casos metastáticos
quanto em não metastáticos.
Conclusão
A Mola Hidatiforme é uma doença rara que ocorre com
um caso entre 200 gestações. Essa patologia consiste
numa divisão das células embrionária de forma anormal,
criando uma massa dentro do útero, seus sintomas se
assemelham com uma gestação normal, por isso é
importante procurar atendimento médicos para
diagnóstico precoce e possível início de tratamento, pois
pode evoluir para um câncer.
É importante que o profissional da saúde esteja
capacitado para passar as informações necessárias ao
paciente.
Alan Tarden
Carolina Chakrian
Laura Rocha
Liliana Simão
Mayara Dias
Patrícia Cristina
Suely Costa
Victor Brasil
Turma 08 – Técnico de Enfermagem
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