ANÁLISE BENEFÍCIO-CUSTO PARA POLÍTICAS DE DEFESA FITOSSANITÁRIA Sílvia Helena G. de Miranda CEPEA/ESALQ-USP Contato: [email protected] Workshop “Ameaças Fitossanitárias para o Brasil” Embrapa Estudos e Capacitação – Brasília 26 a 30 de março/2012 Roteiro de apresentação 1. Introdução: Importância econômica da Defesa Agropecuária 2. Impactos de eventos sanitários 3. Aplicação da ABC para análise de impactos de políticas 4. Estudos de caso 5. Comentários finais e perspectivas de novos desenvolvimentos 1 - INTRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA DEFESA AGROPECUÁRIA Defesa sanitária e questões econômicas 1 – Restrição orçamentária 2 – Dificuldade de articulação, sensibilização e ações conjuntas público-privadas em Defesa Agropecuária 3 – Impacto sobre comércio internacional - Exportação x Importação 4 – Ações preventivas x ações curativas • Entrada de pragas, disseminação de pragas Representação dos Gastos Sanitários Autorizados e dos Gastos Sanitários Executados em R$ mil (5,2% dos gastos autorizados do MAPA em 2008) Fonte: Miranda e Ximenes (2009). Calculado com base nos dados de Tesouro Nacional. Disponível em: <https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/cofin/dotacao_vs_desp_param.asp>. Jan/2009 Pragas introduzidas no Brasil selecionadas. Fonte: Miranda e Ximenes (2009) 8 RISCOS PARA O BRASIL 17 7 19 Número de espécies A1 para o Brasil presentes na América do Sul (dados parciais). Extraído de Sugayama (2009) 4 4 12 23 13 1 18 17 2 Espécies A1 Contexto internacional • Falta de um modelo econômico para avaliar impactos, inclusive sociais e ambientais, para atender aos requisitos da ISPM 11 (IPPC), nas Análises de Risco de Pragas • Exportações - Restrições que o Brasil sofre devido a pragas exógenas – ex: mosca da fruta; • Importações - caso do trigo com os EUA • O comércio de produtos é umas das principais vias de introdução de espécies exógenas. Lawley (2008): é a principal via nos EUA • Entre 1984 e 2001: APHIS interceptou 42 mil pragas acionáveis (McCullough et al. 2006) • Bigsby (citado por Calvin e Krissoff, 1998): Há incerteza no nível de pragas associado ao comércio. Portanto, há base para preocupações legítimas ou para argumentos convenientes para impedir transações comerciais. • Quando há baixa probabilidade mas alto impacto potencial – conservadorismo no controle sanitário • Lawley (2008) – fiscalizações nas fronteiras são usadas para proteger produtores nos EUA, independentemente do dano esperado 2 - IMPACTOS DE EVENTOS SANITÁRIOS Tipos de impactos • Impactos econômicos: - Redução da produtividade e produção e aumento no custo de produção - Redução nas exportações - Efeitos sobre preços domésticos ou internacionais - Sacrifício de animais – redução de plantel ou erradicação de plantas - Impactos sociais - Choques sobre mercado de empregos (pode haver grande impacto regional) - Expulsão de culturas de regiões e desarticulação de suas estruturas produtivas - Expulsão de pequenos agricultores - Impactos ambientais - Intensificação no uso de defensivos - biodiversidade Experiência de análises de outros países • Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2008), estudos realizados nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, África do Sul, Índia e Brasil: prejuízos econômicos anuais causados pelas pragas introduzidas giram em torno de US$ 250 bilhões. 3 - APLICAÇÃO DA ABC PARA ANÁLISE DE IMPACTOS DE POLÍTICAS Aplicações em defesa agropecuária • Inúmeros objetivos podem ser atendidos: • Ajustar um modelo de ABC aplicável à avaliação das políticas de defesa sanitária para controle, prevenção e erradicação de pragas exóticas • Aplicar o modelo ABC em análise ex-ante, preventiva, para analisar potencial impacto de novas pragas • Aplicar modelo ABC para avaliar o retorno de instrumentos de política de defesa ou de política agrícola – ex: do seguro agrícola Metodologia • Análise Benefício-Custo (ABC) • Consiste no levantamento dos benefícios e custos (tangíveis e intangíveis) relacionados à atividade ou projeto ou ação analisada. • Elementos importantes: - Características da praga - Escopo geográfico analisado; - Hospedeiros primários, secundários; - Segmentos da cadeia, produtos e mercados afetados; - Impactos analisados; - Existência de dados e informações e modelos das pragas para outros países, na ausência de dados para condições domésticas - Horizonte temporal relevante. Procedimentos para Análise 1 – Definição dos elementos importantes para a análise: praga, produtos e agentes afetados, delimitação geográfica e temporal e impactos relevantes 2 – Identificação de modelo epidmiológico e projeção da disseminação da doença 3 – Definição dos cenários analisados 4 – Projeção de receitas e custos nos cenários - identificação de benefícios das ações/políticas (uso das “perdas evitadas”) 5 – Cálculo do Valor Presente – definição de taxa de desconto 6 – Comparação dos cenários (alternativas políticas, ações, etc) 4 - ESTUDOS DE CASO Estudos de caso • Mosca da carambola • Gripe aviária • HLB (Greening) para São Paulo • Cancro e Greening: São Paulo e Paraná (em andamento) • Seguro sanitário citrícola (em andamento) Despesa do MAPA com o Programa de Erradicação da Mosca da Carambola (2008-2010). Dotação autorizada e despesa executada. Em R$ 1000 (Fonte: dados do Tesouro Nacional) 19 Padrão de disseminação da Mosca-dacarambola proposto Estados; Regiões críticas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Norte Amapá X Pará Amazonas Outros estados no N Centro-Oeste Nordeste Maranhão/Piauí Ceará Bahia/Pernambuco Outros estados do NE Sudeste Sul Fonte: Miranda, Nascimento e Ximenes (2010) 20 Benefícios (Perdas evitadas) e Custos (R$) Casos: manga, goiaba e laranja Perdas Sem controle para outras moscas e r=13,66 Custos do programa Perdas Custos do programa Perdas Custos do programa Com controle para outras moscas e r=6,25% 29.367.526,76 1.862.328.700,54 2.714.872.310,60 0 0 29.367.526,76 2.714.872.310,60 29.367.526,76 2.685.504.783,84 774.754.192,40 0 0 29.367.526,76 Benefícios (Perdas A-Perdas B) 774.754.192,40 Custo (Custo A-Custo B) Saldo líquido (Benefícios-Custos) Perdas Custos do programa 29.367.526,76 745.386.665,64 1.047.979.847,60 0 0 29.367.526,76 Benefícios (Perdas evitadas A-Perdas B) Custo (Custo A-Custo B) Saldo líquido (Benefícios-Custos) 29.367.526,76 1.891.696.227,30 Benefícios (Perdas evitadas A-Perdas B) Custo (Custo A-Custo B) Saldo líquido (Benefícios-Custos) Com controle para outras moscas e r=13,66% 0 Benefícios (Perdas evitadas A-Perdas B) Custo (Custo A-Custo B) Saldo líquido (Benefícios-Custos) Sem controle para outras moscas e r=6,25% CENÁRIOS A (Ausência de (Manutenção dos programas programas de controle e atuais) erradicação) 1.891.696.227,30 0 1.047.979.847,60 29.367.526,76 1.018.612.320,84 21 RELAÇÃO BENEFÍCIO-CUSTO = 35,7 Fonte: Miranda, Nascimento e Ximenes (2010) 22 ESTUDO DA GRIPE AVIÁRIA Tabela 7 – Dotação autorizada1 de recursos do Ministério da Agricultura- Secretaria de Defesa Sanitária nos programas de Prevenção, Controle e Erradicação de Doenças da Avicultura. 2005 a 2008 (Em Mil R$) Projeto/Atividade Prevenção, Controle e Erradicação de Doenças de Aves 2005 3.000,00 2006 5.414,15 Prevenção, preparação e enfrentamento para uma pandemia de Influenza Ações emergenciais de proteção contra IA 2007 2008 3.680,00 9.311,70 24.000,002 Fonte: SIAFTesouro Nacional. Disponível em: <https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/cofin/dotacao_vs_desp_param.asp>. Abril/2010. 1 Os dados de dotação autorizada foram preferidos aos de dotação executada, tendo em vista que representam o montante total disponibilizado para a política de defesa sanitária em análise. 2 Crédito extraordinário, com execução em 2006 e 2007. 23 Valores presentes totais das perdas evitadas e dos custos dos programas de controle e erradicação da Influenza Aviaria, para o Cenário III (entrada da doença pelo Sul), considerando quatro anos de horizonte de impactos, à taxa de juros de 6,25%. Em Milhões R$ Cenários Valor das perdas (R$) Custos do Programa (R$) A (Ausência de programas B (Manutenção dos de controle e erradicação) programas atuais) 0 24,7 bilhões 0 51,7 milhões Benefícios (Perdas A – Perdas B) 24,7 bilhões Custo (Custo B- Custo A) 51,7 milhões Saldo líquido: Benefícios-Custos (R$) Relação Benefício-Custo 24,65 bilhões 477,38 Cancro cítrico • Erradicação e controle curativo x Prevenção • Áreas com histórico e sem histórico • Convivência no Paraná x Erradicação em São Paulo • Há cenários que evidenciam a razão pela qual os produtores, sem a ação do Estado, tenderiam a não eliminar as plantas doentes inteiras e o raio determinado pela legislação • Relações B/C encontradas variam de 12,82 a -0,33 (quando se comparam diversos tratamentos com o não controle) – Sanches e Miranda (2012, em andamento) Fonte: Elaborado com dados do Fundecitrus (2011) Projeção da incidência do cancro cítrico (%) para o Estado de São Paulo e região Noroeste, usando curva de Gompertz. 2009 a 2030. Projeção da incidência da doença 120 100 Incidência ( % ) 80 60 40 20 0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 Estado Noroeste Produção acumulada de caixas (milhões) em diversos cenários . Período de 20 anos. Diversos cenários (prevenção e curativo). Fonte: Sanches e Miranda (2012) 7,600 7,400 7,200 7,000 6,800 6,600 6,400 6,200 6,000 Cen 1 Cen 3 Cen 4A Cen 4B Cen 4C Cen 4D Cen 4E Cenário 5 Cenários 1 e 2 = Prevenção; Cenário 3 = controle com monitoramento externo; Cenário 4 = doença em expansão, variando % de talhões doentes erradicados; Cenário 5 = sem controle Greening (Estudo com apoio do Fundecitrus) • Quarentenária A2 • Bactéria (Candidatus) transmitida pela Diaphorina citri (psilìdeo que se hospeda nos citros e na murta) ou por enxertia/mudas infectadas • Manejo utilizando diversas medidas é a única forma eficiente de contenção da doença, até que surja alguma técnica de controle efetiva da doença • Impacto sobre os custos de produção variam muito • Instrução Normativa n.53 (2008): obrigatoriedade do produtor realizar inspeções trimestrais • Final de 2009 - mudança na condução política da defesa fitossanitária na citricultura paulista – ver índices de incidência recentes Incidência de HLB em plantas por tamanho de propriedades em SP. Fonte: dados do Fundecitrus (extraído de Bassanezi, 2012) 30 Modelo Epidemiológico • Curva de progresso da incidência da doença no talhão • y = proporção de árvores sintomáticas no momento t • y0 = proporção de árvores sintomáticas na primeira constatação de sintomas • rG = taxa anual de progresso da incidência da doença Proporção das copas tomadas pela doença: S = proporção dos sintomas na copa de uma planta em função dos anos após aparecimento do sintoma t = idade da planta quando aparecem os primeiros sintomas S0 = severidade inicial Fonte: Bassanezi e Bassanezi (2008) Gastos com programa de defesa em citricultura em 2009 1) Recursos Fundecitrus (contribuições dos citricultores e indústria de suco) = R$ 7,8 milhões; e 2) Recursos do Ministério da Agricultura = R$2,8 milhões 3) Estimativa do Fundecitrus para implementação da IN 53: para parque citrícola de 200 milhões plantas = R$99,5 milhões por ano - Destes, cerca de 33 milhões seriam gastos pelo Fundecitrus e governos e o restante, pelo produtor Resultados • Conforme os distintos cenários, a relação benefício-custo da manutenção do apoio ao programa de defesa do Greening é: • Para o governo: relações B/C acima de 30 • Para o setor privado: relações de 2,9 a 10 Outros efeitos • Sobre arrecadação do governo • Segundo Neves et al (2010), a cadeia citrícola arrecada US$189 milhões em impostos no Brasil • Com base nos dados de Miranda, Adami e Bassanezi (2011): perdas da ausência de um programa de controle do HLB poderiam chegar a 76,4 vezes mais a arrecadação anual da cadeia citrícola. • Ambiental • Em 2010: perda de mais de 10 mil kg mel no CentroOeste Paulista devido à morte de milhões de abelhas supõe-se que devido ao maior uso de inseticidas na região Cancro cítrico e Greening – Seguro sanitário em São Paulo • Projeto Estadual de Subvenção do Prêmio de Seguro da Sanidade do Pomar Citrícola • O governo deve subsidiar o prêmio do seguro para produtores? Para quais produtores? Quais as vantagens? Qual o valor ideal da indenização? Resultados Seguro Sanitário na safra 2010/2011 e Proposta de Renovação na safra 2011/12 2010/11 Valor dos prêmios R$ 34,09 arrecadados (Prêmio milhões Subvenções concedidas/ 15.196 2011/12 Prêmio Estimado R$ 34,84 milhões estimado) Propostas de Propostas enviadas) 17.054 renovação enviadas Quantidade de plantas seguradas 61,2 milhões Quantidade de pés plantas a serem 85,8 milhões pés seguradas Número de indenizações 12.657 Estimativa de indenizações Fonte: Comunicação pessoal com Ricardo Sassi em 2011 14.700 5 - COMENTÁRIOS FINAIS E PERSPECTIVAS DE NOVOS DESENVOLVIMENTOS Impactos gerais identificados nas análises • Sobre indústria fornecedora de insumos, sementes, mudas: • Greening (viveiros); Vendas de defensivos • Impactos sobre outras culturas, substitutas • Impactos sobre tecnologia de produção e de controle de pragas vigentes; • Prospecção, pesquisa • Impactos sobre o comércio exterior; • Ex: mosca da carambola (exportação frutas), suco de laranja (disponibilidade de matéria-prima) • Impactos sobre distribuição geográfica da produção: efeito do HLB na realocação do citros – Ver caso da Bahia • Impactos sobre consumo de bens finais • Ex: gripe aviária – consumo de carnes (substituição) • Impactos sobre contas do governo • arrecadação tributária • Impactos sociais e ambientais: perda de postos de emprego (citricultura para outros de menor remuneração), degradação ambental (uso excessivo de cobre, pulverizações aéreas contra psilídeo) Temas para discussão Importância da identificação e quantificação dos impactos da entrada de pragas Como estimular e promover a cooperação da iniciativa privada nas ações em prol da defesa Transparência dos impactos como instrumento de orientação da população Construção de cenários para análise dos impactos Argumentação pelo fortalecimento de orçamento para a Defesa Agropecuária - alta relação benefício-custo e elevadas “perdas evitadas” Identificação também de impactos sociais e ambientais Importância da avaliação para as negociações do Brasil no âmbito sanitário Investimentos em formação multidisciplinar dos agentes envolvidos com Defesa Agropecuária 39 Referência MIRANDA, Sílvia H.G.; NASCIMENTO, A.M.; XIMENES, V.P.; BASSANEZI, R.B.. Uma Aplicação da Análise Benefício-Custo para Políticas de Defesa Sanitária: Alguns Estudos de Caso para o Brasil. Relatório de Pesquisa. 110p. Outras referências: BELASQUE Jr., J.; BASSANEZI, R.B.; YAMAMOTO, P.T.; AYRES, A.J.; TACHIBANA, A.; VIOLANTE, A.R.; TANK Jr, A.; Di GIORGI, F.; TERSI, F.E.A.; MENEZES, G.M.; DRAGONE, R.; JANK Jr., H. e BOVÉ, J.M. Lessons from Huanglongbing management in São Paulo State, Brazil. Journal of Plant Pathology v.92, n.2, p.285-302, 2010b. FIGUEIREDO, M.G. Retorno econômico dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na citricultura paulista. Tese Doutorado. ESALQ – USP, Piracicaba. 154p. 2008. VO, T.T.; MILLER, C.E. (Coord.) Viabilidade Econômica da Erradicação da Mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) da América do Sul. APHIS/USDA(Relatório). Mimeo (Tradução de Regina Sugayama).1995. 42p. PREVENÇÃO Quantidade de varreduras Talhões que recebem varreduras DOENÇA EM EXPANSÃO CONTROLE Cen. 1 Cen. 2A Cen. 2B Cen. 2C Cen. 3A Cen. 3B Cen. 4A Cen. 4B Cen. 4C Cen. 4D Cen. 4E Cen. 5 0 6 6 6 Fundecitrus 6 0 6 6 6 6 0 0% 2x o número 2x o número 2x o número 2x o número de talhões de talhões de talhões Fundecitrus de talhões com histórico com histórico com histórico infectados 0% 2x o número 2x o número 2x o número 2x o número de talhões de talhões de talhões de talhões infectados infectados infectados infectados 0% Quantidade de inspeções 1 1 1 1 Fundecitrus 1 0 1 1 1 1 0 Plantas erradicadas 0 0 0 0 100% dos talhões infectados 100% dos talhões infectados 0 20% dos talhões infectados 40% dos talhões infectados 60% dos talhões infectados 90% dos talhões infectados 0 Taxa de disseminação da doença 0 0 0 0 Controle Controle Expansão 80% Expansão 60% Expansão 40% Expansão 10% Expansão Expansão Quantidade de 0 5 jovens 5 jovens 5 jovens 0 0 5 jovens 5 jovens 5 jovens 5 jovens 5 jovens aplicações cúpricas % de talhões que recebem aplicações cúpricas 3,5 formados 3,5 formados 3,5 formados 3,5 formados 3,5 formados 3,5 formados 3,5 formados 3,5 formados 0 0,5% 1% 5% 0 0 100% dos talhões infectados 80% dos talhões infectados 60% dos talhões infectados 40% dos talhões infectados 10% dos talhões infectados 0 0