ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA
Identificados
na realidade
Ausência
de Deus
Partilhar sua
experiência, ser
presença
O auxílio dessa realidade é conhecido como:
• Quem nós somos – Espiritualidade
• O que nós fazemos – Missão
• O que nós devemos Ser – formação
Esses três setores estão interligados.
• Os diálogos com todos os setores, afirma a
nossa identidade missionária.
• “Tudo é missão, mas não tudo é nossa
missão”, Nessa perspectiva como construir a
espiritualidade missionária?
Espiritualidade
• Trinitária, pois ela é relacional e cósmica, na
comunhão.
• Dificuldade atual é: “escolher as obras de
Deus, mas não o próprio Deus”.
Temos desenvolvido uma espiritualidade de
“passing over” “Êxodo Pascal”(atravessar)
para outras culturas e povos. Antes de tudo,
devemos deixar nossas pátrias ou lugares de
conforto (deixar é necessário; muitos
missionários de fato, nunca deixaram ), e
passam para as culturas dos povos, línguas,
padrões econômicos.
Espiritualidade – estar em movimento
Missão é sair de si e o missionário é aquele que
está sempre em movimento. Inspirado por
Jesus, seu modelo e impulsionado pelo carisma
pessoal, o missionário sempre caminha em
direção aos lugares onde ele se sente chamado
fazer o bem. Nos últimos anos devido aos
contextos atuais do mundo, o mover-se do
missionário está
se
enfrentando
sérios
obstáculos.
Portanto algumas pistas concretas para sair.
OUVIR
O primeiro subsídio para mover-se se encontra
no verbo OUVIR. O ouvir muitas vezes
entendido como escutar. A espiritualidade bíblica
é enraizada no ouvir, pois nós chamamos a
bíblia como Palavra de Deus, onde Ele fala e nós
o escutamos. O ouvir acontece somente na
oração silenciosa. Jesus sempre teve seus
momentos de oração e neles confirma-se seu
movimento missionário. Como dizem os nossos
antepassados a água que flui sempre se
mantém limpa, assim o missionário que ouve
Deus em silêncio mantém seu fluir constante.
VER
O segundo subsídio que poderia ajudar o missionário é o
verbo VER. O investimento no verbo ver no movimento
missionário se encontra principalmente nas tradições
orientais. As imagens esculpidas das divindades
normalmente são instaladas nos templos. O devoto ia ao
templo ver o divino nas imagens e ser visto pelo divino,
possibilitava na construção da espiritualidade. Esse
espírito mantinha o missionário mover-se. Impulsionado
neste espírito o missionário é chamado ver as pessoas,
realidades e situações e mover-se.
Fidelidade
O ouvir e o ver diário do missionário o leva ao terceiro e
mais importante subsídio que é FIDELIDADE. De todas
as questões que os missionários enfrentam hoje, talvez a
mais importante e a mais problemática é a própria
fidelidade. Percebemos que hoje as coisas mudam
rapidamente, tudo parece impermanente. A mudança
depende da noção de que algumas coisas imutáveis.
Podemos todas as coisas externas da vida: o lugar onde
nós vivemos, o trabalho que fazemos e como fazemos,
ainda assim podemos ficar fieis desde que a definição
interior de quem somos absolutamente não mude. A
fidelidade não está em recusar a mudança ela está em
fazer todas as mudanças necessárias para trazer de
volta os ideais a partir dos quais operamos. Fidelidade
não é a estabilidade do lugar, mas do coração.
Sete traços da Espiritualidade Missionária
• Lucidez crítica ou clareza das propostas da missão;
• Aproximar a realidade da missão a luz da fé;
• Contemplação sobre a caminhada, estar aberto ao
mistério de Deus;
• Estar consciente do Deus bíblico: “ o Deus que fez opção
livre pelos pobres”: Três atitudes: Acolher, Partilhar e
Servir;
• Acolher a cruz da conflitividade, quer dizer, assumir
causas com conflitos;
• Assumir a rebeldia evangélica, contra mecanismos de
lucro;
• Esperar contra toda Esperança, avançar na terra
prometida.
Perigo dos três desejos
• Desviar o propósito da missão
Espiritualidade
• Desvincular-se da missão Trinitária
Os diálogos setoriais
• Fuga dos conflitos pessoais
Atitudes reino-cêntricas da missão ad gentes
• Apelo de Jesus, essa atitude se constrói a partir
do contato com a realidade, que proporciona
crescimento e amadurecimento.
• Arlindo Dias, SVD, Apresenta algumas atitudes
que permeiam o universo cristão, inter-religioso
e multicultural.
Atitudes de Sabedoria
• Deus não é propriedade de ninguém, chega antes de nós,
e estará depois de nós.
• O divino é maior que a Bíblia e o Reino é maior que a
Igreja.
• Colocar os pés no chão, cabeça no pescoço, coração na
mão. A sintonia entre esses três trará a razão da missão,
pois a Salvação sempre é coletiva
• Liberta-se, para gerar libertação. Resgata-se a vida quem
se dispõe a perder a sua.
• Saber que as pessoas sempre estão dispostas a aprender
• Vigilância permanente; quem olha muito para fora pode
estar vazio por dentro
• Viver a alegria de ter descoberto que o bem é sempre
mais forte que o mal. “Pior do que uma igreja vazia é
uma igreja cheia de pessoas vazias.”
Conversão como espiritualidade
• Na mudança do paradigma da missão: a
conversão pessoal do missionário e o
modo de evangelizar a palavra de Deus se
destacam.
• Quatro conversões fundamentais que
refletem a vida do missionário.
Do ativismo à contemplação
Dentro desse quadro a missão é percebida
como o mistério e a graça de Deus. Somos
chamados a sentir a presença de Deus na
missão buscando o discernimento e ação
do Espírito Santo. A missão assume o
duplo sentido: ver Deus e ver o mundo
nos olhos de Deus. A contemplação se
torna um chamado a colaborar com a ação
do Espírito.
Do individualismo à colaboração
Esse quadro apresenta a compreensão da
missão como uma atividade comunitária.
O missionário é convidado a colaborar e
integrar seus pequenos projetos pessoais
com os grandes projetos da Igreja.
Da conquista ao diálogo
Esse elemento contempla a passagem do tempo
antigo ao tempo atual. O mundo atual é multi
polarizado onde o missionário não tem outra
opção do que dialogar e conviver com o
diferente. As comunidades missionárias se
tornam cada vez mais globais onde os membros
pertencem
as
diversas
nacionalidades,
continentes e culturas. O missionário é
convidado primeiramente elaborar um diálogo
vivencial com os membros de sua comunidade
e depois com os outros.
Evangelizar e ser evangelizado
A concepção da missão passou por uma mudança onde
o missionário não é mais convidado somente a dar aos
outros, mas também a receber. A experiência dos alguns
missionários apresentou um fato de que ninguém gosta
de receber eternamente. É humilhante ao individuo que
está no lado de receber perpetuamente onde ele é
considerado como inferior e incapaz de dar algo. Por
outro lado ninguém possui tudo para dar eternamente
aos outros. Evangelizar e ser evangelizado apresenta um
quadro de que o missionário deve ir a missão com “meia
mala” para que possa preencher o restante da mala com
os elementos de outra cultura. Ir a missão com a “mala
cheia” pode trazer riscos para a atividade missionária.
Cinco elementos
caracterizam a Vida
Religiosa missionária da
Travessia:
1.Mística
2.Missão Profética
3. Visão Planetária
4. Diversidade dos
Estados de Vida.
5. Fraternidade
1. MÍSTICA, quer dizer
sobretudo centrar-se no
seguimento de Jesus,
alimentar-se com a
Palavra e a Eucaristia e
fazer um caminho de
integração pessoal e
iluminação.
2. MISSÃO
PROFÉTICA
comporta todas as
formas de diálogo e
anúncio com o
mundo atual, a
encarnação no
mundo dos pobres
e a inculturação da
fé em contextos
cada vez mais
diversificados da
sociedade
contemporânea.
3. VISÃO PLANETÁRIA significa repensar
completamente o estilo de viver, de produzir e
consumir, em vista da continuidade do
planeta... A vida e a missão sairão do âmbito
dos muros da instituição e a consciência se
expandirá para a Casa Comum que é o planeta.
4. A DIVERSIDADE
DOS ESTADOS DE
VIDA a pertença a
determinada família
religiosa não coincide
com a adoção de um
único estado de vida,
consolidado pela
profissão religiosa e a
vinculação definitiva a
um instituto. Priorizase o carisma, a
missão, a
espiritualidade
comuns.
5. FRATERNIDADE
Retoma e recria as experiências
bem sucedidas de vida
comunitária. Significa criar e
alimentar fortes vínculos, ao
concretizar um projeto de vida com
outras pessoas que partilham o
mesmo ideal.
Três cuidados
1. Cuidar de si
A vida pessoal, as relações, oração pessoal, leitura e momentos
de silêncio.
Como missionário devo-me manter vinculado à minha cultura de
origem. A importância de não perder as raízes.
Estar conscientes de que somos peregrinos, estamos em
movimento constante.
2. Cuidar da Igreja local
O nosso ser missionário é motivado pela Igreja
local/diocese/Congregação.
Minha identificação para com a Igreja local é algo fundamental.
3. Cuidar da Igreja global
Apresentar a dimensão da comunhão e universalidade da Igreja.
A Igreja é de todos.
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