INSTITUTO DE LETRAS TEORIA E PRÁTICA DA LEITURA TURMA A – 2014 Proponentes da oficina: Hellena Rodrigues e Tess Pinto Confabulando: oficina de leitura e escrita de fábulas Organização da oficina Público-alvo: Crianças de sexto/sétimo ano Para que essa oficina vai servir para o público-alvo? Para fazer os alunos refletirem acerca do gênero fábula, sua estrutura, linguagem e problemáticas. Os alunos terão a oportunidade de praticar a escrita do gênero de maneira orientada pelo professor, compartilhada com os colegas e sem pressão por notas. Número de alunos: 14 no máximo Organização da oficina Carga horária: 3 encontros semanais de 2 horas cada Recursos: sala de aula coberta, computador, projetor, caixas de som, cópias das tarefas por escrito. Resultados esperados: refletir sobre a temática, sobre o gênero, sobre os recursos linguísticos empregados e produzir um texto. Forma de avaliação: a) autoavaliação do aprendizado; b) avaliação da produção por parte dos colegas a partir de uma grade de critérios e descritores na segunda aula; c) avaliação do processo e dos resultados coletivamente no encerramento; d) Feedback por escrito e individual por parte das professoras a ser entregue posteriormente (por meio a combinar). Temática Correr riscos Correr riscos é sinal de coragem ou tolice? Não correr riscos é sinal de prudência ou covardia? Aula 1 Leituras e estudos de texto Construção coletiva de uma grade contendo as características de uma fabula a partir dos exemplos vistos e do repertório dos alunos. Aula 2 Escrita e leitura por parte de colegas a partir da grade construída ontem. Oficineiras também passam para ler cada texto. Pedido de reescrita. Aula 3 Ajustes finais nos textos orientados pelas oficineiras. Leitura em roda das fábulas. Se os alunos permitirem, gravar os vídeos e postá-los num canal criado no Youtube (ou site a combinar). Autoavaliação e discussão coletiva sobre o processo da oficina e seus resultados (pontos positivos e negativos e sugestões da parte dos alunos e das oficineiras). Texto 1 Brainstorming: que palavras vocês associam com o termo "fábula"? (fazer circular diferentes livros de fábulas para alimentar o brainstorming) Vamos ler uma fábula sobre uma cotovia. Verificar a compreensão do termo. Antes da leitura: 1 - A fábula "A cotovia" tem uma moral? Se sim, qual seria ela (em suas palavras)? Se não , poderíamos incluir alguma moral no texto? Qual? 2 - Com base na sua bagagem cultural, que características você atribuiria a uma cotovia? A Cotovia (Esopo) Presa numa arapuca, uma cotovia se lamentava: “Pobre de mim! Pobre pássaro que sou! Não roubei prata nem qualquer objeto precioso: por causa de um pequeno grão de trigo vou encontrar a morte”. Tão grande risco por nada! OBS: levaremos exemplar do livro e cópias da página que contém a fábula selecionada. Perguntas sobre o primeiro texto - em duplas 1) Vocês sentiram pena da cotovia pelo que aconteceu com ela? Por quê? 2) Explique que mudança de sentido ocorre se mudarmos os pontos de exclamação por pontos finais no trecho "Pobre de mim! Pobre pássaro que sou!". 3) Qual é a finalidade do uso de aspas no texto? 4) O narrador está em primeira ou terceira pessoa? (explicar, se necessário) 5)Observando a fala do narrador, você acha que a história ocorre no presente, no passado ou no futuro? Justifique. utilizando alguma passagem do texto. 6) A moral apresentada se aplica ao tempo que você mencionou na pergunta 5, a outros ou é atemporal? 7) Explique a mudança de sentido na fala da cotovia caso retirássemos do texto o adjetivo “pequeno”, que vem antes de "grão de trigo". 8) Você associa a cotovia e seu comportamento com o de alguém que conhece? 9) Que características você atribuiriam a outros animais (como gato, cobra, macaco, etc)? Listem pelo menos 10. Texto 2 O recado que vocês vão ler também fala sobre correr riscos. Arriscar, nesse caso, é uma coisa boa ou ruim? Por quê? 1) Para quem está sendo dado esse recado? 2) Se removêssemos a expressão “sem valor” que vem depois de papel haveria mudança de sentido na frase? 3) Você conhece papeis que tem valor? Quais poderiam ser eles? 4) Qual opinião você acha que o texto veicula sobre roubar a loja? 5) Por que você acha que o autor deixou claro por meio da locução adverbial “durante o dia” o período em que a loja pode ser examinada? O que se poderia pensar se não estivesse especificado o horário para a verificação? Os dois textos apresentados sugerem um comportamento a ser adotado. Você acha que uma das duas maneiras é mais eficaz que a outra? Que outras diferenças você vê entre as duas maneiras de dar um recado? E você, costuma passar recomendações para as pessoas? Como? Exemplo: conversando com elas, enviando indiretas, dando o exemplo, etc. Pense em algum comportamento que você gostaria que pessoas adotassem. Como você poderia resumir sua recomendação para elas em uma frase? Que história poderia ser apresentada a partir dessa frase para fins de convencimento? Que animais poderiam protagonizá-la? Fim.