Sedentarismo e mobilidade: A
segregação espacial violenta
por muros e ruas nas cidades
brasileiras
Leonardo Silva Ramos
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Introdução
• Avanços técnicos, sociais e econômicos =
facilidade de acesso a bens materiais antes não
acessíveis (ex. Telefonia, TI e farmacologia);
• Má distribuição de renda no Brasil;
• Ligada diretamente com a violência;
• Aumento da violência prejudica a qualidade de
vida;
• Mundialmente, a violência só está atrás da
pobreza;
• Violência está relacionada à deterioração do
patrimônio publico (não só físico, mas também
cultural).
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Introdução
• Falta de reconhecimento da cidadania tem como
resultado a negação da cidade como
propriedade social;
• “violência e território estão diretamente vinculados.
Não dá pra falar de violência apenas pelo lado de
crime, de policia, isso também é importante,
(...)mas se tem que pensar como que as cidades,
as prefeituras, os estados e a União ajudam a
ocupar o território para que se possa reduzir e
prevenir a violência (LIMA, 2009).”
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Conceitos iniciais
• Definição de valores, segundo Charles (2008),
“definimos valores como convicções e remissas de
foro íntimo, formados a partir de assimilação por
meio do convívio familiar, grupal e social e através
de hábitos intrínsecos e repetitivos”;
• Sociedade atual, dinâmica e individualista,
apresenta diferentes definições e ideologias de
valores, assim, havendo problemas sociais;
• Cidadania
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Conceitos iniciais
• A cidadania expressa um conjunto de direitos que
dá à pessoa a possibilidade de participar
ativamente da vida e do governo de seu povo.
Quem não tem cidadania está marginalizado ou
excluído da vida social e da tomada de decisões,
ficando numa posição de inferioridade dentro do
grupo social”. Dallari (1998) ;
• Cidades – espaço para uma aglomeração de
pessoas, fluxo de ideias, transitoriedade,
superficialidade e anonimato;
• Homem urbano está apto à mudar
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Conceitos iniciais
• Urbanização são adaptações e mudanças básicas
de mentalidade e valores sociais;
• No Brasil, influencia dos EUA na organização das
cidades.
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O espaço público
• Moradias – Mercado imobiliário visando lucro
(condomínios, por exemplo), Casa x Condomínios;
• Entrevista com delinquentes: universo de 287
respostas, 71% dizem preferir muros com no máximo
2metros e os outros 29%, preferem grades da
mesma altura. Desses, 71%, perguntados, então,
sobre o porquê da preferência pelos muros, 54%
afirmaram que era porque ocultava suas ações e
24% porque
facilitava a transposição; os outros 22% foi por
outras razões.
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O espaço público
• Isolamento dos moradores de condomínios;
• Os condomínios também são entraves à mobilidade.
Primeiramente, porque reduzem a conectividade do
sistema viário, interrompido por grandes porções de
terra circundadas por muros. E, sobretudo, porque o uso
do solo estritamente residencial, geralmente em áreas
periféricas, obriga grandes deslocamentos para acesso
a comércio, serviços e trabalho.
• “... prefiro a minha "casa avulsa". Não gosto nada da
ideia de viver isolado, fechado, protegido por
esquemas privados de segurança. Gosto de abrir o
portão de casa e dar de cara com a rua – com bares,
lojas, bancas de revista, padarias, restaurantes,
mercados. (RISÉRIO, 2008).
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O espaço público
• Nas ruas, conflitos entre veículos (carros x carros e
carros x coletivos);
• Comparativo entre Japão e Brasil
• Maior acessibilidade e facilidade de comprar um
veículo;
• Paisagem comum nas cidades (carros)
• Tentativas de desafogar o fluxo de veículos.
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O espaço público
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Comparativos
• Curitiba e São Paulo ultrapassam todos os valores
encontrados em estatísticas contemporâneas no
estado de Baden-Württemberg, na Alemanha –
região em que foi inventado o automóvel.
Verifique-se na tabela abaixo:
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Comparativos
•
Números comparados ao trânsito são espantosos.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2008, as mortes por
atropelamentos de pedestres corresponderam a 28% do total
de mortes provocadas por acidentes de trânsito no país. Uma
tendência preocupante, no Brasil, é o rápido aumento da
participação dos motociclistas no total de óbitos registrados,
passando de 16 em 2002 para 25% em 2006. No total, de 1994
a 2008, notava-se o índice pouco inferior a 20 óbitos no
trânsito, por ano, por 100 mil habitantes (WAISELFISZ, 2009).
Complementando isto, existe a previsão de que, em 2020, a
taxa de fatalidade no trânsito atinja 31 óbitos por 100 mil
habitantes na América Latina, feita pelo World Report on
Traffic Injury Prevention de 2004. Para efeito de comparação,
na Alemanha, estado de Baden-Württemberg, tal média foi
de aproximadamente 8 óbitos no trânsito, por ano, por 100
mil habitantes (BADENWÜRTTEMBERG, 2009).
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Possíveis soluções
• Revitalização dos espaços urbano;
• Espaços para veículos particulares (veículos com
dois passageiros em faixar solidárias);
• Resgate da moradia central (êxodo dos
condomínios);
• Maior segurança nos espaços públicos;
• Comparativo com Bogotá.
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Conclusão
Conclui-se que é fundamental uma revisão dos
conceitos urbanísticos implantados nas
cidades brasileiras por parte de planejadores e
estudiosos das cidades em conjunto com
representantes do poder público para que se firme
um objetivo único de cidades justas,
seguras e democráticas em cumprimento aos direitos
fundamentais previstos na
Constituição.
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