CAPÍTULO 4
‘A CAMINHO DA AUTO-ORGANIZAÇÃO’
AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO CÉREBROS
- O cérebro não se compara a nada mais;
- As diferenças entre cérebros e máquinas, baseando-se no experimento
do psicólogo americano Karl Lashey:
- Karly Lashey ensinou ratos a correr em labirintos.
Será que conseguiríamos o mesmo efeito em uma máquina???
Será possível planejar organizações de forma flexível, resistente e engenhosa
como o funcionamento do cérebro?
Em
vários
estilos
de
organizações, não existe uma
única que possa ter um
desempenho similar ao do
cérebro.
A organização Orgânica é
provavelmente a mais próxima
do funcionamento de um
cérebro.
Na melhor da hipóteses:
LIDERANÇA INSTITUCIONAL
BEM SUCEDIDA
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
APROPRIADA
ESTRUTURA E ESTILO DE
ADMINISTRAÇÃO
MOTIVAR A CRIATIVIDADE E A
INVENTIVIDADE
IMAGENS DO CÉREBRO
•
A maior parte dos pensamentos e realizações, bem como as suas
mais profundas emoções, podem provir do cérebro.
•
Persistentes pesquisas, especialmente durante os últimos 100
anos, começaram a sondar e revelar seu trabalho.
•
Numerosas metáforas são utilizadas. Muitas dessas imagens estão
centradas na ideia de que o cérebro é um sistema de
processamento de informações.
•
Mais recentemente, o cérebro tem sido comparado a um sistema
holográfico.
A Holografia foi inventada em 1948 por Dennis Gabor (uma câmera
sem lentes, dispersa a informação por meio de raios de luzes, registra
num disco fotográfico, conhecido como holograma, que pode ser
iluminado para recriar a informação original). Se ele se quebrar,
qualquer das partes separadas pode ser usada para reconstruir a
imagem total.

O nome Holografia vem do
grego Holos (todo, inteiro)
Egraphos (sinal, escrita), pois é
um método de registro
"integral"
com
relevo e
profundidade.
Os hologramas possuem uma
característica única: cada parte
deles possui a informação do
todo. Assim, um pequeno
pedaço de um holograma terá
informações de toda a imagem
do
mesmo
holograma
completo. Ela poderá ser vista
na íntegra, mas a partir de um
ângulo estreito. A comparação
pode ser feita com uma janela:
se a cobrirmos, deixando um
pequeno buraco na cobertura,
permitiremos a um espectador
continuar
enxergando
a
paisagem do outro lado, de um
ângulo muito restrito. Mas ele
ainda verá toda a paisagem pelo
buraco.


A Holografia foi concebida
teoricamente em 1948 pelo
húngaro
Dennis
Gabor,
formado na Alemanha, mas
radicado na Inglaterra desde a
ascensão do nazismo, em 1933,
Gabor chegou à holografia em
1948, quando pesquisava uma
forma de aumentar a nitidez do
microscópio eletrônico.
Não conseguiu aplacá-la na
prática, pois necessitava de um
tipo de luz onde as ondas não
se difundissem em todas as
direções e que possuísse
apenas uma cor. Ou seja,
necessitava de um laser, que só
seria descoberto em 1960.
•
O cérebro será usado como metáfora para compreender as
organizações de duas formas:
•
Serão exploradas as implicações da ideia de que as
organizações são sistemas de processamento de informações
capazes de aprender a aprender.
•
Será explorada a ideia de que as organizações podem ser
concebidas para refletir os princípios holográficos.
ORGANIZAÇÕES COMO CÉREBROS
PROCESSADORES DE INFORMAÇÕES.

Caso se pense sobre isso, cada aspecto do funcionamento
organizacional depende do processamento de informação, seja
de um tipo ou de outra.
Modelo de processamento de informação:
Burocracia
Tomada
De
Decisão
Processamento
de
Informação
Regras
Pré-Determinadas
Modelo de processamento de informação :
Administração Estratégica
Processos Formalizados ou
Temporários
Políticas
Planos
Ponto de
Referência
ou
Estrutura
Processamento de
Informação
Tomada de
Decisão
Concluindo
As organizações são sistemas de informações. São sistemas de
comunicação, sendo também sistemas de tomada de decisão.
Pode-se, então, fazer um longo percurso no sentido da
compreensão das organizações, bem como na variedade de
formas organizacionais na pratica, focalizando-se as
características do seu processamento de informações.
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES,
TOMADA DE DECISÕES E PLANEJAMENTO
ORGANIZACIONAL.

Para que se possam processar informações, tomar decisões e
fazer planejamentos é preciso analisar a capacidade da estrutura
organizacional, pelo ponto das limitações que são empregadas
para se realizar este processo.

Pensando no ponto de limitações, Herbert Simon chega a
conclusão de que as organizações não podem ser cem por cento
racionais ,na melhor das hipóteses poderá haver uma forma de
racionalidade limitada , por os membros das organizações terem
que trabalhar com base em informações limitadas,
argumentando que :
•
Usualmente tem que agir com base de informações incompletas.
•
Somente podem explorar determinados números de alternativas
relativas a qualquer dada decisão.
•
São incapazes de dar acurados valores aos resultados.
O modelo da Racionalidade limitada sugerida por Simon, é vista
na estrutura de nossas organizações , que fragmentam e rutilam
o processo de tomada de decisão em lugar de torná-lo
administrável.
Com a fragmentação e criando rotinas perante o processo da
tomada de decisão , chegamos a lógica da hierarquia, ando cada
cargo ira processar informações e tomar decisões de acordo com
suas responsabilidade.
Para lidar com a incerteza das informações Simon sugere dois
planejamentos estratégicos.

O primeiro visa a redução da necessidade de
informação .

O segundo envolve crescente capacidade de
processar informação.

As organizações estão em franca evolução em seu processamento
de informação, ampliando suas áreas de tecnologia e se tornando
cada vez mais inteligentes, ao ponto de uma visão do todo de
uma organização, podemos chegar a comparação da evolução da
inteligência humana (orgânica) com a inteligência organizacional,
o que da origem a metáfora do cérebro.
CIBERNÉTICA, APRENDIZAGEM E APRENDER
A APRENDER
Para compreendermos melhor
utilizaremos uma ciência que tem
como foco o estudo da informação,
comunicação e controle:
A Cibernética.
A cibernética surgiu do desafio de
como cientistas especializados em
matemática,
teoria
da
comunicação, engenharia, ciência
social e medicina combinassem
suas habilidades e descobertas para
criar maquinas com capacidade
adaptativa dos organismos.
A cibernética sugere que uma ação
humana ocorra através de um
processo de eliminação de erro por
meio do qual desvios são reduzidos
a cada e a todo estágio do processo
de tal forma que ao final não reste
nenhum
erro.
Desta
forma
consegue-se pegar um objeto ao
evitar-se não pegá-lo.




Devemos considerar quatro princípios chaves para que a cibernética
conduza ao processo de informação capaz de aprender e aprender:
O sistemas de informação devem ter a capacidade de sentir, monitorar e
explorar aspectos significantes de seu ambiente;
Os sistemas de informação devem também ser capazes de relacionar
essa informação com as normas operacionais que guiam o sistema
comportamental;
Os sistemas de informação devem ser capazes de detectar desvios
significativos dessas normas;
Os sistemas de informação devem ser capazes de iniciar ação corretiva
quando são detectados discrepâncias.
Se essas quatro condições forem satisfeitas, um processo continuo de
troca de informações é criado entre um sistema e seu ambiente,
permitindo ao sistema monitorar mudanças e iniciar respostas
apropriadas. Dessa forma, o sistema pode operar de maneira inteligente
e auto-reguladora.
Devemos distinguir entre o processo continuo de aprender.
Nos sistemas cibernéticos o processo de aprendizagem consiste
em detectar e corrigir desvios a partir de normas prédeterminadas, todavia, são incapazes de questionar a
propriedade daquilo que estão fazendo. O processo de aprender
a aprender possui esta capacidade de questionamento e podem
influenciar os padrões que guiam as suas operações.
PODEM AS ORGANIZAÇÕES APRENDER E
APRENDER A APRENDER?
Algumas conclusões podem ser delineadas em
quatro princípios.
1. Encorajar e Valorizar uma abertura e flexibilidade que
aceite erros e incertezas como um aspecto inevitável da vida
em ambientes complexos e mutáveis.
Esse princípio é fundamental para permitir aos membros de
uma organização lidas com incertezas de maneira construtiva
2. Reconhecer a importância de exploração de diferentes
pontos de vista, encorajando um enfoque de análise e
soluções de problemas complexos.
Esse princípio ajuda a definir meios de enquadrar e
reenquadrar assuntos e problemas de tal forma que eles
possam ser focalizados de maneira aberta.
3. Evitar imposição de estruturas de ação em ambiente
organizador onde o importante é Vislumbrar meios em que a
inteligência e a direção possam emergir do processo
organizacional coerente.
Esse princípio se relaciona com a importância da ação
dirigidas para a investigação.
4. Criar Estruturas e Processos organizacionais que ajudem a
implementar os princípios anteriores.
CÉREBROS E ORGANIZAÇÕES VISTOS COMO
SISTEMAS HOLOGRÁFICOS.


O CÉREBRO E SEUS AGENTES FUNCIONAIS
A HOLOGRAFIA
4 PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS
OS 4 AGENTES DO CÉREBRO




Neurônios - São células nervosas que estão conectadas com centenas de
milhares de outros,permitindo um padrão de rica condutividade de
informações entre todas as partes do cérebro.
Córtex - É o comandante, ou o principal planejador que controla as
atividades NÃO ROTINEIRA.
Cerebelo - Ao contrário do córtex, ele é o computador ou o piloto
automático que se encarrega das atividades de ROTINA.
Mesencéfalo - É o centro dos sentimentos, olfato e emoção.
Observações:
• O interessante é que as regiões do cérebro são interdependentes,
porem são capazes de agir uma pela outra quando necessário.
• Um exemplo disso é quando acontece um trauma cerebral
• O que sabemos também é que esses agentes cerebrais estão entre os
lados direito(emocional) e esquerdo(racional) do cérebro .Então
podemos observar a relação de dependência entre ambas as partes.
A HOLOGRAFIA
A holografia foi criada por Dennis Gabor em 1948.
Consiste em um processo de gravação de e projeção de imagens,
permitindo a reconstrução de uma cena em 3 dimensões.
Esta cena ao ser elaborada sob diferentes ângulos de visão, proporciona
uma visão espacial da mesma, como se estivéssemos vendo na realidade.
Nesse caso podemos comparar uma pintura com uma fotografia e uma
escultura com a Holografia.
O que isso tem haver com o funcionamento do cérebro?
A forma pelo qual um disco holográfico (onde a imagem é projetada)
abrange todas as informações necessárias a reprodução de uma imagem
completa de cada uma de suas partes.
Concepção Holográfica
Aprender a
Aprender
Especificação
Mínima
Crítica
Redundância de
Funções
Variedade de
Requisitos
O Princípio Redundância de Funções: Em lugar de partes isoladas são inseridas
Funções extras a cada uma das partes.
O Princípio Variedade de Requisitos: Em um contexto holográfico, todos os
elementos de uma função devem obter qualidades e requisitos diferentes para
desenvolver a capacidade crítica do ambiente.
O Princípio da Especificação Mínima Crítica: Sugere que os administradores
adotem um papel de orquestrar o sistema, criando as condições favoráveis a
uma melhor execução do trabalho. Esse princípio explora somente aquilo q é
necessário a execução das tarefas, eliminando as partes burocráticas.
O Princípio Aprender a Aprender: Tem como objetivo manter coerência e
controle sobre os três primeiros, isso seja para que o sistema tenha a
capacidade de aprender com a rotina e com novas funções inseridas as partes.
COMO FACILITAR A AUTO-ORGANIZAÇÃO:
PRINCÍPIOS DE PLANEJAMENTO
HOLOGRÁFICO
O teórico Fred Emery sugeriu que existem dois métodos para introduzir a
Redundância em um Sistema:
1º Envolve a Redundância em Partes, no qual cada uma das partes é
concebida para desempenhar-se a partir de uma função específica, sendo
acionadas partes especiais ao sistema com o objetivo de controlar.
2º Incorpora uma Redundância de Funções. Em qualquer parte isoladas
que estão sendo adicionadas ao sistema, funções extras são adicionadas a
cada uma das partes em operação, de tal forma que cada parte seja capaz
de se engajar em um conjunto de funções em lugar de somente
desempenhar uma atividade única especializada.
Ao programar esse tipo de
planejamento, onde os sistemas
são baseados em funções
redundante no sentido de que as
capacidade relevantes para o
funcionamento do todo estão
presentes
nas
partes,
inevitavelmente se chaga à
pergunta a respeito de quanta
redundância deveria tentar
integrar todas as partes ao todo.
A partir do principio formulado
pelo especialista em cibernética
W. Ross Ashby, que sugere que a
diversidade interna de qualquer
sistema autor reguladora deva
atender
à
variedade
e
complexidade do seu ambiente
caso se deva lidar com desafios
proposto pelo ambiente ou que
cada sistema de controle de ser
tão variado e complexo quanto o
ambiente que está sendo
controlado.
Para que toda esta capacidade se concretize e assume direção
coerente, há dois princípios maiores organizacionais:
- O Principio da mínima especificação critica.
Ajuda a preservar a capacidade de auto-organização, que princípios
burocráticos usualmente desgastam, mas o perigo de tal
flexibilidade, é que ela tem o potencial de ser tornar caótica.
- E do Aprender a Aprender.
Desenvolve com um quarto elemento do planejamento holográfico.
A capacidade do sistema de auto-regulação coerente e controle
dependem da sua habilidade de engajar-se em processos de
aprendizagem em um único e duplo circuito.
Para o sistema holográfico adquirir integração e coerência, bem
como para evoluir em resposta às solicitações de mudança, essa
capacidades de aprendizagem devem ser ativamente encorajadas.
Herbert Simon sugeriu que a hierarquia é a forma adaptativa para
que uma inteligência finita se adapte em face da complexidade.
Um Relojoeiro descobriu um principio de hierarquia.
Simon usa a parábola para ilustra a importância da hierarquia
em sistemas complexos e argumenta que os sistemas
evoluirão muito mais rapidamente caso existiam formas
intermediárias estáveis.
O especialista em cibernética W. Ross Ashby semelhantemente
apontou que nenhum sistema de adaptação complexa pode
ser bem-sucedido em atingir um estado estável durante um
período razoável de tempo a menos que o processo possa
ocorrer de subsistema para subsistema, sendo que cada
subsistema relativamente fica independente dos outros.
A ORGANIZAÇÃO HOLOGRÁFICA NA PRÁTICA
A Organização Holográfica não é um sonho.
Muitas organizações possuem características holográficas em
suas estruturas, empresas de Informática, Publicidade e
Marketing são exemplos de organizações holográficas.
Algumas células de produção também possuem estas
características, onde elas estabelecem um conceito que
divide uma fabrica em pequenas fabricas independente e
não obrigatoriamente no mesmo prédio.
A soma dos produtos dessas unidades compõe o produto
final.
COMO ORGANIZAR ?

Considere, por exemplo uma empresa de computadores
muito conhecida, que reorganizou suas fabricas seguindo o
planejamento holográfico . Por exemplo em uma fábrica que
empregava quase 200 pessoas, ao organização operacional foi
dividida em grupos de 14 a 18 empregados. Esses Grupos
Tinha completa responsabilidade pela produção desde a
chegada do suprimento até a expedição dos produtos
acabados.
Cada grupo tem uma tarefa diferente dentro da empresa, são
responsáveis por seus horários de entrada e saída e o
cronograma de execução de trabalho, além dos grupos
operacionais existem os grupos administrativos que oferecem
sistemas e apoio aos demais, para manter a fábrica á frente
dos desenvolvimentos tecnológicos
Toda essas operações da fábrica
são
caracterizadas
pela
integração holográfica. Assim
estimulando o relacionamento
holístico entre as pessoas e os
seus trabalhos, adquirindo
uma identidade entre a firma e
seus
empregados.
Os
resultados tem
sido os
melhores, pois aumentou a
produtividade, qualidade e
inovação e a vida de trabalho
em quase todos os aspectos.

Exemplo de uma Organização Holográfica em movimentos
peças por peças são encontradas em numerosas outras
empresas, em muitas delas altamente inovadoras estudadas
por Thomas Peters e Robert Waterman na sua “busca de
excelência”. Fortes tendências Holográficas estão sendo criadas
na organizações modernas para mais informações
comunicações e controles.

Todavia, apesar de emergência dessas características
holográficas e seus potencias, seria um exagero sugerir que a
imagem holográfica corretamente descreve com a precisão
muitas organizações do presente.
FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA DO
CÉREBRO

As contribuições à compreensão da aprendizagem organizacional e às
suas capacidades de auto-organização.

A compreensão de como a administração estratégica pode ser planejada
para facilitar o aprender a aprender,pode – se ir além da limitada
racionalidade que caracteriza muitas organizações no presente.

Entretanto uma que se destaca é propiciar meios valiosos de pensar
sobre como desenvolvimentos na computação e outras tecnologias em
microprocessamento podem se usados para facilitar novos estilos de
organização.
Limitações da Metáfora do
Cérebro


Existe um perigo de não se levar
em conta importantes conflitos
entre
os
requisitos
da
aprendizagem
e
autoorganização,por um lado, e das
realidades de poder e controle,por
outro.
Desde que qualquer movimento
no sentido da auto organização
deva ser acompanhado por
importantes mudança de atitudes
e valores ,as realidades do poder
podem ser reforçadas pela inércia
que vem das suposições e crenças
existentes
“Mudanças
de
personalidade”só
pode
ser
alcançada pelo um longo período
de tempo.
Trabalho de TGA – Professor Alexandre
Resumo do Capítulo 4 - ‘A Caminho da Auto Organização’
Integrantes do grupo e executores do trabalho:
Alessandro
Ana Carolina
Ana Paula
Cintia
Denise
Gabriela
Mayara
Suelen
Vanildo
Turma de Administração e RH – Módulo 01
04/05/2012
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A Caminho da Auto Organização - Prof. Alexandre F. de Almeida