Aluna: Monique A. de Souza C. Barreto
Mestre em Ciências da Saúde
Professor: Dr. Carlos Augusto Costa Pires; Dr. Fayez Bahmad Jr.; Dra. Isabela Monteiro
INTRODUÇÃO
• Objetivos da cirurgia para doenças crônicas da orelha média:
erradicar a doença e reconstruir um mecanismo transmissor
do som
• Numerosas técnicas de ossiculoplastia têm sido utilizadas para
reconstruir a cadeia ossicular
• Material ideal nas ossiculoplastias: biocompatível, estável,
seguro e de fácil aplicação
INTRODUÇÃO
• Reconstrução de alteração na OM pode ser alcançada por
vários meios-> utilização de cimento ósseo-> substâncias
utilizada em Odontologia como material de preenchimento e
cimentação.
• Pó misturado com dissolução de líquidos em uma mistura que
endurece dentro de alguns minutos através de uma reação
exotérmica.
INTRODUÇÃO
A mistura rápida dos dois
componentes do material
endurece a uma consistência
de osso em 5 a 10 minutos.
O cimento pode ser moldado
em alguns minutos antes do
endurecimento.
A utilização de cimentos
ósseos em ossiculoplastia
tem sido demonstrado por
vários estudos e é um
método confiável.
Moldagem de um enxerto
OBJETIVO
Avaliar os resultados audiológicos de 136 pacientes que se
submeteram a ossiculoplastia “rebridging incudostapedial”
com cimento ósseo ionomérico.
MATERIAL E MÉTODO
• Revisão de prontuários de 136 pacientes que se submeteram
a ossiculoplastia rebridging incudostapedial
• Período: entre março 2000 e setembro de 2007 (7 anos)
• Foram analisados os resultados auditivos pré e pós-cirúrgicos
• Aprovação do Conselho de Revisão Institucional
MATERIAL E MÉTODO
Critérios de inclusão: um ano de acompanhamento (exames),
livres de doenças do ouvido médio e mastóide, sem
colesteatoma, e cadeia ossicular intacta, (sem erosão) exceto
para a descontinuidade entre o processo longo da bigorna e a
cabeça do estribo e membrana timpânica intacta após a cirurgia
Foram obtidos limiares por tom puro de via aérea e óssea no
pré e pós-operatório.
Os resultados audiométricos pré e pós-operatório (1 ano)
foram comparados.
MATERIAL E MÉTODO
• Limiares audiométricos (via aérea) em 0,5, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 kHz
e via óssea em 0,5, 1, 2, 3 e 4 kHz.
• Limiares em 0,5, 1, 2, e 3 KHz para calcular a média
• O GAP aéreo-ósseo foi calculado para cada frequência
• American Academy of Otolaryngology-Cabeça e Pescoço e
Comitê em Audição e Equilíbrio -> uma diminuição do GAP
aéreo-ósseo de 20 dB foi considerado como bem sucedido.
• Estatística: Package for the Social Sciences 11.0 for Windows
(SPSS, Inc, Chicago, IL), um teste t emparelhado foi utilizado
para comparar os resultados pré e pós operatório.
MATERIAL E MÉTODO
Técnica: O ouvido médio foi exposto com uma incisão
pós-auricular, endoaural, ou abordagem transmeatal.
A mastoidectomia e remoção do tecido de granulação foi realizada
quando necessário.
Preparação do cimento ósseo. Pó e o líquido misturados numa placa de
metal. A mistura endurece rapidamente. Com o uso de uma agulha, foi
reconstruída a diferença entre a bigorna e a cabeça do estribo. A nova
ponte permitiu a continuidade estável entre os ossículos.
Posteriormente, a orelha foi fechada na forma padrão.
RESULTADOS
72 mulheres e 64 homens = 136
Idades: 14 a 62 anos (média 30).
Não houve complicações graves, como paralisia facial ou perda auditiva
neurossensorial.
RESULTADOS
GAP no pós-operatório ->
menor que 20 dB foi alcançado
em 81,6 % dos pacientes
As médias no pré-operatório
eram de 52dB e no pósoperatório de 32 dB
Os gaps aéreo-ósseos pré eram
35dB e ficaram em torno de 16
dB
DISCUSSÃO
Este estudo demonstrou uma melhora auditiva após a técnica
descrita, com cimento ósseo ionomérico.
Várias técnicas estão disponíveis para a reconstrução de
descontinuidade entre a bigorna e o estribo como próteses,
enxertos ósseos otogen, enxertos ósseos homogêneos e
outros tipos de enxertos.
Desvantagens destes materiais: altas taxas de extrusão e risco
de deslocamento, que pode resultar em perda auditiva
condutiva recorrente.
Vantagens do Cimento ósseo: melhora auditiva satisfatória,
facilidade de aplicação e baixo custo.
DISCUSSÃO
Aplicação de cimento ósseo é fácil.
Durante a aplicação do cimento ósseo deve-se ter cuidado
com hemorragia (deve ser controlada antes da aplicação)
porque pode interferir com o endurecimento do cimento.
Revestimento mucoso sobre ossículos deve ser removido e
cimento ósseo deve ser aplicado diretamente sobre o osso.
No caso de contaminação-> imediata aspiração deve ser
realizada com irrigação e aspiração múltipla com soro.
A quantidade de cimento utilizada em ossiculoplastia
é muito pequena quando comparado com cranioplastia.
DISCUSSÃO
A seleção dos pacientes em ossiculoplastia cimento
ósseo é essencial para obter resultados satisfatórios auditivos
pós-operatórios e também para evitar possíveis complicações
indesejáveis.
Ainda há controvérsia sobre os resultados a longo prazo
da ossiculoplastia com cimento ósseo.
A ponte pode quebrar a longo prazo e será necessária
revisão cirúrgica.
Apesar de um ano de follow-up ter sido suficiente para
obter resultados auditivos, os autores continuaram o
acompanhamento destes pacientes, a fim de avaliar os
resultados a longo prazo.
CONCLUSÃO
• Cimento ósseo é um material ionomérico confiável para
utilização em reconstrução ossicular devido à sua facilidade
de aplicação, relação custo-benefício, tolerância do tecido, e
resultados auditivos satisfatórios. A seleção dos pacientes é
obrigatória na obtenção de bons resultados auditivos.
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Using Surgical Observations of Ossicular Erosion Patterns to