Prática de Ensino III –
Metodologia do Ensino da Arte
Aula 2
Prof.ª Dda. Ana Luiza Bernardo Guimarães
• Referência
FERRAZ, Maria Heloísa.
FUSARI, Maria Felisminda. A
metodologia da educação
escolar em arte. In: ______.
Metodologia do Ensino da
Arte. São Paulo: Cortez, 1999.
p. 98-117.
Pra começo de conversa... O que é
metodologia?
Do grego (méthodos=guia lógico e logia=estudo)
é o estudo de métodos e técnicas embasados
científicamente, utilizadas em processos de
investigação.
Pra começo de conversa... O que é
metodologia?
Ideias, abordagens e teorias a respeito de
COMO devem ser ou como deveriam ser as
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ARTE.
Toda ação educativa é intencional.
Carrega, agregado a minha formação, minhas
crenças sobre o que e como é ensinar e
aprender.
Professor Diretivo
TRADICIONAL
Unânime na maneira de ensinar desde o fim do século 19 até
a década de 1950. Ainda está presente em muitas escolas.
Foco Aprendizado de técnicas e desenvolvimento de
habilidades manuais, coordenação motora e precisão de
movimentos para o preparo de um produto final.
Estratégia de ensino Repetição de atividades, cópia de
modelos e memorização. O professor adota a postura de
transmissor do conhecimento. Ao aluno, basta absorver o que
é ensinado sem espaço para a contestação. A turma era bem
avaliada quando conseguia reproduzir com rigor as obras de
artistas consagrados.
Professor Não Diretivo (Laissez-faire)
LIVRE EXPRESSÃO
Nasceu por volta de 1960 sob a influência das ideias do
movimento da Escola Nova.
Foco O que importa não é o resultado, mas o processo e,
principalmente, a experiência. Há a valorização do
desenvolvimento criador e da iniciativa do aluno durante as
atividades em classe.
Estratégia de ensino Desenho livre e uso variado de
materiais. Não há certo ou errado na maneira de fazer de
cada estudante. Ao professor, não cabe corrigir ou orientar
os trabalhos nem mesmo utilizar outras produções artísticas
para influenciar a turma. A ideia é que o estudante exponha
suas inspirações internas.
Professor Mediador
SOCIOINTERACIONISTA
É a tendência atual para o ensino da disciplina. A ideia de
considerar a relação da cultura com os conhecimentos do
aluno e as produções artísticas surgiu na década de 1980.
Foco Favorecer a formação do aluno por meio do ensino das
quatro linguagens de Arte: dança, artes visuais, música e
teatro.
Estratégia de ensino A experiência do aluno e o saber trazido
de fora da escola são considerados importantes e o
professor deve fazer a intermediação entre eles. O ensino é
baseado em três eixos interligados: produção (fazer e
desenvolver um percurso de criação), apreciação
(interpretar obras artísticas) e reflexão sobre a arte
(contextualizar e pesquisar). Apesar dessa divisão, não deve
haver uma ordem rígida ou uma priorização desses
elementos ao longo do ano letivo.
PARA INÍCIO DE CONVERSA...
Só pra relembrar... Abordagem
Triangular
• Segundo BARBOSA (1994) o ensino da Arte
deveria atender ao que ela chama de Abordagem
Triangular que é composta pela História da Arte,
pela leitura da obra de arte e pelo fazer artístico.
• Ou seja, a pessoa que aprende Arte, deve saber,
não apenas fazer algo, mas também saber de
onde veio aquilo que ela está fazendo, o que
levou aquelas pessoas a fazerem aquela obra,
para assim, fazerem a leitura da obra.
Apreciar
ARTE
Conhecer
Fazer
Organização da Prática Profissional do
Professor
Ao preparar sua aula, o professor SEMPRE deve
ter em mente:
Para quem? Por quê? Para que? O quê? Como?
Com o quê? Aprendeu?
Para quem?
• Público alvo
Por quê?
• Justificativa, motivos
Para que?
• Objetivos
• As expectativas de aprendizagem, o que se
espera que o aluno aprenda.
OBJETIVOS
geral
específicos
Objetivos
•
São metas estabelecidas ou resultados
previamente determinados. Indicam aquilo
que o aluno deverá ser capaz de fazer como
conseqüência de seu desempenho em
determinadas atividades .
•
O estabelecimento de objetivos orienta o
professor para selecionar o conteúdo,
escolher as estratégias de ensino e elaborar
o processo de avaliação. E orienta também o
aluno.
• Os objetivos são redigidos iniciandose com o verbo no infinitivo, que
explicita a operação de pensamento
que se pretende desenvolver (exemplo:
analisar criticamente, aplicar,
compreender, criar. etc. ...) e o
conteúdo específico da disciplina.
Objetivos
Gerais
• São aqueles mais
amplos e complexos,
que poderão ser
alcançados, por
exemplo ao final do
curso, ou disciplina, ou
semestre, incluindo o
crescimento esperado
nas diversas áreas de
aprendizagem.
Específicos
• Referem-se a aspectos
mais simples, mais
concretos, alcançáveis
em menor tempo,
como, por exemplo,
aqueles que surgem ao
final de uma aula ou de
um período de trabalho
e, em geral, explicam
desempenhos
observáveis
O quê?
• Conteúdos
• Trata-se de um conjunto de temas ou
assuntos que são estudados durante o
curso em cada disciplina. Tais assuntos
são selecionados e organizados a partir da
definição dos objetivos.
Dos conteúdos
• César Coll (1986) propôs um agrupamento de
“novos conteúdos”, que seriam: conceituais,
procedimentais e atitudinais. Esta divisão
corresponderia as seguintes questões:
•
• O que devemos saber;
• Como devemos fazer?
• Como devemos ser?
Conteúdos Conceituais
• Os conteúdos conceituais estão relacionados com conceitos
propriamente ditos e dele ramifica-se os conteúdos
factuais, ou seja, os conhecimentos relacionados aos fatos,
acontecimentos, dados, nomes e códigos.
• Os conteúdos conceituais são mais abstratos, eles
demandam compreensão, reflexão, analise comparação. As
condições necessárias para a aprendizagem dos conteúdos
conceituais demandam atividades que desencadeiem um
processo de construção pessoal, que privilegie atividades
experimentais que acionem os conhecimentos prévios dos
alunos promovendo atividade mental. Para tanto, as aulas
meramente expositivas que lance mão apenas da
memorização, não darão conta.
Conteúdos Procedimentais
• Já, os conteúdos procedimentais envolvem
ações ordenadas com um fim, ou seja,
direcionadas para realização de um objetivo,
aquilo que se aprende a fazer, fazendo, como:
saltar, escrever com letra cursiva, desenhar,
cozinhar, dirigir-podem ser chamados de
regras, técnicas métodos, destrezas ou
habilidades.
Conteúdos Atitudinais
• Os conteúdos atitudinais podem ser agrupados
em: valores, atitudes ou normas. Dentre esses
conteúdos podemos destacar a título de
exemplo: a cooperação, solidariedade, trabalho
em grupo, gosto pela leitura, respeito, ética. Vale
ainda salientar que esses conteúdos estão
impregnados nas relações afetivas e de
conivência que de forma alguma podem ser
desconsiderados pela escola como conteúdos
importantes de serem trabalhados.
Como?
• São as estratégias, a metodologia.
• A metodologia deve ser apresentada com
muita clareza evidenciando a forma como o
conhecimento vai ser trabalhado. Deve indicar
os movimentos didático-pedagógicos que
estarão presentes no desenvolvimento das
atividades.
Com o quê?
• Recursos (meios)
Aprendeu?
• Avaliação: os objetivos estão sendo
alcançados?
• A avaliação da aprendizagem é um momento
privilegiado de estudo e não um acerto de
contas.
E na sala de aula...
• Sondagem (diagnóstico): o que os alunos já
sabem sobre esse assunto?
• Encaminhamento: sequência didática: um
conjunto de passos/procedimentos/ações
para tornar a aprendizagem mais eficiente.
• Retomada dos conceitos aprendidos /
sistematização.
Projeto A Encantada
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