UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA
DEPT. DE MEDICINA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA
DISCIPLINA DE DERMATOLOGIA
RODRIGO S. P. ROCHA
23 DE JUNHO DE 2007
GOIÂNIA – GO
“É uma micose profunda, polimórfica, crônica,
progressiva, da pele e do subcutâneo, causada
por diferentes espécies de fungos dematiáceos
(pigmentados)”.
AZULAY, 2006.
SAMPAIO, 2007.
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Cromoblastomicose
Dermatite verrucosa
Micose de Pedroso e Lane
Blastomicose negra
Formigueiro
Doença de Fonseca
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Fungos dematiáceos
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Fonsecaea pedrosoi
Fonsecaea compacta
Cladosporium carrionii
Phialophora verrucosa
Rhinoclaediella aquaspersa
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Climas tropicais e subtropicais
▪ Mais de 70% dos casos esporádicos
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Fonsecaea pedrosoi
▪ 90 % das infecções em clima tropical úmido
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Brasil
▪ 3ª taxa de prevalência no Mundo
▪ 1ª taxa de prevalência nas Américas
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Maior frequência após os 30 anos
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Prevalência masculina de 5:1 a 9:1
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Trabalhadores rurais e atividades correlatas
▪ Falta de proteção adequada
▪ Contínua exposição
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Pacientes imunossuprimidos
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Inoculação acidental
▪ Ferimentos ou traumas
▪ Espinhos de plantas
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Transformação parasitária
▪ Forma filamentar  Corpos fumagóides
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Atividade metabólica
▪ Reprodução por septação celular
▪ Piridinolina  Fibrose
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Inoculação
▪ Membros inferiores
▪ Unilateral
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Lesão inicial (1-2 meses)
▪ Pápulas ou nódulos (prurido)
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Evolução local
▪ Lesões vegetantes
▪ Aspecto condilomatoso e/ou verrucoso
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Progressão periférica
▪ Cicatriz central
▪ Ulceração central
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Complicações
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Impotência funcional
Infecção secundária grave
Linfedema
Elefantíase
Carcinoma espinocelular
▪ Lesões nodulares com aumento de superfície e coberto
por escaras tipo couve-flor
▪ Lesões tumorais extensas
▪ Lesões verrucosas hiperqueratóticas extensas e irregulares
▪ Lesões em placa eritemato-escamosas
▪ Lesões cicatriciais atróficas com centros preservados
MARTÍNEZ & TOVAR, 2007.
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Blastomicose
Leishmaniose
Esporotricose
Cromomicose
Tuberculose
Carcinoma verrucoso
Psoríase
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Exame direto (potássa aquosa)
▪ Amostra: crosta, fragmentos de pele, pus ou secreção
▪ Corpos fumagóides ou escleróticos: arredondados, 6-12
micras de diâmetro, acastanhados ou cor de charuto,
isolados ou agrupados, paredes grossas, multiplicando
por septação sem brotamento
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Cultura
▪ Meios: ágar-Czapek-Dox, ágar-Sabouraud-glicose e
ágar-Mycosel
▪ Colônias escuras, oliváceas ou negro-acinzentadas,
aspecto aveludado, superfície plana e centro elevado
▪ Diferenciação das espécies pelos tipos de conidiação
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Exame histopatológico
▪ Epiderme: hiperplasia pseudo-epiteliomatosa
▪ Derme: processo inflamatório misto granulomatoso e
supurativo, infiltrados linfoplasmocitários, células
eosinofílicas e células gigantes
▪ Presença de corpos fumagóides em células gigantes
e/ou em microabcessos
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Formas localizadas
 Indicação eletiva
▪ Criocirurgia com nitrogênio líquido
 Indicações eventuais
▪ Cirurgia por exérese (micrográfica)
▪ Termoterapia
▪ Eletrocirurgia ou Laser de CO2
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Formas extensas
 Indicações eletivas
▪ F. pedrosoi  Itraconazol 200 mg/dia + flucitosina 150
mg/kg/dia, por vários meses
▪ C. carrionii  Itraconazol 400 mg/dia, por vários meses
 Indicações eventuais
▪ Anfotericina B 25 mg (dias alternados) + flucitosina 150
mg/kg/dia, por 2-3 meses
▪ Tiabendazol 2-3 mg/dia, por vários meses
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AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R..Dermatologia. 4ª ed Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
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MARTÍNEZ, R.L., TOVAR, L.J.M. Chromoblastomycosis. Clinics in
Dermatology (2007) 25, 188– 194.
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SAMPAIO, Sebastião A. P., RIVITTI, Evandro A. Dermatologia. 3ª edição.
São Paulo: Artes Médicas, 2007.
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http://www.atlasdermatologico.com.br/
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