Tadeusz Kantor O Teatro da Morte Nasceu em 06 abril de 1915 Cidade polonesa na Galícia Wielopole Em 1939 se forma na Academia de Belas Artes de Cracóvia Em 1942 funda o teatro “Independente” em Cracóvia, que funcionou durante a guerra. Pintor, cenógrafo, encenador e criador de happenings e performances. Estudou pintura e cenografia com Karol Frycz – um dos maiores cenógrafos do teatro polonês do século XX – ex aluno de Gordon Craig. Em 1956, Tadeusz Kantor fundou o Teatro da Maria Cricot Jarema 2 - teatro experimental. Foi um estúdio, mais familiarizado com a abertura de exposições. Tentou interpretar a obra dos simbolistas, como Maurice Maeterlinck, e de poetas poloneses e dramaturgos como Júlio Eslováquia, na Galeria, e Stanislaw Ignacy Witkiewicz. Entre 1934 e 1939, desenvolveu a ideia de um certo radicalismo artístico e recusa de qualquer compromisso. Entendeu essa forma de arte entre Tairov, Meyerhold, Piscator, na escola de Bauhaus, Moholy- Nagy e Oscar Schlemmer. Teve como influências em seu trabalho o simbolismo de Maeterlinck, o fantástico de E. Hoffman, do universo de Kafka e no ambito polonês de Witkiewicz, Shulz e Wyspianski. Toma a “destruição” e a “negação” como método artístico; Recusa do psicologismo; Lado infernal; Catastrofismo; Extrapolação das concessões tradicionais de tempo e espaço, e das convenções entre causa e efeito. Teatro independente; Teatro Cricot 2 e o Teatro Informal; Teatro Zero; Teatro happening; Teatro da Morte; Teatro espiritual. O Teatro da Morte é uma ruptura com as etapas precedentes. Kantor descobre que nada expressa melhor a vida do que a ausência da vida. A morte se torna o tema central de seus últimos espetáculos: “A classe morta”, “Wielopole-Wielopole”, “Que morram os artistas”, “Aqui não volto mais” e “Hoje é meu aniversário”. “Não penso que um manequim possa substituir como queriam Kleist e Craig, o ator vivo. Seria fácil e por demais ingênuos. Esforço-me por determinar os motivos e o destino dessa entidade insólita que surgiu de maneira imprevista em meus pensamentos e em minhas ideias. Sua aparição confirma a convicção cada vez mais poderosa, de que a vida só pode ser expressa na arte por meio da falta de vida e do recurso à morte, através das aparências, a vacuidade, a ausência de toda mensagem. Em meu teatro, um manequim deve transformar-se em um modelo que encarne e transmita um profundo sentimento da MORTE e a condição dos mortos – um modelo para o ator vivo. Devemos devolver à relação espectador/ator, sua significação essencial. Devemos fazer renascer esse impacto original do instante em que um homem (ator) apareceu pela primeira vez frente a outros homens (espectadores), exatamente igual a cada um deles e, ao mesmo tempo, infinitamente estranho.” Kantor aborda um conjunto de problemas, tanto para um artista preocupado com o desenvolvimento de sua própria ideia, como para um homem que busca definir-se em relação com a sociedade. Neste espetáculo se coloca em evidência o fato de que nosso passado termina esquecido, junto a sentimentos e retratos dos que amamos. Estes se mesclam sem nenhuma ordem: acontecimentos, objetos, roupas, pessoas. Sua morte é aparente: basta tocá-los, para que comecem a fazer vibrar nossa memória e a rimar com o presente. Aspiração a uma vida plena e total, que abarca passado, o presente e o futuro. Referências biliográficas CALEIDOSCÓPIO.Biografia de Tadeusz Kantor. Disponível em: http://www.caleidoscopio.art.br/cultural/teatro/contemporaneo/tadeuszkantor-biografia.html Acesso em: 28 de novembro de 2010. GRUPO TEMPO. A condição de ator. Disponível em: http://www.grupotempo.com.br/tex_condicao.html Acesso em: 28 de novembro de 2010. CALEIDOSCÓPIO. Fases do teatro da morte. Disponível em: http://www.caleidoscopio.art.br/cultural/teatro/contemporaneo/tadeuszkantor-fases-de-teatro-da-morte.html Acesso em: 28 de novembro de 2010.