SEMINÁRIO CEFALEIAS PRIMARIAS
Ambulatório CefaleiaFamema – 2014
Prof. Dr. Milton Marchioli
ALUNOS: THAILA PINE GONDEK
PAULO SIQUEIRA DO AMARAL
MAYARA BRANCO E SILVA
ISABELA FERNANDES JORGE
LEANDRO HEIDI TSUJI HONDA
CEFALEIAS PRIMARIAS
Migrânea
Cefaleia em
Salvas
Cefaleia
Tensional
OUTRAS
SUNCT
Cefaleia
Hemicraniana
MIGRÂNEA
• Consequência de disfunção neurovascular
craniana devido a hiperexcitabilidade
neuronal herdada.
• 25% das mulheres e 10 % dos homens entre
as idades de 20-40 anos.
FISIOPATOLOGIA
TENDÊNCIA
FAMILIAR
FATORES DESENCADEANTES
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•
•
•
•
Estresse
Tabagismo
Oscilações hormonais
Sono inadequado
Falta de exercício físico
Medicações (Vasodilatadores e ACO)
Alimentos: Cafeína, alimentos contendo tiramina
(Queijo) , Vinho Tinto
• Alimentação rápida ou jejum prolongado
ENXAQUECA SEM AURA
ENXAQUECA COM AURA
SINTOMAS
PREMONITÓRIOS
AURA
DOR
RESOLUÇÃO
• SINTOMAS PREMONITÓRIOS: Surgem em horas ou dias antes da crise, com:
anorexia, dificuldade de concentração, alteração de humor, bocejos
repetidos, irritabilidade, distúrbio sistema digestório.
• AURA: crises de sintomas neurológicos focais e reversíveis que se
desenvolvem gradualmente no período de 5 – 20 minutos podendo durar
até 60 minutos. SINTOMAS:
 Visuais: POSITIVOS: luz trêmulas e manchas; NEGATIVOS: escotomas
 Sensitivos: POSITIVOS: formigamento; NEGATIVO: dormência
 Disfasia
TRATAMENTO
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
 Prevenção de gatilhos
 Alimentação balanceada e regulada
 Sono adequado
 Atividades físicas regulares
 Excluir cafeína nas alimentações
 Evitar uso de bebidas alcoólicas e drogas
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
1) CRISES:
AINES + ANALGÉSICOS
• Utilizados por VO em crises moderadas, EV se crises graves ou pela vigência de vômitos
• Exemplos: paracetamol, dipirona; ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco
• ANTIEMÉTICOS: domperidona e metoclopramida, indicados na presença de êmese.
ERGOTAMINA OU TRIPITANOS
• NÃO DEVEM SER UTILIZADOS EM INTERVALO < 24 H DEVIDO RISCO DE COMPLICAÇÃO CARDIOVASCULAR.
• INDICADOS EM CRISES REFRATÁRIAS AO TRATAMENTO INICIAL OU CRISES GRAVES.
• Ergotamina: não deve exceder o uso de 10-12 mg por semana devido cefaleia rebote.
• Triptanos: medicamentos de alto custo
HALOPERIDOL OU CLORPROMAZINA
• Devem ser utilizados em crises refratárias aos tratamentos anteriores, em baixas doses, diluídos em soro
fisiológico EV lento.
• A Clorpromazina pode ser associadas a corticoides em via parenteral nas crises intensas ou no mal
enxaquecoso.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
2) PROFILAXIA
IRSS
AMITRIPTILINA
NORTRIPTILINA
BETABLOQUEADORES
TRICÍCLICOS
CONTRA-INDICADO EM
ASMÁTICOS
Bloqueador
de canal de
Ca+
ANTICONVULSIVANTES
ÁCIDO VALPROICO: Teratogênico
TOPIRAMATO
Comorbid Condition
Medication
Hypertension
Beta blockers
Angina
Beta blockers
Stress
Beta blockers
Depression
Tricyclic antidepressants, SSRIs
Overweight
Topiramate, protriptyline
Underweight
Tricyclic antidepressants (nortriptyline,
protriptyline)
Epilepsy
Valproic acid, topiramate
Mania
Valproic acid
SSRIs = selective serotonin reuptake inhibitors
CEFALEIA TENSIONAL
• Entre 30 – 78 % da população, 16% procuram
clínico e 4% especialista.
• Episódica: infrequente: 1 episódio/mês;
frequente: até 14 episódios/mês.
• Crônica: 15 ou mais episódios/mês por 6
meses no mínimo, comumente associada a
comorbidades.
FISIOPATOLOGIA
• Não está esclarecida, mas há evidencias de
que há redução no liminar de dor regulado
pelo sistema límbico e hipoexcitação dos
neurônios do tronco cerebral –>
SENSIBILIZAÇÃO NOCICEPTORES MIOFACIAIS.
• Não há mais evidências de que contrações
musculares da cabeça e do pescoço sejam a
causa.
CLÍNICA E DIAGNÓSTICO
A. Cefaleia tem pelo menos duas das características:
1. Localização bilateral
2. Caráter em pressão/aperto (não pulsátil)
3. Intensidade fraca ou moderada
4. Não é agravada por atividades físicas rotineira (caminhar
ou subir escadas)
B. Ambos os seguintes:
1. Ausência de náusea ou vômito
2. Fotofobia ou fonofobia
C. Não associado a outros transtornos (alterações têmporomandibulares, anatômicas e funcionais da coluna cervical,
etc)
TRATAMENTO
CRISES
PROFILAXIA
• Repouso, relaxamento e
baixas doses de analgésicos
simples (dipirona,
paracetamol e AAS)
• Antidepressivos:
Amitriptilina
CEFALEIA EM SALVAS
• Atinge 0,4 – 2,4 a cada mil pessoas, mais prevalente
em homens 6:1
• Associa-se a tabagismo, trauma craniano e história
familiar.
• Podem ser desencadeadas por hipóxia, álcool e
vasodilatadores.
FISIOPATOLOGIA
• Hipóteses sugerem que há envolvimento
hipotalâmico primário, uma vez que apresenta
caráter cíclico (circadiano)
• Exames de imagem confirmaram o envolvimento do
hipotálamo ipsilateral a dor
• A ativação hipotalâmica poderia levar a ativação do
núcleo supra-quiasmático com estímulo para
envolvimento trigemenovascular
CLÍNICA
• Dor unilateral, podendo em outras crises cursar em
lado diferente.
• Em geral no terço superior da hemiface comprometida,
mais precisamente na região orbitária.
• Dor de grande intensidade, excruciante, em caráter
explosivo.
• Duração: 15-180 minutos se não tratada, com
frequência de 2 episódios diários.
• As dores podem acordar o paciente durante as crises.
• Acompanha pelo menos um sintoma neurovegetativo
ipsilateral, são eles: lacrimejamento ou hiperemia
conjuntival, rinorréia ou congestão nasal, edema
palpebral, sudorese frontal e miose ou ptose.
TRATAMENTO
CRISES:
• Oxigenoterapia 100% de 10-12 L/min com máscara por 15 a 20 minutos
• Triptanos e Ergotamina: associado a oxigenoterapia ou em crises
prolongadas, 6mg e 2mg SC, respectivamente.
PROFILAXIA:
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Verapamil: pode levar a obstipação
Lítio: desenvolve tolerância no decorrer do uso
Metisergida: deve ser interrompida por um mês a cada 6 meses de uso.
Prednisona: são indicados em prevenção a curto prazo
Ergotamina: indicado em crises noturnas ou 30 minutos antes de crises
com mesma periodicidade.
CEFALEIA HEMICRANIANA PAROXISTICA
• Mais prevalente em mulheres.
• A cefaleia em salvas e as hemicranias paroxísticas assim
como a enxaqueca, devem sua dor também à ativação do
sistema trigêmino-vascular, mas de uma maneira mais
intensa, tanto assim que a dor é muito mais forte.
• Dor unilateral em região orbitária, muito semelhante à
cefaleia em salvas quanto a intensidade da dor e aos
fenômenos autonômicos.
• Duração de 2-30 minutos, com mais de 5 episódios/dia.
• Sua definição é dada quando há remissão dos sintomas
com indometacina (até 200 mg VO ou Parenteral)
• Pode ser desencadeada pela posição da cabeça.
• Deve ser descartada lesões hipofisárias.
SÍNDROME DE SUNCT
• Cefaleia neuralgiforme unilateral, dor pulsátil ou em pontadas,
podendo atingir múltiplas regiões encefálicas, com um sintoma
autonômico ipsilateral ( quando não há lacrimejamento e congestão
nasal é denominada SUNA)
• Duração: 5 – 240 segundos, ocorrendo de 3 – 200 episódios/dia,
devendo existir pelo menos 20 crises por dia para o diagnostico.
• Tratamento da crise: Lidocaína EV
• Tratamento profilático: é de difícil controle podendo ser usado:
carbamazepina, indometacina, lítio, amitriptilina, verapamil,
valproato e prednisona. Alguns casos melhoraram com a
lamotrigina e gabapentina.
• Casos intratáveis com medicamentos podem requerer rizotomia do
trigêmeo por radiofreqüência ou compressão do gânglio de Gasser
com microbalão.
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Seminário sobre Cefaleias Primárias apresentado pelos