Sexo e Destino
{Jul 17, 2013 - Cap. 6 ao 10
Capítulo 5 – Aula Passada
Na aula anterior vimos que....
•Neves se revolta ao ver a cena de
Nemésio e Marina abraçados;
•Felix adverte que não nos cabe
condenar ou julgar ninguém;
•Neves pede desculpas por ter sido
descaridoso e insensato;
•Félix abraça-o e pede que Neves
esqueça e recomece.
Importante ressaltar:
• Quando Félix entra naquele ambiente, as vibrações Marina e Nemésio começaram a se modificar, em decorrência da sua presença, sob a influência da sua
vibração.
• Félix poderia ter distanciado Neves da filha, para que este não perdesse o equilíbrio, porém percebeu que o coração de pai ainda não estava preparado ao
desprendimento preciso.
Capítulo 6
• Felix,
Neves e André deixam a casa de Beatriz e vão até o apartamento onde reside
Marina, para conhecer a família da moça.
• Na
entrada, percebem que o lar está desprotegido, sob aspecto espiritual.
• Duas
entidades desencarnadas,
de aspecto grosseiro, conversam
como se a casa fosse delas.
• Os
moradores encarnados não
suspeitam do perigo.
• Felix,
Neves e André entram sem
serem percebidos e, na sala
principal, um cavalheiro de traços
finos, aparentando uns 45 anos,
estava recostado num divã lendo
o jornal e fumando um cigarro.
– Este é Cláudio – disse Félix.
É o dono da casa e pai de Marina.
Capítulo 6
• De
repente, aproximam-se de
Clauduio, as duas entidades
desencarnadas.
• Um
deles aderiu ao perispírito de
Cláudio, como se fora um sapato
ajustado ao pé, e incentiva-o a beber.
• Cláudio
não registrou a voz, mas,
recebeu a sugestão. Foi até um
móvel, pegou um copo, encheu-o de
uísque e tomou o conteúdo num só
gole.
• Feito
isso pensou em sentar-se, porém a outra entidade, assim que viu Cláudio livre,
investiu sobre ele protestando: “– Beber, beber. Também quero beber.”
•
Cláudio, absolutamente passivo, colocou nova dose no copo. Integraram-se ambos
em exótico sucesso de enxertia fluídica. Fundiram-se os dois, como se morassem
eventualmente num só corpo. Altura idêntica. Volume igual. Movimentos sincrônicos.
Identificação positiva.
Capítulo 6
Espíritos Vampirescos –Desencarnaram no vício do álcool e continuam
buscando, desesperadamente, pela bebiba. Através da obsessão alcoólica
buscam suprir essa necessidade.
• Neves,
indagou o motivo de Félix
não interferir, socorrendo Cláudio
dos obsessores.
• Ele
esclareceu que esta era a
classificação que Neves lhes estava
dando – “obssessores”, mas que
aos olhos de Cláudio, que é um
homem livre e em perfeitas
condições de escolha, os dois, na
realidade eram “sócios”, portanto
nada justificaria separá-los, mesmo
que a título de socorro.
A justiça só cerceia as manifestações de alguém quando este compromete
a segurança e o equilíbrio de terceiros; mesmo assim, somente quando não
estejam em perfeitas condições de escolha.
Capítulo 6
• Dito
isto, Félix envolveu Cláudio fluídicamente e acariciando-lhe a cabeça, exclamou:
• “-Quem
poderá afirmar que amanhã,
Cláudio não se renovará para o bem,
ajudando os companheiros que o
deprimem?
• Por
que repudiá-los apenas por serem
ignorantes e infelizes? E nós, não
necessitamos igualmente do auxílio
uns dos outros?
• Por
outro lado, ainda não investigamos
a causa da ligação entre eles para
cunhar opiniões extremadas. Quando
terá nascido a comunhão do trio? ”
• Nada
legitimaria um ato de violência da nossa parte, mesmo que o intuito de separálos, seja a título de socorro.
• Contudo,
quando merecem algum amparo de exceção, a Espiritualidade pode suscitar
medidas especiais, à determinadas pessoas, impondo aflições e dores de grande
importância, com o objetivo de livrá-las da queda em desastres morais iminentes.
Capítulo 6
Félix, falando sobre a relação existente entre
“conhecimento” e “responsabilidade”, acrescenta:
−
−
−
−
Toda criatura vive na área de responsabilidade que a lei lhe delimita.
A responsabilidade de alguém se enquadra ao tamanho do
conhecimento superior que esse alguém já adquiriu.
Os compromissos da consciência assumem as dimensões da autoridade que lhe foi atribuída.
Uma pessoa com grandes cabedais de autoridade pode elevar extensas
comunidades ao progresso e ao aprimoramento, assim como afundálas em estagnação e decadência.
Naturalmente, governantes e administradores, em qualquer tempo,
respondem pelo que fazem. Cada qual dará conta dos recursos que lhe
foram confiados e da região de influência que recebeu, passando a
colher, de modo automático, os bens ou os males que haja semeado.
Capítulo 6
Pontos importantes para analisarmos:
1. O encarnado nem sempre é vítima, como pensamos. Ele pode estar
em total sintonia com o desencarnado, inconscientemente, e através
da mesma faixa vibratória estar fazendo as mesmas opções e
escolhas.
2. Não nos cabe julgar, principalmente com base apenas nas aparências.
Não podemos esquecer da nossa condição de imortalidade, portanto,
da nossa limitação de conhecimento e compreenção.
3. Muitas vezes, apesar de acharmos não ser justo aquilo que está
acontecendo, servirá exatamente como instrumento de crescimento
para aquela pessoa. Precisamos agir com cuidado.
4. Fica claro que os espíritos não nos impedirão de fazermos as nossas
escolhas.
5. Como exemplo de um “amparo de exceção”, podemos sitar uma
passagem no livro Ação e Reação, onde vemos que o plano espiritual
provocou um ataque cardiaco na pessoa para gerar medo na mesma,
distanciando-a do vício.
Capítulo 7
•
Ainda na casa de Claudio, nossos amigos entraram no quarto de uma jovem, de
aproximadamente 20 anos, que parecia estar em dificuldades. Félix informou que
tratava-se de Marita, e antes de se retirar, pediu que André fizesse a anamnese
através do pensamento, incentivando a jovem a rememorar sua vida para que então
pudessem auxiliá-la.
• Marita assimilou o apelo, e sua tela
mental passou a mostrar lembranças
de sua infância. Ela havia sido adotada
pelo casal Nogueira.
•
•
Sua mãe biológica na época trabalhava
na casa desse casal. Foi uma jovem
muito bonita que havia engravidado do
namorado, porém esse não quis assumir
a criança. Depois do nascimento de
Marita, ela ficou deprimida e numa
noite, tomada pelo desespero, cometeu
o suicídio, sorvendo grande dose de
formicida.
Marita de início considerara Dna. Márcia sua mãe verdadeira. Tinha Marina como
irmã e juntas iam à mesma escola, brincavam e vestiam roupas iguais.
Capítulo 7
•
•
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•
•
•
De súbito, em lágrimas, Marita lembrou da sua festa de formatura, aos 11 anos de
idade, quando naquele dia Dna Márcia contou-lhe a verdade, de que fora adotada.
Mesmo tratando-a bem, a partir daí traçou-se uma fronteira entre ela e a família.
Começava, para Marita, o conflito da vida inteira. Perdera a alegria de viver, sentiase lesada.
Seus sofrimentos eram amenizados
pela atenção do pai adotivo que se
fazia mais terno.
Aos 17 anos de idade, Cláudio
providenciou-lhe trabalho como
balconista em uma loja de bijuterias
finas.
Marita passou então a sonhar com um
príncipe que viria oferecer-lhe um lar,
anestesiar seu coração, ser feliz como
esposa e mãe.
Nesse momento, o vulto de um jovem apareceu nítido na tela mental. Marita amava
aquela pessoa, um rapaz que conhecera no escritório do seu chefe.
Capítulo 7
•
•
•
•
•
André reconheceu aquele perfil.
Era o mesmo Gilberto dos pensamentos
de Marina. As duas moças sentiam o
mesmo afeto por Gilberto – neto de
Neves.
Quando Marita conheceu Gilberto,
sentiram afinidade um pelo outro.
Surpreendeu-se com a coincidências
de ele ser filho do dono da imobiliária
onde Marina trabalhava.
Marita confiava integralmente em Gilberto que lhe prometera casamento em breve.
Amava-o e sentia-se amada. Com isso foi possível desligar-se das dificuldades
domésticas.
Nesse instante Marita recordou o recente afastamento de Gilberto. Na véspera, sem
ser vista, Marita surpreendera a irmã e Gilberto num diálogo estranho, repleto de
ternura.
Neste ponto das lembranças, agora amargas, Marita estirou-se no leito em lágrimas
convulsivas.
Capítulo 8
•
•
Claudio, o pai adotivo de Marita, a ouve chorando e bate à porta. André e Neves,
aliviados pelo socorro paterno que estava a caminho, intuíram a moça para que
abrisse a porta.
Cláudio entrou, porém não vinha só. Uma daquelas entidades desencarnadas,
enrodilhava-se ao seu corpo, formando um quadro de possessão compartilhada.
Nesse caso, a responsabilidade está dividida pelos dois, em quotas iguais.
•
•
•
O diálogo entre ambos,
magnetizador e magnetizado,
exteriorizava-se em cenas e sons.
O magnetizador impelia Cláudio
para a jovem. Percebia-se que a
ligação entre ambos vinha de
longe.
Cláudio oscilava entre a posição
de “pai” e a de “homem
enamorado”. Não fosse o medo
de ser julgado pela jovem, como
um homem desonrado, tomá-la-ia
nos braços ali mesmo. Tinha sede
de ternura.
Capítulo 8
•
Marita viu Claudio e deu um olhar de súplica, porém logo em seguida percebeu quais
eram suas verdadeiras intenções. Ela já havia notado uma mudança do trato paterno
nos últimos tempos, porém recusáva-se a aceitar que estava sendo visada por ele.
Nesse momento reuniu todas as forças e colocou-se em posição de alarme e suplica:
“– Papai, não me faça mais infeliz... Poupe-me a humilhação!...”
•
•
O pai, diante de sua reação,
desliga-se momentaneamente
do amigo desencarnado,
contudo, esse retoma o domínio
e o conflito na meste de Cláudio
recomeça.
Cláudio segura-lhe as mãos
entre as dele, e diz que sabe
sobre Gilberto e que ele não a
merece. Marita percebe o perigo
e confessa seu amor por
Gilberto.
Capítulo 8
•
•
Cláudio se enfurece pela recusa, muda a postura e reclama de seu casamento e da
falta de carinho.
Marita pede para ele não continuar falando, mas Cláudio, conta que certa noite a
vira nos braços de Gilberto, portanto, ela não precisava usar de falso pudor e
continua:
“–Fiz tudo para esquecer aquela
cena e não pude... O que fazer
com esta inclinação que me
arrasta?
Desde que a vi menina, carrego
esta idéia fixa...
Se eu fosse religioso, diria que um
demônio mora dentro de mim.
Um demônio que me atira
constantemente sobre você.
Queria pensar em você apenas
como sendo minha filha, crescida
em meus braços, mas não
consigo...”
•
•
•
Marita se desespera. Parecia que tudo conspirava contra ela, foi quando inesperadamente a porta da casa se abriu e Márcia, a esposa de Cláudio, entrou ruidosamente no apartamento. Com o susto, Cláudio desvencilhou-se do obsessor e
rapidamente planejou algo para justificar sua presença naquele quarto
Claudio mente dizendo que
ao chegar em casa sentiu
cheiro de gás, abriu as janelas, e ouviu um gemido no
quarto das meninas e, lá
chegando vira Marita, que
sonâmbula, choramingava.
Estava ali para acordá-la do
pesadelo. Tudo ‘explicado’,
enquanto Marita escondendo
o próprio sofrimento chorava
baixinho, Cláudio e Márcia
foram para a sala.
Capítulo 9
Marcia disse que largou o que fazia ,
pois uma preocupação que algo estava
acontecendo foi eminente e ela voltou
para casa.
• Cláudio e Márcia acomodaram-se na sala.
Ela, elegantemente vestida, penteada e
maquiada, olhava o companheiro,
estudando-lhe as mínimas reações em
proveito próprio.
•
•
•
•
Cláudio, preocupado por ter sido pego em
flagrante, aparentava uma tolerância que
não era habitual; precisava afastar
qualquer dúvida sobre o que acontecera.
A desconfiança era recíproca. Cada frase dita vinha pré-fabricada, dissimulando o
pensamento. Márcia disse ao marido que tinha assuntos graves para falar, e não se
sentia à vontade de decidir sem ele.
Cláudio, sentindo-se acuado, tirou a ‘máscara’ colocando-se em guarda e alegando
cansaço pediu a Márcia que fosse breve.
Capítulo 9
•
•
•
•
•
Márcia contou-lhe então que estava
adoentada e devido a despesas
extras com consultas médicas, pedia
a Cláudio ajuda financeira.
Cláudio não deu atenção aos
padecimentos de Márcia e perguntou se era só isso que ela queria e
tencionou afastar-se.
Diante da sua atitude fria, Márcia
revoltou-se, queria falar-lhe sobre
assuntos familiares graves.
Iniciou dizendo que Marina andava cansada do trabalho na imobiliária dos Torres, e
ainda ajudava o patrão, cuidando da esposa Beatriz que estava presa num leito de
morte.
Irônico, Cláudio ponderou que havia visto Marina numa casa noturna ao lado do patrão,
Nemésio Torres, e que surpreendera-se muito com as atitudes íntimas entre os dois.
Capítulo 9
•
Márcia, assustada, percebendo que o marido sabia algo sobre o assunto, em
tom de acusação, disse que ele era desinteressado pelos assuntos do próprio
lar, e que provavelmente não sabia que Gilberto, o filho de Nemésio, tivera um
namorico com Marita, mas que na verdade era apaixonado por Marina.
•
•
Cláudio, sabendo que Marita ouvia
tudo do quarto, resolveu tirar proveito
da situação, incentivando Márcia a
continuar falando sobre o assunto.
Ela então falou das juras amorosas de
Gilberto por Marina e o desejo do
rapaz de se casar com ela.
Cláudio concordou com essa
possibilidade e disse que esperava o
moço pedir-lhe a mão de Marina em
casamento. Marita ouviu tudo e
entrou em desespero.
Capítulo 10
•
•
•
Marita chorava inconsolada.
Diante do que ouviu, entendeu os
motivos do afastamento da irmã e
a indiferença de Gilberto.
Sua vontade era matá-los ou
desaparecer. No entanto, admitiu
para si mesma que não seria
capaz de matar ninguém,
entretanto, seria melhor morrer do
que perder Gilberto. E a idéia do
suicídio asilou-se em sua mente.
Depois, pensando melhor, viu que estava sendo covarde e resolveu lutar por
Gilberto. Mas, e se ele não a quisesse? Além disso, havia as investidas do pai
adotivo. Pela primeira vez sentia medo do lar.
Capítulo 10
•
•
Marita lembrou-se da mãe biológica. Desejava naquele momento tornar-se criança
e ter a mãe ao seu lado, contar-lhe suas mágoas... Foi quando, de repente, duas
senhoras desencarnadas penetraram o ambiente, sem serem percebidas por ela.
Uma delas, de aspecto menos experiente, aproximou-se da menina afagando-lhe os
cabelos.
•
•
•
Era sua mãe, Aracélia, a
jovem do retrato que Marita
conservava em imagem nas
telas do pensamento.
Sentou-se no leito tendo a
cabeça da jovem no seu colo
e de imediato a moça acalmouse.
Aracélia orou e cantou
baixinho, emocionando-se até
as lágrimas.
Capítulo 10
•
•
Marita, qual se fora
repentinamente
magnetizada, caiu em
pesado sono.
Como não estava em
condições de amparar a
filha por mais tempo,
Aracélia afastou-se com
a pessoa que a trouxera.
Nesse momento, Marita
afastou-se do corpo denso,
com pouca lucidez.
• De repente, lembrou-se de Gilberto. Sem perceber a presença dos desencarnados,
dirigiu-se rapidamente para a residência de Nemésio e ali chegando, demandou o
dormitório localizado nos fundos da moradia. Sobreveio então o choque doloroso.
Marita surpreendeu Gilberto nos braços da irmã.
•
•
Instantes depois despertou agitada. Acendeu a luz e sentou-se na cama. Doía-lhe
a cabeça. Não lembrava o que acabara de ver, mas tinha a alma oprimida e
somente conseguiu conciliar o sono aos clarões da manhã.
Boa Noite
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Sexo e Destino Cap. 6 ao 10 (RosanaDR)