Faculdade Vértice
Curso: Ciências:
Administrativas e Contábeis
Aula:1
Considerações Básicas do Comércio Internacional
Professor: Jefferson S. Fraga
Currículo
 Economista, formado pela Universidade Federal de São João
Del-Rei (UFSJ) e mestre em Economia pela Universidade
Estadual Paulista (FCLAR/UNESP). Tem experiência no
ensino superior lecionando disciplinas para graduação e pósgraduação. Já atuou como analista financeiro e presta
consultorias para empresas de pequeno e médio porte na área
de negócios e economia global. Têm artigos publicados em
periódicos científicos de extensão nacional e internacional,
textos em jornais de notícias e em sites da internet.
EMENTA
 Considerações Básicas do Comércio Internacional.
Mobilidade Internacional dos Fatores de Produção e do
Crédito. Política Comercial e o Sistema de Comércio
Mundial. Sistema Brasileiro de Comércio Exterior e
Políticas Nacionais de Comercialização Internacional.
PROGRAMA DA DISCIPLINA
 Bibliografia Básica
 BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
 CARVALHO, M. A. DE. SILVA, CESAR, R. L. DA. ECONOMIA
INTERNACIONAL. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
 KRUGMAN, PAUL; OBSTFELD, MAURICE. Economia Internacional.
Teoria e Prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003. ISBN 85-346-1043-6.
 Bibliografia Complementar
 LOPES, ALEXSANDRO BROEDEL. Finanças Internacionais: uma
introdução. São Paulo: Atlas, 2003. ISBN 85-224-3585-5
 MAIA, JAYME DE MARIZ. Economia Internacional e Comércio Exterior. 8
ed. São Paulo: Atlas,
2003. ISBN 85-224-3317-8
PROGRAMA DA DISCIPLINA






BANCO CENTRAL - http://www.bcb.gov.br/
CEOL – COMÉRCIO EXTERIOR - http://www.interlegis.gov.br/
COMEXNET – Portal do Comércio Exterior - http://www/comexnet.com.br
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA - http://www.ipea.gov.br/
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIAI E COMÉRCIO EXTERIOR http://www.desenvolvimento.gov.br
PORTAL DO EXPORTADOR - http://www.portaldoexportador.gov.br/index.asp
REGRAS
 Não serão aceitos trabalhos enviados para o e-mail do professor;
 Os alunos que faltarem ou entregarem os trabalhos fora do prazo
estipulado terão redução de 50% no valor dos mesmos. O prazo
para entrega dos exercícios em atraso será automaticamente, no
dia da próxima aula, após esse prazo os trabalhos não serão mais
aceitos.
 Trabalho retirado da internet ou copiado dos colegas (plágio) será
automaticamente anulado e o aluno não terá outra oportunidade
para refazer a atividade.
REGRAS: ABONO DE FALTAS
 O art. 47, § 3º, da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, dispõe que é obrigatória a freqüência de
alunos, salvo nos programas de educação a distância, que se regem por outras. É
admitida, para a aprovação, a freqüência mínima de 75% da freqüência total às
aulas e demais atividades escolares, em conformidade com o disposto na
Resolução nº 4, de 16/9/86, do extinto Conselho Federal da Educação.
 ABONO DE FALTAS
 Conforme Decreto-Lei 1044 de 21/10/69, a compensação da ausência às aulas
através de trabalhos domiciliares com o acompanhamento do professor, só é
permitida nos seguintes casos: gravidez (Lei 6202), doenças infecto-contagiosas
(Decreto-Lei Nº 1044), serviço militar (Decreto-Lei 715) e participação em
competições esportivas, quando o requerente representa o país (Resolução 03/96).
 Atenção: O interessado deverá requerer regime especial de estudos no início
do impedimento
Aula:1
U.E. 1
Considerações Básicas do
Comércio Internacional
CONCEITO:ECONOMIA INTERNACIONAL
 Parte da teoria Econômica que estuda as
relações entre os países, as quais envolvem
transações com mercadorias, transações com
serviços e transações financeiras.
 O comércio internacional ou comércio
exterior é a troca de bens e serviços através
de fronteiras internacionais ou territórios
SETE TEMAS SÃO RECORRENTES NO
ESTUDO DA ECONOMIA INTERNACIONAL







OS GANHOS DO COMÉRCIO;
O PADRÃO DE COMÉRCIO;
O PROTECIONISMO;
O BALANÇO DE PAGAMENTOS;
A DETERMINAÇÃO DA TAXA CAMBIAL;
A COORDENAÇÃO DAS POLÍTICAS INTERNACIONAIS;
O MERCADO DE CAPITAIS INTERNACIONAIS.
Especialização e ganhos de troca
Interdependência e Ganhos de Comércio
 Alternativas
Sociedade
para
Satisfazer
as
necessidades
a. Buscar auto-suficiência econômica
b. Especializar-se em algumas coisas e buscar interdependência
 Por que Interdependência é a regra?
da
OS GANHOS DO COMÉRCIO

Todos sabem que um pouco de Comércio Internacional é
benéfico.

No entanto, muitos são céticos em reconhecer os benefícios do
comércio de produtos que um país poderia produzir para si
mesmo.

Será que os norte-americanos não deveriam comprar produtos
norte-americanos, sempre que possível, para ajudar a garantir os
empregos nos EUA?

A noção mais importante de todas as economias internacionais
deve ser a idéia de que existem ganhos originados no comércio
isto é, que quando os países vendem produtos e serviços uns aos
outros, isto quase sempre ocorre em benefício mútuo.
OS GANHOS DO COMÉRCIO
 A variedade de circunstâncias sob as quais o
comércio internacional é benéfico é muito maior
que o que a maioria das pessoas reconhece.
 O comércio proporciona benefícios, permitindo
que os países exportem produtos cuja produção
faça uso relativamente intenso de recursos que
são abundantes localmente, enquanto importa
produtos cuja produção faça uso intenso de
recursos que são escassos localmente.
O PADRÃO DE COMÉRCIO
 Os economistas não podem discutir os efeitos do
comércio internacional ou recomendar mudanças
nas políticas governamentais relacionadas ao
comércio com confiança, a não ser que saibam
que sua teoria é boa o suficiente para explicar o
comércio internacional realmente observado.
 Portanto as tentativas de explicar os padrões de
comércio internacional – quem vende o quê
para quem – tem sido a principal preocupação
dos economistas especializados em economia
internacional.
O PADRÃO DE COMÉRCIO
 Alguns aspectos dos padrões de comércio são
de fácil compreensão.
 O clima e os recursos naturais explicam
claramente porque o Brasil exporta café e a
Arábia Saudita exporta petróleo.
 Por que o Japão exporta automóveis, enquanto
os Estados Unidos exportam aviões?
Ganho com Comércio
Vantagens Comparativas e Comércio
Internacional
PROTECIONISMO
 Se a idéia de ganhos do comércio é o conceito teórico
mais importante na economia internacional, a batalha
aparentemente eterna entre comércio livre e proteção é o
seu tema importante em relação à política econômica.
 Desde o surgimento das nações- estados modernas no
século XVI, os governos tem se preocupado com os efeitos
da concorrência internacional sobre a prosperidade das
indústrias nacionais, e tem tentado protegê-las da
concorrência internacional impondo limites às importações
ou auxiliando-as na concorrência mundial por meio dos
subsídios às exportações.
PROTECIONISMO
 A missão comum mais consistente da economia
internacional tem sido analisar os efeitos dessas
chamadas
políticas
protecionistase
normalmente, mas não, criticar o protecionismo
e
mostrar
as
vantagens
do
comércio
internacional mais livre.
 Desde a II Guerra Mundial, os Estados Unidos
tem defendido o livre comércio na economia
mundial, considerando o comércio internacional
a força não apenas para a prosperidade, mas
também para a paz mundial
BALANÇO DE PAGAMENTOS
 Em 1990, tanto o Japão quanto o Brasil obtiveram
grandes superávits comerciais – isto é, eles venderam
mais bens para o resto do mundo do que compraram.
 O que significa um país com superávit ou déficit
comercial?
 Para entender números como o déficit comercial, é
essencial colocá-los no contexto mais amplo de todas as
transações internacionais de um país.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
 O registro das transações de um país com o
resto do mundo é denominado Balanço de
Pagamentos.
 A explicação do balanço de pagamentos e o
diagnóstico do seu significado é o tema principal
da economia internacional.
BALANÇO DE PAGAMENTOS
 Ele emerge em uma diversidade de contextos
específicos
:
discutindo
os
movimentos
internacionais de capital, relacionando as
transações internacionais à contabilidade da
renda nacional e discutindo virtualmente todos
os aspectos da política monetária internacional.
 Assim como o problema do protecionismo, o
balanço de pagamentos tornou-se uma questão
central para os Estados Unidos, porque o país
tem apresentado déficits comerciais todos os
anos, desde 1982.
Balanço de Pagamentos
 A. Balança Comercial
 Exportações
 Importações
 B. Balança de Serviços
 Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e
dividendos, serviços governamentais e diversos
 C. Transferencias Unilaterais
 D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C)
 E. Movimento de Capitais
 Investimentos, re-investimentos, empréstimos,
financiamentos, amortizações, outros
 F. Erros e Omissões
 G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F)
Política Cambial
 Baseada na administração das taxas de câmbio,
promovendo alterações das cotações cambiais e no
controle das transações internacionais de um país.
 Taxa de câmbio: estabelece a conversibilidade de uma
moeda em outra. É a quantidade de moeda nacional
necessária para adquirir outra moeda.
 Taxas fixas: têm seu valor atrelado a um ativo padrão
(ouro, dólar ou similar). Para manter as taxas fixas, se
altera a quantidade de moeda negociada no mercado.
 Taxas flutuantes: as taxas acompanham as oscilações da
economia. Ajustam-se mediante alterações em seus
valores.
Políticas cambiais:
Mercado livre de Câmbio
Taxa de
Câmbio
Oferta de
Divisas
E1
E
E = equilíbrio
E1 = oferta > demanda
E2 = oferta < demanda
Demanda
de Divisas
E2
Quantidade
de Moeda
Variação Cambial
A DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL ESTIMULA AS EXPORTAÇÕES
E ENCARECE AS IMPORTAÇÕES, DESESTIMULANDO ESTA
FORMA DE COMÉRCIO.
COM A DESVALORIZAÇÃO, OS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS
NO PAÍS GANHAM INCENTIVOS, DADO QUE COM O MESMO
VOLUME DE MOEDAESTRANGEIRA É POSSÍVEL ADQUIRIR
MAIOR NÚMERO DE RECURSOS NACIONAIS.
COM A DESVALORIZAÇÃO, OS EMPRÉSTIMOS DO EXTERIOR
SE ENCARECEM, DIFICULTANDO O PAGAMENTO DA DÍVIDA.
Controle Cambial
DEFINE UNILATERALMENTE QUEM PODE OU NÃO TROCAR
A MOEDA LOCAL POR MOEDA ESTRANGEIRA.
EM GERAL, SE ADOTA O CONTROLE DE CÂMBIOS EM
MOMENTOS DE CRISES ECONÔMICAS, PARA EVITAR A
FUGA DE DIVISAS.
EMBORA JUSTIFICADO NO CURTO PRAZO, O CONTROLE DE
CAMBIOS PROMOVE DESCONFIANÇA DA COMUNIDADE
INTERNACIONAL E INTERNAMENTE FACILITA A CORRUPÇÃO.
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U.E. 1
Revisão: Formação dos juros na
economia, política monetária e
Fiscal
Formação dos Juros
O JURO EXPRIME O PREÇO DE TROCA DE ATIVOS
DISPONÍVEIS EM DIFERENTES MOMENTOS DO TEMPO.
TRATA-SE DE UMA REMUNERAÇÃO PELA ALOCAÇÃO
DE CAPITAL.
TAXA DE REFERÊNCIA: AS DECISÕES FINANCEIRAS SÃO
CONSIDERADAS ATRAENTES SOMENTE SE HOUVER
EXPECTATIVA DE RETORNO SUPERIOR A TAXA DE JUROS
DO DINHEIRO UTILIZADO.
NUM MERCADO LIVRE, A TAXA DE JUROS É FORMADA COM
BASE NAS TAXAS DE PREFERÊNCIAS TEMPORAIS DOS
AGENTES APLICADORES E NO RETORNO ESPERADO
PELOS TOMADORES.
Formação dos Juros
O GOVERNO TEM O CONTROLE EXCLUSIVO DOS MEIOS
DE PAGAMENTO E DA EMISSÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS,
ADMITIDOS COMO ATIVOS SEM RISCO.
TAXA PURA OU LIVRE DE RISCO: É AQUELA QUE PRECIFICA
OS ATIVOS DO GOVERNO NO MERCADO, CONSTITUÍNDO-SE
NA TAXA DE JUROS BASE DO SISTEMA ECONÔMICO.
A TAXA PURA SÓ INCLUI A REMUNERAÇÃO PELO SACRIFÍCIO
DA POUPANÇA, CONSTITUÍNDO-SE NO PISO PARA A
ESTRUTURA DE TAXAS DE RETORNO DA ECONOMIA, NAS
QUAIS TEREMOS, TAMBÉM, A REMUNERAÇÃO POR RISCO.
Política Fiscal
 Centraliza suas preocupações nos gastos do setor público e
nos impostos cobrados da sociedade.
 Procura o equilíbrio entre a arrecadação tributária e as
despesas governamentais.
 Objetiva atingir determinadas metas sociais e macroeconômicas.
 Através da modificação da carga tributária, influencia a
renda disponível e o consumo agregado. Assim, um aumento
de impostos gera uma redução do consumo.
 Haverá também uma redução dos investimentos das
empresas.
Política fiscal expansiva
Impostos
Consumo
Produção
Gastos
Investimento
Emprego
Déficit público
Política fiscal restritiva
Impostos
Consumo
Produção
Gastos
Investimento
Emprego
Superávit no orçamento público
Política Monetária
POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA É AQUELA QUE
ELEVA A LIQUIDEZ DA ECONOMIA, INJETANDO MAIOR
VOLUME DE RECURSOS NOS MERCADOS E ELEVANDO, EM
CONSEQÜÊNCIA, OS MEIOS DE PAGAMENTO.
ATRAVÉS DE UMA POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA, AS
AUTORIDADES MONETÁRIAS PROMOVEM REDUÇÕES DOS
MEIOS DE
PAGAMENTO DA ECONOMIA, RETRAINDO A
DEMANDA AGREGADA (CONSUMO E INVESTIMENTO) E A
ATIVIDADE ECONÔMICA.
Política Monetária
A POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA
SE APLICA
PARA DINAMIZAR O CONSUMO E O INVESTIMENTO
AGREGADOS, COM REFLEXOS POSITIVOS SOBRE A
EXPANSÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. APLICA-SE EM
MOMENTOS DE RETRAÇÃO ECONÔMICA.
A POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA, VISA A RESTRIGIR
A OFERTA DE CRÉDITO E ELEVAR SEU CUSTO, DE FORMA
DE
ADEQUAR
O CONSUMO E O INVESTIMENTO
AGREGADOS À OFERTA MONETÁRIA DA ECONOMIA.
Política monetária expansiva ou
expansionista
Oferta monetária
Consumo
Produção
Juros
Investimento
Emprego
Entrada de capitais
Inflação
Fuga de capitais
Política monetária restritiva
Oferta monetária
Consumo
Produção
Juros
Investimento
Emprego
Inflação
Entrada de capitais
Fuga de capitais
Referência Bibliográfica
 KRUGMAN, PAUL; OBSTFELD, MAURICE.
Economia Internacional. Teoria e Prática. 5 ed.
São Paulo: Atlas, 2003. ISBN 85-346-1043-6.
(capítulo 1)
Tema para debate
 Por que em épocas que antecipam as campanhas políticas a
política monetária e fiscal restritivas são raramente utilizadas?
 Por que Interdependência é a regra no comércio exterior?
 Quando o país não possui reservas (moedas externas) e o saldo do
Balanço de pagamento é deficitário. Quais as possíveis saídas
para essa economia?
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U.E_1_Conceitos_Bás.. - Webgiz