Título do Trabalho: Estrutura de um componente
arbóreo de um trecho de mata ciliar em santa maria/rs,
como subsídio para restauração ecológica - resultados
preliminares
Autores: Dimas Fogiatto Rossi e Karina Marques Wolf
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
Introdução
Mata Ciliar é toda formação típica da margem
de cursos d’água, limitando-se a esses como faixas de
largura variável. Para Martins (2001), a descrição florística
e estrutural de um remanescente vegetal pode indicar
diversos estágios da vegetação e perturbações do local.
Vários estudos vem testando modelos de implantação de
matas ciliares, para isso é muito importante ressaltar o
número de espécies utilizadas, os grupos e arranjos de
implantação das mesmas e até mesmo a importância dos
animais na reprodução das árvores (KAGEYAMA et al.,
2001).
Segundo as diretrizes de restauração apontadas
por Silva Júnior (2014), os levantamentos florísticos e
fitossociológicos em áreas de recuperação são
interessantes, pois as espécies apresentadas possuem maior
adaptação as condições ambientais alteradas, promovem a
manutenção da biodiversidade local e possuem potencial
para a restauração ecológica.
O objetivo deste trabalho foi analisar a
composição de um trecho de floresta ciliar de um afluente
do Arroio do Raimundo na região oeste do município de
Santa Maria/RS para futura restauração ecológica do local.
Título do Trabalho: Estrutura de um componente
arbóreo de um trecho de mata ciliar em santa maria/rs,
como subsídio para restauração ecológica - resultados
preliminares
Autores: Dimas Fogiatto Rossi e Karina Marques Wolf
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
Material e Métodos
O estudo abrangeu ao total 0,07 ha e foi
realizado em 370 metros de mata ciliar de um pequeno
afluente do Arroio Raimundo, na localidade do Passo da
Laranjeira, no município de Santa Maria/ RS.
Foram alocadas 7 parcelas disjuntas permanentes de 100
m² (10 m x 10 m), distanciadas 50 metros uma da outra e
dispostas paralelamente ao longo do curso do arroio.
Todos os indivíduos arbustivo-arbóreos foram mensurados
registrando-se a espécie; circunferência à altura do peito
(CAP) ≥ a 15,7 cm, altura total, posição sociológica e com
a finalidade de facilitar a orientação dentro das parcelas,
os eixos x e y de cada área foram demarcados.
Na análise dos dados, foram determinados:
Densidade (absoluta e relativa), Freqüência (absoluta e
relativa), Dominância (absoluta e relativa), Valor de
Importância (VI), Valor de Cobertura (VC), distribuição
diamétrica, Índice de diversidade de Shannon (H’), Índice
de equabilidade de Pielou (J’) e curva espécie-área.
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arbóreo de um trecho de mata ciliar em santa maria/rs,
como subsídio para restauração ecológica - resultados
preliminares
Autores: Dimas Fogiatto Rossi e Karina Marques Wolf
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
Resultados
Foram encontrados 108 indivíduos vivos,
distribuídos em 26 espécies arbóreas e arbustivas,
pertencentes a 22 gêneros e 15 famílias botânicas, sendo
Myrtaceae a família mais representativa com 33
indivíduos amostrados. As espécies com o maior índice de
valor de importância (IVI) foram Sebastiania
commersoniana
(Branquilho),
Myrcia
palustres
(Pitangueira-do-mato), Lithraea molleoides (Aroeirabrava) e Ocotea pulchella (Canela-lajeana). A análise da
distribuição diamétrica indicou que a comunidade
apresenta forma de J-invertido, com 57,4% de indivíduos
jovens (entre 5 e 10 cm de DAP) e capacidade
autoregenerativa. A curva espécie-área apresenta forma
exponencial demonstrando que a suficiência amostral não
foi atingida, para tanto, mais parcelas devem ser
amostradas para que se estabeleça o número de espécies
adequado para a população em questão.
O Índice de diversidade de Shannon encontrado
para a área de estudo foi de H’= 2,923 nats/indivíduo,
considerado intermediário quando comparado com outros
estudos da região e o Índice de Equabilidade de Pielou
foi de J’= 0,887, indicando que existem espécies com
maiores densidades do que outras.
Título do Trabalho: Estrutura de um componente
arbóreo de um trecho de mata ciliar em Santa Maria/RS,
como subsídio para restauração ecológica - resultados
preliminares
Autores: Dimas Fogiatto Rossi e Karina Marques Wolf
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
Imagens e Tabelas
Tabela 1. Levantamento florístico e estimadores fitossociológicos
apresentadas as 5 espécies com maiores IVIs (%) encontradas até o
momento. Onde: NI = número de indivíduos em 0,07 ha; DR =
densidade relativa; FR = frequência relativa; DoR = dominância
relativa; e VI = valor de importância.
Nome científico
Sebastiania
NI
19
DR
DoR
FR
VI
17,59 9,77
10,2
37,6
9
6
8,82
31,9
commersoniana
Myrcia palustris
12
11,11
12,0
2
Lithraea molleoides
4
3,70
11,5
6
5,88
5
Ocotea pulchella
5
4,62
9,70
21,1
4
4,41
18,7
4
Título do Trabalho: Estrutura de um componente
arbóreo de um trecho de mata ciliar em santa maria/rs,
como subsídio para restauração ecológica - resultados
preliminares
Autores: Dimas Fogiatto Rossi e Karina Marques Wolf
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
Discussão e Conclusão
Os dados preliminares indicam que a área
encontra-se em regeneração mesmo com a presença de
distúrbios, o Índice de diversidade de Shannon encontrado
foi considerado intermediário e o Índice de Equabilidade
de Pielou indicou que existem espécies com maiores
densidades do que outras.
Referências
Kageyama, P.; Gandara, F. & Cavalcanti, T. 2001. Estudo da
Biodiversidade em parcelas permanentes grandes, tendo
como base espécies arbóreas raras, visando à conservação
genética. Pp. 370-375 In: I. Garay & B. Dias Conservação
da Biodiversidade em Ecossistemas Tropicais. Ed. Vozes,
Petrópolis.
MARTINS, Sebastião Venâncio. Recuperação de matas
ciliares. Viçosa: Aprenda fácil, 2001, 143 p.
SILVA JUNIOR, J. C. C. protocolo técnico para restauração
florestal na região central do Rio Grande do Sul. Trabalho
de conclusão de curso. Universidade Federal de Santa
Maria/RS. 2014
Fitossociologia da estrutura horizontal e vertical das
espécies arbóreas de um fragmento de Mata atlânticaMG.
Lustosa Junior, I. M.; Rodrigues, M. I.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, f. C.; Gaspar, R.O.
Introdução
Os estudos florísticos e fitossociológicos,
segundo Velazco et al. (2015), proporcionam maior
conhecimento sobre a diversidade de um local e descrições
estruturais das comunidades vegetais, explicitam seu valor
de conservação e geram melhor compreensão para as
ações de manejo de um local, constituindo uma ferramenta
relevante em unidades de conservação que contêm
espécies de caráter endêmico ou de distribuição restrita.
A técnica não tem restrição quanto ao
ambiente, forma de vida e grupo vegetal, assim há
levantamentos, por exemplo, com árvores, ervas, planta
aquáticas e briófitas (PIVARI et. al., 2008; SOUZA e
RODAL, 2010; VARÃO et. al.,2011).
Esses estudos auxiliam na resolução dos
principais problemas florestais e agrícolas, mitigação de
impactos ambientais, geração de resultados científicos,
recuperação, conservação e manejo de comunidades e de
ecossistemas naturais, além de embasar na elaboração de
leis voltadas para a conservação e manejo do recursos
naturais.
Partindo desse pressuposto, objetivou-se
analisar as estruturas horizontal e vertical, por meio de
levantamento florístico-fitossociológico, de um Fragmento
Florestal Estacional Semidecidual-MG.
Fitossociologia da estrutura horizontal e vertical das
espécies arbóreas de um fragmento de Mata atlânticaMG.
Lustosa Junior, I. M.; Rodrigues, M. I.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, f. C.; Gaspar, R.O.
Material e Métodos
Para caracterizar a composição florística e a
estrutura fitossociológica das tipologias vegetais presentes
no fragmento de Floresta estacional semidecidual, nos
municípios de Mariana e Ouro Preto, MG, foi utilizado o
método de amostragem em multiestágios, onde foram
demarcadas e inventariadas 15 parcelas de 500 m².
Em cada parcela foram mensurados todos os
indivíduos e fustes com diâmetro medido a 1,30 m do solo
igual ou maior que 5,0 cm (DAP ≥ 5,0 cm), e as parcelas
foram divididas em cinco setores de inventário de 10 m x
10 m cada. Os parâmetros analisados foram: Densidade
Total (DTA); Área Basal por espécie (ABi); Densidade
Absoluta (DAi); Densidade Relativa (DRi); Dominância
Absoluta (DoAi); Dominância Relativa (DoRi);
Frequência Absoluta (FAi); Frequência Relativa (FRi);
Área Basal Total (ABT); Valor de Importância (VIi); Área
Basal por espécie (ABi).
O estrato 1 (inferior), compreendeu os
indivíduos com altura total menores que 3,69 m; o estrato
2 (médio), englobou os indivíduos com altura total igual
ou maior que 3,69 m e menor que 8,57 m; e o estrato 3
(superior), compreendeu os indivíduos com altura total
igual ou maiores que 8,57 m.
Fitossociologia da estrutura horizontal e vertical das
espécies arbóreas de um fragmento de Mata atlânticaMG.
Lustosa Junior, I. M.; Rodrigues, M. I.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, f. C.; Gaspar, R.O.
Resultados
Foram amostrados 187 espécies arbóreas,
distribuídas em 112 gêneros e 55 famílias botânicas, num
total de 1855 indivíduos, conferindo densidade total
(DTA) de 11,036 indivíduos por hectare (n.ha-1). A área
basal total por hectare ou dominância total (DoT) foi de
23,8210 m².ha-1.
Dentre as 187 espécies, 139 (74,33%) são
dispersas por animais, 48 (25,67%) por agentes abióticos,
principalmente pelo vento, ocorrendo, portanto,
predominância da síndrome zoocórica.
De acordo com os valores do índice de
Payandeh, as dez espécies de maior VI% apresentaram
padrão agregado, enquanto que as 16 espécies de menor
VI% apresentaram padrão aleatório.
Segundo a lista vermelha das espécies
ameaçadas de extinção da flora de Minas Gerais, a espécie
Ocotea odorifera (sassafrás) está na categoria em perigo e
a espécie Euterpe edulis (juçara) na categoria vulnerável.
Já as espécies Rollinia laurifolia, Vernonia diffusa e
Tovomitopsis saldanhae são consideradas como
pressumivelmente ameaçada de extinção.
Fitossociologia da estrutura horizontal e vertical das
espécies arbóreas de um fragmento de Mata atlânticaMG.
Lustosa Junior, I. M.; Rodrigues, M. I.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, f. C.; Gaspar, R.O.
Tabela 1. Dez espécies de maior Valor de Importância(VIi).
Nome Científico
N
AB
Tovomitopsis
67 0,350
saldanhae
Myrcia splendens
129 0,835
Aparisthmium
92 0,327
cordatum
Casearia decandra
72 0,283
Tapirira obtusa
43 0,968
Psychotria sessilis
30 0,057
Bauhinia pulchela
34 0,124
Alchornea triplinervia 44 0,508
Amaioua guianensis
32 0,093
Copaifera langsdorffii 39 0,215
DA
DR
FA
FR
VC
(%)
VI
(%)
951
8,61
60
1,28 0,885 3,71 6,16
4,54
299
2,71
67
1,42 1,213 5,09
3,9
3,07
503
4,55
87
1,85 0,522 2,19 3,37
2,87
425
108
496
400
160
271
204
3,85
0,98
4,49
3,62
1,45
2,45
1,85
73
80
53
47
73
80
73
1,57
1,71
1,14
1
1,57
1,71
1,57
2,73
2,72
2,26
2,13
1,98
1,73
1,61
DoA
0,66
1,303
0,276
0,422
0,695
0,245
0,337
Do
R
2,77
5,47
1,16
1,77
2,92
1,03
1,42
3,31
3,22
2,83
2,7
2,18
1,74
1,63
Tabela 2. Número de indivíduos por hectare (n.ha-1) das
espécies arbóreas amostradas
Nome Científico
Tovomitopsis saldanhae
Myrcia splendens
Aparisthmium cordatum
Casearia decandra
Tapirira obtusa
Bauhinia pulchela
Psychotria sessilis
Alchornea triplinervia
Amaioua guianensis
Copaifera langsdorffii
Estrato 1
(H <
3,69 m)
Estrato 2
(3,69 ≤ H <
8,57 m)
Estrato 3
(H ≥
8,57 m)
588
55
351
160
55
107
321
108
268
133
357
200
153
293
36
347
176
40
35
95
8
56
3
32
4
12
3
Total
(n.ha-1)
953
311
504
456
123
457
497
160
303
231
Fitossociologia da estrutura horizontal e vertical das
espécies arbóreas de um fragmento de Mata atlânticaMG.
Lustosa Junior, I. M.; Rodrigues, M. I.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, f. C.; Gaspar, R.O.
Discussão e Conclusão
A Floresta Estacional Semidecidual Montana
apresentou elevada riqueza e diversidade, superando, por
exemplo, um trecho em estágio avançado de sucessão do
PFERD - Parque Florestal Estadual do Rio Doce. De acordo
com a aplicação dos parâmetros da Resolução/CONAMA
No 392 na Floresta Estacional Semidecidual Montana
predomina o estágio médio de regeneração da vegetação
secundária.
Referências
BRASIL. Resolução CONAMA Nº 392, de 25 de junho de 2007.
Definição de vegetação primária e secundária de regeneração de
Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais. 2007.
PIVARI, M. O.; POTT, V.J.; POTT, A. Macrófitas aquáticas de ilhas
flutuantes(baceiros) nas sub-regiões do Abobral e Miranda, Pantanal,
MS, Brasil. Acta Botanica Brasileira. 22(2): 563-571. 2008.
SOUZA, J.A.N.; RODAL, M.J.N. Levantamento florístico em
trechos de vegetação ripária da caatinga no rio Pajeú,
Floresta/Pernambuco-Brasil. Revista Caatinga. 23(4): 54-62.2010.
VARÃO, L.F.; CUNHA,L.R.; PERALTA, D.F. Levantamento de
briófitas do distrito Bananal, munícipio de Governador Edison
Lobão, Maranhão, Brasil. Revista de Biologia e Ciências da Terra.
11(2): 88-92.2011.
VELAZCO, S. J. E.; GALVÃO, F.; KELLER, H. A.; BEDRIJ, N. A.
Florística e Fitossociologia de uma Floresta Estacional Semidecidual,
Reserva Privada Osununú-Misiones, Argentina. Floresta e Ambiente
2015; 22(1):1-12.
FITOSSOCIOLÓGIA DE MATA DE GALERIA EM ÁREA
DE CERRADO EM CHAPADA DOS GUIMARÃES,
MATO GROSSO.
Roberta Santos Souza; Edilene Silva Ribeiro; Renata
Santos Souza
Instituição: PPGCF/UNB; IB/UFMT
Introdução
Os levantamentos fitossociológicos visam fornecer
informações quantitativas sobre a estrutura horizontal e
vertical da vegetação, apresentando-se como uma das
alternativas para o conhecimento das variações florísticas,
fisionômicas e estruturais a que as comunidades vegetais
estão sujeitas ao longo do tempo e espaço (SCOLFORO,
1993).
Muitos trabalhos realizados em áreas de cerrado sensu
stricto buscam descrever a estrutura da Comunidade em
termos quantitativos, como número de indivíduos e área
basal da comunidade, densidade, freqüência e
dominância de cada espécie presente por unidade de área
amostrada. A partir destes dados, classificam-se as
espécies por ordem de importância na comunidade, em
termos relativos (FELFILI 1994).
Este estudo teve por objetivos, realizar o levantamento da
composição florística e estrutura da comunidade arbórea
em um trecho de mata de galeria, localizado no Parque
Estadual de Chapada dos Guimarães, MT.
FITOSSOCIOLÓGIA DE MATA DE GALERIA EM ÁREA
DE CERRADO EM CHAPADA DOS GUIMARÃES,
MATO GROSSO.
Roberta Santos Souza; Edilene Silva Ribeiro; Renata
Santos Souza
Instituição: PPGCF/UNB; IB/UFMT
Material e Métodos
Área de estudo
A pesquisa foi realizada na Chácara, localizada no
Município de Cuiabá, com as coordenadas 67°31’00”S e
237°31’00”W, na Rodovia MT-251(km 18). O local possui
uma área total de 3,5601 ha em área de Preservação
Permanente (APP), com vegetação típica de cerrado sensu
stricto.
O levantamento fitossociológico ocorreu na margem na
mata de galeria do Rio Mutuca, de margens estreitas com
cerca de 20 metros de largura.
Coleta de dados
O levantamento fitossociológico foi realizado através da
instalação de 5 parcelas com 10 m x 10 m (100m²), à
margem do rio Mutuca, com espaçamento de 5 m entre
cada parcela. Todas as parcelas foram georeferenciadas
para facilitar a localização.
Parâmetros fitossociológicos analisados
Dominância absoluta (DoA) e relativa (DoR); Frequência
absoluta (FA) e relativa (FR); Densidade e Índice de Valor
de Importância (IVI)
FITOSSOCIOLÓGIA DE MATA DE GALERIA EM ÁREA
DE CERRADO EM CHAPADA DOS GUIMARÃES,
MATO GROSSO.
Roberta Santos Souza; Edilene Silva Ribeiro; Renata
Santos Souza
Instituição: PPGCF/UNB; IB/UFMT
Resultados
O levantamento fitossociológico amostrou 84 indivíduos
pertencentes a 12 espécies (Tabela 1). Entre as 12
espécies encontradas na margem do rio mutuca (Tabela
1), Adenanthera pavonina foi a espécie amostrada com
maior número de indivíduos (15), seguida por Apeiba sp.
(9), Vochysia haenkeana (9) e Xylopia sericea (9).
A espécie A. pavonina apresentou os maiores valores para
os seguintes parâmetros fitossociológicos (Tabela 1):
Frequência Absoluta (100%), Frequência Relativa (12,5%),
Dominância Absoluta (0,000883337m2), Dominância
Relativa (20,94%) e o Índice de Valor de Importância
(51,30). Porém, as espécies Ferdinandusa ovalis e Simaba
ferruginea com 7 indivíduos, demonstrou valores iguais à
copaifera langsdorffi, Protium heptaphyllum, e Simarouba
versicolor para as Frequências Absoluta e Relativa.
TABELA 1. Parâmetros fitossociológicos
ESPÉCIES
N*
FA
FR
DoA DoR IVI
Adenanthera
15
100 12,5 17,86 20,94 51,30
pavonina
Alibertia edulis
7
80
10
8,33 2,77 21,10
Apeiba spp
9
80
10
10,71 21,79 42,51
Astronium
3
40
5
3,57 2,29 10,87
fraxinifolium
FITOSSOCIOLÓGIA DE MATA DE GALERIA EM ÁREA
DE CERRADO EM CHAPADA DOS GUIMARÃES, MATO
GROSSO.
Roberta Santos Souza; Edilene Silva Ribeiro; Renata
Santos Souza
Instituição: PPGCF- UNB; IB/UFMT
TABELA 1. Parâmetros fitossociológicos (continuação)
ESPÉCIES
N*
F A FR
DoA DoR IVI
Copaifera
5
60
7,5 5,95 4,65 18,10
langsdorffii
Ferdinandusa
7
60
7,5 8,33 13,73 29,56
ovalis
Ormosia coarctata 2
20
2,5 2,38 4,57 9,46
Protium
5
60
7,5 5,95 6,48 19,94
heptaphyllum
Simaba ferruginea 7
60
7,5 8,33 3,43 19,26
Simarouba
6
60
7,5 7,14 5,02 19,66
versicolor
Vochysia
9
80
10
10,71 5,68 26,39
haenkeana
Xylopia sericea
9
100 12,5 10,71 8,64 31,85
TOTAL
84
800 100 100
100 300,0
TABELA 2. Área Basal das espécies amostradas
ESPÉCIES
N*
Σg
Adenanthera pavonina
15
0,4417
Alibertia edulis (L. Rich.) A. Rich
7
0,0584
Apeiba spp
9
0,4596
Astronium fraxinifolium
3
0,0484
Copaifera langsdorffii Desf.
5
0,0981
Ferdinandusa ovalis (Pohl) Pohl
7
0,2894
Ormosia coarctata Jacks.
2
0,0965
Protium heptaphyllum (Aublet) Marchand 5
0,1367
FITOSSOCIOLÓGIA DE MATA DE GALERIA EM
ÁREA DE CERRADO EM CHAPADA DOS
GUIMARÃES, MATO GROSSO.
Roberta Santos Souza; Edilene Silva Ribeiro;
Renata Santos Souza
Instituição: PPGCF/UNB; IB/UFMT
TABELA 2. Área Basal das espécies amostradas (cont.)
ESPÉCIES
N*
Σg
Simaba ferruginea St. Hil.
7
0,0724
Simarouba versicolar A. St. Hil.
6
0,1058
Vochysia haenkeana Mart.
9
0,1197
Xylopia sericea St. Hil.
9
0,1821
TOTAL
84
2,1088
Discussão e Conclusão
Já Apeiba sp., apesar de segunda maior em número de
indivíduos (9) na margem do rio, apresentou a maior área
basal (0,4546 m2) deste local (Tabela 2), demonstrando
estar bem adaptada ao ambiente e que consegue suprir
suas necessidades fisiológicas devido à alta competição
sofrida pelas demais espécies. Este comportamento
também é notado para A. pavonina, que junto ao maior
número de indivíduos encontrados apresentou a segunda
maior Área Basal (Tabela 2).
CONCLUSÕES
Adenanthera pavonina é a espécie com maior freqüência,
maior dominância, maior densidade e maior índice de valor
de importância na margem do rio desta propriedade;
Apeiba sp. apresenta a maior área basal entre todas as
espécies amostradas na margem do rio;
Apeiba sp. e Adenanthera pavonina apresentam alto valor
de importância ecológica em suas áreas de ocorrência;
Referências
FELFILI, J. M. Floristic composition and phytosociology of
the gallery forest alongside the Gama. Stream in Brasília,
DF, Brazil. Revista Brasileira de Botânica 17:1/11. 1994.
SCOLFORO, J. R. Inventário Florestal. Lavras: UFLA/FAEPE,
CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
ESPÉCIES ÁRBOREAS EM FRAGMENTOS DE
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL – MG
Autores: Araújo, J. B.C.N.; Ribeiro, F. C.; Lustosa junior,
I. M.; Rodrigues, M. I.; Gaspar, R.O.
Instituição: Universidade de Brasília
Introdução
Conhecer a diversidade de espécies em determinada
região, segundo Melo (2015), é importante para auxiliar na
compreensão
do
ambiente
e,
consequentemente,
possibilitar melhor gestão de atividades de exploração,
conservação dos recursos disponíveis e, se necessário,
recuperação
de
ecossistemas
degradados.
Nesta
perspectiva, o trabalho teve como objetivo quantificar a
diversidade em Floresta Estacional Semidecidual, no
estado de Minas Gerais, utilizando diversos índices alfa. E,
assim, caracterizar a situação da diversidade no ambiente
objeto de estudo.
CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
ESPÉCIES ÁRBOREAS EM FRAGMENTOS DE
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL – MG
Autores: Araújo, J. B.C.N.; Ribeiro, F. C.; Lustosa junior,
I. M.; Rodrigues, M. I.; Gaspar, R.O.
Instituição: Universidade de Brasília
Material e Métodos
Para atingir o objetivo do trabalho utilizou-se a
amostragem de multiestágios, em fragmentos florestais
localizados nos municípios de Mariana e Ouro Preto –
MG, onde foram demarcadas e inventariadas 15
parcelas de 500 m2. E, mensurados, em cada parcela,
indivíduos e fustes com diâmetro medidos a 1,30 m do
solo igual ou superior a 5,0 cm (DAP ≥ 5,0 cm). Para
avaliar a regeneração natural na área de estudos, as
parcelas foram divididas em cinco setores de 10 m x 10
m, e mensurados os indivíduos com altura total igual
ou maior a 1,5 cm e DAP menor a 5,0 cm.
Os índices utilizados para análise de diversidade foram
Shannon-Weaver (H’), Simpson (C), equalidade de
Pielou (J) e Quociente de Mistura de Jentsch (QM).
CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
ESPÉCIES ÁRBOREAS EM FRAGMENTOS DE
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL – MG
Autores: Araújo, J. B.C.N.; Ribeiro, F. C.; Lustosa junior,
I. M.; Rodrigues, M. I.; Gaspar, R.O.
Instituição: Universidade de Brasília
Resultados
O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H´)
encontrado para o estrato arbóreo foi de 4,39 nats.ind-1,
sendo que o intervalo de confiança da estimativa Jackknife
de (H´) foi de “4,38 a 4,73” nats.ind-1. Na amostragem
dos indivíduos da regeneração natural, o valor de H’ foi de
4,09 nats.ind-1 e o intervalo de confiança de 4,06 a 4,89
nats.ind-1. Portanto, tanto o estrato arbóreo quanto a
regeneração natural, apresentaram elevada diversidade
alfa. Para o estrato arbóreo, as estimativas dos demais
índices de diversidade foram: Simpson (C), de 0,99; a
equabilidade de Pielou (J) de 0,86; e o Quociente de
Mistura de Jentsch (QM), de 1:09. Já para as parcelas de
regeneração,
a estimativa do valor do índice de
diversidade de Simpson (C) foi de 0,98; a equabilidade de
Pielou (J) foi de 0,89; e o Quociente de Mistura de Jentsch
(QM) foi de 1:03.
CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
ESPÉCIES ÁRBOREAS EM FRAGMENTOS DE
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL – MG
Autores: Araújo, J. B.C.N.; Ribeiro, F. C.; Lustosa junior,
I. M.; Rodrigues, M. I.; Gaspar, R.O.
Instituição: Universidade de Brasília
Imagens e Tabelas
Tabela 1. Índices de diversidade do estrato arbóreo (DAP
 5,0 cm) e regeneração natural (DAP < 5,0 cm) da
Floresta Estacional Semidecidual Montana, municípios de
Mariana e Ouro Preto, MG. Em que: N = número de
indivíduos; S = número de espécies; ln(S) = logaritmo
neperiano do número de espécies; H’ = índice de Shannon;
C = índice de Simpson; J = Equanilidade de Pielou; e
Qm = Quociente de Mistura.
Estrato
arbóreo
Regeneração
natural
N
S
ln(S)
H'
C
J
QM
1517
164
5,1
4,39
0,99
0,86
1:9,3
338
97
4,57
4,09
0,98
0,89
1:3,5
CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
ESPÉCIES ÁRBOREAS EM FRAGMENTOS DE
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL – MG
Autores: Araújo, J. B.C.N.; Ribeiro, F. C.; Lustosa junior,
I. M.; Rodrigues, M. I.; Gaspar, R.O.
Instituição: Universidade de Brasília
Discussão e Conclusão
Os
fragmentos
analisados
na
Floresta
Estacional
Semidecidual Montana apresentam elevada diversidade,
bem como encontram-se em boas condições de preservação,
conforme exposto por Britto & Carvalho (2014) e Bernardi
& Budke (2010) ao analisarem regiões com características
semelhantes. O estudo, portanto, torna-se uma boa
ferramenta para embasar atividades de uso, manejo e
conservação, uma vez que proporciona informações sobre a
dinâmica ecológica de comunidades vegetais.
Referências
BERNARDI, S. & BUDKE, J. C. Estrutura da sinúsia
epifítica e efeito de borda em uma área de transição entre
floresta estacional semidecídua e floresta ombrófila mista.
Floresta, vol 40, no. 1, p. 81-92, jan.-mar. 2010.
BRITO, S. B. & CARVALHO, F. A. Estrutura e diversidade
arbórea da Floresta Estacional Semidecidual secundária no
Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Rodriguésia, 65(4): 817-830. 2014.
MELO, A. S. O que ganhamos ‘confundindo’ riqueza de
espécies e equabilidade em um índice de diversidade? Biota
Neotrop., vol 8, no. 3, 21-27, jul.-set. 2008.
Redes Neurais Artificiais Com Diferentes Algoritmos De
Treinamento Para Estimar Volume De Eucalipto
Patricia Doerl Barroso¹, Jeferson Pereira Martins Silva¹,
Marcos Vinicius Santana Leite², Christian Dias Cabacinha¹,
Adriana Leandra De Assis¹, Renato Dourado Maia¹
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG¹
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB²
Introdução
A capacidade potencial preditiva da Rede Neural Artificial
(RNA), com base em algum aprendizado supervisionado e
treinamento, pode oferecer soluções ótimas para os
problemas de manejo de recursos florestais, como o caso
da estimativa de volumes. Existem na literatura várias
arquiteturas e técnicas de treinamento de RNA, cada uma
com vantagens e desvantagens, dependendo do problema e
da aplicação específica a que se destinam. O treinamento
de uma rede neural artificial, também denominado
aprendizagem, consiste no ajuste iterativo dos parâmetros
da rede (pesos e bias) através de um algoritmo de
aprendizagem, sendo este o responsável por extrair
características a fim de representar a informação fornecida
e desempenhar uma determinada tarefa. Assim, este estudo
teve como objetivo comparar diferentes algoritmos de
treinamento de uma Rede neural de múltiplas camadas
(MLP), para estimar o volume comercial de Eucalipto até
o diâmetro mínimo de 4 cm com casca.
Redes Neurais Artificiais Com Diferentes Algoritmos De
Treinamento Para Estimar Volume De Eucalipto
Patricia Doerl Barroso¹, Jeferson Pereira Martins Silva¹,
Marcos Vinicius Santana Leite², Christian Dias Cabacinha¹,
Adriana Leandra De Assis¹, Renato Dourado Maia¹
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG¹
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB²
Material e Métodos
Os dados foram provenientes de 616 árvores de eucalipto.
Os algoritmos utilizados para processamento dos dados
foram: gradiente descendente (traingd), gradiente
descendente com aprendizagem adaptativo (traingda),
gradiente descendente com momento (traingdm), gradiente
descendente com momento e aprendizagem adaptativo
(traingdx),Resaliente
Backpropagation
(trainrp),
Albaquert-Marquart (trainlm), traincgb e o trainbfgs. A
MLP teve como entrada o diâmetro a 1,30 m do solo
(DAP) e altura total e como saída o volume. A função de
transferência na camada oculta e de saída foi a tangente
hiperbólica, com número de épocas igual a 1000 e com
três neurônios na camada oculta. O critério de parada para
o treinamento foi a validação cruzada. Os dados foram
separados em 70% para treinamento, 15% para validação e
15% para teste. Para determinação do melhor algoritmo
utilizou as seguintes estatísticas: Distribuição gráfica do
resíduo, raiz do erro quadrado médio (RMSE) e o
coeficiente de correlação(R²). Treinaram-se 10 redes para
cada algoritmo, posteriormente foi selecionada a melhor
rede para comparar entre os diferentes algoritmos. O
processamento dos dados foi realizado no software Matlab
com o Neural Network Toolbox.
Redes Neurais Artificiais Com Diferentes Algoritmos De
Treinamento Para Estimar Volume De Eucalipto
Patricia Doerl Barroso¹, Jeferson Pereira Martins Silva¹,
Marcos Vinicius Santana Leite², Christian Dias Cabacinha¹,
Adriana Leandra De Assis¹, Renato Dourado Maia¹
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG¹
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB²
Resultados
Os resultados do r e RMSE são apresentados na tabela
abaixo.
Algoritmo
trainlm trainrp traingdx traingda traingdm traingd traincgb trainbfgs
r² 0,9894 0,9881 0,98 0,9711 0,8552 0,942 0,9856 0,9886
RMSE 0,0119 0,0126 0,017 0,0199 0,0245 0,036 0,0139 0,0124
Em ordem de desempenho os algoritmos foram assim
ranqueados: trainrp, trainlm, trainbfgs, traincgb, traingdx,
traingda, traingd e traingdm
Redes Neurais Artificiais Com Diferentes Algoritmos De
Treinamento Para Estimar Volume De Eucalipto
Patricia Doerl Barroso¹, Jeferson Pereira Martins Silva¹, Marcos
Vinicius Santana Leite², Christian Dias Cabacinha¹, Adriana
Leandra De Assis¹, Renato Dourado Maia¹
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG¹
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB²
TRAINRP
0
5
10
15
TRAINLM
50
20
25
-20
-40
Erro (%)
Erro (%)
20
0
5
15
-100
DAP
DAP
TRAINGDX
-100
15
25
-200
-300
TRAINGDA
Erro (%)
15
0
5
-50
15
25
-200
25
DAP
TRAINGDM
100
0
5
50
-100
DAP
200
Erro (%)
Erro (%)
0
5
TRAINGD
100
Erro (%)
100
25
-50
50
0
-50 5
15
25
-100
-400
15
-100
-150
-200
TRAINBFGS
50
0
-50 5
DAP
TRAINCGB
25
Erro (%)
Erro (%)
50
-150
DAP
DAP
0
5
15
-50
-100
DAP
25
Redes Neurais Artificiais Com Diferentes Algoritmos De
Treinamento Para Estimar Volume De Eucalipto
Patricia Doerl Barroso¹, Jeferson Pereira Martins Silva¹, Marcos
Vinicius Santana Leite², Christian Dias Cabacinha¹, Adriana Leandra
De Assis¹, Renato Dourado Maia¹
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG¹
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB²
Discussão e Conclusão
Com base nas estatísticas testadas e no grau de
importância das mesmas, o algoritmo trainrp foi que
apresentou maior desempenho devido não apresentar
tendenciosidade no gráfico de dispersão de resíduos. Todos
os demais algoritmos apresentaram tendenciosidade em
superestimar o volume nas menores classes de DAP.
Desta forma, percebe-se com base nos resultados
apresentados nesse trabalho a importância em escolher de
maneira correta o algoritmo de treinamento da rede neural,
podendo este aumentar a precisão das estimativas.
Referências
FERREIRA, J. C. B.; LAFETÁ B. O.; PENIDO T. M. A.; CAMPOS P. M.
DE; CASTRO P. M. Altura de mudas de CallistemonviminalisG. Don
ExLoud. (Myrtaceae) estimada por redes neurais artificiais com
diferentes funções de ativação.IN: XVIII CONGRESSO BRASILEIRO
DE ARBORIZAÇÃO URBANA.Rio de Janeiro, RJ;2014.
SOARES, F. A. A. M. N. Predição Recursiva de Diâmetros de Clones
de Eucalipto utilizando Rede Perceptron de Múltiplas Camadas para
o cálculo de volume. 2012. 111 f. Tese (Doutorado em Engenharia
Elétrica) – Faculdade de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia-MG, 2012.
MAEDA, E. E.; FORMAGGIO, A. R.; SHIMABUKURO, Y. E.;
ARCOVERDE, G. F. B.; HANSEN, M. C. Predicting forest fire in the
Brazilian Amazon using MODIS imagery and artificial neural networks.
International Journal of Applied Earth Observation and
Geoinformation, Amsterdam, v. 11, p. 265-272, 2009.
THOMÉ, A. C. G. Redes Neurais - uma Ferramenta para KDD E
DATA
MINING.
2005.
Disponível
em:
<http://equipe.nce.ufrj.br/thome/grad/nn/mat_didatico>.
Acessao
em
Heterogeneidade populacional em Mogno Africano
(Khaya ivorensis), em Piracanjuba - Goiás
BARRETO, Felipe C E; MOURA, Rebecca Silva de;
SANTANA, Gabriel Mendes; SOUZA, Daniel da Silva;
OLIVEIRA, Guilherme Murilo; VENTUROLI, Fábio.
Universidade Federal de Goiás
Introdução: O plantio de florestas cresce de
maneira exponencial no Brasil, seja ele
destinado para energia, papel e celulose ou
para a indústria moveleira. É lucrativo, porém
necessita-se de um longo prazo para retorno
financeiro. A iniciativa de plantio de madeiras
nobres vem se destacando no mercado e uma
das espécies com maior especulação sobre o
potencial mercadológico é o Mogno Africano
(Khaya ivorensis). Devido a essa especulação
atual, surgiu uma demanda de estudos
científicos para iniciar recomendações e iniciar
uma maneira correta de manejo florestal.
Heterogeneidade populacional em Mogno Africano
(Khaya ivorensis), em Piracanjuba - Goiás
BARRETO, Felipe C E; MOURA, Rebecca Silva de;
SANTANA, Gabriel Mendes; SOUZA, Daniel da Silva;
OLIVEIRA, Guilherme Murilo; VENTUROLI, Fábio.
Universidade Federal de Goiás
Material e Métodos: No inventário foi utilizado
o processo de amostragem aleatória simples,
alocando-se aleatoriamente na área 17 parcelas
de 20m x 20m, onde foram contabilizadas as
árvores vivas e medidas as suas alturas totais
usando uma vara graduada. As árvores que
possuíam altura total superior a 1,30 m em
relação ao nível do solo tiveram os seus
diâmetros a altura do peito (DAP) mensurados.
A suficiência amostral foi checada por teste tStudent, a 5% de probabilidade, admitindo-se
um erro máximo de 10% em relação à média
amostrada, conforme recomendado por Pellico
Netto e Brena (1997).
Heterogeneidade populacional em Mogno Africano
(Khaya ivorensis), em Piracanjuba - Goiás
BARRETO, Felipe C E; MOURA, Rebecca Silva de;
SANTANA, Gabriel Mendes; SOUZA, Daniel da Silva;
OLIVEIRA, Guilherme Murilo; VENTUROLI, Fábio.
Universidade Federal de Goiás
Resultados: As estimativas populacionais
indicaram 458 árvores por hectare. A
mortalidade foi de 8,24%, no primeiro ano após
o plantio. As árvores apresentaram uma altura
média de 1,16 m, com variância de 0,0912 m²
(CV=25%). As árvores que tiveram os diâmetros
a altura do peito (DAP) totalizaram 37,43% das
árvores amostradas. O DAP médio dessas
árvores foi 1,43 cm; variando de 0,5 cm a 3,1
cm.
Heterogeneidade populacional em Mogno Africano
(Khaya ivorensis), em Piracanjuba - Goiás
BARRETO, Felipe C E; MOURA, Rebecca Silva de;
SANTANA, Gabriel Mendes; SOUZA, Daniel da Silva;
OLIVEIRA, Guilherme Murilo; VENTUROLI, Fábio.
Universidade Federal de Goiás
Figura 1 - Boxplot da
distribuição do número
de árvores por unidade
amostral na população
de Mogno Africano, em
Piracanjuba-GO, em
Fevereiro de 2015.
Figura 2 - Histograma da distribuição das árvores
amostradas em razão das classes de alturas medidas, na
floresta de Mogno Africano, em Piracanjuba, GO, em
Fevereiro de 2015.
Heterogeneidade populacional em Mogno Africano
(Khaya ivorensis), em Piracanjuba - Goiás
BARRETO, Felipe C E; MOURA, Rebecca Silva de;
SANTANA, Gabriel Mendes; SOUZA, Daniel da Silva;
OLIVEIRA, Guilherme Murilo; VENTUROLI, Fábio.
Universidade Federal de Goiás
Discussão e Conclusão: A estimativa da
densidade populacional indica uma floresta com
7.800 árvores, com 8,24% de mortalidade em 12
meses.
Há heterogeneidade na altura das árvores,
porém, isso é natural para plantios florestais.
Essa heterogeneidade refletiu na baixa área
basal e na pequena quantidade de árvores com
altura igual ou superior a 1,30m (37%).
Referências
PÉLLICO NETTO; BRENA, D. A. Inventário
Florestal. Péllico Netto & Brena, D. A (eds.)
Curitiba. 1997. 316p.
ZAR, J. H. Biostatistical Analysis. 5th edition,
Prentice-Hall, Inc. 2010. 944 p.
Título do Trabalho: Produção de madeira de Eucalipto
em pequenas propriedades no Norte de Minas Gerais
Autores: Ferreira, PHB¹; Oliveira, LGG¹; Pinto, LOR¹; Silva,
PN;
Souza,
DC¹;
Cabacinha,
CD²
Instituição Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG),
Montes
Claros,
MG,
Brasil.
Email:
[email protected]
Introdução
O eucalipto é uma árvore que apresenta grande
adaptação ao clima e solo de grande parte do Brasil,
apresenta alta taxa de crescimento e possui grande
potencial de rentabilidade. Entretanto, é necessário uma
série de cuidados, que começam na seleção do clone, no
plantio, na condução dos povoamentos até a colheita.
Objetivou-se então com o presente trabalho avaliar a
produção de um pequeno povoamento florestal em uma
propriedade rural, em que visivelmente as condições de
desenvolvimento e condução dos povoamentos eram
muito ruins, além de alertar sobre a situação
frequentemente encontrada nas pequenas propriedades
rurais no norte de minas.
Título do Trabalho:
Produção de madeira de Eucalipto
em pequenas propriedades no Norte de Minas Gerais
Autores: Ferreira, PHB¹; Oliveira, LGG¹; Pinto, LOR¹; Silva, PN;
Souza, DC¹; Cabacinha, CD²
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG),
Montes
Claros,
MG,
[email protected]
Brasil.
Email:
Material e Métodos
O trabalho foi realizado na comunidade rural “Camela”,
em um povoamento com 8 anos de idade e tamanho total
de 3,0900 hectares. Foi realizado o inventário com
processo de amostragem casual simples onde foram
lançadas parcelas de 400 m² de onde foram coletados os
diâmetros a altura do peito (DAP) dos indivíduos de cada
parcela. Foram estabelecidas 6 parcelas e a cubagem foi
realizada com 25 árvores, 5 de cada classe diâmetrica,
definida pelo inventário florestal. A partir dos dados de
cubagem foram ajustados modelos volumétricos de
simples entrada. O modelo de HUSCH foi selecionado em
função da distribuição de resíduos, erro padrão residual e
coeficiente de determinação. A estimativa do volume foi
realizada
utilizando
a
equação:
LNV=8,7219+2,5120*LnDAP (R²=99,19%; Syx=14,17).
Processou-se o inventário para povoamento considerando
um erro máximo de 10% e um α=0,10 conforme o termo
de referência para apresentação de inventário florestal do
estado de Minas Gerais. Após o processamento do
inventário, calculou-se, com auxílio do software Excel, o
Incremento Médio Anual (IMA) e comparou-se com o IMA
frequentemente obtido nos povoamentos das grandes
empresas florestais na região.
Título do Trabalho: Produção de madeira de Eucalipto
em pequenas propriedades no Norte de Minas Gerais
Autores: Ferreira, PHB¹; Oliveira, LGG¹; Pinto, LOR¹; Silva,
PN;
Souza,
DC¹;
Cabacinha,
CD²
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG),
Montes
Claros,
MG,
Brasil.
Email:
[email protected]
Resultados
 Volume geral das parcelas: 22,3479 m³
 Volume por hectare: 93,1164 m³
• Limite inferior 84,3481 m³
• Limite superior 101,8846 m³
 Volume estimado para a população: 287,7296 m³
 IMA do povoamento: 11,64 m³/ha/ano
• Limite inferior: 10,54
• Limite superior: 12,74
Título do Trabalho: Produção de madeira de Eucalipto
em pequenas propriedades no Norte de Minas Gerais
Autores: Ferreira, PHB¹; Oliveira, LGG¹; Pinto, LOR¹; Silva,
PN;
Souza,
DC¹;
Cabacinha,
CD²
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Montes
Claros,
MG,
Brasil.
Email:[email protected]
Discussão e Conclusão
Os resultados são muito inferiores aos valores
frequentemente obtidos em povoamentos de grandes
empresas no Norte de Minas, provavelmente devido à
escolha errada do clone a ser plantado e má condução do
povoamento, visto que a expectativa de produção era muito
superior à obtida. Grandes empresas na região obtém IMAs
de 30, 35 e até de 40 m³/ha/ano. Esses resultados refletem
o padrão de povoamentos de pequenos produtores da
região, evidenciando a necessidade de orientação sobre a
escolha do material genético apropriado, a condução
correta dos povoamentos além de um acompanhamento
técnico qualificado.
Referências
OLIVEIRA , E. B.; BERNETT, L. G.; MACHADO, S. A.; GRAÇA, L.
R. SISEUCALIPTO - simulador para manejo de Eucalyptus
grandis. In: CONGRESSO E EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL
SOBRE FLORESTAS, 6., 2000, Porto Seguro. Resumos
técnicos. Rio de Janeiro: Instituto Ambiental Biosfera, 2000.
p. 369-371.
Levantamento florístico de um fragmento de Mata
Atlântica no estado de Minas Gerais
Rodrigues, M. I.; Lustosa Junior, I. M.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, F. C.; Gaspar, R. O.
Universidade de Brasília - UnB
Introdução
A Mata Atlântica encontra-se muito fragmentada,
e, segundo Rochelle et al. (2011), o levantamento dos
remanescentes é imprescindível para se conhecer os
aspectos ecológicos e de conservação da vegetação em
questão.
Assim,
os
levantamentos
florístico
e
fitossociológico são de fundamental importância para a
caracterização quantitativa e qualitativa da floresta,
pois, através desta, pode-se obter informações acerca
dos aspectos relacionados à composição e estrutura da
floresta.
Diante do exposto, o presente estudo teve por
objetivo estimar o número de fustes, área basal e
volume total com casca, por hectare e por classe de
diâmetro.
Levantamento florístico de um fragmento de Mata
Atlântica no estado de Minas Gerais
Rodrigues, M. I.; Lustosa Junior, I. M.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, F. C.; Gaspar, R. O.
Universidade de Brasília - UnB
Material e Métodos
A área de estudo consiste em um fragmento de
Floresta
Estacional
Semidecidual
Montana,
nos
municípios de Mariana e Ouro Preto, MG.
Para caracterizar a composição florística dos
fragmentos
estudados,
utilizou-se
o
método
de
amostragem casual simples. Foram demarcadas 15
parcelas de 500 m2 cada (10 m x 50 m), sendo estas
divididas em cinco setores de inventário de 10 m x 10 m,
que receberam marcos de PVC para melhor visualização.
Foram mensurados os indivíduos e fustes com
diâmetro a 1,30 m do solo maior ou igual a 5,0 cm
(DAP ≥ 5,0 cm). As árvores mensuradas foram
devidamente identificadas, numeradas e mapeadas em
coordenadas (x,y).
Levantamento florístico de um fragmento de Mata
Atlântica no estado de Minas Gerais
Rodrigues, M. I.; Lustosa Junior, I. M.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, F. C.; Gaspar, R. O.
Universidade de Brasília - UnB
Resultados
Foram amostradas 187 espécies arbóreas, 112
gêneros e 55 famílias botânicas. As famílias com maior
número de espécies foram: Myrtaceae (25); lauraceae (21);
Fabaceae (20), Melastomataceae (13), Rubiaceae (12).
Das
espécies,
7
foram
classificadas
como
abundante, 24 comum, 24 frequente, 30 ocasional, 17 rara,
14 muito rara e 6 raríssima. Segundo a lista vermelha das
espécies ameaçadas de extinção, destacam-se: Ocotea
odorifera (perigo); Euterpe edulis (vulnerável); Rollinia
laurifolia, Vernonia diffusa e Tovomitopsis saldanhae
(presumivelmente ameaçada) (OLIVEIRA FILHO, 2006).
O estrato arbóreo apresentou 2.272 indivíduos.ha-1,
área basal equivalente a 20,304 m2.ha-1, e volume de
104,233 m3.ha-1. A distribuição do número de fustes
apresentou
padrão
exponencial
em
“J-invertido”,
característico das formações arbóreas ineqüiâneas.
Levantamento florístico de um fragmento de Mata
Atlântica no estado de Minas Gerais
Rodrigues, M. I.; Lustosa Junior, I. M.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, F. C.; Gaspar, R. O.
Universidade de Brasília - UnB
Número de Indivíduos (n.ha-1)
Imagens e Tabelas
9253
10,000
8,000
6,000
4,000
1460
2,000
429 213
112 40
0
8
7
1
1
Classes de Diâmetro (cm)
Figura 1: Distribuição dos números de fustes por hectare.
Volume Total (m³.ha-1)
30
25.33
25
21.94
19.58
17.79
20
15
10
11.08
11.08
5
0
1.88 3.63
1.06
1.93
Centro da Classe de Diâmetro (cm)
Figura 2: Distribuição dos Volumes por hectare.
Levantamento florístico de um fragmento de Mata
Atlântica no estado de Minas Gerais
Rodrigues, M. I.; Lustosa Junior, I. M.; Araújo, J. B.C.N.;
Ribeiro, F. C.; Gaspar, R. O.
Universidade de Brasília - UnB
Discussão e Conclusão
No fragmento analisado, 187 espécies arbóreas,
distribuídas em 112 gêneros e 55 famílias botânicas, com
total de 2.272 indivíduos.ha-1, área basal de 20,304 m2.ha-1,
e volume de 104,233 m3.ha-1. Os resultados em questão são
semelhantes aos resultados encontrados por Gaspar (2008),
que analisou um fragmento caracterizado como Floresta
Estadual Semidecidual.
Referências
GASPAR, R.O.. Dinâmica e crescimento do estrato arbóreo em
áreas de Mata Atlântica, na região do Vale do Rio Doce, MG.
Viçosa: UFV, 2008, 177p. Dissertação (mestrado) – Universidade
Federal de Viçosa.
OLIVEIRA FILHO, A. T. Catálogo das árvores nativas de Minas
Gerais: mapeamento e inventário da flora nativa e dos
reflorestamentos de Minas gerais. Editora UFLA, Lavras. 2006.
ROCHELLE, A. L. C. et al. Florística e estrutura de um trecho de
Floresta Ombrófila Densa Atlântica Submontana no Parque Estadual
da Serra do Mar, em Ubatuba/SP, Brasil. Biota Neotropica, São
Paulo , v.11, n. 2, 2011.
Relações volumétricas para árvores
individuais de teca (Tectona grandis
L.f.)
Leal, F. A.; Soares, I. M.; Soares, T.S.
Universidade Federal de Goiás,
Regional Jataí
INTRODUÇÃO
A teca (Tectona grandis L.f.) tem sido reconhecida
como uma madeira de alta qualidade, devido a suas
excelentes propriedades, tornando-a uma das madeiras
mais valiosas do mundo junto a espécies como o cedro
e o mogno. A madeira é utilizada principalmente para
fabricação de móveis e revestimentos de embarcações.
Sua madeira é muito procurada principalmente no
continente europeu, onde o preço do metro cúbico
supera o do Mogno. Seu tronco é habitualmente
retilíneo, de seção circular e reduzida conicidade. A
principal forma de estabelecer a produção e
consequentemente o valor da floresta, é utilizando,
métodos de mensuração como cubagem rigorosa ou
fator de forma, este segundo, é usado pela incerteza da
forma do fuste das árvores.
O objetivo deste estudo foi quantificar o volume de
madeira com e sem casca, determinar o percentual de
casca e os fatores de forma médio com casca e sem
casca para árvores individuais de teca.
Relações volumétricas para árvores
individuais de teca (Tectona grandis
L.f.)
Leal, F. A.; Soares, I. M.; Soares, T.S.
Universidade Federal de Goiás,
Regional Jataí
MATERIAL E MÉTODOS
Os dados utilizados foram provenientes de um
povoamento de 421,3 ha, implantado no espaçamento
de 3x3 m, localizado no município de Cáceres, região
sudoeste do Estado de Mato Grosso. Para determinação
do volume real das árvores individuais estruturou-se a
sistematização por classe de diâmetro e altura.
As árvores foram selecionadas em função do
tamanho, de maneira a cobrir todas as classes de
diâmetro e altura. Foram cubadas trinta árvores com
características de árvores dominantes distribuídas nas
diferentes variações de sítios de forma que a
amostragem fosse a mais homogênea possível. O
método de cubagem adotado foi o de Smalian. Os
diâmetros foram tomados nas alturas de 0,0 m, 1,3 m,
2,0 m e em intervalos regulares de 2,0m até a altura
total da árvore. Em cada ponto de medição tomou-se as
medidas da espessura da casca.
Relações volumétricas para árvores
individuais de teca (Tectona grandis
L.f.)
Leal, F. A.; Soares, I. M.; Soares, T.S.
Universidade Federal de Goiás,
Regional Jataí
RESULTADOS
As árvores amostradas apresentaram valores médios
de 8,12 e 8,07 cm de dap (diâmetro a 1,3 m de altura do
solo) com e sem casca, respectivamente, 6,4 m de
altura total média. O volume real médio com e sem
casca foi de 0,0217 m3 e 0,0209 m3, respectivamente,
com percentual médio de casca de 3,3%. Os fatores de
forma médios calculados para árvores individuais com
e
sem
casca
respectivamente.
foram
de
0,5785
e
0,5742,
Relações volumétricas para árvores
individuais de teca (Tectona grandis
L.f.)
Leal, F. A.; Soares, I. M.; Soares, T.S.
Universidade Federal de Goiás,
Regional Jataí
Figuras
Figura 1. Etapas de campo do presente estudo.
Relações volumétricas para árvores
individuais de teca (Tectona grandis
L.f.)
Leal, F. A.; Soares, I. M.; Soares, T.S.
Universidade Federal de Goiás,
Regional Jataí
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
A percentagem média de casca foi relativamente baixa
em comparação com outras pesquisas realizadas para a
espécie, as quais obtiveram valores superiores a 10%.
O fator de forma médio encontrado nesta pesquisa se
aproxima bastante dos valores encontrados por outros
pesquisadores para povoamentos jovens de teca em Mato
Grosso.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, J. C. C.; LEITE, H. G. Mensuração
florestal- perguntas e respostas. 4 ed. Viçosa: UFV,
2013. 605p.
FIGUEIREDO, E. O; SCOLFORO, J. R. S; OLIVEIRA,
A. D.; Comunicado técnico 165: Estimativa do
percentual de casca e do fator de forma em
povoamentos jovens de teca (Tectona grandisL.f.).
ISSN 0100-8668. Rio Branco-AC, Julho, 2005. 5p.
SOARES, C. P. B.; PAULA NETO, F.; SOUZA, A. L.
Dendrometria e inventário florestal. 2 ed. Viçosa:
UFV, 2011. 272p.
Avaliação do incremento corrente anual e
incremento médio anual em um povoamento
de Tectona grandis L.f.
Soares, I. M.; Leal, F. A.; Soares, T. S.
Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí
INTRODUÇÃO
A espécie Tectona grandis L.f, também conhecida como
teca, é nativa das florestas tropicais de monção do Sudeste
Asiático. É árvore de grande porte, podendo alcançar 2,50
metros de diâmetro e mais de 50 metros de altura. Seu
tronco é habitualmente retilíneo, de seção circular e
reduzida conicidade. Reconhecida por suas boas qualidades,
moderadamente pesada, de boa resistência em relação ao
peso, estável, durável e fácil de trabalhar, além de muito
decorativa. A espécie tem sido muito estudada e cultivada
devido ao seu uso múltiplo, apresentando preços firmes e
crescentes.
A avaliação do incremento corrente anual (ICA) e
incremento médio anual (IMA) têm sido obtidos através das
medições de diâmetro, altura e estimativa de volume.
O incremento corrente anual (ICA) corresponde ao valor
do aumento da produção no período de um ano. Geralmente
é expresso por hectare, como todos os outros tipos de
crescimento. O incremento médio anual (IMA) é a produção
até uma idade particular dividida por essa idade, ou seja, a
taxa média do aumento da produção desde a implantação do
povoamento até uma idade particular. Em povoamento
submetido, a desbastes, o IMA deve ser computado a partir
do crescimento liquido, ou seja, incluindo os cortes parciais.
O objetivo do trabalho foi avaliar o incremento corrente
anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA) em árvores
com idades entre 4, 5 e 6 anos.
Avaliação do incremento corrente anual e
incremento médio anual em um povoamento
de Tectona grandis L.f.
Soares, I. M.; Leal, F. A.; Soares, T. S.
Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí
MATERIAL E MÉTODOS
O povoamento tem espaçamento de 3x2 m, em
uma área com 227,5 ha no município de CáceresMT.
Para realização do trabalho foram alocadas 30
parcelas de 594 m² cada, pelo método de parcelas de
área fixa e amostragem sistemática. Foi feito a
prognose para árvores individuais baseada em dados
provenientes da análise de tronco das árvores
dominantes das parcelas para avaliação da variação
do crescimento para as variáveis diâmetro (cm),
altura (m), área basal (m2/ha) e volume (m3/ha) por
idade.
Para realização da análise de tronco realizou-se o
seccionamento das árvores-amostras para retirada de
discos, foram retiras seções nas alturas 0,1 m, 1,0 m,
1,3 m, 2,0 m, e a partir daí, a cada 1 m até o topo da
árvore.
Após a secagem dos mesmos procedeu-se a
medição dos anéis e, posteriormente, a determinação
das variáveis diâmetro e altura por idade.
Avaliação do incremento corrente anual e
incremento médio anual em um povoamento
de Tectona grandis L.f.
Soares, I. M.; Leal, F. A.; Soares, T. S.
Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí
RESULTADOS
Os diâmetros médios das árvores aos 4, 5 e 6 anos
foram 10,0 cm, 12,5 cm e 14,3 cm, respectivamente.
A altura média das árvores foi de 10,7 m, 12,2 m e
12,5 m aos 4, 5 e 6 anos, respectivamente. Para área
basal obteve-se aos 4, 5 e 6 anos 98m²/ha, 161,5
m²/ha e 225,5 m²/ha, respectivamente. Já os
volumes médios foram 71,8 m³/ha, 121,8 m³/ha e
173 m³/ha, respectivamente aos 4, 5 e 6 anos. Os
valores obtidos para o incremento em volume, aos 6
anos, foram de 51,2 m3/ha/ano para o ICA e de 28,8
m³/ha/ano para o IMA.
Avaliação do incremento corrente anual e
incremento médio anual em um povoamento
de Tectona grandis L.f.
Soares, I. M.; Leal, F. A.; Soares, T. S.
Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí
a
b
Figura 1. a) Discos retirados para amostra. b) Visão geral do
povoamento.
Incremento m³/ha
0.03
0.02
ICA
IMA
0.01
0.00
12
24
36
48
60
72
78
Idade (meses)
Figura 2. Curvas de ICA e IMA em m³/ha/mês para um povoamento
de Tectona grandis L.f no município de Cáceres-MT.
Avaliação do incremento corrente anual e
incremento médio anual em um povoamento
de Tectona grandis L.f.
Soares, I. M.; Leal, F. A.; Soares, T. S.
Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
De posse destes resultados tornou-se possível
realizar a cubagem por anel para as árvores pelo
método de Smalian e verificou-se que o povoamento
apresenta desenvolvimento satisfatório, com valores
de crescimento similares aos encontrados na literatura
para as idades analisadas.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, J. C. C.; LEITE, H. G. Mensuração florestalperguntas e respostas. 4 ed. Viçosa: UFV, 2013. 605p.
RAMOS, A. A.; GNOATTO, F.; SAMONEK, E.
Investimento em tecnologia garante crescimento. REVISTA
DA MADEIRA - especial Teca. Curitiba-PR: Lettech. Ano
19. n. 118, p 64-67, fevereiro, 2009.
SILVA, F. R. Crescimento e Produção de Tectona grandis
L.f em um plantio no município de Alta Floresta - MT.
2012. 94 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e
Ambientais) - Universidade Federal do Mato Grosso,
Cuiabá-MT.
ACURACIDADE NA
MEDIÇÃO DOS
DIÂMETROS PARA
CUBAGEM
RIGOROSA NA
CAATINGA
Vale NMO1; Saraiva GM1;
Gomes MAM1; Batista MA1; Ribeiro
A2
1
Estudantes de Graduação em Engenharia
Florestal, Universidade Federal do Piauí (UFPI),
Bom Jesus, PI, Brasil.
2 Professora Ma., Engenharia Florestal, UFPI, Bom
Jesus, PI, Brasil.
1. Introdução
 A vegetação da caatinga é caracterizada por
suas espécies tortuosas e ramificadas, o que
dificulta a obtenção precisa do volume pelos
métodos tradicionais de cubagem rigorosa.
Figura 1. Vegetação típica da caatinga.
 Obtenção do volume real das árvores.
Figura 2. Volume obtido por Smalian e Xilômetro.
 A medição de apenas um diâmetro nas
extremidades da seção pode acarretar em
erros devido à forma do fuste das árvores.
2. Material e Métodos
Valores de altura e diâmetro ao longo do fuste de
18 árvores (9<DAP<35 cm) foram coletados em uma
área experimental localizada em Cristino Castro,
Piauí.
Figura 3. Medição das variáveis dendrométricas.
Figura 4. Localização da área, Cristino Castro, PI
2. Material e Métodos
Quatro metodologias para a obtenção do volume:
1
2
3
4
Figura 5. Metodologia 1) Smalian utilizando apenas
o valor de um diâmetro medido nas extremidades da
seção; 2) Smalian utilizando a média de dois
diâmetros medidos nas extremidades da seção; 3)
Smalian utilizando dois diâmetros nas extremidades
considerando seções descontínuas e 4) método do
deslocamento de água em um xilômetro.
3. Resultados
 Foi feita uma análise de variância compondo um
Delineamento em Blocos Casualizados, com 4
tratamentos contendo 18 repetições, sendo as 18
árvores consideradas blocos.
Quadro 1. Análise de Variância realizada no R,
mostrando que não houve diferença significativa para
tratamentos testados.
Figura 6. Média de volume para as 4 metodologias
avaliadas
 O método de Smalian superestimou a média de
volume quando comparado a média obtida pelo
xilômetro, independente da forma de medição.
4. Conclusões
 O valor mais próximo ao volume real médio
(xilômetro) foi obtido utilizando o método 3.
 O método mais usual (1) foi o que apresentou
maior erro comparado ao volume real.
5. Agradecimentos
Os autores agradecem à Empresa Gurguéia Manejo
Florestal LTDA. e aos professores da UFPI/CPCE
Dr. Rodolfo Molinário de Souza e MSc. Marcelo
Ribeiro Xisto.
PROPOSIÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE
CUBAGEM RIGOROSA AVALIADA EM DOIS
MÉTODOS DE AJUSTE
Nascimento BG, Lima, MB, Meira Junior, MS, Gaspar
RO, Nappo ME, Castro RVO
Universidade de Brasília
Introdução
A busca por melhor qualidade dos
dados oriundos de florestas plantadas é
recorrente no âmbito de trabalho dos gestores
e pesquisadores do setor florestal. A cubagem
rigorosa consiste em várias metodologias para
obter os dados quantitativos do volume com
medidas sucessivas do diâmetro longo do
fuste. Contudo, as metodologias usuais de
cubagem tendem a superestimar o volume na
base da árvore. Como alternativa, pesquisas
usando dados provenientes de metodologias
de seções variáveis faz-se importante.
Nesse sentido, o objetivo deste
trabalho é propor uma nova metodologia de
cubagem ao compará-la com as metodologias
de seções fixas.
PROPOSIÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE
CUBAGEM RIGOROSA AVALIADA EM DOIS
MÉTODOS DE AJUSTE
Nascimento BG, Lima, MB, Meira Junior, MS, Gaspar
RO, Nappo ME, Castro RVO
Universidade de Brasília
Material e Métodos
As metodologias são: testemunha, denominada
Metodologia A, medindo-se os diâmetros da base
(0,1 m) e as demais seções a 0,25 m até a sua altura
comercial; a segunda metodologia (Metodologia B)
utilizada foi proposta por (CAMPOS & LEITE, 2013)
e por fim, a metodologia proposta (Metodologia C)
que captou o diâmetro a partir da variação de 1 cm
no comprimento do fuste. Os ajustes foram feitos
usando regressão e Redes Neurais Artificiais. Para
determinação do volume, foi utilizando o método
de Smalian e para volume total Schumacher &
Hall(1993). Para ambos os ajustes, sorteou-se 40
indivíduos para treino e com os 21 indivíduos
restantes aplicou-se a validação. Os ajustes de
regressão foram feitos usando o software EXCEL
(MS) Versão 2007, e para as Redes Neurais
Artificiais usou-se STATISTICA 7.0, Intelligent
Problem Solver (IPS). Para comparação entre os
ajustes usou-se a análise gráfica da distribuição dos
resíduos, erro quadrado médio, coeficiente de
correlação múltipla (R²) e por fim, o teste t para
amostradas dependentes, este último foi feito
utilizando-se o software R Project.
PROPOSIÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE
CUBAGEM RIGOROSA AVALIADA EM DOIS
MÉTODOS DE AJUSTE
Nascimento BG, Lima, MB, Meira Junior, MS, Gaspar
RO, Nappo ME, Castro RVO
Universidade de Brasília
Resultados (Tamanho da Fonte: 16(mínimo))
A partir dos resultados das análises em
relação ao ajuste por regressão, a
Metodologia C, obteve melhores resultados
para ser aplicado de forma prática em
situações reais. Para os ajustes feitos por RNA,
obtiveram-se
igualmente
resultados
satisfatórios para as três metodologias
testadas.
PROPOSIÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE
CUBAGEM RIGOROSA AVALIADA EM DOIS
MÉTODOS DE AJUSTE
Nascimento BG, Lima, MB, Meira Junior, MS, Gaspar
RO, Nappo ME, Castro RVO
Universidade de Brasília
Imagens e Tabelas
Gráfico de Resíduos - Schumacher Hall (1933)
50
Resíduo (%)
40
30
20
Metodologia A
10
0
-10
0
0.1
0.2
0.3
0.4
Metodologia B
Metodologia C
-20
-30
-40
Volume (m³)
Figura 1.Gráfico de volume observado em função da
dispersão dos resíduos obtidos pela regressão de
Schumacher & Hall (1993) para as três metodologias
de cubagem.
PROPOSIÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE
CUBAGEM RIGOROSA AVALIADA EM DOIS
MÉTODOS DE AJUSTE
Nascimento BG, Lima, MB, Meira Junior, MS, Gaspar
RO, Nappo ME, Castro RVO
Universidade de Brasília
Discussão e Conclusão
Para as metodologias de seções que
utilizam
comprimentos
variáveis,
independentemente do método utilizado para o
ajuste, quanto menor for o comprimento da
seção, maior a precisão será obtida na
determinação
volumétrica
(MACHADO
&
FIGUEIREDO-FILHO, 2006). Fato comprovado onde
a medição por esta metodologia consegue captar,
ao se aumentar o número de seções na base do
fuste, maior precisão nas estimativas nesta região.
Referências
BINOTI, D.H.B.; BINOTI, M.L.M.S.; LEITE, H.G.
Configuração de redes neurais artificiais para
estimação do volume de árvores. Revista Ciência
da Madeira, v. 5, p. 58-67, 2014.
CAMPOS, J.C C.; LEITE, H.G. Mensuração florestal:
perguntas e respostas. 4ª ed. Viçosa, MG: Editora
UFV, 2013. v. 1. 605p.
MACHADO,
S.A.;
FIGUEIREDO-FILHO,A.
Dendrometria. P.237-238, 2a Edição, Guarapuava
– PR, 2006.
ESTIMATIVAS DE VOLUME, BIOMASSA E
CARBONO PARA VEGETAÇÃO DE CERRADO
STRICTO SENSU EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE
REGENERAÇÃO NA BACIA DO RIO PARDO/MG
Talita Moreira Câmara; Ronaldo Medeiros dos Santos;
Vinicius Orlandi Barbosa Lima; Liliane Pereira Cruz;
Cecilia Cristina Almeida Mendes; Eduardo Cordeiro
Ramalho
Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
– Câmpus Salinas
Introdução
As florestas desempenham um papel fundamental no
equilíbrio do clima, sequestrando CO2 atmosférico e
estocando carbono em suas raízes, folhas e tronco. Como o
estoque de carbono pode ser estimado, indiretamente, a
partir da mensuração do volume e da biomassa, grandes
esforços tem sido feitos nesse sentido, pois sua medição é
um instrumento útil na avaliação da qualidade dos
ecossistemas.
ESTIMATIVAS DE VOLUME, BIOMASSA E
CARBONO PARA VEGETAÇÃO DE CERRADO
STRICTO SENSU EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE
REGENERAÇÃO NA BACIA DO RIO PARDO/MG
Talita Moreira Câmara; Ronaldo Medeiros dos
Santos; Vinicius Orlandi Barbosa Lima; Liliane
Pereira Cruz; Cecilia Cristina Almeida Mendes;
Eduardo Cordeiro Ramalho
Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais – Câmpus Salinas
Material e Métodos
As estimativas foram realizadas a partir de uma
amostragem estratificada, onde “classe 1”corresponde à
regeneração inicial, “classe 2” à regeneração média e
“classe 3” à regeneração avançada. Para coleta de dados,
foram lançadas aleatoriamente três parcelas de 10 por 10
metros em cada classe da vegetação, onde foram medidos
o diâmetro à altura de 0,3 m (DAS) na classe 1, diâmetro à
altura de 1,30 m (DAP) nas classes 2 e 3, e altura total de
todos indivíduos lenhosos com diâmetro superior a 3,0 cm.
Foram estimados os volumes de madeira relativos a cada
classe de vegetação, utilizando equações volumétricas
ajustadas pelo Centro Tecnológico de Minas Gerais, para o
cerrado em regeneração inicial e o cerrado em regeneração
média e avançada. A biomassa e o estoque de carbono
foram obtidos para cada classe de vegetação com base nas
equações ajustadas para bacia do Rio Pardo no Inventário
Florestal de Minas Gerais.
ESTIMATIVAS DE VOLUME, BIOMASSA E
CARBONO PARA VEGETAÇÃO DE CERRADO
STRICTO SENSU EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE
REGENERAÇÃO NA BACIA DO RIO PARDO/MG
Talita Moreira Câmara; Ronaldo Medeiros dos
Santos; Vinicius Orlandi Barbosa Lima; Liliane
Pereira Cruz; Cecilia Cristina Almeida Mendes;
Eduardo Cordeiro Ramalho
Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais – Câmpus Salinas
Resultados
Tabela 1. Estimativa de volume, biomassa e carbono por
hectare por classe de vegetação do Cerrrado stricto sensu
na bacia do Rio Pardo/MG.
Classe de
Volume
Biomassa(
Carbono
Vegetação
(m³/ha)
T/ha)
(T/ha)
1
1,234445
0,970134
2
25,204454
15,472080
8,196571
3
103,820093 71,341263
34,713722
Média
43,419664
29,261159
14,496457
Desvio
53,663761
37,156803
17,918144
CV (%)
123,593219 126,983360 123,60360
0,579079
ESTIMATIVAS DE VOLUME, BIOMASSA E
CARBONO PARA VEGETAÇÃO DE CERRADO
STRICTO SENSU EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE
REGENERAÇÃO NA BACIA DO RIO PARDO/MG
Talita Moreira Câmara; Ronaldo Medeiros dos Santos;
Vinicius Orlandi Barbosa Lima; Liliane Pereira Cruz;
Cecilia Cristina Almeida Mendes; Eduardo Cordeiro
Ramalho
Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –
Câmpus Salinas
Tabela 2. Número de indivíduos, média aritmética dos
diâmetros, área basal e altura média dos indivíduos nas
diferentes classes de vegetação.
Nº
Área
Altura
Classe de indivíduos( Média Basal(m²/ média(m
Vegetação
n/ha)
dap(cm)
ha)
)
1
500
4,12
0,693058
2,20
2
1100
6,35
5,779409
2,96
3
2167
7,54
17,49901
3,84
ESTIMATIVAS DE VOLUME, BIOMASSA E
CARBONO PARA VEGETAÇÃO DE CERRADO
STRICTO SENSU EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE
REGENERAÇÃO NA BACIA DO RIO PARDO/MG
Talita Moreira Câmara; Ronaldo Medeiros dos Santos;
Vinicius Orlandi Barbosa Lima; Liliane Pereira Cruz;
Cecilia Cristina Almeida Mendes; Eduardo Cordeiro
Ramalho
Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –
Câmpus Salinas
Discussão e Conclusão
A classe 3 apresentou 79,70 % do volume total, 81,26%
da biomassa e 79,82% do estoque de carbono, podendo
ser explicado pela melhor conservação desta classe,
mostrando assim a relevância dos fragmentos do ponto
de vista ecológico e a importância da separação por
classes para realização de estimativas na vegetação.
Referências
CETEC. Desenvolvimento de equações volumétricas
aplicáveis ao manejo sustentado de florestas nativas do
estado de Minas Gerais e outras regiões do país.
Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 1995;
JESUS, B. S.; MORELLI, M. C. M.; MENDES, C. C.
A.; SANTOS, J. A.; SALIS, H. H. C.; SANTOS, R. M.
estudo de conflitos de uso da terra na região da
comunidade extrativista de água boa, em rio pardo de
minas - mg. In: III Simpósio Nacional de Áreas
Protegidas, 2014, Viçosa - MG. III Simpósio Nacional de
Áreas Protegidas, 2014;
SCOLFORO,J. R.; MELLO, J. M.; OLIVEIRA, A. D.(Ed.).
Inventário Florestal de Minas Gerais: Cerrado - Florística,
Estrutura,
Diversidade,
Similaridade,
Distribuição
Diamétrica e de Altura,Volumetria, Tendências de
Crescimento e Áreas Aptas para Manejo Florestal.
Lavras:UFLA, 2008. cap. 8, p. 361-438.
Título do Trabalho: Estrutura populacional do
barbatimão em área de regeneração pós-cultivo de
eucalipto
Autores: Caio Ferreira da silva ; Felipe Teixeira Braga
Capuchinho; Vinicius Orlandi Barbosa Lima; Lauany Matos
de Novais Silva; Laís Almeida Araújo;
Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais IFNMG – Campus Salinas
Introdução
O barbatimão (Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville) é uma árvore típica do Bioma
Cerrado e se destaca como uma das espécies
úteis no que se refere a potencial econômico.
Sua casca e folhas contem alta concentração de
tanino, muito utilizado em curtumes,
fitoterápicos e na medicina popular, sendo
espécie promissora para geração de renda em
curto prazo. O desmatamento da vegetação
nativa para exploração agrária vem ameaçando a
diversidade do Cerrado no qual é elevado,
porém menosprezada (KLINK & MACHADO,
2005), reduzindo o número de espécies que
regeneram após sua degradação. Com isso
tornam-se importantes os estudos que visam
verificar o potencial de regeneração de espécies
vegetais de interesse do ponto de vista ecológico
e econômico. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a estrutura da população do barbatimão
em área de regeneração pós-cultivo do
eucalipto, visando gerar subsídios para seu
aproveitamento.
Título do Trabalho: Estrutura populacional do
barbatimão em área de regeneração póscultivo de eucalipto
Autores: Silva, CF; Capuchinho, FTB; Lima,
VOB; Silva, LMN; Araújo, LA
Instituição: IFNMG – Campus Salinas
Material e Métodos
O estudo foi realizado na zona rural do
município de Fruta de Leite/MG, em um
talhão de 50 hectares abandonado após o
cultivo de eucalipto, com aproximadamente
10 anos de regeneração natural. As
coordenadas geográficas da área são
longitude 758390 O e latitude 8230587 S. Para
o levantamento foram lançadas 10 parcelas
amostrais de 20 por 50 metros, instaladas
sistematicamente por toda área. Foram
medidos a circunferência à uma altura de
1,3m do solo, a espessura da casca à 1,3m, a
altura do fuste, a altura total e o diâmetro da
copa de todos indivíduos lenhosos de
barbatimão.
Título do Trabalho: Estrutura populacional do
barbatimão em área de regeneração pós-cultivo de
eucalipto
Autores: Silva, CF; Capuchinho, FTB; Lima, VOB;
Silva, LMN; Araújo, LA
Instituição: IFNMG – Campus Salinas
Resultados
Na amostragem realizada, a densidade do barbatimão foi
de 8 indivíduos por hectare, com dominância absoluta de
0,0593 m²/ha e frequência em 60% das parcelas. Apesar
da baixa densidade populacional, o número de indivíduos
observados se aproximou do registrado para o campo
cerrado (9,0ind./ha) e cerrado stricto sensu (12,29ind./ha)
no Inventário Florestal de Minas Gerais (SCOLFORO,
2008). A média aritmética dos diâmetros foi de 8,75cm, a
altura total média foi 2,68m, a altura média do fuste foi de
1,47m e o diâmetro da copa médio foi de 2,41m. Os
dados mostram que as árvores possuem a copa mais larga
do que alta, além de ter porte compatível para coleta
manual das folhas. A espessura média das cascas foi de
7mm, este valor multiplicado pela valor relativo à 25% da
circunferência à altura do peito e pela altura do fuste,
resultou em uma produção de 5,27dm³ ou 2,21kg de
casca por hectare, considerando a densidade de
0,42g/cm³. O volume total com casca foi 0,2740m³/ha e o
volume do fuste 0,1150m³/ha, estimados pela equação
com maior R² e menor erro padrão ajustada para o
barbatimão no Inventário Florestal de Minas Gerais.
Título do Trabalho: Estrutura populacional do
barbatimão em área de regeneração pós-cultivo
de eucalipto
Autores: Silva, CF; Capuchinho, FTB; Lima, VOB;
Silva, LMN; Araújo, LA
Instituição: IFNMG – Campus Salinas
nº de indivíduos/hectare
4
3
2
1
0
2.5
7.5
12.5
17.5
22.5
27.5
Classe de diâmetro (cm)
Figura 1. Distribuição do número de indivíduos de
barbatimão por classe diamétrica.
Figura 2. Casca interna do barbatimão com alta
concentração de tanino.
Título do Trabalho: Estrutura populacional do
barbatimão em área de regeneração pós-cultivo
de eucalipto
Autores: Silva, CF; Capuchinho, FTB; Lima, VOB;
Silva, LMN; Araújo, LA
Instituição: IFNMG – Campus Salinas
Discussão e Conclusão
Pode-se concluir que a população de
barbatimão se restabeleceu após o cultivo do
eucalipto, se aproximando dos valores de
referência, apresentando um potencial para o
manejo sustentável.
Referências
KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. A conservação do
Cerrado brasileiro. Megadiversidade, volume 1,
n. 1, pag. 147-155, 2005.
SCOLFORO, J. R. S.; OLIVEIRA, A. D. de; ACERBI
JUNIOR, F. W. Inventário florestal de Minas
Gerais:equações de volume, peso de matéria
seca e carbono para diferentes fisionomias da
flora nativa. Lavras: UFLA, 2008. 216 p.
Download

Resumos-11-06_1 - 2º Congresso Florestal no Cerrado