A. A. Nunes, M. L. B. Martinez, E. T. Wanderley Neto, A. M. M. Diniz, A. M. Nóbrega, R. Salustiano H. R. P. M. de Oliveira, J. I. L. Uchôa Sumário Introdução; Sistemas de Aterramento e Correntes de Falta; Sistema Ressonante Princípio de Funcionamento; Sintonia; Operação. Vantagens da Aplicação; Problemas e Dificuldades; Considerações Finais. Introdução Sistema amplamente utilizado em diversos países Europeus; Tecnologia inovadora no Brasil; Um único sistema em operação no Brasil: Subestação de Canudos (AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A.). Três sistemas serão instalados: Operação temporária (15s) sob falta: Subestação de Novo Hamburgo 2 (AES Sul); Subestação de Estância Velha (AES Sul). Operação Permanente sob falta: Subestação de Novo Hamburgo (AES Sul). Sistemas de Aterramento e Correntes de Falta Neutro solidamente aterrado; Corrente de falta: entre 1 e 10 kA Sistemas de Aterramento e Correntes de Falta Neutro aterrado por “bobina de Petersen”, ou aterramento ressonante; Corrente de falta: entre 1 e 100 A; Sistema Ressonante Aterramento do neutro é realizado através de uma bobina; Sintonizado com a capacitância fase-terra total da rede na qual esteja instalado; Tem como objetivo eliminar a corrente de falta alimentada pelo acoplamento capacitivo entre a rede e a terra, através da injeção de corrente por meio da bobina sintonizada: A corrente indutiva é defasada de 180º e com magnitude igual a da corrente capacitiva do sistema; Sistema Ressonante Uma componente resistiva da corrente resultante das perdas na isolação do sistema ainda permanecerá, juntamente com uma componente resistiva decorrente da bobina, devido à mesma não ser puramente indutiva: Parcela restante da corrente de falta. Adoção de um sistema inversor conectado ao sistema de aterramento: Responsável por injetar uma corrente que eliminará a componente resistiva resultante; Eliminação da corrente de falta. Princípio de Funcionamento Eliminação da corrente capacitiva: Princípio de Funcionamento Eliminação da corrente capacitiva: Princípio de Funcionamento Eliminação da corrente resistiva: Princípio de Funcionamento Eliminação da corrente resistiva: Sintonia Indutância da bobina ajustada para compensar o acoplamento capacitivo da rede: Monitoramento contínuo devido as variações do sistema; O valor da indutância vista pelo sistema pode ser alterado através do chaveamento de um banco de capacitores conectado à uma bobina no secundário do reator. Sintonia Ponto de Ressonância: Sintonia Na prática, não se consegue um sistema perfeitamente sintonizado em função da limitação dos equipamentos; Tolerâncias de até 10% não são prejudiciais à operação do sistema. Operação Modos de operação quanto a continuidade do serviço: Temporário (15 s) ou permanente; Definidos pelas necessidades da concessionária; Partem dos valores de sobretensão que ocorrem nas fases sãs quando o sistema está sob falta monofásica franca. Tensão da fase com defeito tende a zero; Tensões nas duas fases sãs sobem para 1,73 p.u., ou seja, sobem para o valor de tensão fase-fase: Devido ao deslocamento do neutro em relação ao referencial de terra. 40 [kV] 25 10 -5 -20 -35 -50 0,00 0,05 (file Sistema_CND_AL01.pl4; x-var t) v:TRS02A 0,10 v:TRS02B 0,15 0,20 0,25 0,15 0,20 0,25 [s] 0,30 v:TRS02C 40 [kV] 25 10 -5 -20 -35 -50 0,00 0,05 (file Sistema_CND_AL01.pl4; x-var t) v:TRS02A-v:TRS02B 0,10 v:TRS02B-v:TRS02C v:TRS02C-v:TRS02A [s] 0,30 Vantagens da Aplicação Redução do stress do aterramento das subestações se comparado as redes com neutro isolado; Redução dos danos no local da falta; Auto-extinção dos arcos devido ao atraso no restabelecimento da tensão fase-terra; As tensões de linha permanecem constantes para os consumidores; Possibilidade da continuidade do fornecimento do serviço durante uma falta fase-terra. Redução do número de desligamentos; Melhoria nos índices de qualidade; Redução do número de acidentes envolvendo faltas a terra e, consequentemente, redução do número de indenizações relacionadas a estes acidentes. Problemas e Dificuldades A utilização da bobina de Petersen exige que durante o curto fase-terra, a sintonia seja mantida; Em redes cuja topologia pode ser alterada é necessário que a bobina disponha de método de variação continuo, associado a uma medição também continua da corrente capacitiva. Sobretensão durante defeito fase-terra: A tensão nas fases sãs, sobe de √3, ou seja, sobem para 1,73 p.u.; Para operação temporária, a isolação do sistema de distribuição suporta sem restrições (capacidade normalizada de 1 minuto dos equipamentos); Para operação permanente pode haver restrições na suportabilidade de cabos isolados e equipamentos: A isolação dos condutores não constitui impedimento, pois em geral ela é dimensionada para suportar surtos atmosféricos e de manobras; Os pára-raios de resistor não linear a óxido metálico sem centelhadores necessitam ser substituídos obrigatoriamente quando da possibilidade de operação sustentada. Considerações Finais Eliminação da corrente de falta: Corrente capacitiva; Corrente resistiva; Operação temporária: Necessidade apenas da eliminação de defeitos transitórios; Aterramento sólido após tempo determinado; Redução do tempo em que o sistema ficaria sujeito a sobretensão. Operação permanente: Fornecimento contínuo por tempo indeterminado durante falta fase-terra; Equipamentos sujeitos a sobretensão permanente: Redimensionamento dos equipamentos: Custo com redimensionamento. Considerações Finais A instalação do sistemas tem-se mostrado viável mesmo considerando-se os custos agregados ao redimensionamento da coordenação de isolamento; Redução do número de desligamentos; Melhoria nos índices de qualidade; Redução do número de acidentes envolvendo faltas a terra e, consequentemente, redução do número de indenizações relacionadas a estes acidentes. Se mostra notadamente desejável, no Brasil, ao se considerar a extensão das redes de distribuição aéreas existentes, mesmo em grandes centros urbanos, favorecendo a ocorrência de graves incidentes. OBRIGADO PELA ATENÇÃO! Arimatéa Araújo Nunes Laboratório de Alta Tensão Universidade Federal de Itajubá [email protected] Manuel Luís Barreira Martinez Laboratório de Alta Tensão Universidade Federal de Itajubá [email protected]