O SIMBOLISMO EM SHAKESPEARE Breve histórico de Shakespeare Renascimento Cultural Inglês e governo da Dinastia Tudor. Obras foram encenadas sobretudo durante a Era de Ouro Inglesa. Integrou a Lord Chamberlain's Men. Suas Obras. Mitos gregos em voga. Acompanhou as influências e desenvolveu um estilo próprio de escrita. Suas Obras. Reflexão quanto com problemas fundamentais e aspectos eternamente partilháveis do ser humano. Suas Obras Incorporou em suas obras as tensões político-econômicas e sociais da época. Suas Obras Diversas versões de mundo, às vezes mutuamente, contraditórias e excludentes. Suas Obras Humor irônico. Suas Obras Descrições vívidas e tons coloquiais. Política e História Apresenta de forma ágil e com grande percepção dramática, uma visão maior de mundo e das questões históricas abordadas. Em algumas de suas primeiras obras (Henrique VI partes I,II e III e Ricardo III), cobriu mais de um século de história inglesa. Na histórias dos reis plantagentas, em sua luta pela coroa, aponta que o mal é transmitido de uma geração a outra. A recorrência dos mesmos nomes dos soberanos ingleses é apresentada como que para indicar o caráter cíclico dessa transmissibilidade do mal. “O Príncipe” (Maquiavel): em “Romeu e Julieta” o Príncipe de Verona tenta estabelecer a ordem por meio de seu poder. Tem livre arbítrio para decidir entre o bem e o mal, independente da opinião alheia, já que foi escolhido por Deus - alusão a força política do rei na época Tudor. Fatalismo O “acaso” empregados e como o “acidente” elementos de ação. Shakespeare aponta que o “acaso” e o “acidente” fazem parte da vida dos homens, que podem dar início a determinado curso de acontecimentos, embora muitas vezes não o possam controlar. Ex.: o fato de Romeu não receber a mensagem do frade acerca da poção, e Julieta não acordar de seu sono alguns minutos antes. Amor – Dor Morte Amor = um “deus” - não dá a opção de escolha, arrebatando o casal de amantes para uma outra dimensão da realidade. Amor – Dor Morte O ato de apaixonar-se é involuntário e instantâneo, não é gradual. Amor – Dor Morte Nas tragédias.... todo o amor está fadado a terminar mal, e aqueles que amam, a conhecer a dor e a aflição – amor e dor têm em comum coisas inexplicáveis. Amor – Dor Morte Contrastes: Amor X Morte e Dia X Noite: grandes cenas de amor ocorrerem à noite (Ex.: Romeu e Julieta nas cenas do balcão e da morte do casal). A luz representa a realidade a ser encarada. Como era impossível encarar os fatos, a melhor solução a se encontrar é a morte, pois os amantes continuariam juntos num outro plano Crenças Religiosas Crença em Deus e no castigo divino, a crença no Demônio e nos seres infernais, além de várias superstições ligadas à religião. - Ex.: em Hamlet, o rei Claudius tenta inutilmente rezar, na esperança de purificar sua alma pecaminosa Crenças Religiosas Existência do Demônio: Ex.: exemplo em Macbeth, quando o protagonista teme pela sorte de sua alma, ao afirmar: “Foi por nada que entreguei a pérola de minha vida eterna ao inimigo comum do gênero humano” (Macbeth tem a consciência de que vendeu sua alma ao Demônio). Crenças Religiosas Misticismo: normalmente relacionadas com criados e personagens de classe social inferior. Os nobres também não escapam ao magismo. Ex.: Hamlet desiste de matar o rei Claudius ao perceber que o monarca está rezando (matar num momento de prece = salvação do culpado); já em Macbeth, o encantamento ou a “superstição”, está ligada à palavra “amém. Literatura e Astronomia? Hoje vou misturar TUDO. Acho que ele gosta mesmo...rs! CÉU 800 ESTRELA 117 PLANETAS 19 VEZES OS PLANETAS DA ÉPOCA, LUA, MERCÚRIO, VÊNUS, MARTE, JÚPITER Saturno e Sol – OS TOPS. Lua (Arthemis), campeã do acervo Shakespeariano Romeu e Julieta...Números CÉUS 32 ESTRELAS 8 LUA 6 UNIVERSO 1 Relação Planeta / Destino. Ursa MAIOR = Noite. Eclipse são temidos Vingança Bruxas – Feiticeiros - Magia Sonho de uma Noite de Verão Bruxas – Feiticeiros - Magia Dentre as inúmeras inovações introduzidas por William Shakespeare, está uma grande humanização da tragédia. Agora, o herói trágico tem uma maior autonomia, uma maior responsabilidade quanto aos seus atos, fortalecendo-se ou destruindo-se através de suas próprias opções. Porém, o divino, o extraordinário e o supraterreno permanecem muito presentes e, apesar de mais responsáveis por suas trajetórias, seus personagens permanecem sujeitos, em maior ou menor grau, às regras do destino e as diversas formas de influências sobrenaturais. Bruxas – Feiticeiros - Magia Nas obras de William Shakespeare encontramos fantasmas, seres elementais, aparições sobrenaturais, monstros, crenças religiosas, bruxas, feiticeiros, homens com poderes mágicos, interação microcosmo-macrocosmo, oráculos e mitologia. Bruxas – Feiticeiros - Magia Na obra de Shakespeare, encontramos magos brancos ou mágicos (como é o caso de Próspero, de A Tempestade), como de magos negros, como as três bruxas videntes de Macbeth ou a terrível Tamora, rainha dos Godos, uma bruxa sensual e sádica, vilã da tragédia Titus Andrônicus. Uma personagem que pode ser tida como a bruxa mais impressionante de Shakespeare, é Lady Macbeth. Apesar de chamada por Macbeth por adjetivos muito carinhosos, Lady Macbeth demonstra ser uma fiel seguidora de Satanás. Em Macbeth, A Tempestade e Sonhos de Uma Noite de Verão, encontramos também: poções e objetos mágicos, palavras mágicas ou encantamentos, maldições e bênçãos. Além disto, encontramos por exemplo, o poder de cura através do toque, uma das habilidades do mago Próspero. Bruxas – Feiticeiros - Magia A Tempestade Mago Próspero - A Tempestade Bruxas – Feiticeiros - Magia Macbeth e Lady Macbeth Macbeth encontra as três bruxas Bruxas – Feiticeiros - Magia As três bruxas - Macbeth Bruxas – Feiticeiros - Magia CAPA DE TITUS ANDRONICUS SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO Bruxas – Feiticeiros - Magia As aparições, mais demoníacas do que divinas, estão muito mais relacionadas à bruxaria do que à religião. São seres horríveis e amedrontadores, que habitam os sub-planos astrais. Elas funcionam como um canal de comunicação entre as bruxas e o demônio. As grotescas figuras invocadas pelas feiticeiras de Macbeth; Uma cabeça vestindo um capacete, que incita Macbeth contra seu rival Macduff, barão de Fife; Uma criança ensanguentada, que profetiza que "ninguém nascido de mulher pode molestar Macbeth“; Uma criança coroada com um galho na mão, que lança a famosa profecia: "Macbeth só será vencido quando o grande bosque de Birmam, subindo a alta colina de Dunsinane, marchar contra ele“; - A aparição de uma fila de oito reis, o último tendo um espelho na mão. Atrás deles, mais uma vez, o já conhecido fantasma de Banquo. Bruxas – Feiticeiros - Magia As Três Bruxas Macbeth As Três Bruxas Macbeth Bruxas – Feiticeiros - Magia Há dois exemplos principais de monstros na obra de Shakespeare. Um é fruto de um feitiço, o homem com cabeça de burro em Sonho de Uma Noite de Verão. O outro exemplo, presente em A Tempestade, é Caliban, monstro disforme e selvagem, filho da terrível bruxa Sicorax. O mago Próspero faz tudo para civilizar Caliban, mas seus esforços são inúteis. O personagem monstruoso permanece preso a sua animalidade e funciona como uma metáfora clara da face irracional e instintiva do homem. Bruxas – Feiticeiros - Magia Caliban com o mago Próspero e Miranda – A Tempestade O HOMEM COM CABEÇA DE BURRO – SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO Bruxas – Feiticeiros - Magia A tradição greco-romana era a maior influência cultural durante o Renascimento europeu. Não é estranho, portanto, que encontremos em Shakespeare diversos temas e personagens claramente inspirados na mitologia. - O Cupido, deus do amor, é citado em Sonho de Uma Noite de Verão. - Puck, embora seja descrito como um gnomo, tem a aparência física de um sátiro, com pequenos chifres e pés de cabra. - Em A Tempestade, encontramos Íris, a mensageira dos deuses, Ceres, deusa da fertilidade, Juno, deusa do casamento, Ariel, um espírito do ar. Em Macbeth, há uma fantástica aparição de Hécate, deusa da lua e rainha das Bruxas. A utilização de elementos místicos, sobrenaturais e religiosos é apenas um dos muitos recursos utilizados por Shakespeare para despertar nossas fantasias e emoções. Bruxas – Feiticeiros - Magia Puck – (Foi descrito como gnomo, mas tinha aparência de um sátiro) Cupido, o deus do amor - Sonho de Uma Noite de Verão Bruxas – Feiticeiros - Magia Íris, a mensageira dos deuses – A Tempestade Ceres, deusa da fertilidade – A Tempestade Bruxas – Feiticeiros - Magia Juno, deusa do casamento e da fertilidade – A Tempestade Hécate – Deusa da lua e rainha das bruxas Macbeth Seres Elementais - Com uma origem fundada na mitologia grega e nórdica, a partir da Idade Média, os seres elementais, foram encampados pela magia e pelo esoterismo. - Elemental significa “Espírito Divino” – São como espíritos que possuem ligação direta com os elementos da natureza. - Sua definição de seres elementais deriva-se do principio que os 4 elementos da Natureza descritos na Antiguidade: Terra, Água, Ar e Fogo, possuíam duas naturezas: a “física”, a natureza possível de avaliação pelos sentidos e a “espiritual”, ou seja, a essência dos elementos. - Shakespeare usou de tais seres, em duas de suas peças: Sonho de Uma Noite de Verão e A Tempestade. Sonho de Uma Noite de Verão Oberon e Titânia, são, respectivamente, rei e rainha das fadas. Quando entram em luta por causa de um determinado órfão que desejam para seus séquitos, utilizam-se de diversos recursos mágicos. - Flor de Ervilha, Teia de Aranha e Grão de Mostarda: São fadinhas que dão vida aos elementos que as nomeiam, mostrando a íntima relação entre os elementais e a natureza. - Puck, criado de Oberon, guarda características mitológicas, como um sátiro, mas é descrito na peça como um gnomo que "assusta as donzelas, desnata o leite e faz com que a bebida não fermente". - Esta magia acaba por atingir também personagens humanos, ocasionando todas as divertidas reviravoltas da peça. Exemplos de Seres Elementais e o Discurso de Socrátes. - São tais exemplos: Fadas (Elementais do Ar) gnomos (Elementais da Terra), salamandras (Elementais do Fogo), silfos (Elementais do Ar) e ondinas (Elementais da Água). - Em seu discurso Socrátes afirma que: “Acima da Terra, existem seres em torno do ar, tal como vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o Ar forma junto com o Continente; E numa palavra, o ar é usado por Eles, tal qual a água e o mar são por nós, e o Éter é para nós.”- Ainda em seu discurso afirma que vivem como nós e possuem, assim como nós, seus templos e Lugares Sagrados, em que os Deuses realmente vivem...