Cinemática dos Fluidos - Regimes permanente e variado - Escoamentos laminar e turbulento - Trajetórias e Linhas de Corrente - Escoamentos uni, bi e tridimensional - Vazão e Velocidade média na seção Regimes (ou movimento) Permanente e Variado Permanente: aquele em que as propriedades* do fluido são invariáveis no mesmo ponto com o passar do tempo. Exemplo prático: escoamento pela tubulação do tanque, mantido constante o nível Pto considerado *Propriedades: velocidade, massa específica, pressão, etc. Regimes (ou movimento) Permanente e Variado Variado: aquele em que as propriedades* do fluido variam em cada ponto ou região de pontos com o passar do tempo. Exemplo prático: escoamento pela tubulação de tanque de pequenas dimensões (b), não havendo recompletamento. Escoamentos Laminar e Turbulento Laminar: As partículas se deslocam em lâminas individualizadas, sem trocas de massa entre elas. É o menos comum, mas visualizável em filetes de água com baixas vazões. Explicação da experiência de Reynolds (1883): Escoamentos Laminar e Turbulento Turbulento: As partículas apresentam movimento macroscópico aleatório, com componentes transversais ao movimento geral do fluido. Número de Reynolds (adimensional): Re = ρ v D = v D μ υ Valores observáveis: Re < 2000 2000 < Re < Re < 2400 Re > 2400 Escoamento laminar Escoamento de transição Escoamento turbulento Escoamentos Laminar e Turbulento Medição da velocidade: Apesar de haver flutuação das velocidades presentes, os aparelhos de medição apontarão a velocidade média. Isto acontece em virtude da inércia de medição, pois poucos aparelhos têm sensibilidade para fornecer medidas instantâneas. Assim, mesmo sendo o escoamento turbulento, uma velocidade média poderá ser medida e admitida como “permanente”. Trajetórias e Linhas de Corrente Trajetória: Lugar geométrico dos pontos ocupados por uma partícula em instantes sucessivos . A equação da trajetória será função do ponto inicial e do tempo, sendo que o ponto inicial individualiza a partícula… Trajetórias e Linhas de Corrente Linha de corrente: linha tangente aos vetores de velocidade de diferentes partículas no mesmo instante. Sérá visualizável se fotografarmos, por exemplo, fragmentos de serragem lançados em determinado fluxo de um fluido. Com um breve tempo de exposição, a foto “riscará” a trajetória das serragens… Trajetórias e Linhas de Corrente Tubo de corrente: superfície de forma tubular formada pelas linhas de corrente que se apóiam numa linha geométrica fechada. Propriedades: a) São fixos quando o regime é permanente; b) São impermeáveis quando à passagem de massa. Escoamentos uni, bi e tridimensional Unidimensional: Uma única coordenada descreve as prorpiedades do fluido, e elas serão constantes na seçào considerada. Escoamentos uni, bi e tridimensional Bidimensional: A variação da velocidade é função das duas coordenadas x e y Escoamentos uni, bi e tridimensional Tridimensional: A variação da velocidade é função das duas coordenadas x, y e z. Vazão e Velocidade média na Seção Vazão: Q = V / t (razão entre um Volume e o tempo para preenchê-lo) Ex: Supondo-se que o recipiente abaixo encha em 10s, determine a vazão da torneira. Q = V / t = 20 / 10 = 2 L/s (dois litros por segundo) Vazão e Velocidade média na Seção Volume: em uma tubulação, um determinado volume de fluido estará compreendido entre a área da seção interna e alguma extensão de tubo. Logo: V=A.s Vazão e Velocidade média na Seção Desta forma, novas correlações são possíveis para a determinação da vazão em uma tubulação. Se Q=V/t Então: e V=A. s Q=V/t =A.s/t Sabe-se também que Logo: Q=v.A s/t=v Vazão e Velocidade média na Seção A expressão Q = v A é aplicável somente quando as velocidades são uniformes na seção, mas na maioria dos casos não é, pois a velocidade é diferente a cada ponto da seção. Para isto, a solução é a análise do gradiente de área dA que a cada velocidade v corresponderá ao gradiente da vazõ dQ em cada ponto. dQ = v dA Logo, a vazão na seção de área A será: Q = ∫A v dA Vazão e Velocidade média na Seção Defini-se a velocidade média na seção como uma velocidade uniforme, que substituída na velocidade real, reproduziria a mesma vazão na seção. Logo: Q = ∫A v dA = vm A Vazão e Velocidade média na Seção Assim, dessa igualdade Q = ∫A v dA = vm A surge a expressão para o cálculo da velocidade média na seção: vm = 1 ∫A v dA A Aplicação prática: exemplo à página 74.