Arquitetura & Urbanismo - PUC.Goiás
2015.1
Arquitetura, sombra e conforto
Foto: Dirceu Trindade
Estudo da
insolação e o
projeto das
proteções
solares
Prof. Ms. António Manuel Corado Pombo Fernandes
Arquitetura e Conforto Térmico
Definindo a insolação de fachadas
Com o conhecimento explicitado na
primeira aula de abertura e se vocês
resolveram o exercício N. 1 da lista
dada passaram a conhecer o ‘b a ba’
do processo inicial da insolação:
1) A carta solar, o caminho aparente do
sol: entender as linhas do solstício de
inverno, dos equinócios, e do solstício
de verão, e as linhas dos horários;
2) E, principalmente, (questões 3) os
horários de insolação de uma fachada
nas datas-base, dado o azimute de da
fachada. Como no caso ao lado,
repatindo o caso mostrado na aula de
abertura (Az. = 45º). Confira outra vez!
3) O entendimento do até e do após foi
esclarecido na aula prática, na
resolução das questões 3 e 4, ex nº 1.
Fachada Az. = 45°: horários de insolação
Croquis do autor
A (s. inverno) - até às 14:45
B (equinócios) - até às 13:00
C (s. verão) - até às 11:30
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Definindo a orientação de fachadas
Determinar o azimute, ângulo marcado a partir do Norte no sentido horário,
das fachadas a partir da planta e tendo o Norte definido; quando a planta é
retangular ou quadrada as demais fachadas terão azimute somando-se 90º
(veja a planta retangular: A = 300º (porquê?), B = 30º, C = 120º e D = 210º).
Quando a planta é irregular, isto é, ângulos não retos, é preciso uma certa
disciplina na aplicação de conceitos básicos da geometria elementar. As
plantas abaixo, um triângulo retângulo e um quadrilátero irregular podem
ter suas fachadas definidas (azimutes) a partir de critérios simples:
Se a = 60º,
c = 30º
Os ângulos internos de um
quadrilátero somam sempre 360º.
Assim, os ângulos 1 e 2 são
suplementares (1 + 2 = 180º) já
que os outros dois somam 180°
Se você ainda tem
dúvidas sobre isto,
abra e estude:
2ª Aula – Reforço
o Ex. 2 trata disto.
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Arquitetura e Conforto Térmico
Transferidor de Ângulos de Sombra
e seu uso
Nesta segunda aula vamos introduzir o segundo e
último instrumento gráfico necessário para entender o
caminho aparente do sol e para poder decidir e projetar
proteções solares:
Ângulos verticais,
brises horizontais
Ângulos horizontais,
brises verticais
Transferidor de ângulos de sombra
Adaptado de CAVALEIRO e SILVA, 1969, p. 90
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A primeira aplicação do
transferidor é a análise mais
detalhada da insolação que
atinge uma fachada
identificando a posição do sol,
pela direita, frontal, pela
esquerda ou com altura baixa,
média ou alta.
D: solst. inverno, 10 horas:
vem frontal, com altura média.
E: solst. inverno, 12 horas: vem
pela esquerda, com maior
altura.
F: equinócios, 08 horas: vem
pela direita, com altura baixa.
G: solst. verão, 10 horas: vem
pela direita, e muito alto.
Transferidor sobre a carta solar
Croquis do autor
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Tipologias das Proteções Solares
A mais específica e importante aplicação do transferidor é a determinação
de ângulos de proteção (horizontais ou verticais) da insolação que atinge
uma determinada fachada e, com isso, definir máscaras de sombra
definindo desempenhos para o projeto das proteções solares.
As proteções solares clássicas dividem-se em três tipos:
Proteções Horizontais (resolvidos em corte)
Proteções Verticais (resolvidos em planta)
Proteções Mistas (resolvidos em planta e corte)
Além de entender a lógica da geometria da máscara é importante
perceber que existem inúmeras soluções arquitetônicas e construtivas
para atender ao mesmo desempenho: cada proteção tem uma máscara,
mas para cada máscara você poderá desenhar infinitas alternativas de
proteção e, assim, adequá-la á sua arquitetura!
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Proteções horizontais diferentes com a mesma máscara
Croquis do autor
Proteções horizontais
Eixo preponderante: horizontal
Ângulos de sombra verticais (em corte)
(α’ – sombra, α - aberto)
Um ângulo de proteção pode ser garantido
com “mil” soluções de proteção.
Máscara de sombreamento
Croqui do autor
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Proteções verticais
Eixo preponderante
vertical
Ângulos de sombra
horizontais (em planta)
(β e β’ – sombra à direita
e à esquerda)
Os ângulos de proteção
pode ser garantido com
inúmeras soluções de
proteção.
Brises verticais:
proteção simétrica
Brises verticais:
proteção assimétrica
Croquis do autor
Croquis do autor
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Proteções mistas
Eixos horizontal e vertical
Ângulos de sombra horizontais e verticais
(em corte e em planta)
Uma mesma proteção pode ser garantida
com inúmeras soluções de proteção.
Brises em grelha diferentes
Máscara de sombreamento
Croquis do autor
Croqui do autor
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E ainda, é bom saber!
Inclinação do sol e atmosfera
Adaptado de OLGYAY, 1957: 56
Radiação solar e altura solar
Adaptado de OLGYAY, 1957, p. 56
Transferidor para ângulos de incidência
Transferidor para cálculo da radiação
Adaptado de CAVALEIRO e SILVA, 1969, p. 92
Adaptado de OLGYAY, 1957, p. 60
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Transferidor de ângulos de sombra
Croquis do autor
Adaptação gráfica do transferidor
Croquis do autor
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
> FERNANDES, A. M. C. P. Arquitetura e sombreamento: parâmetros
para a região climática de Goiânia. Goiânia: dissertação de mestrado,
2007.
> FERNANDES, A. M. C. P. Clima, homem e arquitetura. Goiânia: Trilhas
Urbanas, 2006.
> OLGYAY, Aladar; OLGYAY, Victor. Solar control and shading devices.
New Jersey: Princeton University Press, 1957.
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