Idade Moderna: séc. XV-XVII d.C Profª Karina Oliveira Bezerra 4ª aula Nova mentalidade • A passagem do feudalismo para o capitalismo: comércio/burguesia • A formação dos Estados Nacionais: política/economia/mercantilismo/navegaç ões • O movimento da Reforma • O desenvolvimento da ciência natural • A invenção da imprensa • Antropocentrismo Renascimento • Humanismo: Razão e liberdade • “Que obra-prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Que capacidade infinita! Como é preciso e bem-feito em forma e movimento! Um anjo na ação! Um deus no entendimento, paradigma dos animais, maravilha do mundo.” Shakespeare. Hamlet. Questão 01 • O Renascimento designa o movimento de renovação artístico e intelectual iniciado na Itália no século XIV, atingindo seu apogeu no século XVI e expandindo-se por toda Europa. Sobre a íntima relação entre Renascimento e filosofia, é CORRETO afirmar: a) A vida contemplativa se torna mais importante que a vida ativa, tendo em vista a sobrevalorização da visão religiosa do mundo. b) Neste momento histórico é inaugurada uma nova visão de mundo chamada de teocêntrica. c) É o momento por excelência da releitura filosófica dos gregos. d) A filosofia neste período foi destacada como serva da teologia. Método matemático- experimental • Na tradição grega aristotélica, para se entender uma coisa não era preciso estudá-la experimentalmente. • Entretanto, Galileu – professor de matemática da Universidade de Pisa – decidiu, de forma inovadora • https://www.youtube.com/watch?v=BUZ0q87S9FQ • https://www.youtube.com/watch?v=M3oLEGlzs6k Questão 03 • Uma das características do Renascimento e da Modernidade que lhe é associada é um processo de secularização da ciência que se expressa por uma dissociação entre a teologia e a filosofia da natureza. A secularização da ciência realiza-se na separação entre razão e fé, as verdades científicas tornam-se independentes das verdades reveladas. Assinale o que for correto. • 01) O processo de secularização na Modernidade modifica o caráter da ciência; essa deixa de ser essencialmente contemplativa para transformar-se em uma ciência instrumental, cujo objetivo é conhecer a natureza para intervir nela, controlá-la e apropriar-se da mesma para fins úteis. 02) O mecanicismo constitui-se em um aspecto importante da ciência moderna. A natureza e o próprio ser humano são comparados a uma máquina, isto é, a um conjunto de mecanismos cujas leis precisam ser descobertas. 04) Copérnico encontra em Aristóteles os fundamentos teóricos para combater a Descartes (1596-1650):pai da filosofia moderna Descartes começa por refletir sobre as perguntas inquietantes do cético: Será que nossos sentidos não nos enganam sempre? O que é que garante que não estamos sempre alucinando ou sonhando? "A filosofia nos ensina falar com aparência de verdade sobre todas as coisas, e nos leva a ser admirado pelos menos eruditos. . . . [Contudo, apesar de] a filosofia ter sido cultivada por muitos séculos pelas melhores inteligências que jamais viveram, . . . não há, nela, uma só questão que não seja objeto de disputa, e, em conseqüência, que não seja dúbia. Para ele, a filosofia somente seria capaz de escapar dos ataques do cético se tivesse, como base de sustentação, um ponto de apoio arquimédico que fosse certo e indubitável. É a busca desse ponto de apoio que caracteriza sua filosofia. A matemática o impressionou, "por causa da certeza de suas demonstrações e da evidência de seu raciocínio" Um indivíduo (seja ele uma pessoa comum ou um cientista) desenvolve muitas de suas crenças antes de chegar à idade da razão. Mesmo depois da idade da razão, frequentemente adquire crenças através do exercício não-crítico de sua atividade sensorial, de testemunhos não confiáveis de outros, de apelo a autoridades indignas de crédito. Quem pretende ser racional em suas convicções, tem, mais cedo ou mais tarde, de limpar a sua mente de todas as suas crenças, duvidando de tudo aquilo que é incerto e passível de dúvida, e reconstruindo suas crenças sobre um novo fundamento, certo e indubitável. Examinando com atenção o que eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário, pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas seguia-se mui evidente e mui certamente que eu existia; ao passo que, se apenas houvesse cessado de pensar, embora tudo o mais que alguma vez imaginar fosse verdadeiro, já não teria qualquer razão de crer que eu tivesse existido, compreendi por aí que era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. René Descartes. Discurso do método.