Via Respiratória O sistema respiratório consiste dos pulmões, das vias aéreas condutoras (laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos), da vasculatura pulmonar, dos músculos respiratórios, e dos tecidos e estruturas à volta. Hematose: processo de troca gasosa; - Regulação do pH sanguíneo; - Eliminação de calor e água; - Olfação; - Filtração, aquecimento e umedecimento do ar inspirado. Ar respirável: • Conter no mínimo 19,5% em volume de oxigênio. • Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração possam provocar distúrbios ao organismo ou o seu envenenamento. • Encontrar-se no estado apropriado para a respiração, isto é, ter pressão e temperatura normal, que em hipótese alguma levem a queimaduras ou congelamentos. • Não deve conter qualquer substância que o torne desagradável, por exemplo: odores. Além de uma porcentagem de umidade, o ar natural, chamado de atmosférico, é formado por: 21% Oxigênio 78% Nitrogênio 01% Gases Nobres (Argônio, Dióxido de Carbono ) As concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% ou acima de 23% são consideradas perigosas para as exposições humanas. • Neblinas Partículas líquidas, de um vazamento, por exemplo. Podem carregar metais nocivos (chumbo, mercúrio) • Névoas Similares a gotículas resultantes de condensação de vapores (Gás Clorídrico) e menores que as neblinas • Fumos Partículas sólidas suspensas (metais em fusão). Entram no pulmão, passando para corrente sangüínea • Poeiras Idem (origem na desintegração mecânica, inorgânicas: sílica e metais; orgânicas e substâncias químicas;) • Gases Nas CNTP estão no estado gasoso. (3 mais importantes: irritantes, anestésicos, asfixiantes) • Vapores Dispersões que podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos (gasolina e acetona) • Fumaças Resultam da combustão incompleta Gás Sulfídrico: Gás incolor de odor forte, tóxico, mais denso que o ar e tem como principal fonte a decomposição anaeróbia dos excrementos. Pode ser encontrado em processos de produção e refino de petróleo, sistemas de esgoto, indústria de papel, águas subterrâneas e numa variedade de processos industriais. Este gás tóxico paralisia o sistema nervoso que controla a respiração, incapacitando os pulmões de funcionar, provocando asfixia. CONCENTRAÇÃO DE H2S (PPM) 0,3 a 1,0 3 a 5 8 20 a 39 50 100 200 500 700 a 1000 1000 a 2000 EFEITO NOS SERES HUMANOS Detectável pela maioria das pessoas pelo sentido do paladar, mais que pelo odor Facilmente detectável. Odor moderado Inicia o processo de irritação dos olhos. Nível de exposição permissível para 8 horas de exposição Odor forte e desagradável, mas não intolerável. Provoca tosse e imediata irritação dos olhos. Máxima concentração permissível para curto período de exposição (10 min por turno de 8 horas) Pronunciada irritação dos olhos, garganta e pulmões, mas é possível respirar por alguns minutos Tosse, irritação dos olhos, perda do olfato após 2 a 5 minutos de exposição Inflamação dos olhos e irritação no sistema respiratório, após uma hora de exposição Perda da consciência e possível morte em 30 minutos a uma hora Inconsciência imediata, paralisação da respiração e morte. Poderá resultar danos cerebrais permanentes. Inconsciência instantânea, com parada respiratória e morte em poucos minutos. A morte poderá ocorrer mesmo se houver remoção para ambiente não contaminado. Gás Metano: incolor, não tem cheiro, cor ou sabor, mais leve que o ar, possui baixa toxidade, produzido principalmente em processos de fermentação do dejeto e oferece mais risco de explosão. Somente em altas concentrações é que ocorrerá a migração do gás para a corrente sanguínea. Agindo no sistema nervoso como um narcótico, exerce função anestésica e provoca vertigem. O monóxido de carbono: é um gás inodoro, incolor e extremamente tóxico. O monóxido de carbono é liberado no ambiente por fontes naturais (atividade vulcânica, descargas elétricas e emissão de gás natural) e como produto da combustão incompleta de combustíveis fósseis, sistemas de aquecimento, usinas termelétricas a carvão, queima de biomassa e tabaco. A principal via de exposição ao monóxido de carbono é a respiratória. Danos a Saúde: Intoxicações agudas podem ser fatais. Uma vez inalado, o gás é rapidamente absorvido nos pulmões e em circulação liga-se de maneira estável com a hemoglobina, impedindo o transporte do oxigênio e causando hipóxia tecidual. PPR Programa de Proteção Respiratória • Objetivos: • Seleção e uso correto dos equipamentos de proteção respiratória • Monitoramento biológico • Controle das doenças provocadas pela inalação de ar contaminado • Aplicar medidas de controle coletivo Programa de Proteção Respiratória • Responsabilidade da empresa • Responsabilidade do empregado 1. 2. 3. 4. 1. 2. Fornecer proteção respiratória Treinar os funcionários Monitoramento Fiscalizar 3. 4. Usar a proteção fornecida Conservar e guardar corretamente Comunicação com Líder quando ocorrer dano Observar se a área de contato e isolamento está correto FATORES QUE AFETAM O USO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA a) Pelos faciais: Uma proteção respiratória com cobertura das vias respiratórias de qualquer tipo, seja de pressão positiva ou negativa, não deve ser usado por pessoas cujos pelos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos) possam interferir no funcionamento das válvulas, ou prejudicar a vedação na área de contato com o rosto; sendo orientados nos Treinamentos Diários de Trabalho. - TDT; b) Visão: O uso de lentes corretivas, óculos de segurança, protetor facial, óculos de soldador ou outros tipos de proteção ocular ou facial não deve prejudicar a vedação, sendo orientados nos Treinamentos Diários de Trabalho. - TDT; c) Necessidade de Comunicação: Na escolha de certos tipos de proteção respiratória deve-se levar em conta o nível de ruído do ambiente e a necessidade de comunicação. Falar em voz alta pode provocar deslocamento de algumas peças faciais; d) Problemas de Vedação nas proteções respiratórias: Não devem ser usados gorros ou bonés com abas que interfiram com a vedação da peça facial no rosto; Os tirantes das proteções respiratórias não devem passar sobre partes duras dos capacetes; O uso de outros Equipamentos de Proteção Individual, como capacetes ou máscaras de soldador não deve interferir na vedação da peça facial. USO CORRETO DE PROTETOR REPIRATÓRIO – MÁSCARA •O respirador deve ser apoiado inicialmente no queixo. Depois, posicione-o de forma que a boca e o nariz fiquem cobertos. •Em seguida, puxe o elástico de baixo, passando-o pela cabeça e ajustando-o na nuca. Faça o mesmo com o elástico superior, ajustando-o bem acima das orelhas. •Com dois dedos de cada mão, pressione a peça de alumínio de forma a moldá-lo ao seu formato de nariz. •Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador cobrindo toda sua superfície e inale. O ar não deve passar pelas laterais. Higienização Lavagem: pode ser executada de diversas formas. Se os respiradores forem limpos à mão, as peças devem ser lavadas com uma escova macia em água morna com temperatura máxima 43ºC com um detergente neutro como sabão de coco ou outros. Nesta fase se removem resíduos como suor, poeiras e outros. Após essa operação, as peças são enxaguadas com água abundante para retirar todo excesso do detergente. Desinfecção: A desinfecção pode ser executada utilizando-se imersão das peças por dois minutos numa das seguintes soluções: 1) Dissolva 2 ml (uma colher de sopa) de água sanitária comum por litro de água, num recipiente adequado para conter as peças a desinfetar. Esta solução conterá aproximadamente 50 ppm de Cloro. 2) Dissolva 0,8 ml (uma colher de sobremesa) de solução iodo encontrado em farmácias, por litro de água, num recipiente adequado para conter as peças. Esta solução conterá aproximadamente 50 ppm de Iodo. Os respiradores já lavados e desinfetados devem ser enxaguados exaustivamente em água a uma temperatura máxima de 43º C para remover todos os resíduos de detergente e desinfetante. Isto é muito importante para evitar dermatites. Pode-se deixar secar os respiradores ou suas partes num ambiente numa superfície limpa. Também podem ser pendurados horizontalmente num arame, mas deve-se ter o cuidado para não danificar ou distorcer as peças faciais. Outro método a ser empregado é secar numa estufa elétrica com ventilador para circulação do ar e com bandejas de malha de aço em lugar de placas. Importante é ajustar a temperatura para um máximo de 43º C.