Prof. MSc. Cláudio Cabral A inflação é um aumento sustentado no nível de preços; ao contrário de um aumento de uma vez por todas nos preços. Inflação é uma elevação do nível geral de preços de uma economia. A taxa de inflação é medida pelo percentual de incremento do índice de preços ao longo do tempo. = [(P1-Po)/Po] % a.m 85 75 65 55 45 35 25 15 5 -5 Jan/76 Plano Collor I Plano Verão Plano Collor II Plano Bresser Plano Cruzado Pré-fixação da correção monetária e câmbio Jan/80 Jan/84 Plano Real Jan/88 Jan/92 Jan/96 Jan/00 Jan/04 A inflação é um fenômeno de natureza monetária. Segundo Friedman (1992): A inflação só se tornou possível depois que o papel moeda passou a ser multiplicado indefinidamente, a um custo insignificante; é necessário apenas imprimir números mais altos nos mesmos pedaços de papel. Segundo Friedman (1992), a inflação ocorre quando a quantidade de moeda aumenta muito mais rapidamente do que a produção. Quanto mais rápido o aumento da quantidade de moeda por unidade de produção, mais alta a taxa de inflação. Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Taxa média mensal de Inflação (%) Country 1976-1980 1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 Argentina 9.3 12.7 20.0 2.3 0.0 Brasil 3.4 7.9 20.7 19.0 0.6 Nicaragua 1.4 3.6 35.6 8.5 0.8 Peru 3.4 6.0 23.7 4.8 0.8 Persistência – o processo inflacionário caracteriza-se pela hipótese de tendência de alta. Continuada – a alta nos preços deve ser continuada; ela deve persistir por um período considerável de tempo Prolongada – um processo inflacionário é diferente uma alta temporária nos preços. A inflação é um fenômeno macroeconômico, pois se refere a uma considerável e persistente elevação geral dos preços. Na inflação, a alta de preços não se limita a um só produto ou a uma dada fração dos bens e serviços. A alta de preços envolve praticamente os preços de todos os setores e produtos. Assume-se que, a velocidade renda da moeda seja constante. Então, a elasticidade do nível geral de preços com relação a uma variação da oferta monetária é igual a unidade. Uma inflação é de demanda quando é impulsionada pela elevação das quantidades de bens e serviços que os consumidores estão dispostos comprar aos níveis de preços existentes. Se a elevação dos preços não corresponder a uma expansão equivalente da oferta agregada, os preços tendem a ser pressionados para cima, a taxas consideradas como inflacionárias. Em suma, existe um excesso de moeda em relação aos bens e serviços disponíveis. As causas de inflação de demanda são AUMENTOS: Na propensão a consumir; Nos gastos do governo; Na oferta de moeda; Das exportações numa economia aberta; No investimento autônomo. Ao nível inicial de preços, P1, o produto de equilíbrio do lado da demanda da economia aumenta até Y1, o que cria um excesso de demanda medido por Y1-Yo e os preços começam a aumentar. Este aumento nos preços reduz o produto até Y2 ao longo da curva de demanda D1. A) Efeitos iniciais a) Aumento na demanda; b) Aumento no nível de preços; c) Excesso de demanda ao nível inicial de preços; B) Efeitos finais a) Aumento no nível de preços; b) Diminuição no nível de emprego em relação ao excesso de demanda; c) nível de produção mais elevado que o anterior. Uma inflação de custos é gerada por um deslocamento para cima da curva de oferta, o que gera um excesso de demanda ao nível inicial de preços. Isto aumenta os preços e reduz o produto de equilíbrio. A) Efeitos iniciais a) Deslocamento da oferta agregada; b) Redução dos níveis de emprego e produto; c)Excesso de demanda ao nível inicial de preços, Po. B) Efeitos finais a) Aumento no nível geral de preços; b) Redução nos níveis de produto e emprego. Para diferenciar uma inflação de custos de uma de demanda, deve-se verificar o comportamento do nível de produção após o ajustamento. Se no final tivermos: Produção Maior= Inflação de Demanda. Produção Menor= Inflação de custos. A inflação é um fenômeno monetário; A taxa de crescimento e a aceleração da oferta da moeda explicam a taxa de inflação e sua aceleração, respectivamente. A demanda de moeda é uma função estável. O estoque de moeda é controlável pelas autoridades monetárias; A teoria aceleracionista assume que cada ponto percentual de inflação esperada eleva de um ponto percentual a curva de Phillips. A questão não seria entre inflação e desemprego, mas entre desemprego e inflação acima das expectativas. Para manter a taxa de desemprego abaixo da taxa natural de desemprego, as autoridades econômicas precisam aceitar níveis cada vez maiores de inflação. Entretanto, uma política como esta, com o tempo pode haver uma inflação fora do controle. As expectativas da inflação irão influenciar a inflação atual. Portanto, as expectativas de inflação irão influenciar a inflação corrente. O objetivo da escola estruturalista era construir uma teoria da inflação que fosse adequada às características dos países em desenvolvimento e que pudesse explicar as altas taxa de inflação experimentadas por estes países. A visão estruturalista da inflação afirma que a inflação resulta de modificações estruturais na economia que provocam mudanças nos preços relativos, as quais, aliadas à rigidez de preços em alguns setores da economia e a passividade monetária, levam a subida dos preços absolutos. Fernando de Holanda Barbosa (1983) O custo unitário de produção compreende o custo das matérias primas domésticas e importadas, o custo de mão-de-obra e o custo financeiro do capital de giro. No que diz respeito a determinação do salários, este preço não é determinado através do mercado, como acreditam os monetaristas, mas resulta de um processo de barganha e de disputa pela participação do produto total, em que intervenção do governo desempenha papel importante. Teoria Estruturalista- Pressões da Inflação a) Básicas ou estruturais; Estrangulamento da oferta agrícola; Desequilíbrio no setor externo. Reduzida taxa de formação de capital. b) Circustanciais; Aumento dos preços das importações; Elevação dos gastos públicos (catátrofes) C)Cumulativas. Distorções dos níveis de preços e Investimentos; Obrigado Até a próxima aula