Avaliação da atividade hipoglicemiante de extrato
hidroalcoólico da Rumex crispus por via oral em ratos.
Ciências da Saúde.
Gabriela Elias Medeiros1, Cíntia Silveira da Silva2, Karina Valerim Teixeira Remor3.
do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Bolsista PUIC.
2Aluna do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Colaboradora.
3Professora do Curso de Farmácia da UNISUL e orientadora do projeto PUIC.
Farmácia - UNISUL Campus Tubarão.
1Aluna
RESULTADOS E DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
No Brasil o uso de plantas medicinais é uma prática muito comum. Esta prática deveria ser
Os resultados de glicemia encontrados, no tempo zero (To) e no tempo um (T1), 2 horas após
fundamentada e ter sua segurança comprovada através de estudos científicos, já que a utilização de
a administração do extrato de R. crispus e glicose no grupo experimental ou administração de R.
plantas medicinais nos programas de atenção primária à saúde pode se constituir numa alternativa
crispus e solução salina no grupo controle encontram-se na Tabela 1.
terapêutica muito útil devido a sua eficácia aliada a um baixo custo1.
O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica e endócrina caracterizado por hiperglicemia,
decorrente da falta total, relativa ou parcial de insulina2;3.
Tabela 1: Resultados de glicemia, em mg/dL, antes (To) e após (T1) a administração do
extrato, nos diferentes grupos experimentais.
Identificação do
Grupo controle
animal
A Rumex crispus (R. crispus) da família Polygonaceae, conhecida
Grupo que recebeu a
Grupo que recebeu a
Grupo que recebeu a
dose de 3 mg/dL
dose de 30 mg/dL
dose de 300 mg/Dl
popularmente como língua-de-vaca é uma planta com caráter medicinal
utilizada pela população da região da AMUREL-SC, empregada como
To
T1
To
T1
To
T1
To
T1
A
75
68
83
78
85
83
65
71
B
76
68
75
78
68
63
69
70
C
76
83
75
66
82
70
77
70
D
77
82
83
74
79
81
73
65
E
79
71
80
73
77
71
79
73
F
86
100
82
79
75
62
82
71
Com base na carência de estudos farmacotoxicológicos documentados na literatura, o
G
68
74
71
78
75
73
78
63
estudo experimental de plantas de uso característico de nossa região torna-se alvo de interesse
H
83
70
81
78
71
66
72
65
analgésico, antiinflamatório, cicatrizante, diurética e hipnótica. Outras indicações
clínicas carecem de estudos experimentais e algumas propriedades precisam
ser mais amplamente estudadas, como por exemplo, sua ação antidiabética,
principalmente em função da sua semelhança com a Elephantopus scaber
(também conhecida como Língua-de-vaca)4,
Figura 1: Planta adulta
Rumex crispus.
utilizada no Diabetes Mellitus
(DM).
crescente e deste modo a R. crispus torna-se uma planta viável para tais estudos.
OBJETIVO
Todas as doses de R. crispus, administradas neste estudo, apresentaram uma tendência a
reduzir a glicemia, sendo este efeito mais pronunciado e significativo para a dose de 300 mg/Kg,
a qual apresentou uma diferença significativa (p<0,05) entre o To e o T1, mostrando um valor
Avaliar a atividade hipoglicemiante do extrato hidroalcoólico da R. crispus, visando contribuir para a
médio de 74,3 mg/dL e de 68,5 mg/dL respectivamente, como pode ser observado no gráfico a
validação e segurança do uso popular desta planta.
seguir:
A. Avaliação do efeito da Rumex no
Teste de Tolerância a Glicose.
METODOLOGIA
análises foram feitas comparando as respostas do grupo controle com as do grupo experimental e
considerando-se nível de significância de 0,05%.
80
Glicemia (mg/dL)
A avaliação da glicemia foi desenvolvida segundo o fluxograma apresentado na figura 2, sendo que as
T 0
T 1
70
*
60
*
50
40
30
20
10
TOTG
0
Ratos normoglicêmicos, após jejum
não hídrico de 12 horas
CTR
RMX 3
RMX 30
RMX 300
Gráfico 1: Avaliação do efeito da RUMEX no Teste de Tolerância a Glicose.
CONCLUSÕES
Grupo experimental = 24 ratos
Grupo controle = 08 ratos
Os resultados encontrados neste estudo, mostram uma tendência significativa de efeito
hipoglicemiante dependente da dose, sendo este efeito significativo para a dose de 300 mg/Kg.
To = coleta de amostras de sangue
por punção da parte distal da calda
do animal)
Este é um achado importante que determina a necessidade de mais estudos visando contribuir
para o melhor entendimento das ações da R. crispus.
Administração por gavagem
Extrato da R. crispus: grupo experimental
Doses = 3; 30 e 300 mg/Kg
Solução salina: grupo controle
REFERÊNCIAS
1. TÔRRES, A. R. et. al. Estudo sobre o uso de plantas medicinais em crianças hospitalizadas da
cidade de João Pessoa: riscos e benefícios. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 15, n. 4,
p. 373-380, out./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v15n4/a18v15n4.pdf.
Administração de glicose = 1g/Kg
Acesso em: 23 jun. 2010.
2. ANDREOLI, Thomas E.; CECIL, Russell L.. Cecil medicina interna básica. Rio de Janeiro:
T1 = 120 min. = coleta de nova
amostra sanguínea
Elsevier, 2005. 1224 p.
3. RANG, H. P.; RITTER, J. M.; DALE, M. Maureen. Farmacologia. 4. ed. Rio de Janeiro:
Determinação da glicose no TO e T1,
através de fitas reagentes acopladas
a um glicosímetro digital
Alteração da glicose = possível efeito
farmacológico
Figura 2: Fluxograma representando a metodologia utilizada na realização do estudo.
Guanabara Koogan, 2001.
4. FORTES, A. T.; FREITAS, J. S.; PIOVEZAN, A. P. Avaliação do efeito antinociceptivo da fração
diclorometano de Elephantopus aff. scaber em camundongos. Pôster Junic, 2009.
Apoio Finaceiro: UNISUL.
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