Linha de Cuidados da Gestante e Puérpera e Rede Cegonha: a integralidade na oferta do cuidado no Estado de São Paulo Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo 2012 Karina Barros Calife Batista Linhas de cuidado E a integralidade na atenção à saúde da mulher KARINA CALIFE DIRETRIZES POLÍTICAS - ATENÇÃO À SAÚDE • Respeito à autonomia das usuárias na tomada de decisões sobre sua vida, em particular em relação à sua saúde, sua sexualidade e sua reprodução; • Garantia de acesso a uma rede integrada de serviços de saúde que propicie abordagem integral do processo saúde/doença, visando à promoção da saúde, o início precoce do acompanhamento das patologias e condições referidas, a prevenção, diagnóstico e tratamento adequado dos problemas que eventualmente venham a ocorrer; • Oferta de cuidado sempre referendada por evidências científicas disponíveis; • Garantia de adequada infra-estrutura física e tecnológica das diversas unidades de saúde para atendimento aos usuários; • Desenvolvimento contínuo de processos de educação permanente dos profissionais de saúde; DOCUMENTOS DE APOIO A IMPLANTAÇÃO DA LINHA DE CUIDADOS DA GESTANTE E PUÉRPERA 1. Manual Técnico de Atenção ao Pré -natal e Puerpério para o SUS SP. 2. Documento de Referência da Linha de Cuidado de Atenção a Gestante e a Puérpera (Quadros Sínteses da Linha de cuidado) 3. Manual do Gestor - Apoio a Implantação da Linha de Cuidado de Atenção a Gestante e a Puérpera 4. Cartão da Gestante ATUAIS DESAFIOS PRESENTES NO SUS EM SP RELACIONADOS À ATENÇÃO A GESTANTE E A PUÉRPERA • • • • Integralidade da assistência Mortalidade e morbidade materna Qualidade do pré natal Atenção ao parto REDE CEGONHA E LINHA DE CUIDADOS DA GESTANTE E PUÉRPERA NO SUS SÃO PAULO: LINHA DO TEMPO • Estado de São Paulo constituiu seu grupo condutor estadual em outubro de 2011. • Realizadas 17 oficinas de trabalho para apoio à produção dos Planos de ação pelas 17 RRAS, desenho aprovado de forma tripartite para São Paulo. • Refizemos e propusemos novos parâmetros para o Estado, haja vista nossa capacidade instalada atualmente ser maior do que se tem no resto do país, estes novos parâmetros foram aprovados em deliberação CIB (56). • O grupo tem trabalhado regularmente, com reuniões quinzenais inicialmente, tendo passado a mensais que se antecedem às Bipartites e tem analisado com sucesso os planos de ação apresentados • • • • REDE CEGONHA E LINHA DE CUIDADOS DA GESTANTE E PUÉRPERA NO SUS SÃO PAULO: LINHA DO TEMPO Das 17 RRAS no Estado aprovamos 11 planos de ação: Campinas, ABC, Mananciais, Rota dos Bandeirantes, Bragança e Jundiaí, Bauru, Alto Tietê e Baixada Santista/ Registro, Taubaté, Marília, Rio Preto. Totalizará 11 planos dos 17 esperados para o Estado, mais de 50% das RRAS. A previsão inicial era de 3 anos para finalização de todas as RRAS, este desempenho foi possível por alguns motivos: Trabalho articulado e conjunto entre as três esferas de governo, trabalho anterior realizado pela Linha de Cuidados da Gestante e Puérpera no SUS /São Paulo, lançada em 2010. Os mesmos princípios da rede cegonha: já tínhamos caminhado em diagnóstico de rede, implantação de novos exames e protocolos técnicos, oficinas municipais, realização de trabalhos e eventos que fizeram a discussão da mortalidade materna no Estado . Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo βHCG sérico é a opção laboratorial mais precisa para confirmar o diagnóstico de gravidez. Porém, é necessário que seu resultado não ultrapasse 1 semana. Nos municípios em que não for possível realizálo, ou que o resultado não esteja disponível no prazo desejável, o teste imunológico de gravidez (TIG) é uma excelente opção, pois pode ser feito na hora, na unidade de saúde. É necessário que os profissionais estejam treinados para a correta realização técnica do TIG. Mínimo 6 consultas programadas (na ausência de intercorrências) 1 no 1º. Trimestre ( até 12 semanas) 2 no 2º. Trimestre 3 no 3º. Trimestre Adicionais conforme necessidade Adicionais até 40 semanas Tipagem Sanguínea Hemoglobina e Hematócrito Protoparasitológico Urina tipo I Urocultura e antibiograma (1º. e 3º. trimestres) Sorologia para Sífilis (1º. e 3ºtrimestres. Se +, teste treponêmico na mesma amostra) Sorologia para HIV (1º. e 3º. trimestres) Sorologia para Toxoplasmose (3 trimestres) Sorologia para Hepatite B Glicemia de jejum (e teste oral de tolerância a glicose) Exame colpocitológico Ultrassonografia obstétrica ◦ Pelo menos 1 – entre 20 e 24 semanas ◦ Se possível 2, sendo a primeira entre 10 e13 semanas para avaliação de translucência nucal, como rastreamento de cromossomopatias. Cultura para estreptococo do grupo B com coleta anovaginal entre 35-37semanas, quando possível. Bacterioscopia da secreção vaginal –para pacientes com antecedente de prematuridade, possibilitando a detecção e o tratamento precoce da vaginose bacteriana, idealmente antes da 20ª semana. LEITURA DA FITA REAGENTE PARA PROTEINÚRIA Idealmente, a triagem de proteinúria deve ser feita em toda consulta pré-natal de todas as gestantes. Quando isso não for possível, priorizar as gestantes com maior risco de pré-eclâmpsia. Atualização terapêutica →Reavaliação de alguns dos medicamentos da “ farmácia básica”, Regularidade do fornecimento de Ácido Fólico, Introdução de medicamentos estratégicos : ◦ Tratamento da Toxoplasmose ◦ Disponibilidade da Imunoglobulina Anti D • Avaliação da mulher na primeira semana pós parto – Visita domiciliar – Consulta médica • Consulta médica entre 30º. E 42º. dia Situação da Mortalidade Materna no mundo em 2010 Fonte: WHO, UNICEF, The World Bank. Trends in Maternal Mortality. Genebra: WHO, 2012. Razão de Mortalidade Materna corrigida, Brasil 1990 a 2008 Razão de Mortalidade Materna (/100 mil NV) 160 140 120 100 80 60 40 20 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 0 ANO Fonte: MS, DATASUS, RIPSA. IDB 2010. Razão de Mortalidade Materna específica por causas (por 100 mil NV), Brasil, triênios 1996-2000, 2002-2006 e 2007-2008, 2010. Causas Período 1996 -2000 2002-2006 2007-08,2010 Hipertensão/Eclâmpsia 13,6 13,1 11,8 Hemorragia 7,6 6,9 8,9 Infeccção Puerperal 4,1 3,9 2,9 3 3 2,6 12,3 10,2 11,6 Aborto C. Obstétricas Indiretas Fonte:Ministério da Saúde. Datasus. SIM, SINASC.Tabnet [acesso em 25/7/2012]. Dados processados pela autora. Série Histórica de Mortalidade Materna, município de São Paulo, interior e Estado de São Paulo, 1960-2002 200.0 180.0 160.0 Capital 140.0 Interior (2) Estado 120.0 100.0 80.0 60.0 40.0 20.0 ANO 0.0 Fonte: 1960 a 1969 - Laurenti, Ret all: Maternal Mortality in Latin America Urban Areas: The Case of São Paulo - Brazil. Bulletin of PAHO, 27(3): 205-14, 1993. 1970 a 2002 - Fundação SEADE / Grupo Técnico de Informações de Saúde - CIS Obs: A partir de 1996 as informações passaram a ser corrigidas pelos Comitês de Mortalidade. (*) Óbitos não corrigidos pelo Comitê de Mortalidade (1) Dados Preliminares (2) Todos os municípios ,exceto capital Razãode Mortalidade Materna (/100 mil NV) Razão Bruta de Mortalidade Materna, Estado de São Paulo, 2000 a 2010. 60.0 Base Unificada 50.0 40.0 Epidemia Influenza 30.0 AH1N1 20.0 10.0 0.0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 ANO Fonte: MS, DATASUS, SIM, Tabnet. Acesso em 23/7/2012. Sífilis em Gestantes O acesso precoce ao diagnóstico e o tratamento adequado da sífilis nas gestantes são momentos fundamentais para a prevenção da sífilis congênita. Estudo de 2004, a prevalência de sífilis em gestantes foi de 1,6%, cerca de quatro vezes maior que a infecção pelo HIV no mesmo grupo, estimando-se um total de 48.425 gestantes infectadas naquele ano. Comparando o dado estimado em 2004 com o dado notificado em 2005 (1.863), calcula-se que a vigilância só alcançou 3,8% dos casos esperados. Considerando o total de casos notificados de sífilis em gestantes em 2011 (14.321), pode-se dizer que esse aumento, possivelmente, é conseqüência dos esforços de fortalecimento dos serviços de pré-natal, com a realização de diagnóstico precoce e tratamento. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO MS Definição de caso de sífilis na gestação: Gestante que durante o pré-natal apresente evidência clínica de sífilis e/ou sorologia não treponêmica reagente, com teste treponêmico positivo ou não realizado. Eliminação da Sífilis Congênita (OPAS) É prevenível •Existe uma intervenção definida, barata e efetiva. •Afeta uma grande parcela dos nascidos na Região das Américas a cada ano. •Reflete uma debilidade nos programas e serviços de controle de DTS e dos serviços de atenção pré-natal. •Precisa de um esforço coordenado dos serviços. •Pode contribuir para o alcance das Metas do Milênio. Sífilis: doença infecto-contagiosa, de evolução sistêmica, ocorrendo por transmissão sexual e contatos íntimos. Pode ser transmitida da mãe para o feto ou por contato da criança com as lesões maternas durante o parto. Período de incubação: 10 a 90 dias, após o contato, em média 21 dias. Agente etiológico: Teponema pallidum. É uma bactéria espiroqueta que não cresce em meios de cultivo artificiais e é sensível ao calor, a detergentes e não sobrevive em ambientes secos. É um patógeno exclusivo do ser humano. Sífilis pode causar: Abortamento espontâneo; Óbito fetal; Prematuridade; Hidropsia fetal; Recém-nascido sintomático; Recém-nascido assintomático SÍFILIS CONGÊNITA Classificação da sífilis Sífilis Tempo de evolução fase Adquirida recente < 1 ano primária, secundária e latente recente Adquirida tardia > 1 ano latente tardia e terciária Congênita recente diagnóstico até o 2º ano de vida Congênita tardia diagnóstico após o 2º ano de vida História natural da doença: -Sífilis primária - cancro duro: úlcera indolor, de bordas endurecidas e fundo limpo, geralmente única e acompanhada de adenite satélite, que desaparece em aproximadamente 4 semanas. -Sífilis secundária – também denominada roséola sifilítica: caracterizada por rash cutâneo, maculopapular róseo, de limites imprecisos, que acomete o tronco e as raízes dos membros e pode ser acompanhado de febre, fadiga, adenopatia, lesões papulosas palmo plantares, alopecia e lesões genitais extensas, os condilomas planos. - Sífilis latente – sem manifestações clínicas - Recente: tempo evolução inferior a 1 ano -Tardia: tempo de evolução superior a 1 ano. ENFRENTAMENTO DESIGUAL DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV E DA SÍFILIS Incidência de SC, Brasil, 1998-2005 Casos Notificados AIDS por TV, Brasil, 19832005 Período de 2001 a 2006, em casos notificados de Sífilis Congênita: 76,3% das pacientes fizeram pré-natal; 59,1% foi realizado o tratamento da mãe; 13% dos casos o parceiro foi tratado. Isso reforça a necessidade de melhorar a qualidade da atenção á saúde da gestante. Conduta diante dos resultados: • VDRL reagente (baixos títulos, <1/8) e FTA-Abs, ELISA ou MHATP negativos – - Deve-se investigar doenças do colágeno ou outra possibilidade de reação cruzada; -Na dúvida diagnóstica, realizar novo VDRL e, se este apresentar elevação na titulagem, a gestante e seu parceiro sexual devem ser imediatamente tratados. -• VDRL reagente e FTA-Abs, ELISA ou MHA-TP positivos – - Caso de sífilis. O tratamento adequado deve ser prescrito. - Nos casos em que o VDRL apresentar títulos baixos (<1/8), a história for conhecida e o tratamento adequado, considerar como cicatriz sorológica ou memória imunológica; mas, com VDRL apresentando elevação na titulagem, considerar a possibilidade de uma reinfecção ou falha terapêutica e tratamento tem de ser recomeçado. Conduta diante dos resultados: • VDRL reagente (qualquer titulagem) e teste treponêmico não disponível – se a história for ignorada, considerar como sífilis latente de duração indeterminada e efetuar o tratamento da gestante e do parceiro sexual com seguimento sorológico. Seguimento e controle de cura na gestação: VDRL mensal. Cura sorológica – queda dos títulos no VDRL: duas diluições ou diminuição de quatro vezes os títulos; por exemplo, de 1/8 para 1/2; ou 1/128 para 1/32. Tratamento da gestante: • Sífilis primária Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, via intramuscular, em dose única (1,2 milhões, IM, em cada glúteo). • Sífilis secundária e latente recente (menos de 1 ano de evolução) Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, via intramuscular, repetida após 1 semana. Dose total de 4,8 milhões UI. • Sífilis latente tardia, terciária ou evolução com tempo indeterminado ou desconhecido Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, via intramuscular, semanal, por 3 semanas. Dose total de 7,2 milhões UI. Recomendações: 1. O parceiro sexual deve sempre ser testado e tratado, se necessário. 2. As gestantes com história comprovada de alergia à penicilina devem ser encaminhadas para ambiente hospitalar para a dessensibilização. Na maioria dos casos a penicilina poderá ser administrada. Já na impossibilidade, deve ser administrada a eritromicina na forma de estearato, 500 mg, VO, de 6 em 6horas por 15 dias, para sífilis recente, e por 30 dias, para sífilis tardia. O uso dessa droga exige estreita vigilância, pela menor eficácia, e o feto não deve ser considerado como tratado, sendo necessário o registro dessa informação no cartão da gestante. 3- É necessário intervalo de 30 dias entre o tratamento e o parto para o caso ser considerado adequadamente tratado. 4- O uso do preservativo deve ser orientado durante e após o tratamento do casal. Critérios para considerar tratamento adequado de sífilis na gestante. 1.Tratamento completo conforme o estágio da doença, feito com penicilina benzatina. 2.Tratamento finalizado em até 30 dias antes do parto. 3. Parceiro tratado concomitantemente. Notificação Compulsória 2004: Gestante com sífilis - estado de São Paulo – Resolução SS-59 de 22/07/2004 . 2005: Gestante com Sífilis – Ministério da Saúde Portaria 33 de 14/07/2005. NOTIFICAR TODO CASO DE SÍFILIS NA GESTAÇÃO... META Eliminar a sífilis congênita como problema de saúde pública ( até 0.5 caso/1000 NV) através do diagnóstico precoce e da assistência adequada à 100% das gestantes e seus parceiros. A prevenção e o controle da SÍFILIS CONGÊNITA na Região Metropolitana do Estado de São Paulo Meta do Estado de São Paulo 0,5 caso/1000 nasc. Vivos em 2015 Evento marcador da qualidade de assistência à saúde materno-fetal 2005 a jun/2011 OMS considera a doença eliminada 8119 casos notificados 5,5% (ABORTOS, NATIMORTOS E ÓBITOS) Perfil das mães: mulheres jovens ( entre 15 e 19 anos) com menor percentual de pré-natal realizado (menos de 7 consultas) Curso de Atenção à Gestante e Puérpera no SUS SP LINHAS DE CUIDADO – Gestante e Puérpera Capacitação de médicos e enfermeiros obstetras Qualificação de 600 profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas unidades básicas de saúde no Estado de São Paulo, por meio de curso envolvendo as Linhas de Cuidado para a Gestante e puérpera no SUS/SP, cujos materiais técnicos já foram produzidos e divulgados em 2010. CONVÊNIO SES-SP-USP CURSO À DISTÂNCIA TOTAL DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS NA REDE Curso de formação de multiplicadores do teste rápido sífilis, HIV, Hepatites Parceria com o CRT 3 Fases: • Autonomia dos Municípios 140 • Formação de 200 multiplicadores • Formação de 4000 profissionais aptos a testagem SÍFILIS CONGÊNITA Manual Técnico do Pré-natal e Puerpério - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - 2010 Quando o teste (VDRL) é feito durante a internação para o parto, além de interromper a evolução da infecção e suas seqüelas irreversíveis, possibilita o tratamento precoce da criança. Para o controle de cura, indica-se a realização do VDRL após 30 dias do término do tratamento. Nas gestantes, o VDRL de seguimento deve ser realizado mensalmente e a duração da gestação pode não ser suficiente para a negativação. Cura sorológica – queda dos títulos no VDRL: duas diluições ou diminuição de quatro vezes os títulos; por exemplo, de 1/8 para 1/2; ou 1/128 para 1/32. SÍFILIS CONGÊNITA Manual Técnico do Pré-natal e Puerpério - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - 2010 Tratamento da gestante: • Sífilis primária – penicilina benzatina 2,4 milhões UI, via intramuscular, em dose única (1,2 milhões, IM, em cada glúteo). • Sífilis secundária e latente recente (menos de 1 ano de evolução) – penicilina benzatina (2,4 milhões UI, via intramuscular, repetida após 1 semana. Dose total de 4,8 milhões UI). • Sífilis latente tardia, terciária ou evolução com tempo indeterminado ou desconhecido – penicilina benzatina 2,4 milhões UI, via intramuscular, semanal, por 3 semanas. (Dose total de 7,2 milhões UI). Ações da Assessoria Técnica em Saúde da Mulher Capacitação de médicos e enfermeiros obstetras Articulado ao projeto de melhoria da assistência ao pré-natal e puerpério, houve um investimento na qualificação dos profissionais para a melhoria da assistência ao parto, com a realização de 20 cursos ALSO (Advanced Life Support in Obstetrics), capacitando, em torno de 1994 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros. Foram também realizados 3 cursos de Reanimação Neonatal nos três departamentos regionais de saúde prioritários. PROPOSTAS Redução da Mortalidade Materna • • • • • • • Definir a implantação da Linha de Cuidado da Gestante como um dos Eixos prioritários do processo de regionalização da atenção à saúde no estado de São Paulo; Pactuar nos Colegiados de Gestão Regional a implantação da Linha de Cuidado da Gestante; Elaborar, em parceria com as instâncias afins da SESSP e municípios, um plano para adequar os serviços de saúde/pontos de atenção à gestante, no que se refere à estrutura, à tecnologia necessária e à organização do trabalho; Qualificar maternidades estratégicas para atenção às gestações/médio risco em todos os CGR, e adequar a oferta regional de leitos de atenção às gestações de alto risco Manter o compromisso assumido pela SESP de fornecimento contínuo de medicamentos e insumos para o acompanhamento pré natal, bem como dos cartões da gestante Atualizar os documentos técnicos de apoio à implantação da Linha de Cuidado e elaborar manual técnico para assistência ao parto e às emergências obstétricas Manter as ações de educação permanente para a qualificação de médicos e enfermeiros para a atenção pré- natal, ao parto e às emergências obstétricas PLANO DE AÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA À MULHER NO ESTADO DE SÃO PAULO • • • • • Criação do Guia de serviços da saúde para atenção a meninas e mulheres em situação de violência do Estado de São Paulo: guia de cidadania estadual em parceria com a faculdade de medicina da USP/OPAs e Cealag, migrando os dados existentes, ampliando as informações e qualificando, para facilitar o acesso das mulheres e profissionais de saúde. Criar um marco legal, junto com o Dr. Mapelli, para todos os nossos serviços que prestam atenção obstétrica no estado de São Paulo e articular com a secretaria de segurança pública/ MP a possibilidade de que os atendimentos realizados pelos serviços de saúde sirvam de laudo e contraprovas. Criar uma rede de centros de referência no Estado a partir do referido mapeamento, escolhendo 05 dos 12 serviços que realizam todas as ações assistenciais incluindo a interrupção da gravidez prevista por lei, (investir R$100.000,00 para reforma, adequação e compra de equipamentos). Investir no núcleo de violência do HPB, com reforma melhoria do espaço físico e IML, além de investimentos nos recursos humanos, com a contratação de 14 pediatras e 7 ginecologistas /obstetras ligados ao núcleo de violência. Os pediatras depois poderiam ser lotados nos centros de referência da criança( Darcy e Candido). Implantar a ficha de notificação de vigilância às violências do Ministério da Saúde a qual é utilizada em nossos serviços. OBRIGADA! KARINA CALIFE [email protected] [email protected] 11- 30668575