Revisão de História
Eclesiástica I
História Eclesiástica I - Alexandre Gonçalves dos Santos
CAPÍTULO 01
REPENSANDO SOBRE
A HISTÓRIA HOJE
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A História é complexa,
pois lida com o homem
no passado.
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Mesmo reconhecendo a
complexidade da história,
há um paradoxo envolvido
- a fascinação pela história
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A história ficou marcada,
principalmente no Brasil
como “decoreba” ou
estudar sobre coisas do
passado que nada tem a ver
com o presente
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A história não é a ciência do
passado, como durante
muitos anos se apregoava,
mas a ciência dos homens,
no seu tempo
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O objetivo da história, é o
próprio homem, ou a
pesquisa da sociedade
humana
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O tempo na história é algo
subjetivo, dialético, relativo,
ou seja, datas, etapas e
passado não podem ser
absolutos
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Não há como entrar em uma
máquina do tempo literal e
voltar ao passado para
registrar o fato histórico
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Para restituir a história, o
pesquisador se vale de
testemunhos
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Então o conhecimento do
passado seria
necessariamente "indireto"
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Estes testemunhos nos
fornecem imagens
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O passado é por definição
um dado que não mais se
modificará, mas o
conhecimento do passado é
uma coisa em progresso
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Antes do surgimento de uma
Metodologia própria da
História, os documentos
históricos oficiais eram os
que se encontravam
escritos.
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Com Heródoto vemos uma
história narrativa, como as
epopéias dos persas e dos
gregos.
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Mas, em 1824, surge o
Manual de Metodologia
da História de Leopold
von Ranke
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Influenciada pelo
Positivismo, que
privilegiava o padrão
newtoniano (leis exatas)
de interpretação da
realidade, com uma
ênfase na verdade, nas
leis e no absoluto.
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A história então se baseava
apenas nos documentos
escritos
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Há depois uma nova
compreensão do termo
documento. Os documentos são
os traços deixados pelos
pensamentos e pelas ações dos
homens
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Mas não é só dos testemunhos
escritos que se faz a pesquisa
histórica, deve-se, observar os
vestígios ou resíduos, que
também é parte importante da
observação histórica
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A diversidade dos testemunhos
históricos é quase infinita, tudo
o que homem diz ou escreve,
tudo o que fabrica, tudo o que
toca pode e deve informar sobre
ele.
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O historiador reúne a
documentação, lê, empenha-se
em avaliar sua autenticidade e
veracidade, depois do que, e
somente depois, os põe para
funcionar.
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Nós não estudamos o
documento em si, mas para
através dele atingirmos o
passado. A visão é ampliada no
sentido de entender qual é a
imagem do passado que eles
guardam e lhe levam.
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A crítica histórica exige então
um espírito de método e espírito
de finura, irrepreensível
vigilância para distinguir a
verdade em meio aos falsos
testemunhos
.
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A Heurística que tem como
finalidade encontrar a
autenticidade dos
documentos
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Faz-se importante agora
observar a interpretação deste
documento, ou seja, realizar a
hermenêutica, analisando a
semântica, vocabulário,
palavras e significados. A crítica
de interpretação é próxima da
crítica literária.
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Em história não há urna questão de
verdade absoluta (só a Bíblia é a
verdade absoluta), mas é
necessário ser exato, também é
utilizada a crítica da exatidão, no
combate a fraqueza da memória,
pois o historiador precisa ser o mais
exato possível!
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O documento não é
qualquer coisa que fica por
conta do passado, é um
produto da sociedade que o
fabricou segundo as
relações de forças que aí
detinham o poder.
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Há uma intencionalidade
inconsciente
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E para nós evangélicos, qual
o papel da história?
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Devemos acreditar em tudo
que se escreve ou fala em
nome de Deus?
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Quando lemos um livro de
história sobre determinado
líder evangélico ou igreja,
devemos crer que tudo que
ali está escrito é verdade
absoluta?
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Como estudantes de teologia, e
especificamente de história
eclesiástica, vocês serão
desafiados a ver o passado com
outros olhares e explicá-los no
presente, não pela ótica do
professor, mas pela sua própria
pesquisa
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Não desejamos que vocês
sejam céticos em tudo, pois
a fé (crer sem ver ou tocar)
faz parte da vida cristã
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Por não questionar, por serem
passivos, muitos evangélicos
tem aceito ensinamentos
contrários a Bíblia, concordando
e até mesmo aplaudindo líderes
egocêntricos, esquizofrênicos a
até mesmo mau intencionados
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Não é que vamos sair destas
aulas criticando a todos,
questionando com
violência, vivendo um
ateísmo gospel!
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A Bíblia fala em Efésios 4:15
que devemos “falar a
verdade em amor”, nunca
deixar de falar, nunca se
calar, mas falar com amor.
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Creio (mesmo sendo historiador)
que a história da Igreja Cristã,
com uma metodologia própria
que vê na Bíblia e em Deus como
verdade absoluta se constituirá
um alicerce para a sua vida cristã
e sua liderança.
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Trabalharemos nesta primeira parte
os seguintes conceitos:
História
Igreja
Cristianismo
Paradigmas
Missão e Missões
Discipulado Cristão
Liderança
Relacionamentos Saudáveis
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Metodologia do estudo da História
Eclesiástica
O Surgimento e formação do
Cristianismo
A Igreja Primitiva – Ano 0 a 100
A Igreja Antiga – Ano 100 a 313
A Igreja Imperial – Ano 313 a 590
A Igreja Medieval – Ano 590 a 1517
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O Protestantismo Reformado – Ano
1517 a 1648
O Protestantismo Pós-Reforma –
Ano 1648 a 1791/2
O Protestantismo Denominacional e
de Missão – Ano 1792 a 1914
O Protestantismo Contemporâneo –
Ano 1914 a 1974
O Movimento Evangelical – Ano
1974 em diante
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O Protestantismo Latino-Americano
– A partir de 1808
O Protestantismo Brasileiro – A
partir de 1855
O Pentecostalismo Brasileiro – A
partir de 1910
O Neopentecostalismo ou
Pentecostalismo Popular – A partir
de 1980
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Mas é Eusébio de Cesaréia (c.
265-339), que é considerado
por alguns o pai da História
Eclesiástica, pois em sua obra
História Eclesiástica (324)
narra um panorama da história
da Igreja dos tempos
apostólicos até o ano de 324.
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Depois de Eusébio de
Cesaréia a história da igreja
foi sendo escrita pelos
chamados Pais da Igreja e
permaneceu sob os domínios
da Igreja Católica Romana
Medieval a documentação e
escritos sobre esta história,
do ponto de vista romano.
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Foi somente com a Reforma
Protestante que a história
eclesiástica passou a ser
escrita também por outros
ângulos diferentes do
catolicismo
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Historiador
Nacionalidade
Confissão
religiosa
Adolfo Von
Schlater
Derek Wilson
Suíço
Reformado
Inglês
Anglicano
Eamon Duffy
Inglês
Católico Romano
Felipe Fernando
Armesto
Henry Bettenson
Espanhol
Católico Romano
Inglês
Anglicano
Hermann Reuter
Alemão
Luterano
Jean Daniélou
Francês
Católico Romano
Justo Gonzáles
Cubano
Metodista
Kenneth Scott
Latourette
Leopoldo Von
Ranke
Norte-Americano Batista
Alemão
Luterano
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Historiador
Nacionalidade
Confissão
religiosa
Philip Schaff
Suíço
Reformado
Roland H.
Baiton
Stephen Neil
Inglês
Anglicano
Inglês
Anglicano
Will Durant
NorteAmericano
Williston Walker NorteAmericano
Sem Religião
Metodista
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FAZENDO HISTÓRIA
HOJE:
Acontecimento.
Informação.
Investigação.
Interpretação.
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POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA?
Identidade:
Ajuda-nos a saber quem somos, de
onde viemos. Pois corremos o
perigo de perder a visão original e
ser um novo tipo de Igreja que
esquece do legado dos outros
cristãos.
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POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA?
Perspectiva:
Ver no presente a atuação e
propósito da ação global de Deus.
Percebe-se que Deus é soberano, e
é o Senhor da História.
Discernimento:
Podemos ver como Deus opera em
nosso tempo. Ver como Ele está
ativo.
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POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA?
Ferramentas:
Entender o nosso passado e
presente é fundamental para vida.
Não surgimos do nada, temos uma
historicidade.
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POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA?
Resultados:
Muitas vezes encontramos os
mesmos resultados surgidos em
diferentes tempos e situações e
vemos que Deus age em
circunstâncias impossíveis.
Abre-nos os olhos:
Leva a abertura das novas
operações de Deus. O Espírito tem
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POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA?
Abre-nos os olhos:
Leva a abertura das novas
operações de Deus. O Espírito tem
muito a fazer, Ele não esgotou a Sua
criatividade.
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PONTOS A PONDERAR SOBRE A
HISTÓRIA:
Efeito Dominó - Fatos interligados em
toda a História.
Repetição Constante - Falhas que sempre
acontecem devido à natureza humana.
Explicações para Questões Atuais - O
reflexo da história no presente.
Carga Pessoal Histórica - Todos nós
somos no fundo, um produto da História.
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A HISTÓRIA DA IGREJA É:
O relato interpretado da origem,
progresso e impacto do cristianismo
sobre a sociedade humana, baseado em
dados organizados e reunidos pelo
método cientifico a partir de fontes
arqueológicas, documentais ou vivas.
Ela é a história interpretada e
organizada da redenção do homem e da
terra.
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O VALOR DA HISTÓRIA DA IGREJA:
A História como uma síntese.
A História da Igreja como um auxílio para a
compreensão do presente.
A História da Igreja como um Guia.
A História da Igreja como uma Força
Motivadora.
A História da Igreja como Ferramenta
Prática.
A História da Igreja como Força
Libertadora.
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DIVISÕES DA HISTÓRIA DA IGREJA:
Elemento Político.
A Propagação da Fé.
Os relacionamentos na Igreja.
A Perseguição da Igreja.
A Administração da Igreja.
A Liderança da Igreja.
A Missão da Igreja.
As Polêmicas.
A Práxis.
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