ANHANGUERA – UNIDERP PSICOLOGIA Módulo - Neuropsicologia Acadêmicas: Ariadni, Bianca, Cristieli, Elisamar, Jordana, Julio, Leticia, Mariane, Michele, Thays e Viki. Memória Conceito: Segundo Dalgalarrondo (2008), a memoria é a capacidade de evocar, registrar e manter as experiências e os fatos já ocorridos. A capacidade de memorizar relaciona-se com o nível de consciência, com a atenção e com o interesse afetivo. Tudo o que uma pessoa aprende em sua vida depende intimamente memorização. da capacidade de Tipos de memória: - MEMÓRIA IMEDIATA OU DE CURTÍSSIMO PRAZO (DE POUCOS SEGUNDOS ATÉ 1 A 3 MINUTOS): Capacidade de reter o material imediatamente ao ser percebido. - MEMÓRIA RECENTE OU DE CURTO PRAZO (DE POUCOS MINUTOS ATÉ 3 A 6 HORAS): Operacional, serve para gerenciar a realidade; capacidade de reter informações por curto período é limitada. - Memória remota ou de longo prazo (de meses até muitos anos): capacidade de evocar informações e acontecimentos do passado, pode ser declarativa: episódica (eventos) ou semântica declarativa: (fatos). de Pode ser não procedimentos (habilidades). TIPOS ESPECÍFICOS DE MEMÓRIAS: - MEMÓRIA DE TRABALHO: amplo conjunto de habilidades cognitivas que permitem que informações novas e antigas sejam mantidas ativas, com determinada o objetivo de realizar tarefa. - MEMÓRIA EXPLÍCITA E DECLARATIVA: Processo de registrar e evocar de forma consciente e voluntária informações referentes a pessoas e eventos autobiográficos, assim como conhecimentos fatuais. - MEMÓRIA IMPLÍCITA: responsável pelo estabelecimento de aptidões e hábitos que, uma vez aprendidos, não precise que pense conscientemente neles: comer, falar, caminhar, andar de bicicleta. - MEMÓRIA EPISÓDICA: é a eventos memória para específicos da experiência pessoal do indivíduo. Refere-se à recordação consciente de fatos reais previamente ocorridos. - MEMÓRIA SEMÂNTICA : relacionada a capacidade de nomear e evocar associativamente nome. É o tipo de memória que refere-se ao aprendizado de palavras e seu significado. - MEMÓRIA DE PROCEDIMENTOS : automática – inconsciente – implícita –não-declarativa –adquirida por repetições. é um tipo de memória automática ou reflexa, cujo processamento não depende de fatores conscientes e voluntários. manifesta-se por ações motoras. LOCALIZAÇÃO: Córtex posterior (Informação é percebida) Córtex Pré-frontal (capta e armazena) Lobo frontal (retém informação por um tempo) Hipocampo Lobo Frontal (depois de alguns anos pode ter acesso sem ajuda do hipocampo) ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS 1. HIPERMNÉSIAS: As representações (elementos mnêmicos) afluem rapidamente, em tropel, ganhando em número, perdendo, porém, em clareza e precisão. A hipermnésia traduz mais a aceleração geral do ritmo psíquico que uma alteração propriamente da memória. 2. AMNÉSIAS (OU HIPOMNÉSIAS): Perda da memória: seja a da capacidade de fixar ou a da capacidade de manter e evocar conteúdos mnêmicos. Diferenciam-se os seguintes tipos de amnésias: - AMNÉSIA PSICOGÊNICA: à perda de elementos mnêmicos focais. ex.: esquece um evento de sua vida, mas consegue lembrar-se de tudo o que ocorreu ao seu “redor”. - AMNÉSIA ORGÂNICA: à perde a capacidade de fixação; doença, o conteúdos em estados indivíduo avançados começa a da perder antigos. - AMNÉSIA RETROANTERÓGRADA: Déficits de fixação para os fatos que ocorreram dias, semanas ou meses antes e depois do evento patógeno. - AMNÉSIA RETRÓGRADA: ANTERÓGRADA: Não fixa elementos a partir do trauma. - AMNÉSIA ANTERÓGRADA: O indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início da doença (ou trauma). ALTERAÇÕES QUALITATIVAS (PARAMNÉSIAS) 1. ILUSÕES MNÊMICAS: Há o acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória. Ocorre na esquizofrenia, na paranóia, na histeria grave, nos transtornos de personalidade (borderline). - ALUCINAÇÕES: São criações imaginativas com a aparência de lembranças ou reminiscências correspondem e a lembrança não nenhuma verdadeira. Constituem o material básico para a formação de delírio - DELÍRIOS: São pensamentos que não realidade. tem base na - CRIPTOMNÉSIAS: É um falseamento da memória na qual, lembranças aparecem como fatos novos ao paciente que não as reconhece, vivendo como uma descoberta nova. - PARAMNÉSIAS: Distorções ou desvios da memória que se referem ao conteúdo ou à vivência temporal do mesmo. - DISMNÉSIAS: Falseamentos da memória. - CONFABULAÇÃO: Produções imaginárias mais ou menos ricas que são tomadas como recordações. - FALSO RECONHECIMENTO: Consiste em reconhecer tudo aquilo que não se conhece. DISTÚRBIOS DA TEMPORALIDADE DA RECORDAÇÃO - REMINISCÊNCIAS : São recordações antigas que se revivem num presente como se tivessem acabado de acontecer. - ECMNÉSIA : Erro mnésico de identificação num grau extremo em que o passado é tomado pelo presente. Ex. “dejà vu” – vivência de um acontecimento novo julgando já ter sido experimentado anteriormente. - “JAMAIS VU” (AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO): Sensação de que uma experiência, vivida repetidamente acontece pela primeira vez. Pode também acontecer que sejam reconhecidas situações jamais experimentadas. 2. FABULAÇÕES: Elementos da imaginação ou lembranças isoladas que completam artificialmente as lacunas de memória, produzidas, em geral, por déficit da memória de fixação. Assim, a pessoa não é capaz de reconhecer como falsas as imagens produzidas pela fantasia. - ALTERAÇÕES DO RECONHECIMENTO: Diferentes formas de agnosias, de origem essencialmente cerebral. - AGNOSIAS: São definidas como déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e fenômenos. AS PRINCIPAIS AGNOSIAS SÃO: - AGNOSIAS TÁTEIS: - AGNOSIAS VISUAIS - AGNOSIA AUDITIVA: O ESQUECIMENTO: - NORMAL (FISIOLÓGICO): Por desinteresse do próprio individuo ou por desuso da informação retida. - POR REPRESSÃO: Quando se trata de um material desagradável ou pouco importante para o individuo, podendo, no entanto, o sujeito por esforço próprio, voltar a recordar certos conteúdos reprimidos (que ficam estocados no pré-consciente). - ESQUECIMENTO POR RECALQUE: É um tipo de esquecimento onde certos conteúdos mnêmicos, devido ao fato de serem emocionalmente insuportáveis, são banidos da consciência, podendo ser recuperados apenas em circunstancias especiais. AVALIAÇÃO: O exame da memória deve avaliar diversos itens, já que existem diferentes manifestações dela. Tanto a memória verbal como a não-verbal devem ser igualmente avaliadas, e devem ser usadas técnicas para lembrança e para reconhecimento. O WAIS - (Wechsler, 1987) é um bom começo para a testagem das funções da memória (Lezak, 1995). Em caso da presença de déficits acentuados de memória, todas as funções cognitivas devem ser avaliadas, e deve ser investigada a presença de quadro depressivo. Preocupações exageradas e pensamentos obsessivos, muitas vezes associados à depressão, também prejudicam a performance em outras tarefas que requeiram atenção e concentração. BATERIAS FORMAIS PARA MEMÓRIA A vantagem de algumas baterias é que elas revisam um grande número de diferentes componentes da memória e, ao mesmo tempo, permitem a comparação entre os subtestes. Em contrapartida, essas baterias podem consumir um tempo muito longo, e todos os subtestes podem não ser relevantes para a avaliação dos problemas determinado paciente. de A disponibilidade de novos e sofisticados testes individuais permite a compreensão do examinador e a flexibilidade para esculpir o exame de forma eficiente, avaliando domínios particulares e selecionando aquelas tarefas mais apropriadas para um paciente específico (Spreen e Strauss, 1998). De todos os testes formais para avaliação da memória, sem dúvida, a bateria mais completa e que envolve o uso de instrumentos mais variados é a escala Wechsler de memória (WMS). Figuras Complexas de Rey Figuras Complexas de Rey é um teste destinado a avaliar a percepção visual e a elaboração dessa percepção, o planeamento e desenvolvimento de estratégias assim como a atividade de memorização visual. A aplicação do teste é simples e consiste em três fases. - A primeira fase é apresentar a figura, pedir que o indivíduo copie, informando-o que não é necessária uma cópia exata, mas sim prestar atenção as proporções e, acima de tudo, não ter pressa. - A segunda fase é a da memória imediata, na qual o examinado deve reproduzir de memória a figura copiada. O tempo de reprodução é livre, sendo indicado pelo indivíduo o término da figura. - Após um intervalo de trinta minutos inicia-se a terceira fase, pedindo-se ao indivíduo que reproduza mais uma vez a figura. OS TESTES MAIS CONHECIDOS E DE MELHOR PODEM SER REPUTAÇÃO VISTOS QUADROS ABAIXO: NOS REABILITAÇÃO: - Antes de iniciar qualquer programa de reabilitação, torna-se necessário definir o perfil cognitivo de cada paciente, delineando os aspectos da cognição que estão preservados e os possíveis déficits existentes. Além disso, é muito importante adequar o tratamento proposto ao nível intelectual e cultural do paciente. - Um dos principais métodos de reabilitação da memória fundamenta-se em trabalhar com a modalidade específica da memória que se encontra intacta, para esta compensar a modalidade que está deficitária (Goldstein e Beers, 1998). A reabilitação de memória objetiva melhorar a performance do paciente por meio de técnicas específicas ou estratégias, e não modificar a habilidade que o paciente possui de memorização. “A estratégia de memória é um procedimento particular que cada indivíduo pode usar para memorizar um material determinado, em condições específicas” (Verhaeghen, 2000). Técnicas mais utilizadas na reabilitação da memória 1) estratégias internas - prática de repetição, associação e técnicas de estimulação; 2) técnicas de compensação – gravador, agenda, check-lists, entre outros que funcionam como memória externa. 3) e a terapia cognitivo-comportamental 4) terapia da reminiscência - visa trabalhar a memoria remota (lembranças do passado) Técnicas mais utilizadas na reabilitação da memória é as de compensação: - gravador - agenda - check-lists BIBLIOGRAFIA: DALGALARRONDO, Paulo – Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Paulo Dalgalarrondo. -2 ed.- Porto Alegre: Artmed, 2008. Fim...