Ministério do Meio Ambiente Oficina Temática 2 Modelos de Triagem, Mercado da reciclagem e Inclusão de catadores 20 de agosto de 2014 Estrutura da Oficina 2 • Apresentação do Plano Municipal de Coleta Seletiva – PMCS • A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS e os catadores • Modelos de Triagem e Mercado da Reciclagem • Diagnóstico Local • Atuação catadores em Florianópolis • Discussão sobre os temas. Dados Gerais Convênio: • Prefeitura Municipal de Florianópolis - PMF • Ministério do Meio Ambiente – MMA Licitação: • Edital de Tomada Preços N° 576/SMA/DLC/2013 • Contrato N° 178/FMSB/2014 • Empresa: AMPLA Florianópolis/SC. Consultoria e Planejamento – Quem Somos? GTE – Grupo Técnico Executivo: Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental – SMHSA Companhia de Melhoramentos da Capital – COMCAP Fundação Municipal do Meio Ambiente – FLORAM Secretaria Municipal de Saúde – SMS – Vigilância em Saúde. GTA – Grupo Técnico Ampliado; Empresa - AMPLA Consultoria e Planejamento; Comunidade. O Que Queremos? Elaborar o Plano Municipal de Coleta Seletiva – PMCS de Florianópolis. Objetivo da Oficina 2 Obter contribuições da comunidade visando subsidiar a elaboração do PMCS nos temas da triagem, mercado da reciclagem, inclusão de catadores. Além das oficinas, serão realizadas 2 audiências públicas: 1ª- Para apresentação, discussão e validação dos estudos desenvolvidos na Meta 1 – Gestão Municipal dos Resíduos Sólidos para a Coleta Seletiva (6º mês de execução do PMCS) 2ª- Para apresentação, discussão e validação da Meta 2 – Detalhamento do programa de Coleta Seletiva execução do PMCS) (8º mês de Para quê? Elaborar um Diagnóstico da Situação Atual da Coleta Seletiva de Florianópolis; Desenvolver instrumentos técnicos, de planejamento e gestão para definir o Sistema de Coleta Seletiva Municipal de acordo com a PNRS. Atender as metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (versão preliminar 2012). Meta de Desvio de Resíduos Recicláveis 70% Meta Sul - Res. Secos Meta Sul - Res. Úmidos Meta PMSB Florianópolis Meta Atingida Comcap 2013 60% 58% 55% 53% 50% 50% 50% 60% 60% 60% 43% 40% 40% 40% 30% 30% 20% 20% 10% 6.46% 0% 2013 2016 2019 2022 Ano 2025 2028 2031 Aspectos Relevantes O PMCS é parte integrante do Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos Municipal; É um item da Política Pública Municipal para o Gerenciamento de Resíduos Sólidos, com ênfase no Planejamento de Ações para a Coleta Seletiva. Aspectos Relevantes O PMCS visa: Planejar para atender às metas de desvio de resíduos recicláveis do Aterro Sanitário; Viabilizar o aproveitamento de resíduos recicláveis secos e recicláveis orgânicos; Tornar o serviço de coleta seletiva mais eficiente; Diminuir os custos dos serviços; Prestar os serviços com qualidade à população. O PMCS Lei Federal N° 12.305/2010 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (Decreto n° 7.404/2010; Decreto nº 7.405/2010) REÚNE: Princípios, Objetivos, Instrumentos, Diretrizes, Metas e Ações. A serem adotados pela União isoladamente ou em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e Particulares. Visando: a gestão integrada o gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos Conceitos Importantes Gestão Integrada de Resíduos Sólidos: ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos considerando as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Hierarquia da Gestão de Resíduos Não Geração Redução Reutilização Reciclagem Tratamento de Resíduos Disposição Final Ambientalmente Adequada Conceitos Importantes Responsabilidade Compartilhada: Setor empresarial PARA: Consumidores Conjunto de atribuições Titulares de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Minimização da geração de resíduos e rejeitos. Redução dos impactos. Conceitos Importantes Logística Reversa: Instrumento para coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento ou para destinação ambientalmente adequada. (Art. 33° - 12.305/10). Acordo Setorial: Ações firmadas entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes para a responsabilidade compartilhada. (Item I, Art. 3° - 12.305/10). COMÉRCIO CONSUMIDOR ACORDO SETORIAL Reutilização Reciclagem Tratamento Reutilização Reciclagem Tratamento Disposição final Logística reversa Logística reversa INDÚSTRIA Logística reversa Responsabilidade compartilhada RELAÇÕES ENTRE A LOGÍSTICA REVERSA, A RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA E OS ACORDOS SETORIAIS Responsabilidade compartilhada Conceitos Importantes Obrigatórios: Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens Pneus Pilhas e Baterias Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio e de luz mista Produtos eletroeletrônicos e seus componentes Conceitos Importantes (Art. 33°, §1° - 12.305/10): Em regulamento, em acordos setoriais ou compromissos firmados entre o Poder Público e o setor empresarial, serão estendidos a produtos comercializados em embalagens. Acordo setorial para a implementação de logística reversa para embalagens de produtos não perigosos pós consumo. Proposta da Coalizão – Empresarial fabricantes, consumidores, distribuidores e comerciantes. http://file.abiplast.org.br/download/acordo_setorial_versao_de_14.12.12.pdf Inclusão dos Catadores • Reconhecimento da categoria profissional em 2002 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (CBO 2000) - Catador de Material Reciclável. • Decreto Federal n° 5.940/2006 - institui a coleta seletiva em órgãos públicos federais e destinação dos materiais recicláveis às associações e cooperativas de catadores. • Lei nº 11.445/2007 - Política Nacional do Saneamento Básico: permite as Prefeituras contratar associações e cooperativas de catadores com dispensa de licitação para o serviço de coleta seletiva. • Decreto Municipal n° 7.587/2009 - Garante doação de materiais recicláveis recolhidos pela coleta às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Inclusão dos Catadores • Incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores instrumentos PNRS (Art. 8°, item IV); • Município priorizados para acesso recursos União: Implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis ou recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. (Art. 18°). • Decreto Federal nº 7.404/2010 - Programa Pró-Catador. Modelos de Triagem Segregação na fonte por tipo de material Coleta diferenciada por tipo de resíduos. Triagem com coleta seletiva. Triagem sem coleta seletiva. Modelos de Triagem Triagem Manual; Triagem Automatizada; Triagem Mista. Triagem Manual Uso de: • Esteiras Transportadoras (com ou sem elevação). • Em mesas. • Silos/ “Bags Triagem Automatizada Triagem por densidade dos materiais. Tecnologia de triagem depende dos materiais a serem separados. Pode ser usada mais de uma tecnologia, para separação de diferentes tipos. Triagem magnética; Triagem por indução elétrica. Triagem de leitores ópticos; Triagem por peso dos materiais. Central Triagem São Paulo TRIAGEM MISTA. Operação: Centro de Controle Informatizado; Investimento: R$ 26 milhões de reais; Capacidade de processamento : Hoje 250 t/dia - Futuro: 500 t/dia (sistema misto); Objetivo: aumento de 2% para 10% em 2016 desvio aterro. Prefeitura contrata cooperativa para atuar; Catadores: atuam no início e no final do processo de triagem; Renda da Cooperativa: venda dos materiais através de Fundo Municipal; Renda Concessionária: Tarifa de lixo. Fotos Central Triagem Mecanizada – Concessionária LOGA - SP Fotos Central Triagem Mecanizada – Concessionária LOGA - SP Vídeo Mercado da Reciclagem ? • Recicláveis secos Coleta • Município; • Empresas privadas; • Associações e Cooperativas de Catadores Triagem • Município; • Empresas privadas; • Associações e Cooperativas de Catadores Comercialização • Pequenos, médios e grandes sucateiros; • Aparistas; • Ferros velhos Reciclagem • Indústria da reciclagem Mercado da Reciclagem Preço do material reciclável (preço da tonelada em real) Fonte: Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE Mercado Local (R$/kg) 2014 2013 Materiais triados Valor médio PAPELÃO PL-DURO PAPEL BRANCO PAPEL MISTO PL-MOLE VIDRO FERRO TETRAPACK METAL* 0,27 0,50 0,37 0,07 0,35 0,06 0,13 0,16 ------- Materiais triados Valor médio TETRAPACK 0,33 0,60 0,37 0,11 0,41 0,03 0,15 0,19 METAL* 4,10 PAPELÃO PL-DURO PAPEL BRANCO PAPEL MISTO PL-MOLE VIDRO FERRO * Dado indisponivel. Fonte: Jaqueline Botamelli - “Avaliação do processo produtivo de uma associação de catadores de materiais Recicláveis no município de Florianópolis ACMR“, ENS, UFSC, ago./2014. Indústria da Reciclagem Mercado Local Relação dos compradores dos materiais triados pela ACMR Fonte: Jaqueline Botamelli - “Avaliação do processo produtivo de uma associação de catadores de materiais Recicláveis no município de Florianópolis ACMR“, ENS, UFSC, ago./2014. Indústria da Reciclagem LITORAL NORTE: 18 Recicladoras OESTE/MEIO -OESTE/ NORTE: 21 Recicladoras GRANDE FLORIANÓPOLIS: 9 Recicladoras SUL: 13 Recicladoras Fonte: Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE Desafios da Reciclagem Atender a PNRS. Inserir socialmente catadores individuais; Reduzir o material reciclável secos e orgânicos enviado ao aterro sanitário; Licenciamento ambiental de unidades de triagem; Implementar os sistemas de logística reversa; Capacitar os agentes envolvidos no manejo de RSU; Envolver a população; Sustentabilidade Financeira do Sistema; Potencialidades da Reciclagem BNDES - Planos de Financiamentos para ações da PNRS; Plano de Coleta Seletiva Municipal em elaboração; Associações de catadores já consolidadas; Conhecimento e experiência técnica; O mercado está se abrindo gradativamente; Diagnóstico Local Florianópolis Unidades de Triagem • Unidades com dificuldade de organização; • Não realizam contribuição com a Previdência Social; • Não possuem licenças da atividade: HABITE-SE do Corpo de Bombeiros, HABITE-SE Sanitário, Alvará de Funcionamento e Licença Ambiental de Operação - LAO; • Infraestrutura ambientais; precária com problemas construtivos e Unidades de Triagem RESUMO DA SITUAÇÃO DAS UNIDADES DE TRIAGEM Forma de organização Associação: 09 UN. Empresa Formal: 03 UN. Organização Familiar/ Empresa Informal: 11 UN. Forma de trabalho Esteira: 04 UN. Mesa: Misto: 10 UN. 1 UN. Forma de remuneração Produtividade: 08 UN. Partilha: 6 UN. Salário fixo: 1 UN. Unidades de Triagem Quadro 1 – Quantidade de materiais recicláveis enviados para cada município no período de maio de 2013 a abril de 2014. Quantidade Nº Municípios Unidades enviada (t/ano) triagem Florianópolis 7 6.040,15 % em rel. total recolhido pela coleta seletiva 49,36 São José 9 4.326,80 35,27 Palhoça 4 1.775,44 14,51 Santo Amaro 2 76,01 0,62 Biguaçu 1 29,77 0,24 TOTAL 23 12.248,18 100,00 Unidades de Triagem Florianópolis Nome da Unidade de Triagem ACMR Endereço Rod. Admar Gonzaga, s/nº - SC 404 – Itacorubi Tipo de Org.* Nº de trab Nº meses receb A 70 12 Quantidad e enviada (t/ano) 5.054 % em rel. total enviado às unidades de Fpolis 83,69 ARESP Rua Joaquim Nabuco nº 3.000- Chico Mendes A 15 12 475 7,88 Recicla Floripa Servidão Felicidade, s/nº - Alto da Caieira A 6 12 258 4,27 Silveira Reciclagem (Mário) Travessa Argentino Marcelino Vieira, s/nº Coqueiros E 8 12 183 3,04 De Lara Servidão Morada dos Pampas, 67 – Vargem do Bom Jesus OF 4 8 23,3 0,39 Gil José Mendes Rua José Maria da Luz,próximo ao número 178 - José Mendes E 15 1 29,88 0,49 Costão do Santinho Rua Cândido Lemos,S/N° - Ingleses do Rio Vermelho A 4 3 14,31 0,24 6.040 100 Total •Tipo de organização: E = empresa; OF = organização familiar (empresa informal); •A = Associação de catadores ACMR AREsp Recicla Floripa Silveira Reciclagem (Mário) Atuação Catadores – MNCMR Associação ou localização Nº de catadores Em galpões de triagem ACMR (Bairro Itacorubi) 60 sim ARESP (Comunidade Chico Mendes) 13 sim RECICLAFLORIPA (Comunidade Alto da Caeira) 10 sim ABACLIM (Comunidade Vila Aparecida) 27 não Comunidade do Siri 61 não Comunidade do Papaquara 27 não Bairro Rio Vermelho 15 não Bairro Tapera 25 não Bairro Costeira 15 não Bairro Vargem do Bom Jesus 5 não Comunidade Chico Mendes 17 não Comunidade da Grota (Bairro Monte Cristo) 15 não Bairro Jardim Atlântico 20 não Bairro Estreito 40 não Total 350 Fonte: Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis – MNCMR - 2013 Unidades de Triagem São José ABACLIM Vicu’s Reciclagem Unidades de Triagem Biguaçu Nome da Unidade de Triagem Endereço Tipo de Org.* Associação de Biguaçu Rodovia SC 407,s/n° - Biguaçu A Nº de trab Nº meses receb. Quantidad e enviada (t/ano) % em rel. total enviado à BI 8 9 30,0 100 Unidades de Triagem Palhoça Salvador Unidades de Triagem Comparação entre produtividade dos diferentes locais Triagem Total enviado no ano (t) Número de associados número de meses de envio de material número médio de dias uteis do mes t/periodo t/mes kg/pessoa/dia ACMR ARESP Florianopolis Recicla Floripa 5054 475 258 183 23,3 70 15 6 8 12 12 12 22 22 72,2 6,02 273,48 31,67 2,64 119,95 Mario De Lara Palhoça São José Gabriel ABACLIM Anderson Salvador Moliv 1.324,23 324,73 97 864,07 846,21 4 22 16 8 20 25 12 8 12 16 4 12 12 22 22 22 22 22 22 22 22 43 3,58 162,88 22,875 1,91 86,65 5,825 0,73 33,10 60,19 5,02 228,00 20,30 1,27 57,66 12,13 3,03 137,78 43,20 3,60 163,65 33,85 2,82 128,21 Oficina Temática 2 - Modelos de triagem, escoamento, mercado da reciclagem e inclusão de catadores Apresentação disponível no site da COMCAP: www.comcap.org.br Ministério do Meio Ambiente